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Eu me emocionei profundamente com a Delia e sim! Em alguns momentos pensei que Josie poderia sim ser mais empática!
O livro é aquela jornada emocional com toques de cultura pop que sempre gostamos!
Narrando a história de duas amigas que precisam encontrar seus caminhos para a vida adulta sem abandonarem uma a outra mas seguindo o que melhor uma para a outra
infelizmente um dnf. apesar de lembrar-me muito os livros de rainbow rowell, não consegui seguir adiante na leitura desse livro, por não me identificar muito com os dilemas vividos pelos personagens. muito juvenil e fora de minha faixa etária, porém qualquer adolescente se identificaria facilmente com os dilemas das duas garotas.
Estava bastante animada para esse livro, pelo fato de ter gostado dos outros dois livros do autor que li, principalmente dias de despedida, porém acabei me decepcionando por não ter conseguido me conectar com a história. Gostei dos personagens, mas a narração em diversas vezes foram arrastadas e eu acabava não me importando com o que estava acontecendo. Infelizmente, acabou não sendo o livro que mais gosto do autor.
Apesar disso, gostei do casal e da amizade delas e fiquei muito chocada quando percebi que a Jesmyn e o Carver eram os mesmos de dias de despedida.
“Sessão da Meia-Noite com Rayne e Delilah” foi uma grata surpresa pra mim esse ano. Digo, nem tanta surpresa assim porque eu já sou uma fã de carteirinha do Jeff Zentner desde que li “Dias de Despedida” (que você pode ler a resenha que eu fiz aqui), mas esse livro me acertou de uma forma que eu nunca pensei que acertaria.
O livro conta a história de Josie e Delia, duas amigas que foram apresentadas por uma terceira pelo fato de que Josie sempre sonhou em fazer algo na TV e Delia criou um programa na TV local onde ela apresentava filmes de terror antigos que eram capazes de tudo, menos de assustar. Então as duas se juntaram e o programa tomou forma, passando religiosamente todo sábado, onde elas estão lá como as personagens Rayne Ravenscroft (Josie) e Delilah Darkwood (Delia) comentando sobre o filme assistido e fazendo pequenas esquetes bobas com a ajuda dos “gêmeos idiotas” como elas chamam os meninos que ajudam elas e de Arliss, que é o câmera mau humorado e também participa como o fantoche de Frankstein (o monstro de Frankstein, que elas recebem muitas reclamações por chamarem ele pelo nome de seu criador, que fique bem claro) ajudando elas na leitura das cartas.
“Penso que nunca mais queria pensar nele de novo. Isso sim. Não tem um dia que passe em que eu não pense nele, mas mesmo assim… Você faz ideia de como é amar e odiar tanto uma pessoa?”
[Continua no site]
Sessão da meia-noite com Rayne e Delilah é o mais novo lançamento de Jeff Zentner, autor de Dias de Despedida e Juntos Somos Eternos, dois livros que eu já li e gostei muito. A obra acompanha a história de Josie e Delia, duas melhores amigas que juntas apresentam um programa de televisão sobre filmes de terror de qualidade duvidosa. Josie está passando por um momento de indecisão na vida, pois não sabe se deseja ingressar na faculdade ou seguir carreira na TV, enquanto Delilah vive uma situação delicada com uma mãe mentalmente instável e um pai ausente, que abandonou a família e a quem ela deseja reencontrar. As amigas irão embarcar em uma jornada para uma convenção do universo do terror que pode (ou não) mudar suas vidas.
Quando comecei a leitura de Sessão da meia-noite, confesso que estranhei um pouco o tom da obra e a escrita, que diferem do que encontrei nos livros anteriores do autor. Cheguei até a comparar com a escrita de John Green, principalmente por causa dos diálogos “cabeça” e meio esquisitos entre as duas protagonistas. Passado esse estranhamento, consegui me conectar com a história e sentir empatia pelos personagens, em especial pela Delia.
