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Raíssa é uma adolescente que descobriu do pior jeito possível que as mulheres não são respeitadas na comunidade gamer e resolve criar uma conta com nome masculino para jogar. Então ela conhece Ayla, que é uma jogadora iniciante, e resolve ajudá-la, sabendo que seria difícil ela encontrar ajuda de outro gamer (leia-se gamer do gênero masculino). Com a convivência online as duas acabam desenvolvendo uma forte ligação, porém Ayla acha que a Raissa é um garoto. Tratando de temas com muita representatividade como sexualidade, machismo, além de incluir diferentes etnias na história, Conectadas é um livro super necessário! Resolvi citar os principais motivos para que você leia:
1 - Tem uma representatividade imensa, não apenas pelas protagonistas, quanto por ter um personagem assexual pan romântico. A autora arrasou demais.
2 - Os principais personagens, mesmo sendo adolescentes, são maduros e conscientes a respeito de amizade e respeito. Tem muita gente precisando aprender com eles, viu?
3 - Os dramas pessoais e familiares são bem reais. A gente consegue se identificar com as protagonistas e se conectar à elas de uma forma muito íntima e profunda.
4 - a comunidade masculina tem um preconceito imenso a respeito de mulher gamer e quando algum homem vem conversar contigo em jogo é pra oferecer ajuda em alguma missão, mesmo se você não pedir dicas, como se você fosse incompetente. Ou então já querem logo te adicionar nas redes sociais e stalkear sua vida pessoal. Achei lindo este tema aparecer em livro.
5 - Eu dei 5 estrelas e favoritei o livro no Skoob.
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Comentário final: preciso de um segundo livro neste universo, com um certo personagem secundário como protagonista desta vez! <3
EU AMEI CONECTADAS. Levei mais de um mês para conseguir organizar meus pensamentos sobre ele, e a verdade é: me pegou muito despreparada. Não imaginei que fosse gostar tanto, e agora estou aqui pensando em Ayla, Raíssa, o relacionamento delas e os amigos.
A escrita é super fluída e os personagens são divertidos. Ficar na companhia deles foi muito legal e os amigos das meninas também eram muito interessantes. A forma como os problemas familiares foram inseridos foi muito orgânico e natural.
O único problema que vi foi a resolução do problema, que era grande demais para ser resolvido em tão poucos dias. Ainda assim, foi uma ótima leitura.
Obrigada por esse livro, Clara. Recomendo MUITO.
📚 Acho super legal, ler um livro sem saber do que se trata, sem ler sinopse, nem nada kkkkkk sobre esse especificamente só soube que se tratava de um livro lgbt, por causa da polêmica ocorrida na bienal (nem preciso entrar em detalhes). 🥰 Esse foi o meu primeiro livro lgbt lido… Só vou resumir em uma palavra: perfeitoooooooo!!! Quem gosta do mundo da internet, dos games, da TI, um ramo praticamente dos homens (falo isso, pq sou formada em ciências da computação, e sei bem como lidei com isso na época da faculdade), mas é sempre bom, ver como os autores abordam a vida das mulheres nesse meio. Vocês vão amar esse livro, certeza! .
Não ao preconceito, leiam nacionais e leiam com orgulho.
Duas frases que destaquei no e-book:
“O amor-próprio é o alimento da alma. E ser fiel a si mesma, aos seus sentimentos, é a melhor forma de semear esse amor.”
“Deve ser horrível ter que fingir ser outra pessoa pra poder ficar perto de quem você ama. Mas acho que deve ser ainda pior não poder estar perto dela.”
Conectadas fala do amor lindo entre duas garotas que começou através de um jogo online. Raíssa e Ayla se conheceram jogando, mas o amor e a conexão delas logo se tornou muito real. Porém, como Raíssa joga com um avatar masculino (para evitar assédio e muito mais que garotas gamer passam), Ayla não sabia que ela era uma menina. Imagina a confusão.
A história é linda e uma delicinha. Com personagens incríveis e reais, e uma trama ágil e contagiante, a autora conduz o leitor numa aventura empolgante tal qual um game épico. Li, ri, me apaixonei, me emocionei. Sério, leiam esse livro maravilhoso.
