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Eu comecei a ler e até achei interessante, mas de certa forma, com o decorrer do volume fui ficando desinteressada e penso que pode ser que não esteja lendo no tempo certo, portanto,, resolvi dar uma pausa e ler num futuro.
Eu gosto muito de ler livros de não-ficção quando envolve pessoas ou fatos. E esse foi um dos fatores que me fizeram interessar pelo livro Ela disse das jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey.
O livro irá falar sobre a reportagem que denunciou os crimes de abuso sexual que o produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, cometia contra diversos mulheres em ambientes de trabalho.
O livro conta conta como foi o processo de investigação jornalística para contar como aconteceu os diversos crimes e o que ele fazia para calar essas mulheres. Você acompanha os contatos das jornalistas com as vitimas, as ligações, o cuidado em expor (ou não) as vítimas, a coleta de dados e informações, a segurança jurídica da reportagem e das denuncias, as tentativas do produtor em burlar a reportagem e todos os entraves para o artigo ser publicado.
É bem interessante ver todo o caminho para trazer a verdade à tona e ver que a reportagem gerou frutos como o movimento mundial #MeToo, o que gerou diversas denuncias de abuso sexual em diversas partes do mundo nos mais diferentes setores e postos de trabalho.
Recomendo o livro para quem curte jornalismo e não ficção ou para quem tem interesse no tema.
Ela Disse documenta toda a investigação feita por Kantor, Twohey e a equipe do jornal New York Times sobre Harvey Weinstein, co-fundador da Miramax, fundador da The Weinstein Company e ex-produtor de filmes, que produziu obras consagradas e ganhadoras de Oscar, como Pulp Fiction, Shakespeare Apaixonado e O Discurso do Rei.
Desde a acusação da atriz Rose McGowan contra Weinstein, começaram a surgir mulheres que também haviam sofrido algum tipo de assédio sexual por parte do ex-produtor. Mulheres que iam desde ex-funcionárias até atrizes aspirantes e famosas, como Ashley Judd e Gwyneth Paltrow. Mulheres que não se conheciam, mas que passaram por situações semelhantes com Harvey, que foram humilhadas e tiveram o silêncio comprado com acordos de confidencialidade. Mas Jodi e Megan conseguiram reuni-las para que se sentissem fortes o bastante para denunciar publicamente e incentivar outras mulheres a fazer o mesmo, impulsionando assim o movimento #MeToo.
A leitura dos relatos desperta um sentimento de nojo e impotência ao ver como as mulheres são manipuladas e desacreditadas por homens poderosos, sendo chamadas de loucas, histéricas e, por falta de argumentos, ameaçadas a ter a vida e a carreira destruídas. Mas também desperta esperança e reforça a necessidade da empatia, da sororidade e a força que as mulheres têm quando unidas. A reportagem evidencia a dificuldade em se expor – afinal, é a palavra delas contra a deles –, porém fica claro a importância de não se calar.
A surpresa boa ao finalizar essa leitura foi ver que, na última segunda feira (24), saiu a condenação de Harvey Weinstein por estupro e ato sexual criminoso em terceiro grau, podendo ficar até 25 anos na prisão. Ele ainda irá a outros julgamentos, mas imagino que as mulheres já estejam respirando um pouco mais aliviadas pela justiça feita; assim como as jornalistas, ao verem que toda a corrida contra o tempo, o estresse e até as ameaças sofridas valeram a pena.
O livro garante uma leitura tensa, séria, eletrizante e gratificante, mas não indica o fim de uma luta. As mulheres que o escreveram e que neles são citadas servem de exemplo para erguermos a cabeça e seguirmos adiantes sem desistir, lembrando que não importa o tempo em que ficamos caladas, nunca é tarde demais para falar, nunca é tarde demais para denunciar, nunca é tarde demais para unirmos às nossas irmãs e dizermos EU TAMBÉM.
Eu gosto muito de livros jornalísticos, eles sempre são muito realistas e ler esse livro, me deu um choque tão grande! Eu não acompanhei tanto assim o movimento, porque ele chegou aqui no Brasil com outro nome e eu também não era das mais ligadas em redes sociais, mas foi uma leitura intensa, não diminuiu em nada o impacto. Eu também fui ler todas as reportagens que são citadas no livro e elas são muito boas, eu sempre leio o NYT quando posso e vale a pena, recomendo que todo mundo leia.
O livro é super detalhado, conta desde aquela reportagem sobre o Trump, o que levou as duas a pesquisar sobre isso, o processo de contatar as fontes, a escrita do furo, as coisas horrendas que aconteceram, inclusive tem as transcrições dos relatos das vítimas do produtor.
No fim do livro, tem uma entrevista em conjunto com todas as pessoas que participaram e que falaram sobre o caso em público, tanto na primeira quanto na segunda reportagem, é um livro extremamente completo.