"Acredito que cada pessoa tem direito a cinco ou seis dias perfeitos na vida. Dias sem nenhuma nota fora do tom nem incômodos, dias que vão amadurecendo como um pêssego na memória com o passar dos anos. Sempre que você o morde, ele é doce e suculento."
Toda a história que envolve o programa de TV é muito divertida de acompanhar; eu me lembrei de experiências semelhantes que tive durante a faculdade e foi bem nostálgico. Toda a preparação para o programa, o amadorismo envolvido, as cartas dos espectadores… tudo isso me deixou bastante entretida e arrancou sorrisos.
Porém, como era de se esperar, Sessão da meia-noite não é apenas divertido; há muitas partes tristes e reflexivas, que tratam principalmente de relações familiares. Ainda que esse seja o livro mais leve do autor, ele conseguiu trabalhar os dramas dos personagens (mais precisamente, da Delia) de maneira sensível e verossímil. Josie também tem seus problemas pessoais, mas que achei bem menos impactantes; em alguns momentos, senti que eram meio white people problems, sabe? Mas nada que me desagradasse tanto.
Agora, sobre algo que não me agradou mesmo: a viagem para a ShiverCon. Parece que Jeff Zentner deu uma escorregada nessa parte, inserindo situações bem desconfortáveis de ler e que chegaram a soar muito irreais. Achei desnecessário.
Há um romance que se desenvolve desde o início da história e que, apesar de ser fofo, não faria falta se não existisse. Eu teria gostado mais se todos fossem amigos, mas não acho que que vá incomodar os leitores em geral.
De qualquer forma, eu recomendo a leitura pra quem deseja se aventurar em um livro rápido e fluido, só para espairecer. Não acho que é a melhor opção para quem nunca leu nada do autor, mas, se a sinopse te interessou, pode apostar sem medo!
"(...) Seria muito fácil pensar que dá para se proteger de se magoar simplesmente não amando ninguém. Meio como dá para evitar ser atropelado por um ônibus se você nunca sair de casa. Mas isso não é jeito de viver. É melhor amar as pessoas e se magoar. Ninguém nunca diz no leito de morte que gostaria de ter amado menos gente."
PS.: Há um easter egg que coloca esse livro no mesmo universo de Dias de Despedida! Meu coração se aqueceu e fiquei toda feliz quando li :)
O autor Jeff Zentner tem um jeito amigável de narrar a história das garotas e é fácil sentir uma proximidade com as protagonistas logo nas primeira páginas. O gelo é quebrado logo que acompanhamos a gravação de um episódio do programa delas, que é bem divertido e excêntrico. O clima que isso dá a obra é bem especial, algo meio caseiro e aconchegante, que nos deixa mais a vontade.
A história trabalha a amizade das meninas, mas também foca no amadurecimento individual de cada uma e em suas escolhas. A fase da vida que ambas estão vivendo é aquela que marca a passagem para a vida adulta e sabemos que não é fácil saber como seguir para o futuro, decidir sobre carreira e independência nesta hora. Abandonar a proteção dos pais e começar a seguir com as próprias pernas é sempre apavorante e com Josie e Delia não será diferente.
É interessante observar a vida destas duas e torcer para que ambas consigam preservar a amizade, mas também manter sua individualidade. Acredito que Josie tenha um amadurecimento mais evidente e Delia ainda esteja nos primeiros passos deste caminho. O fato é que a jornada de ambas é bem emocionante, envolvente e o autor Jeff Zentner faz com que o leitor abrace esta história como se fosse algo com pessoas de carne e osso, pessoas reais.
Josie e Delia tem uma história que cativa, que vem para nos fazer rir e chorar. São personagens bem construídas, convincentes. Em momento nenhum o drama que há soa apelativo, ao contrário, tudo aqui é bem natural, o que torna fácil de aceitar. Dá para se colocar na pele das personagens, apreender algo com elas e, por fim, não querer chegar na última página e ter que se despedir. Adoraria ver um sequencia da obra e saber como as meninas seguiram depois deste desfecho.