Raíssa começou a ser influenciada pelo universo de games on-line quando tinha apenas catorze anos. Vamos dizer, em partes. Seu pai nunca fez questão de esconder o quanto se divertia, e a ajudou nesse processo. Raíssa logo se viu encantada pelo universo de Feéricos, um jogo recém-lançado pela produtora Nevasca. Um MMORPG que une pessoas de todo país, jogando e interagindo, além de interpretar um personagem. Naquela época, a animação de Raíssa durou pouco. Não demorou até que ela enfrentasse dificuldades para conseguir ajuda de outros jogadores durante as missões. Era um mundo divertido e viciante, mas também machista. Então, Raíssa decidiu reformular toda sua história, naquele universo, tornando-se apenas "alguém por aí". Foi quando ela conheceu Ayla.
Quando conhecera Ayla on-line, Raíssa levou a sério sua nova identidade. Era "alguém por aí" que não pretendia se revelar. Para Ayla, ela decidiu se apresentar como um garoto chamado Léo. Só que Léo existe, e é o melhor amigo de Raíssa. Ele ajuda manter a mentira, apesar de seguir incomodado com toda trama orquestrada pela amiga. Para complicar a situação, a Nevasca divulga um grande evento que pretende reunir os três! Nenhum deles está disposto deixar a oportunidade passar.
As duas moram em São Paulo, mas em diferentes localidades. Isso é o que tranquiliza Raíssa e muito. Depois de meses trocando mensagens, e ajudando Ayla durante as missões, é claro que a gamer acabou apaixonada. Porém, Raíssa se vê lidando com o terrível medo do preconceito ascender ao seu redor; não sabe como entrar nessa conversa com seus pais. Como muitos de nós, Raíssa sempre ouve comentários asquerosos por meio de outros parentes, e também na escola. O medo está sempre alfinetando sua autoestima, então decide continuar ocultando a verdade de Ayla.
Enquanto a família de Raíssa ~talvez~ tenha um tom mais conciliador, na casa de Ayla as coisas não andam tão bem. Seus pais não se falam desde que um grande segredo do patriarca fora revelado, o que deixou certa amargura na personalidade de sua mãe, e Ayla sofre com a dureza dela. A jovem foi obrigada a mudar de escola, e por não gostar, resolveu se rebelar. Ayla sabe que será praticamente impossível obter a permissão de sua mãe para ir até o evento, além de toda questão financeira. Mas quem tem amigas tem tudo, né? E Ayla ainda conta com uma fada madrinha maravilhosa: sua tia Sayuri.
Quando o grande dia chega, Raíssa está animada para apresentar seu cosplay, evitando ao máximo qualquer contato com Ayla; Leo não faz ideia de como agir com a menina, seu único interesse é aproveitar a feira; Ayla está super esperançosa para conhecer a figura que a compreendeu tão bem durante tantos meses. Nem preciso dizer que há vários encontros e desencontros nos planos de Raíssa, né? E talvez, ela só precise de umas belas horas para deixar seus belos sentimentos dominarem.
Eu nunca fui dessas de jogos on-line. A não ser que Paciência conte. Ha! Nesse ramo, sou mais old school mesmo, meu favorito sempre foi Mortal Kombat - enfio antigo Sonic também - que até me disponho a jogar atualmente, se tiver oportunidade. Mas houve uma fase na vida do meu irmão, que ele se tornou obcecado por um jogo on-line, então isso ajudou bastante a me inteirar com a leitura. Quero deixar claro que os termos não tomam toda narrativa, boa parte aparece nas breves trocas de mensagens entre elas.
Raíssa não começou essa mentira por maldade. Ela queria se proteger e não imaginava o quão forte se tornaria essa conexão com Ayla. As duas passam horas conversando, além dos jogos, assistem filmes - eu fazia isso na época do MSN sdds -, trocam figurinhas sobre livros e outras coisas. Desabafam sobre problemas do cotidiano, vivem se divertindo com o gatinho de Raíssa... Mesmo com pouco tempo, foi suficiente para as duas desenvolverem grandes sentimentos pela figura uma da outra. Mas uma hora a verdade precisa ser dita, afinal os sentimentos de Ayla também precisam ser respeitados. E acredito que seja um ponto maior do medo de Raíssa.
