Member Reviews
Um livro realista, que felizmente não romantiza abuso. É uma obra consciente e atual. O desenrolar dos fatos é convincente e mesmo que você não espere um final feliz, espera por algo justo.
Quem me acompanha no Twitter e no Instagram sabe que o tema do meu TCC foi violência psicológica contra a mulher. Para falar sobre o assunto, eu usei a coisa que mais amo no mundo, que é a literatura, então eu li muitos e muitos livros que falavam sobre esse tipo de violência de gênero para enfim decidir o que eu ia usar — se você estiver curioso, escolhi obras da Charlotte Perkins Gilman e Chimamanda Adichie, rs. Romance Tóxico foi uma dessas leituras e, como o próprio título diz, acompanha um relacionamento abusivo. Só gostaria de deixar claro que, apesar da importância da trama, a história criada por Heather Demetrios é lotada de gatilhos (dependência, chantagem, abuso sexual e doméstico e suicídio) que devem ser tratados com muito cuidado.
O livro é narrado por Grace, uma jovem que está no último ano do ensino médio e sonha em conhecer o mundo sendo diretora de teatro. Diferente de outras protagonistas, Grace não tem uma vida perfeita. O abuso começa dentro da sua própria casa: é constantemente humilhada e punida por uma mãe desequilibrada e obcecada por limpeza, que por sua vez vive na mira do marido perigoso. Depois, temos Gavin, o cara mais bonito, popular e talentoso do colégio, que fez da personagem principal uma musa inspiradora depois de tê-lo consolado quando tentou se matar após o término de um namoro. Não é difícil de enxergar que as coisas já se mostram muito erradas logo nesse início.
Romance Tóxico mostra o ciclo perfeito do relacionamento abusivo. Gavin humilha Grace de todas as formas, fazendo questão de afirmar o quanto ela é rasa e vazia, mas basta um "foi sem pensar, você é minha vida" para que a garota o perdoasse — afinal, eles são perfeitos juntos. Com o passar do tempo, Gavin começa a controlar a vida da protagonista: ele não quer que ela converse, toque, fique sozinha com outros garotos; ele não permite que ela faça inscrição na faculdade dos sonhos; ele não quer que ela continue trabalhando; ele afasta Grace das únicas amigas que tem. Se alguma regra é quebrada, Grace não passa de uma vadia, puta mentirosa, mas ele não consegue viver sem ela.
O livro é como se fosse uma carta para Gavin, onde Grace — aparentemente livre do abusador — narra todos os detalhes da relação para ele. Ela deixa claro até mesmo os alertas das amigas e da irmã sobre a forma como é tratada pelo namorado, algo que é obviamente inaceitável. É aí que a gente começa a sentir raiva. Quem vê o relacionamento de fora enxerga os problemas desde o início: não é normal um cara vigiar a namorada, não é normal pedir para que a pessoa pare de falar com os amigos, não é normal fazer com que a pessoa desista de todos os sonhos, não é normal xingar a namorada de tudo quanto é nome horrível e depois pedir perdão só para poder fazer de novo. Mas ao mesmo tempo que a gente sente raiva — da situação e, algumas vezes, da própria personagem —, a gente consegue entender que a chantagem emocional é tanta que a pessoa simplesmente não consegue sair daquilo.
Esse com certeza não é um livro fácil. Com esse tipo de narrativa, Grace expõe todos os seus sentimentos e conta tudo o que passou de uma forma nada sutil, detalhe por detalhe. Essa característica acaba por deixar a leitura um pouco lenta e cansativa, mas eu acredito que essa era a intenção da autora, passar a sensação de que Grace ficou presa naquele sofrimento por muito mais tempo — apesar que quinhentos e vinte e cinco mil e seiscentos minutos é muito tempo para se perder, não é mesmo? Mas o que mais incomoda em Romance Tóxico é o teor de realidade. É uma história ficcional, mas quantas de nós passaram/passamos por isso? Quantas amigas nossas estão imersas em um relacionamento aparentemente perfeito, mas são machucadas e chantageadas?
Romance Tóxico deixa uma lição muito importante, é claro. Se você, que está lendo essa resenha, se identificou com Grace de alguma forma, procure ajuda! Pode até parecer impossível abandonar essa relação, mas acredite em mim, basta dar o primeiro passo e tenho certeza que você vai conseguir. Abaixo, seguem alguns contatos importantes caso você se sinta confortável para denunciar e/ou buscar alguma solução. Se não está acontecendo com você, mas conhece alguma amiga que esteja passando por isso, procure ajuda — em briga de marido e mulher se mete a colher SIM!