Me apaixonei pela escrita de Jeff Zentner quando li Juntos Somos Eternos, um livro que mexeu muito com meus sentimentos e se tornou um favorito de 2018. Em Sessão da Meia-Noite Com Rayne e Delilah, o autor continua falando sobre a importância das amizades na vida de uma pessoa. Para isso, nos apresenta duas personagens, Josie e Delia, que são melhores amigas de longa data e comandam um programa de TV local sobre filmes de terror trash — os mais horríveis que vocês conseguirem imaginar, rs —, onde se transformam dem Rayne e Delilah, duas vampiras muito engraçadas.
As duas amam o programa, mesmo que tenham intenções diferentes por trás das câmeras: Josie sempre quis trabalhar na TV, desde pequenininha, e viu no Sessão da Meia-Noite uma forma de alcançar esse objetivo. Por outro lado, o maior desejo de Delia é ser notada pelo pai, que a abandonou quando ela ainda era uma criança. Portanto, sua maior esperança é que o pai um dia veja o programa e consiga reencontrá-la.
Sendo assim, quando recebem um e-mail inesperado sobre uma convenção de terror que acontecerá em Orlando, as duas meninas enxergam a oportunidade perfeita: Josie terá oportunidade de conversar pessoalmente com um produtor famoso de programas com o mesmo estilo de Sessão da Meia-Noite e Delia, além de salvar o programa, poderá, finalmente, reencontrar o pai e obter respostas para as perguntas que tanto rondam sua mente.
A narração do livro segue aquele padrão que nós amamos, onde cada protagonista narra um capítulo. Desde o início eu soube que me apegaria mais à Delia, porque é a protagonista com a história mais sensível. Os traumas deixados pelo abandono são extremamente nítidos, principalmente porque seu amor por filmes de terror se desenvolveu com as fitas que o pai deixou no trailer. Apesar de tentar não rotular a depressão, Zentner deixa claro para o leitor que a personagem luta contra essa doença muito corajosamente.
O mais bonito de tudo nas partes de Delia é o relacionamento que ela mantém com a mãe, que também é depressiva, mas em níveis extremos. Apesar de todos os empecilhos, principalmente financeiros, o relacionamento das duas é puro amor, carinho e companheirismo. Realmente cenas muito bonitas de acompanhar, permeadas por uma sensibilidade ímpar. Tendo isso em mente, não é difícil imaginar que Delia já viveu mais coisas do que uma adolescente normal viveria e é justamente por isso que é mais fácil gostar mais dela, torcer mais por ela.
Pelo contrário, Josie vem de uma família socialmente muito mais estruturada, já que seus pais ainda são casados e possuem condição financeira muito superior. Porém isso não é motivo para que Josie se ache melhor que alguém, o que é muito válido. Ainda assim, ela é exatamente aquele tipo de garota que não precisa se preocupar com nada, porque tudo dá certo na vida delas. Isso não a torna uma personagem chata, muito pelo contrário: Josie é super engraçada e parece ter a resposta certa para tudo em qualquer situação. Ela é o alívio cômico do livro, mesmo sendo tão privilegiada.
A realidade é que Jeff Zentner parece ter o dom de criar histórias extraordinárias a partir de enredos e personagens muito comuns e é isso o que mais admiro nesse autor — claro que ainda tem essa coisa incrível que ele faz de inserir reviravoltas realmente inesperadas e surpreendentes de forma magistral, no tempo certo. Além de tudo, ele sabe tratar de temas mais pesados de forma natural, nem um pouco ofensiva e muito, muito emocionante.