De cara, minha favorita foi a Ayla. Talvez tenha sido pelo ar problemático em casa ou a mãe ser meio durona. Não sei. Simpatizei tanto com ela, que perto do fim até derramei umas lágrimas em algumas de suas cenas. Quem mexer com ela, mexeu comigo. Hunf! Raíssa é super agitada, ela já é mais calma. Ayla tem um jeito adorável, romântico e muito madura. A autora apresenta um ar mais consciente em sua construção, com a questão do vegetarianismo. E Ayla também nos conta um pouco do que sabe da cultura de sua família paterna, de descendência oriental.
O romance é populoso, e vocês sabem que eu adoro. Raíssa tem os amigos dela, assim como Ayla também tem suas amigas. Me soou que pode haver continuações focadas nessas pessoas, principalmente Léo e Gabi, os dois amigos de Raíssa. Outra relação que curti foi a de Raíssa com seu pai. Na verdade fiquei com inveja mesmo. A escrita de Clara Alves é bem jovial, repleta de referências da cultura atual, e há pontos para nos divertir, refletir e também nos emocionar. Sério, aquela parte final, com referência à uma cena de Orgulho e Preconceito, foi uma das coisas mais bonitas que li esse ano.
A troca de mensagens entre elas acaba por chamar atenção entre os capítulos. Sempre focam em partes importantes dos tantos meses que elas se conhecem, se conectando com algo que está em relevância no capítulo em questão. É ótimo pra entender o sentimento de cada uma, ainda mais quando o evento da produtora chega. Aqueles que são mais ávidos, que querem que a verdade seja dita loooogo, talvez se estressem com a demora dos "pratos limpos". Gostei de como foi a revelação, pois Raíssa tem plena certeza que está no controle. Só que não.
Conectadas é um romance adorável. Dizer pra vocês que nas primeiras páginas, não imaginei o quanto ia me conquistar, chegando a favoritar, mas conforme fui avançando e simpatizando com a construção das meninas - e o cenário ao redor - foi me ganhando aos poucos. Daí vieram as cenas que me emocionaram. Não vou mencionar porque seria spoiler. O final é lindinho demais, ainda com um epílogo pra gente aproveitar ainda mais o ar romântico. E gente, sério: Quem nunca assistiu Dirty Dancing?
Edição lida em e-book, através da plataforma NetGalley, porém eu consegui dar uma olhada na física e está bem legal, principalmente o cuidado nas partes das mensagens entre elas. Certeza quando eu puder, comprarei o físico. Essa capa? Nem preciso comentar o quanto está linda! A editora sempre apresenta ótimo cuidado com suas publicações. A narrativa é em primeira pessoa, dividida entre as duas. Apesar da minha implicância com o uso do artigo definido antes dos nomes próprios. É um gosto meu, já comentei no blog várias vezes, que me deixa nervosa. Daria até pra relevar, por ter dois "Léos" na história, mas é constante; com todos personagens.
Nas páginas finais, o leitor ainda pode acompanhar uma entrevista bem bacana com a autora. E a quem interessar, a autora tem várias publicações disponíveis na Amazon, e que também estão no Kindle Unlimited.
Eu sou uma pessoa que esta voltando a ler romances e foi bom pegar um romance que apresenta nossas características culturais, um casal maravilhoso, descoberta de sexualidade e mostrar que nem sempre as coisas saem da forma que nos queremos mas devemos procurar uma forma de resolver. O livro fala sobre o relacionamento entre Ayla e a Raíssa ( que esta se passando pelo melhor amigo Léo para a Alya), as duas jogam muito juntas um jogo criado pela autora que acabou me lembrando muito League of Legends ou Dota em relação ao tamanho e influencia na sociedade pop do livro, mas no caso esse é um jogo br o que deu um toque bem legal na minha opinião. A autora também comenta sobre o machismo nos mundos dos games (sem se aprofundar muito no assunto), sendo essa umas dar razões pelas quais a Raíssa começa a jogar em um perfil masculino e sendo assim como as meninas começam a se comunicar. O "romance" a distancia delas dura a uns 6 meses é começamos a acompanhar na época em que elas estão para se conhecer na vida real em um evento do jogo. Esse livro possui uma escrita muita deliciosa é a leitura pode ser realizada muito rápida pela fluidez, você consegue se conectar com os personagens principais em relação as todas as mudanças que estão passando nas suas vidas além de termos no plano de fundo de todas as outras personagens e suas vidas que não são muito exploradas mas que nos da um senso de profundidade para elas.