Central de Atendimento à Mulher: 180
Disque Direitos Humanos: 100
https://meteacolher.org/
https://www.facebook.com/livredeabuso
Aviso de gatilho: tópicos suicidas; abuso psicológico, físico e sexual.
"Romance tóxico" é um lançamento de 2018 da Editora Seguinte e, como o título sugere, aborda como tema principal os relacionamentos abusivos. E faz isso com maestria.
Grace, a protagonista da obra, é uma adolescente de 17 anos que vive uma vida difícil. Ela tem que conviver com uma mãe que, além de doente, é abusiva, assim como o padrasto. Em meio a intermináveis tarefas domésticas e o trabalho em uma doceria, Grace tenta manter a sanidade com as atividades do grupo teatral da escola e a amizade de Lys e Nat. Quando Gavin, um crush antigo dela, parece estar solteiro, Grace toma uma atitude que fará com que eles se aproximem e, a partir daí, um relacionamento entre eles terá início.
Acho que já dá para ter uma ideia do rumo que a história toma, né? Gavin será o príncipe encantado de Grace… até não ser mais. Já digo aos que procuram drama e lágrimas entre o casal: não se animem muito. Eu fiquei muito feliz de ver que essa história não se baseia apenas no plot de violência e abusos; a maioria das cenas fortes é sutil, mas ainda assim, impactante.
Como já comentei, Grace vive um relacionamento abusivo em casa, portanto, conseguimos ver claramente que uma pessoa fragilizada tem muito mais chances de cair nas armadilhas de um amor manipulador e possessivo, pois acha que é o que merece. Eu amei ver as inseguranças e os pensamentos confusos de Grace em relação a Gavin; soaram muito verossímeis pra mim.
Outra coisa que gostei muito foi a maneira que a autora demonstrou a importância da sororidade.
Eu poderia falar muito mais sobre a obra, mas aí a resenha ficaria imensa, então vou encerrando por aqui. Se você procura um livro com uma escrita sensível, que aborde assuntos relevantes e não contenha drama exagerado, “Romance tóxico” é o livro certo para você. Só não dei mais estrelas para esse livro por não ter me conectado de forma profunda com a história, mas realmente gostei bastante.
Esse eARC foi cedido pela Editora Seguinte por meio do NetGalley.
“Te entreguei meu coração numa bandeja de prata, e você o devorou. Pedacinho por pedacinho.”
Como é difícil realizar a resenha de livros como esse. Um nó na garganta, um aperto no peito e uma sensação de impotência por saber que mesmo sendo um livro de ficção, a realidade sufocante é indiscutível e está aí, produzindo outras Graces, outras mulheres que são abusadas mentalmente e fisicamente todos os dias.
“Quando se é uma garota boba e apaixonada, é quase impossível ver os sinais de alerta. É muito fácil fingir que eles não existem, que tudo é perfeito.”
‘Romance Tóxico’ é um livro poderoso e muito intenso. Um livro difícil de ler, um livro difícil avaliar, um livro difícil de esquecer. Maravilhosamente escrito, a autora lida com maestria de assuntos polêmico. Ela não se utiliza de meias palavras ou mesmo abranda com romantismo relacionamentos nocivos. De maneira intensa mostra uma realidade crua e mesmo chegando a chocar ou a nos enojar, a autora nos dá esperança. Esperança que tudo ainda possa mudar e possamos viver como iguais, longe da violência, da opressão e do medo.
“Percebo agora qual é o problema. Não é seu ciúme, os mundos diferentes em que vivemos, as regras dos meus pais, mas o fato de eu ter me tornado um dente-de-leão. Você dá um sopro e eu vou para todos os lados.”
Uma obra contemporânea que trata de um relacionamento abusivo, expõe a negligência e a indiferença e a selvageria dos pais. Em uma poderosa reflexão sobre relacionamentos abusivos, Heather Demetrios apresenta ao leitor a protagonista Grace, uma menina mulher que não é leiga quando o assunto é abuso emocional: seu padrasto controlador e sua mãe obsessiva-compulsiva tornaram sua vida um verdadeiro inferno com demandas irracionais de tarefas impossíveis de serem realizadas. Além disso, Grace regularmente tem que desistir de seus amigos, seus passeios, suas lições de casa, sua vida para cuidar de seu meio-irmão e suas intermináveis obrigações.