Zentner tem uma escrita que conquista rapidamente, o que faz com que Sessão da Meia-Noite Com Rayne e Delilah seja realmente muito bom. Há muito drama envolvido, é claro, mas o interessante é que as partes engraçadas não me pareceram forçadas, até porque ninguém é só triste ou feliz o tempo inteiro, né? Apesar de parecer clichê, a história é sobre amor e amizade, sobre ter coragem para correr atrás dos sonhos e, é claro, sobre não desistir facilmente da vida, mesmo que às vezes ela nos passe algumas rasteiras.
Esse é um daqueles livros que você lê achando que é mais um, mais do mesmo, mas Zentner faz com que a histótia mais simples seja tão cativante, com personagens tão maravilhosos. É impossivel não se emocionar!
Sessão da Meia-Noite Com Rayne e Delilah foi meu primeiro contato com a escrita do autor Jeff Zetner e apesar de ter comparecido à Flipop do ano passado e ouvido o autor falar sobre suas obras eu não podia sequer imaginar o quanto iria gostar desse livro.
Em Sessão da Meia-Noite Com Rayne e Delilah, acompanhamos Rayne e Delilah que possuem um programa de terror em uma tv local, onde falam de filmes de terror e comentam com originalidade e sagacidade sobre o que assistem. Entretanto, o ensino médio está acabando e a pressão do mundo adulto está chegando, especialmente por parte dos pais de Josie (Rayne), fazendo com que tudo comece a mudar e antes que isso aconteça elas decidem embarcar em uma jornada através de uma viagem para a Flórida para uma convenção de terror, mas a viagem é muito mais do que pode parecer e ambas passam por um processo de amadurecimento muito grande nessa jornada.
Com personagens que poderiam muito bem existir, Jeff Zetner faz com que os leitores embarquem em uma jornada de reflexão, que faz com que os leitores se divirtam e se emocionem com as aventuras e descobertas dessas duas amigas e falando nelas, é incrível poder acompanhar um desenvolvimento e crescimento delas no decorrer das páginas, isso não quer dizer que não existem momentos em que você não irá se irritar um pouquinho com algumas atitudes e comportamentos delas, mas no geral, a experiência é bem positiva e envolvente.
Além disso, o autor parte da conhecida premissa do fim do ensino médio iminente e da separação das amigas e dá um passo além, fazendo com que o livro sai da zona do previsível e entre na do envolvente e cativante.
Sessão da Meia-noite com Rayne e Delilah, de Jeff Zentner
Avaliação: 5 / 5
Editora: Seguinte
ISBN: 9788555340932
Gênero: Romance YA, Cortesia
Publicação: 2019
Páginas:408
Skoob: https://www.skoob.com.br/livro/966502ED967464
Este ebook foi concedido pela editora em troca de uma resenha honesta.
"Às vezes me pergunto se sou mesmo a pessoa medíocre que acredito que sou, porque provavelmente um dos lances da mediocridade é você não saber que é medíocre. "
Nunca pensei que um livro capaz de me fazer rir tanto conseguiria me fazer chorar na mesma medida.
Do mesmo autor de "Dias de despedida" e "Juntos somos eternos", Jeff Zentner, Sessão da Meia-Noite com Rayne e Delilah conta a história de Josie e Delia, duas amigas que têm um programa na tv local do Tennessee onde, toda madrugada de sexta para sábado, elas exibem e comentam filmes da pior qualidade de terror trash (o trash do trash, se é que isso é possível).
Josie Howard é Rayne Ravenscroft toda sexta-feira à noite na TV Six, mas, apesar de erguer o programa junto com Delia e se empenhar muito para mantê-lo, o sonho de infância dela de estar na televisão nunca foi fervorosamente para o lado terror. Porém depois que uma amiga em comum entre ela e Delia as apresentam, Josie percebe que aquele pode ser seu primeiro degrau para a realização do seu sonho.
