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O que mais me interessou nesse livro foi saber que Lars Kepler é o pseudônimo usado por um casal sueco que escreve em conjunto, Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho Ahndoril. Eu não os conhecia, mas achei a dinâmica muito interessante, e foi isso que me cativou em primeiro lugar. O gênero literário que escrevem é o suspense policial, às vezes com uma pegada de mistério, que é o caso de O Homem de Areia.

A primeira coisa que vocês precisam saber sobre esse livro é que seu protagonista, o detetive Joona Linna, aparece em outros livros, como O Hipnotista — a edição da Intrínseca é bastante conhecida, aliás. Cada livro acompanha um caso, então não é necessário lê-los na sequência.

O Homem de Areia é sobre um serial killer muito inteligente e manipulador, Jurek Walter, que está preso há anos. Inclusive, quem o levou para a prisão foi justamente Joona Linna. Mas eis que acontece uma reviravolta inacreditável: uma das pessoas que todos acreditavam ter sido morta por Walter reaparece. A única coisa que ele sabe é que foi mantido em cativeiro por todo esse tempo, então Jurek passa a ser reinvestigado.

A história vai e volta no tempo, o que foi um artifício muito interessante para esse enredo em específico. Então, ao mesmo tempo em que estamos no presente tentando entender o que aconteceu, pistas são largadas no passado, durante a ação policial que culminou na captura de Jurek. Além disso, existem vários núcleos envolvendo os personagens secundários que nos prendem na narrativa.

A atmosfera de tensão criada pelos autores cria certo envolvimento, a gente quer saber o que acontecer o tempo inteiro e os capítulos curtos também ajudam muito nesse quesito. Porém me senti muito incomodada com o local que Jurek Walter está internado, acontecem umas coisas muito fora do comum e fica difícil crer, realmente, que aquele local é seguro. Inclusive, se o personagem fosse tão inteligente como a narrativa diz ser, teria conseguido sair dali há séculos.

Enfim, de forma geral, O Homem de Areia é bem bacana, mas as falhas no enredo e, talvez, na construção de alguns personagens, podem incomodar. Senti falta de saber como Jurek conseguia, de fato, concretizar os seus feitos. Quer dizer, falar é fácil, mas mostrar...

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[...] É impossível não comparar nosso ardiloso assassino a Hannibal Lecter da série de livros de Thomas Harris. Creio que seja uma comparação feita pela maioria dos leitores que têm contato com a obra. Jurek Walter, o psicopata, elo que une todos naquela história é um tipo cativante e manipulador.

[...] Ao descrevermos os suspenses nórdicos, as pessoas logo pensam em um ambiente frio e em uma distância sentimental dos autores para narrar. Na verdade o que vemos seja talvez um tom realista.

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Eu sempre quis conhecer o trabalho de Lars Kepler (pseudônimo usado pelo casal de escritores suecos Alexander Ahndoril e Alexandra Coelho) e quando o Grupo Companhia das Letras disponibilizou a prova antecipada de O Homem de Areia, eu vi a oportunidade de conhecer sua obra.

O Homem de Areia (lançado pelo selo Alfaguara) é o quarto volume da série Joona Linna e eu só soube que o livro fazia parte de uma série após terminar a leitura. Então para mim não fez diferença não ter lido os anteriores, a história é bem independente e até mesmo apresenta um passado bem montado para mostrar a ligação do detetive como o caso atual. Na verdade, não é bem um caso atual, é uma caso que estava resolvido parcialmente e quando novas pistas surgem o detetive Joona Linna retoma a investigação.


Jurek Walter foi um seriall killer que Joona prendeu há vários anos, mas ainda que tenha conseguido provar que ele era um assassino, o policial não conseguiu localizar todas as vítimas de Jurek do período de antes e depois de ser preso. Sim! Mesmo atrás das grades ele continuou a cometer crimes, ao menos Joona está certo disso, mas nunca conseguiu provar.



Joona e seu parceiro foram assombrados por Jurek muito tempo depois de ele ter sido condenado e preso em uma instituição psiquiátrica de segurança máxima. Ambos tiveram que suportar mudanças drásticas em suas vidas e perdas irreparáveis. Nunca foi possível explicar o poder de Jurek para continuar sequestrando pessoas e as matando, parecia até um poder sobrenatural, já que explicação melhor não temos.



Quando um homem é encontrado atordoado perto de uma linha de trem e levado para o hospital, sua identificação bate com a de uma das crianças de um par de irmãos que Jurek levou e nunca foram achadas. É mesmo aquele garotinho, mas já um homem e ele afirma que sua irmã está viva.



É então da esperança de salvar a jovem que a polícia monta todo um esquema para se infiltrar na prisão e tentar descobrir onde Jurek escondeu a menina e se ele é mágico ou tem um excelente cúmplice.



A história é intrigante em boa parte do tempo, tentamos entender a todo custo como um cara preso continua sendo tão influente e assombroso. Não é apenas a questão de ter um cúmplice, mas de como ele faz as pessoas acreditarem que executou tudo com as próprias mãos. A cada novo crime dele que é revelado, mais sua engenhosidade impressiona e é meio complicado achar uma resposta coerente.