“Ainda não sei, mas vai crescer um jardim dentro de mim. Com espinhos.”
Grace sair de casa e ir pra escola e suas aulas de teatro, principalmente depois que ela encontrou seu verdadeiro príncipe encantado. Ela sempre teve uma queda por Gavin Davis, mas ele já tinha uma namorada. No entanto a sorte finalmente parecia estar a seu favor. Após o término desse relacionamento, Davis finalmente se engraça por Grace e ela fica completamente encantada e lisonjeada. Logo eles estão apaixonados e se tornam um casal inseparável.
“Garotas não se apaixonam por cretinos manipuladores que as tratam como merda e as fazem questionar seriamente suas escolhas. Elas se apaixonam por cretinos manipuladores (que as tratam como merda e as fazem questionar seriamente suas escolhas) que elas acham que são príncipes encantados.”
Infelizmente o príncipe vira um sapo, e depois de alguns momentos felizes, Gavin começa a agir de maneira possessiva, ameaçando tirar a vida caso Grace o abandonasse. Ele exige que ela desista de sua vida, de seus sonhos e de seus amigos para provar que ela está firme com ele e sua entrega é total. Grace está em outro cárcere e precisa dar um fim nesse relacionamento antes que alguém se machuque. Mas o que fazer quando mesmo percebendo que algo não está certo você continua perdoando e indo cada vez mais fundo numa viagem sem volta?
“Você é um labirinto, todo cercas altas e voltas infinitas. Não consigo encontrar a saída, não consigo ver por onde passei. Corro, perdida na escuridão. Aprisionada. Independente de para onde viro, encontro um beco sem saída. Fico voltando para o início.”
Sinceramente, não sei o que é pior: a mãe obsessiva e controladora, o padrasto repugnante e abusivo ou o namorado desiquilibrado e manipulador. Honestamente, ler sobre esse tipo de escravidão doméstica e emocional me fez ver como a minha vida familiar é perfeita. Ninguém deveria ser obrigado a viver assim, num carrossel desgovernado de falta de sentimentos, em uma família despótica, com um namorado ou companheiro verbalmente abusivo e possessivo.
“Algo em mim está se apagando, algo que já sei que não vou conseguir recuperar. Mas você vale a pena. Vale, sim. Direi isso a mim mesma por vários outros meses. E, quando perceber que você não vale a pena, vai ser tarde demais.”
Você deve estar se perguntando qual o lado bom dessa história, afinal é muito sofrimento pra nossa protagonista. Devo confessar que a amizade é o que dá equilíbrio a Grace quando ela chega no fundo do poço. A amizade é o que dá esperança! É incrível como faz uma diferença enorme ser e ter amigos. A amizade é um bem poderoso e essencial para a nossa felicidade. E não falo de amigos apenas, pode ser qualquer pessoa, o tio, a avô, o vizinho... Alguém que esteja disposto a estar presente mesmo na ausência, aquela pessoa que mesmo discordando de suas ações não sai do seu lado e mostra dia a dia a força que você tem para ser uma pessoa melhor e mudar seu destino.
Enfim, espero que vocês leiam e tirem algo de bom e lembrem-se: nenhum abusador passará impune, acredite nisso e denuncie, faça a diferença!
Antes de começar as minhas considerações, gostaria de alertar os possíveis leitores desta obra sobre o fato dela conter alguns gatilhos que podem ser perturbadores até mesmo para quem nunca sofreu - ou pensa que não sofreu - nenhum tipo de abuso.
Nunca se falou tanto sobre feminicídio, Lei Maria da Penha e relacionamentos abusivos. Porém, ainda há aqueles que acham que isso tudo é exagero e que não há necessidade de se enfatizar tanto casos de violência contra a mulher. Em pleno 2018 ainda há casos de pessoas que acham que em briga de marido e mulher não se deve meter a colher, é por isso que histórias como Romance Tóxico são tão importantes. O livro aborda o assunto de maneira responsável e com uma linguagem com a qual o público-alvo da obra vai se identificar logo de cara.
Começo enaltecendo a escolha do estilo de narrativa. Grace, nossa protagonista, narra a história para Gavin. Já começamos a história sabendo que ela conseguiu se libertar daquela relação e ao longo da trama ela conta para Gavin - se referindo a ele a todo momento como "você" - como as atitudes dele tornaram o relacionamento insustentável e perigoso. Isso foi um acerto e tanto, já que a grande maioria das vítimas de violência doméstica costuma ser responsabilizada pelas atitudes de seus parceiros, seja por eles ou até mesmo por terceiros. O uso do "você" chega a ser incômodo, pois é quase como se nós, leitores, fôssemos cúmplices de Gavin, o que pode até soar estranho, mas lembra daquela velha máxima que abordei acima? Então...