Delia Wilkes é Delilah Darkwood na Sessão da Meia-Noite e o programa é a coisa da qual ela mais ter orgulho na vida. O pai de Delia era um grande fã de filmes de terror trash e acabou influenciando-a quando pequena. Bem, isso foi antes de ele ir embora sem avisar quando ela tinha sete anos, deixando a menina e sua mãe sem nada além de várias fitas VHS dos filmes que ele adorava. Fazer o programa e exibi-los é a única ligação que Delia consegue ter com ele e secretamente deseja que um dia ele assista ao programa e se orgulhe ao mesmo tempo que sofra por ter deixado-a para trás.
A história começa no último ano do ensino médio de Josie e Delia. Enquanto os pais de Josie a pressiona para aceitar um estágio na TV de Knoxville, Delia contrata uma detetive para descobrir o paradeiro de seu pai. Josie, apesar de saber que o estágio seria um grande passo na direção do seu sonho, não quer deixar Delia na mão, principalmente pelo histórico de abandono de sua melhor amiga. Quando Delia descobre que seu pai está vivo, mudou de nome e também onde ele mora uma enxurrada de sentimentos conflitantes a atingem e é aí que começamos a nos aprofundar no lado emocional de Delia.
No momento em que as meninas recebem o convite para uma convenção de terror, a ShiverCon, em Orlando — bem próximo de onde o pai dela está — Delia percebe que tem que agir. Ir na ShiverCon não só trará a possibilidade de conversar um dos antigos grandes nomes dos programas de terror, Jack Divine, alavancar o programa e fazer com que Josie fique no Tennessee, como também lhe deixará a poucos quilômetros de distância do seu pai para que a garota possa finalmente fazer a pergunta que estraga a sua vida desde o dia em que ele foi embora: "Por que ela não foi o suficiente para fazê-lo ficar?"
Zentner tem uma escrita incrível. A maior parte do livro eu não conseguia parar de rir! Contudo, nos momentos emocionantes era impossível segurar as lágrimas. Sessão da Meia-Noite fala sobre amizade, amor, abandono e sobre que nem sempre é preciso uma vida grandiosa para alcançar a felicidade.
"Minha vida parece uma estrela se desintegrando. E olha que nunca foi uma vida tão brilhante assim."
A obra é narrada de dois pontos de vista, mas, embora a história de Josie fosse bem divertida e super fofa (principalmente o romance 😍), para mim, a Delia foi a real protagonista da história. Desde a partida do seu pai, ela lida com a depressão, assim como sua mãe. Quem olha por fora todo o humor e sagacidade nunca adivinharia a batalha interna que ela sofre. O autor consegue descrever a angústia, a solidão e a ansiedade de uma maneira tão tocante que é como se você estivesse acompanhando os personagens de perto. Os personagens secundários acrescentam na história assim como devem ser, divertidíssimos, bem-construídos e reais.
"Na tv, as coisas são descomplicadas, com muita exaltação. Mas, às vezes, na vida real, é melhor, com todas essas complicações, com toda a dor silenciosa do dia a dia."
Gostaria de ressaltar a tradução excelente nesse livro feita por Guilherme Miranda. Sério! Ele conseguiu adaptar perfeitamente os elementos da histórias que só me aproximou ainda mais do enredo e dos personagens. O livro está impecável!
Eu ainda não tinha lido nenhuma outra obra do autor — apesar de "Dias de Despedida" está na minha lista há um bom tempo —, mas vou reparar essa negligência o mais rápido possível. Muitas risadas + amizade incrível + filmes de terror trash = FORTE CANDIDATO À MELHOR LEITURA DO ANO! Dizer que eu recomendo seria até eufemismo...
"Mas é bom que as coisas acabam. Isso obriga você a amá-las furiosamente enquanto as tem.
Tudo aquilo que vale a pena ter morre."