Eu adorei Conectadas. Aila e Raíssa são muito fofas e eu adorei a forma como a Clara Alves retratou a auto-descoberta delas, apesar de elas saberem que se sentiam atraídas por meninas, tentaram lutar contra isso e no momento em que se deram conta do que sentiam uma pela Outra foi lindo, pois elas tiveram coragem de enfrentar as dificuldades e tentar fazer dar certo. Obviamente a ideia de se fazer passar por outra pessoa que a Raíssa teve era uma furada anunciada, ainda assim eu entendi as motivações dela. Eu adorei mesmo!
Fiquei aguardando ansiosamente para ler Conectadas <3 Apesar de não conhecer os trabalhos anteriores da Clara, a premissa de um romance nacional entre duas mulheres não-brancas publicado pelo maior grupo editorial do país deixa qualquer um animado. Eu admito que preciso aprender a ler mais as sinopses para saber em que momento eu vou entrar na história porque até ter o livro em mãos eu não sabia que tudo iria começar depois que Raíssa e Ayla já se conheciam há meses, o circo já tava armado e o livro seria sobre o desenrolar das coisas quando elas vão se encontrar ao vivo pela primeira vez.
Eu consegui me identificar um pouco com as duas personagens, adorei a representatividade no livro - tanto etnica-racial como LGBTQ+. Quanto à história em si, eu não sou a melhor pessoa para julgar um romance porque não é um gênero que eu leio com frequência; dito isso, eu acho que o tema de catfishing é extremamente delicado e talvez tenha faltado um pouco mais de tempo para desenvolver esse assunto. A conclusão dos eventos pareceu um pouco corrida, tanto na escrita quanto na própria história.
Eu não consigo não ter ressalvas pessoais com o rumo que a história toma, mas eu acho que foi feito o que foi possível e que a Clara é uma autora com potencial que eu quero muito continuar acompanhando os trabalhos e ver o que ela vai criar depois com mais experiência.
Conectadas conta a história de pessoas que tem uma paixão em comum: games. Pessoas que precisam se encontrar a qualquer custo. É um livro totalmente necessário, onde trata questões simples e importantes com leveza. Clara Alves é incrível!!!! Conectadas é incrível!! Todos precisam ler esse livro. Fico feliz que tenha sido publicado pela Seguinte. Sou apaixonada por essa editora.
Resenha | < #resenhacantinhodeliteratura > | Conectadas | @editoraseguinteoficial | Clara Alves | 4,5🌟
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📄 Oi meus seguimores como vocês estão? Hoje é dia de resenha aqui no Cantinho. E o livro da vez é Conectadas que me foi cedido em ARC pela @editoraseguinteoficial .
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💬❝Se você não for verdadeira consigo mesmo, a vida perde o sentido.❞
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📖 Raíssa desde que se entende por gente gosta de jogar Feéricos. Um jogo online de computador. Cansada de receber cantadas e ser ignorada pelos “machistas” do jogo, ela resolve criar um avatar masculino.
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📖 O que ela não esperava era que conheceria a jovem Ayla. Uma garota que iria mexer demais com Raíssa. Mas, como Raíssa irá lidar com esse segredo? Agora que ambas estão para se encontrar.
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💬❝Eu estava sempre tentando me encaixar.❞
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📝 Meus seguimores, quando vi esse lançamento da Editora Seguinte logo fiquei interessado. Ainda mais que adoro livros lgbts.
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📝 Conectadas é uma obra repleta de referências geeks e isso já foi o primeiro ponto que gostei bastante. Um livro atual com reflexões bem presentes no dia-a-dia.