Enquanto narra a história, Grace passa por todos os momentos da relação; desde o início, quando tudo era maravilhoso, até o último momento, quando ela não via mais como se libertar daquele pesadelo. Ela conta para ele como foi, aos poucos, percebendo que nada do que estava acontecendo era culpa dela. O curioso é que Grace tinha em casa um exemplo de relacionamento abusivo, mas não conseguia enxergar o abuso em seu próprio relacionamento, algo que, infelizmente, é super comum. Ela conseguia enxergar a mudança no comportamento da mãe, outrora feliz mesmo nas dificuldades que enfrentavam, mas não consegue enxergar, a princípio, a própria mudança e as próprias concessões.
Mas como essa menina cresce ao longo da história! Grace tem uma evolução sensacional que foi muito bem trabalhada por Heather Demetrios. Ela começa ingênua e apaixonada, passa pela fase onde se sente culpada e inferiorizada, não se achando digna de Gavin, até chegar o momento de sua reviravolta, quando ela finalmente percebe quem ele realmente é. Mas não pensem vocês que a liberdade dela é conquistada facilmente. Ela se descobre em um campo minado e não há como sair dele sem que haja uma explosão. Acompanhar sua trajetória rumo à liberdade é aflitivo, cheguei a pausar a leitura em alguns momentos tamanha era a minha angústia. Era doloroso vê-la deixando seus sonhos de lado, suas amizades em segundo planos, em nome de um "amor" corrosivo e nada saudável.
Gavin é um manipulador nato, ele brinca com a mente de Grace de uma maneira muito habilidosa, sabendo muito bem como agir e o que falar para conseguir o que quer. Ele sabe ser um príncipe, aquele que vem salvar sua donzela nos momentos de perigo, mas é um lobo em pele de cordeiro. E mais uma vez eu tenho que elogiar a autora, pois ela construiu Gavin de uma maneira que até nós, leitores, chegamos a esquecer com quem estamos lidando em alguns momentos, e foi nesses lapsos momentâneos que eu consegui me sentir mais próxima de Grace, onde consegui compreender sua visão torta da realidade.
Grace não conseguiria se livrar de seu pesadelo se não fosse a ajuda de suas amigas. Nat e Lys são pessoas incríveis, foi uma amizade feminina muito saudável e bem trabalhada, aliás, no livro não há nenhuma mulher falando mal de outra - a não ser a mãe de Grace, mas aí são outros quinhentos - precisamos de mais histórias assim!
Como eu li a ARC do eBook não posso falar sobre a edição ou sobre erros de revisão, já que não se trata da versão finalizada, todavia, a qualidade do texto de Flávia Souto Maior, a tradutora, está ótima. A editora manteve a capa original, o que foi um grande acerto, já que Grace pensava que seu relacionamento era belo e perfeito, mas ele foi, pouco a pouco, apodrecendo. Heather, ao final do livro, nos conta que esteve em um relacionamento abusivo e ali eu entendi o porquê da história ser tão crível.
Eu dei nota quatro querendo dar cinco e favoritar. Se dependesse apenas da trama central eu faria isso sem pensar duas vezes, mas senti falta de uma conclusão melhor para a trama de Grace e sua mãe. Esta - cujo nome esqueci e nem faço questão de lembrar - tem nitidamente uma questão muito pessoal com a filha. Ela quer sabotar Grace de todas as formas possíveis e imagináveis, como se ela se ressentisse da filha ter toda a vida pela frente enquanto ela própria teria que continuar lidando com a vida da qual não conseguia se libertar.
A trama de Grace com o pai dependente químico também deixou a desejar. Compreendo que eram tramas secundárias, mas sou aquele tipo de leitora que acha que se o assunto foi abordado, ele deve ser desenvolvido de maneira satisfatória. Esses dois pontos, na minha opinião, não foram, mas isso de maneira alguma prejudica a mensagem do livro, ok? 😉
Vale ressaltar ainda que o livro possui um teor cultural muito bacana. Quando eu vi Grace citando Rent, simplesmente um dos melhores musicais já produzidos, cheguei a ter arrepios de satisfação.