Terminei há cerca de meia hora a leitura de Sessão da meia-noite com Rayne e Delilah, do Jeff Zentner. Ultimamente, não tenho lido sinopses de nada - filmes, livros, séries, só me atiro nas coisas pra ter a experiência mais completa possível e descobrir a história aos poucos. Por isso, foi uma surpresa descobrir que o livro conta a história de duas gurias - Rayne e Delilah, que na verdade se chamam Josie e Delia - que apresentam um programa de terror na televisão local às sextas à noite. Passei reto pela sinopse, mas só ela bastaria pra me fazer querer ler esse livro na hora, pois une:
• amizade feminina
• filmes de terror
• programas toscos
Tenho um grande amor por programas toscos e por coisas meio toscas no geral - motivo pelo qual, apesar de já ter meus vinte e poucos anos, estar me formando em jornalismo e escrever pra trocentos lugares sérios sobre literatura, continuo mantendo este blog num formato mais descontraído e despretensioso, como o meu espaço pessoal onde posso ser boba se quiser sem ter medo de passar vergonha. Gosto de pessoas que se levam a sério, mas nem tanto, e conseguem preservar espaços de tosquice e divertimento em suas vidas caóticas e adultas. Josie e Delia não são adultas ainda, mas estão naquela transição estranha que acontece lá pelos dezoito anos, quando a gente sai da escola e começa a ter que fazer escolhas apavorantes sobre nosso futuro - escolhas que de fato importam. Enquanto vivem o ensino médio, elas tocam um programa de terror chamado Sessão da meia-noite com Rayne e Delilah, que consiste basicamente nas duas, vestidas como vampiras, passando filmes antigos de terror do lado-c do cinema trash que, de tão toscos, são mais engraçados do que assustadores. Em meio ao terrir, elas fazem comentários, brincadeiras e quadros divertidos que envolvem uma marionete de Frankenstein (sim, todos sabemos que é o monstro do Frankenstein, mas sigamos) e alguns convidados aleatórios que não têm medo de passar vergonha em frente às câmeras.
Quando a ShiverCon se aproxima - um evento para pessoas do terror -, as duas metem o pé na estrada e embarcam numa viagem de 12h até a Flórida na esperança de tentar fazer o programa crescer. Mas esse não é um livro sobre a viagem ou sobre o programa. Apesar de ter muitas coisas acontecendo nele - e de elas serem genuinamente interessantes; eu vou ser obrigada a fazer uma lista de filmes toscos de terror, vocês não estão entendendo -, não é o tipo de história sobre coisas que acontecem, mas sim sobre por que elas acontecem e como nos sentimos quando elas acontecem.
Delia tem problemas. Todos temos problemas, mas ela tem uma autoestima praticamente nula. Enquanto Josie é toda autoconfiante e sabe o que quer da vida, Delia se sente completamente perdida, péssima e incapaz de ser amada. Essa desvalorização toda acontece porque, quando criança, ela foi abandonada pelo pai. Criada sozinha pela mãe desde então, Delia aprendeu que não importa o quanto as pessoas digam que te amam, um dia elas vão embora. A vontade que dá lendo o livro é de pegar a Delia nos braços e protegê-la de tudo, especialmente porque a Josie, apesar de ser super querida e uma boa amiga, tem literalmente tudo de que precisa pra ser feliz - uma família estável, ryqueza, aprovação em duas faculdades e um namorado que faria tudo por ela. Confesso que me irritei um pouco com o autor por dar um destino tão nhé pra Delia enquanto a Josie ganha todas.
Claro que essa é uma reação puramente emocional e não tem nada a ver com a narrativa do autor - que é boa, fluída, está bem amarradinha, faz sentido e fica ainda melhor porque há alternância de narrador, possibilitando para o leitor a experiência de ver as coisas tanto pela perspectiva da Delia quanto da Josie. Porém, foi impossível para mim não me sentir um pouco refletida na Delia, já que ela ama filmes de terror, coisas meio toscas, não tem medo de passar vergonha, adora vampiros, tem projetos pessoais que vai tocando como se sua vida dependesse disso (eu mesma tenho um programa de terror meio tosco, mas muito divertido, que me consome horas e noites acordada catando entrevistados - inclusive, entrevistei um médico legista e o tradutor de Drácula pra o episódio mais recente! foi muito legal!) e uma autoestima praticamente nula. Houve alguns trechos narrados por ela que me fizeram respirar fundo e pensar sobre a vida. Imagino que mais gente sentirá isso também lendo esse livro.