A narrativa é fluida, com capítulos curtos que sempre trazem algo marcante ou ainda mais intrigante. O leitor se vê preso e tentando montar um quebra cabeças. A história é abrangente e abraça um grande número de personagens atuando em diferentes núcleos. A parte onde Joona e a polícia atuam, nas ruas atrás de pistas, com certeza foi a minha preferida. Por outro lado, não posso dizer que apreciei os momentos dentro da instituição psiquiátrica com Jurek. E não foi apenas por ele ser aterrorizante, mas o que me deixou incomodada foi a forma como os médicos e demais ali dentro eram preguiçosos e, em alguns casos, abusavam dos pacientes. Uma situação bem asquerosa.



Até metade do livro eu estava quebrando a cabeça para entender o poder de Jurek, mas quando uma de suas vítimas que sobreviveu conversa com Joona, algo que ela disse deixou tudo bem claro e percebi que Jurek era esperto em tortura psicológica e um homem de passado dramático, mas mágico de maneira alguma.



Achei a solução interessante e explicou muita coisa, na verdade foi bem coerente e fez bastante sentido, mas não me causou grande impacto pois eu já havia sacado há um bom tempo. Eu havia entendido como as coisas aconteciam, só faltava o motivo.



Os personagens não são daquele tipo que vão te cativar, exceto por Joona. Não que ele seja um poço de carisma, mas é a pessoa menos fria da história. Achei o pessoal aqui extremamente perturbado, não era apenas Jurek que precisava de acompanhamento psicológico, havia uma boa quantidade de pessoas de má índole e desequilibradas emocionalmente.



Em suma, para meu primeiro contato com a escrita de Lars Kepler, eu acho que comecei bem. Gostaria de conhecer os demais livros da série e criar uma relação mais próxima com o protagonista-policial Joona Lina. Em geral, neste tipo de série onde cada livro traz uma caso diferente, eu vou me apegando aos poucos ao personagem principal e a cada leitura curtindo mais e mais. Se você tem bons nervos e gosta de thrillers policiais, não deixe de conferir O Homem de Areia.

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"Não precisa buscar. É o mesmo com a justiça, ou os deuses. Escolhemos o que serve a nossos propósitos."

O detetive Joona Linna foi responsável pela prisão de um serial Killer , que de uma forma ou de outra muda sua vida, porém algo ainda está faltando e Joona, sabe disso.



Jurek Walter, vive encarcerado num hospital psiquiátrico de segurança máxima onde vive uma rotina rígida, recheada de remédios e pouca (ou nenhuma) interação com qualquer um, até os enfermeiros entram em seu quarto com algodão(tampões) nos ouvidos, pois ele tem o estranho poder de falar coisas que ficam na cabeça das pessoas como uma tatuagem macabra, ou uma reza impertinente. E mesmo preso, ainda consegue ser responsável por crimes cometidos dentro fora daqueles muros aonde está preso.



Joona precisa reabrir esse caso , quando um menino que havia sumido há 7 anos uma das vitimas de Jurek, Mikael Frost, reaparece , totalmente debilitado e claramente perturbado sem falar coisa com coisa, afirmando que sua irmã que havia sumido junto com ele, ainda está presa aonde quer que eles estivesse. E também alucina sobre um Homem de areia, no qual diz a lenda que ele joga areia nos seus olhos e os coloca dentro de um saco.





O detetive reabre o caso. Enquanto Mikael está se recuperando, várias histórias com vários personagens vão se desenrolando num ritmo frenético, divididos em capítulos curtos e uma narrativa que prende, do inicio ao fim.



O homem de Areia fala sobre a natureza ruim do ser humano, a propensão que temos pelo mal e como algumas pessoas conseguem influenciar e fazer o mal só por fazer.



Nosso serial killer é esperto, manipulador e fora dos padrões. Será que nosso detetive irá conseguir solucionar o caso e o mais importante: sairá ileso das manipulações de Jurek?



Foi uma leitura ótima, com personagens marcantes como a personagem feminina Saga, ou mesmo Jurek com seu segredo, e Joona com seus conflitos internos e até mesmo morais.



Esse é o 4º livro da série do detetive Joona, mas pode ser lido sem seguir a ordem, pelo menos só li esse e não senti que faltava qualquer coisa antes. Lars Kepler, é o pseudônimo de um casal sueco que escrevem em parceria romances policiais, muito bem escritos, diga-se de passagem.



Outra curiosidade sobre a história: O Homem de Areia é um conto escrito em 1817 por Ernst Hoffmann, e trata basicamente de uma lembrança infantil do protagonista que começa a descrever a casa de sua infância, uma casa com pai, mãe e filhos, os quais tinham por hábito, depois do jantar, ficar em torno do pai que fumava seu cachimbo. Mas, de vez em quando, as crianças eram postas na cama mais cedo, pois o Homem da Areia iria chegar. Natanael ouvia os passos pesados de um visitante, com o qual o pai estaria ocupado toda a noite. A babá contara a Natanael que o Homem da Areia era um homem perverso que chegava quando as crianças não iam para a cama, jogava areia nos olhos delas, fazendo com que saltassem fora. Ele então colocava os olhos num saco e os levava para alimentar seus filhos na lua.



Espero que tenham gostado. Até a próxima e cuidado com O homem de Areia. ^^

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