Romance Tóxico é um livro muito necessário! É aquele tipo de história que deveria ser trabalhada nas escolas e aquele tipo de livro que deveríamos dar de presente não só para meninas, mas para meninos também. É sufocante e revoltante, mas é libertador. É um livro que com certeza será lido por meus filhos no futuro!
“Romance Tóxico” é um Young adult que pode conter alguns gatilhos, mesmo que você nunca tenha passado por nenhuma situação como a da protagonista; com um começo de ritmo rápido, logo somos apresentados a Grace, uma garota de 17 anos que mora com a mãe, o padrasto e o meio irmão numa família bem disfuncional o que nos deixa com a sensação de perigo constante.
Heather como autora escolhe nos contar logo no começo sobre o que é a história que vamos encontrar, mesmo com o plot central revelado e parte do desfecho também, acreditem em mim, apesar de parecer tirar parte do interesse da história é essencial para discutir um tipo de relação na qual a linha que divide abusos e situações normais é tão tênue que seria fácil nos perdermos, essa escolha de narrativa foi muito responsável do ponto de vista da autora na minha opinião e ganha inúmeros pontos com isso .
“Daqui um ano eu vou estar gritando “VAI SE FODER” com o rosto enfiado no travesseiro porque não vou ter coragem de dizer isso na sua cara.”
O ponto de vista narrativo é da Grace no futuro, ela nos conta e revive o passado porque está escrevendo uma carta ao ex-namorado; já nas primeiras páginas já somos introduzidos ao círculo escolar de Grace, que está envolvida com as montagens de teatro da escola (temos inúmeras referências a musicais e peças teatrais), aos seus amigos Nat e Liz e ao Gavin.
Acontece que apesar de ser avisada lá na primeira página sobre o quão toxico aquele relacionamento se tornaria e outras inúmeras situações que servem de alerta Grace simplesmente não enxerga Gavin como o probelma maior de sua vida e é fácil entender porque ela se apaixonou, quando a garota se dá conta passamos a observar o como será dificil sair dessa situação.
“Te entreguei meu coração numa bandeja de prata, e você o devorou. Pedacinho por pedacinho.”
Esse é um livro difícil sobre autodescoberta, perda, alienação parental sobre abuso, amadurecimento e definitivamente esse não é um livro divertido, mas as vezes é preciso sangrar para amadurecer e a literatura está aí para servir de base e alerta para situações da vida real.
Se você precisa de ajuda saiba que não está sozinho (a).
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
"Bad Romance" is a young adult that may contain some triggers, even if you have never been through a situation like that of the protagonist; with an easy narrative, we are introduced to Grace, a 17-year-old girl who lives with her mother, stepfather, and half-brother in a very dysfunctional family, leaving us with a sense of constant danger.
Heather as the author chooses to tell us early on what the story is about, even with the central plot revealed and part of the ending as well, believe me, although it seems to take some of the interest in the story is essential to discuss a type of relationship in which the line that divides abuses and normal situations is so tenuous that it would be easy to lose ourselves, this choice of narrative was very responsible from the point of view of the author in my opinion and gains countless points with this
"A year from now I’ll be screaming Fuck you, FUCK YOU into a pillow because I won’t have the guts to say the words to your face."
The narrative point of view is of Grace in the future, she tells us and relives the past because she is writing a letter to the ex-boyfriend; already in the firsts pages we are already introduced to Grace's school circle, which is involved with the school's theater mounts (we have lots of references to musicals and plays), his friends Nat and Liz and Gavin.
It turns out that despite being warned there on the front page about how toxic that relationship would become and other countless situations that serve as an alert and Grace simply does not see Gavin as the biggest problem in her life and it's easy to understand why she fell in love when girl realizes we come to observe how difficult it will be to get out of this situation.
"I gave you my heart on a silver fucking platter, and you ate it, piece by bloody piece. "
This is a difficult book about self-discovery, loss, parental alienation about abuse, maturation, and this is definitely not a fun book, but sometimes it is necessary to bleed to mature and literature is there to serve as a basis and alert for real-life situations.
If you need help know that you are not alone.
Fui pega de surpresa ao ler Romance Tóxico. Me interessei pela capa e o texto me cativou do início ao fim? A forma como a autora abordou os assuntos retratados foi excelente e gostei muito do fato de ter sido escrito diretamente para uma pessoa. Abordou um tema que precisa ser debatido, de uma forma autêntica e não forçada.