É um daqueles livros que ainda quero reler com mais cuidado, com mais atenção, assim que terminar o tcc e os quatro projetos que são como um dementador sugando a minha alma (mas adoro). Recomendado para todos que amam terror, coisas toscas, amizades femininas e estão em um momento de transição - ou apenas querem ler uma história sincera sobre adolescentes encarando a vida adulta.
Jeff Zentner faz milagre com qualquer história comum, eu digo qualquer história comum porque o plot desse livro nada mais é que duas adolescentes, no ultimo ano do colégio, em família comuns com escolhas a fazer; cada escolha pode levar a um caminho diferente e mesmo sem nada de inovador você se apega a todos os personagens, acompanhar duas adolescentes num programa de filmes de terror trash que vai ao ar aos sábados a noite vai mexer com as suas emoções sem com que você nem perceba.
Mire na lua porque, mesmo se você errar, vai pousar entre as estrelas.
Então basicamente o que construí as 5 estrelas dessa minha leitura e cada traço de personalidade das duas personagens principais, cada história familiar que serve de pano de fundo pros traumas vividos e desenvolvidos, já nas primeiras páginas onde observamos as garotas escolher o filme do próximo programa de teve já compramos a ideia de uma amizade verdadeira, de uma parceria dessas que são bem raras, as garotas se completam na mesma proporção do quanto são opostas.
Mire na lua porque, mesmo se você errar, vai ficar vagando pelo vácuo sombrio e gelado, ode vai morrer sozinho e ninguém vai ver o seu fracasso
Delia, que apresenta o programa com o nome de Delilah vive com a mãe num trailer, sua mãe e gerente da Target e o pai dela foi embora sem maiores explicações a mais de 10 anos sem nenhuma explicação, o amor pelos filmes de terror vem de todas as lembranças que Delia tenta manter do pai a qualquer custo.
"Não é incrivel que a gente viva numa época em que temos acesso á arte ruim? - Como assim ?- Tipo, você nunca viu um quadro horroroso da Renascença. Nem todos os artistas do Renascentismo eram o Michelangelo, certo ? - Ah, verdade.- Devem ter existido alguns pintores renascentistas que eram verdadeiros desastres. E cadê as pinturas deles?"
Enquanto isso Josie que se apresenta como Rayne mora com os pais e tem uma irmã, desde que se entende por gente quiz trabalhar com TV e encontrou na fixação da melhor amiga com filmes de terror uma oportunidade de fazer o sonho de ambas acontecer, mas seus pais querem obviamente que a filha alce voos mais altos, e aquela velha cobrança de construir uma carreira mais solida é bem presente na vida de Josie , mas ir morar em outra cidade , aceitar um estagio num canal de comida e além de tudo isso deixar a melhor amiga pra trás não parece nada promissor.
Conhecemos as duas e as pessoas que as rodeiam através de cenas com toneladas de referencias a cultura pop, a conversas aleatórias e muito, mas muito sarcasmo mesmo, qualquer um consegue se identificar na relação de amizade das duas por mais absurdas que sejam algumas situações.
Delia faz o programa na intenção que acidentalmente o pai a veja e reapareça para que ela possa finalmente entender o porque foi abandonada, além de ter que estar sempre alerta porque a mãe luta a anos com a depressão, Jeff trata assuntos delicados de uma maneira muito responsável. Delia contrata um investigador e descobre que o pai está morando na Flórida , o investigador lhe da um endereço de e-mail e é ai que meu coração começou a ficar apertadinho, apesar de eu Karina ter um pai maravilhoso e memorias incríveis da minha vida com ele cada vez que Delia falava sobre a falta que o pai fazia meu coração dava uma rachada, Jeff apresenta aqui uma baita lição de empatia.