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📝 A autora escreve com uma fluidez que nas primeiras páginas já envolve quem o lê. Além disso, os personagens são bem construídos e super presentes na realidade.
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📝 Histórias com representatividade e acima disso, uma narrativa que trata de questões que permeiam a vida das pessoas, seja a aceitação da sexualidade, seja lidar com o fim do casamento dos pais.
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📝 Com uma escrita leve, Clara Alves conta a história de amor e descobrimento de duas garotas. Uma delas, com um segredo, mas que acima disso, tenta se entender no mundo.
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📝 Ah, vale ressaltar que, além de tudo isso, os personagens secundários são muito incríveis! E até mesmo, roubam a cena em alguns momentos. Mostrando que uma boa amizade pode ajudar muito a vida de uma pessoa.
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📝 Com um final real que mostra que nem tudo é perfeito e que nem sempre às pessoas irão apoiar o outro, devemos ser felizes e seguir acreditando no que amamos. Se preparem para se emocionarem, sorrirem e curtirem essa história.
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📄 Por hoje é isso, espero que tenham gostado. E se procuram uma história real e fofa, Conectadas é a dica!☕️
Feéricos é um dos jogos online mais jogados do mundo e produzido por uma empresa brasileira, a Nevasca Studios. Mesmo nesse mundo mágico com fadas e dragões, a vida de uma garota gamer não é fácil, tendo que lidar com toda a falta de respeito dos jogadores do sexo masculino que se acham os donos do mundo dos jogos. Raíssa está cansada de todo esse preconceito com as garotas e com todas as cantadas sem nexo que leva na plataforma, o que a faz criar um perfil novo no jogo e com o objetivo de ser mais respeitada ela decide usar um avatar masculino dessa vez.
Tudo ia bem com Raissa no jogo desde que criara o novo perfil cerca de três anos atrás, até que ela conheceu Ayla, uma garota gamer também cansada de todos os estereótipos que as cercam, o que a faz se aproximar de Raissa culminando numa amizade que ultrapassa os limites daquelas simples jogatinas virtuais para se tornar um romance. Com aproximadamente cinco meses de contato com a amiga e por conta de todos os problemas em que passa em casa, Ayla vê em seu relacionamento com Ray uma válvula de escape de tudo que a cerca e alguém que a conhece de verdade. Porém, com o primeiro grande evento da Nevasca se aproximando, as duas tem a chance de se conhecerem pessoalmente, porém em todo esse tempo de conversa Ray nunca contou para Ayla que era uma garota jogando com um perfil masculino, criando para si uma identidade falsa baseada na aparência e alguns traços da personalidade de seu melhor amigo, Leo, por quem Ayla acha que está apaixonada.
Com uma narrativa leve e envolvente, Clara Alves nos faz embarcar numa história cheia de curiosidades sobre o mundo dos games (para um leigo como eu), e de representatividade. Com certeza o lado mais positivo durante a leitura de “Conectadas” foi embarcar num universo novo onde as personagens principais possuem descendência indígena e japonesa, além de ter um personagem assexual e panromânctico. É incrível ver como a autora explora e traz tanta diversidade na história.
Outro ponto extremamente positivo foi como a @claraalvesg lida com algumas questões de maneira sutil — como a autoaceitação, a valorização da cultura e da história do indivíduo, um casamento conturbado envolto em silêncio, amizade e o relação entre pais e filhos. — e humorada. Mesmo tratando de tantas questões sérias, o compilado da história torna-se leve, mas sem perder toda a potência.
Não me senti incomodado durante a leitura, mas senti falta de um pouco mais de destaque para alguns dos personagens secundários, como o próprio Leo e sua família e o mesmo com a Vick e com a Drica. Também senti falta da relação entre a Gabi e o Juliano, que ficou algo como que para “tapar buraco” ao longo da narrativa. Talvez a autora pudesse fazer um conto complementar a história para explorar esses nichos, ou até mesmo um segundo livro com foco nesses personagens.
A entrevista com o Clara após os agradecimentos foi bem importante, pois me permitiu conhecer mais dela e sobre seu processo de escrita e influências. “Conectadas” é uma boa aposta do mercado nacional e um forte representante da literatura YA brasileira.