É quando o camera man do programa delas entrega para Delia um convide para uma conferencia de terror na Florida que ela decide que ela e a amiga tem que ir para lá encontrar um produtor famoso que vai ajuda las a fazer o programa crescer e quem sabe confrontar o pai.
"Mas é bom que as coisas acabem.Isso obriga você a ama-las furiosamente enquanto as tem."
Que as garotas vão até a tal convenção não é nenhum spoiler, mas o que acontece lá e quem as acompanha nessa viagem vou deixar para que vocês descubram sozinha, apenas indico que anotem todas as referencias musicais e filmográficas porque você vai terminar essa história querendo ser amiga das duas.
"[...] seria muito fácil pensar que dá para se proteger de se magoar simplesmente não amando ninguém. Meio como dá pra evitar ser atropelado por um ônibus se você nunca sair de casa. Mas isso não é jeito de viver. É melhor amar as pessoas e se magoar. Ninguém diz no leito de morte que gostaria de ter amado menos gente."
Li 90 % do livro achando a história legal mas nos últimos 10% o aperto no coração virou lágrimas e mesmo sem qualquer plottwist e inovação no mundo literário os diálogos trocados vão seguir comigo por muito tempo, quem ler por favor vem me dizer qual foi a sua reação quando a Delia/Delilah estava tentando gravar o primeiro programa sem a Josie/Rayne .
Ps: Resenha completa no www.everyllittlebook.com.br
Resenha | < #resenhacantinhodeliteratura > | Sessão da Meia - Noite com Rayne e Delilah | @jeffzentner | @editoraseguinteoficial | 5 🌟❤️
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📄 Oi seguimores, como vocês estão? Hoje é dia de resenha aqui no Cantinho.
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💬❝Os céus de sexta à noite parecem...mais esperançosos. Sempre têm cheiro de coisa boa.❞
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📖 Toda sexta à noite Delia e Josie se tornam Rayne e Delilah, duas vampiras apresentadoras de um programa de terror. O sonho de Delilah é ficar conhecida pelo programa. Já Josie sonha mesmo em trabalhar na TV.
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📖 Duas amigas que sempre estão presente uma para a outra. Até que a vida adulta se aproxima e cada uma delas precisa decidir o caminho que quer seguir.
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💬❝Pode ser que não fiquemos juntos para sempre, mas temos o agora.❞
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📝 Sessão da Meia Noite com Rayne e Delilah me foi cedido em ARC pela @editoraseguinteoficial e posso dizer que simplesmente amei esse livro!
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📝 Já li outros trabalhos do autor @jeffzentner e sempre me apaixono pelas histórias que ele escreve, mas essa bateu todos os recordes de amor! Eu literalmente “devorei” esse livro e me envolvi com o enredo.
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📝 Jeff possui uma escrita totalmente envolvente, instigante e cativante. Começar a ler a este livro foi como perder a noção do tempo. As páginas passavam, a história me envolvia e quando percebi a obra tinha terminado.
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📝 Além disso, as protagonistas são maravilhosas. O laço de amizade que é construído ao longo da história deixa tudo mais emocionante. Sério, eu parei em alguns momentos a leitura pois estava chorando. Ademais, Delilah possui um passado complicado e no decorrer da leitura vamos entendendo mais e mais.
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📝 Sessão da Meia - Noite, passa mensagens incríveis. Como: o sentimento da amizade, que não estamos sozinhos e que as pessoas que amamos nunca nos deixam. Tudo isso carregado de passagens engraçadas e até mesmo loucas, o que contribui para dar uma aliviada nas emoções fortes.
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📝 Com um final que arranca lágrimas, o livro se encerra deixando uma sensação de que precisamos sim correr atrás dos nossos sonhos e objetivos e que, nunca estamos sozinhos.
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📝 Um dos melhores YA que já li! Se você gostou, aproveita a pré-venda dele e adquira o seu! ☕️☕️