Livro bem escrito sobre o escândalo dos assédios sexuais do sócio da Miramax junto as atrizes e funcionárias dele. As jornalistas que escreveram o livro foram bem diretas mostrando como fizeram para convencerem essas mulheres a contar o que realmente aconteceu atrás desses escândalos que começaram a surgir como boatos. Bom para esclarecer o surgimento da hastag Me Too nos Estados Unidos.
Terminei a leitura deste livro por volta de 1:00h do dia 4/01/2019 — justamente dois antes de darem inicio ao julgamento de Harvey Weinstein, produtor de hollywood que foi acusado por cerca de 80 mulheres de abuso e assédio sexual. Havia um sentimento de ódio em mim, um sentimento de incapacidade e de coragem ao mesmo tempo. Muitas vezes vemos mulheres acusando homens de assédio e/ou abuso e nos sentimos orgulhosas da coragem delas, entretanto nunca sabemos como foi para ela o caminho até a denuncia. Com Ela Disse essa perspectiva muda ao sabermos que essa mulher precisou de muito mais coragem para fazer aquela denuncia.
O livro é um relato das jornalistas Jodi Kantor e Megan Twohey sobre como foi o processo até a matéria do NYT, em outubro de 2017, com a denuncia dos assédios de Harvey Weinstein. Para quem ama jornalismo o livro é um prato cheio, com vários detalhes da investigação assim como algumas "regras" de jornalismo que eu, particularmente, não conhecia. Ele não é um livro pesado, por mais que as histórias ali sejam pesadas. Mesmo nas partes que há relatos das vitimas da forma como foram contadas as jornalistas ainda há uma certa leveza para não nos fazer passar mal com tanta barbaridade. É claro que essas histórias podem ser um gatilho para algumas leitoras e não estou falando em forma de meme e sim de verdade, pois com certeza se alguém que estiver lendo já tiver passado por aquilo ou algo semelhante irá ter reações negativas.
É incrível a determinação delas em fazer essa matéria acontecer. Ao longo das entrevistas e busca por novas testemunhas elas se depararam com muitas dificuldades, principalmente pelo fato de ter que fazer com a máxima descrição para que ele não descobrisse a respeito da matéria e acabasse botando tudo a perder com o seu poder de influencia e dinheiro; e o pior de tudo eram os vários acordos de confidencialidade feitos ao longo das décadas com várias mulheres que, em alguns casos, foram incentivadas por seus advogados a simplesmente aceitar o acordo e a indenização e seguir com a vida. Por muitos anos simplesmente a menção do nome Harvey Weinstein desmotivava as mulheres com suas denuncias e poucas que tiveram coragem foram retaliadas por isso ao longo de vários anos (só ler um pouco da história de Rose McGowan).
O livro ainda cita uma investigação a respeito de Trump, que ocorreu antes, e de um juiz da Suprema Corte americana, que ocorreu após as denuncias do NYT e o movimento #MeToo. Essas outras duas investigações, apesar de não ter relação direta com a principal contada no livro, é um paralelo que podemos usar como comparativo entre repercussão e como é importante as pessoas denunciarem o abuso o quanto antes. Outra questão importante que o livro acaba trazendo em sua conclusão é a respeito do #MeToo em si e como ele pode afetar as mulheres que não estão na vida "glamurosa" de Hollywood, onde seus abusadores são protegidos pelo anonimato e a necessidade da mulher em simplesmente ter um emprego.
Eu não poderia iniciar meu ano lendo um livro melhor e que me mostrasse tantas coisas que ignoro no meu dia a dia, mas que podem acontecer comigo a qualquer momento. Infelizmente nenhuma mulher está salva de assediadores e abusadores e é importante saber que temos sim o poder de denunciar esses predadores, pois quando isso é feito estamos também ajudando outras mulheres a não passarem por isso. Este livro é uma leitura necessária e atual.
Uma das reportagens mais importantes da década impulsionou o #MeToo ao mostrar que mulheres em Hollywood eram assediadas e tinham seu silêncio comprado.
Agora, o livro "Ela disse" conta os eletrizantes bastidores por trás da investigação que revelou tudo.
Imagine a cena: uma jovem atriz sonha em se tornar uma grande estrela. Um poderoso produtor a convida para uma reunião. A reunião, na verdade, era um pretexto para assediá-la. Assustada e com nojo, ela assina um acordo para nunca revelar o ocorrido e recebe dinheiro em troca.
Essa jovem atriz, que não imaginava que o mesmo aconteceu com tantas outras, permaneceu calada. Quando tentava denunciar aquele fato de alguma forma, era julgada e se via como alvo de matérias sensacionalistas.
Como convencê-la a falar, mais uma vez, agora?
Essa é uma história sobre poder. Não porque estamos tratando sobre casos que aconteceram em Hollywood, onde grandes nomes da indústria cinematográfica trabalham, mas porque envolve um sistema que se manteve intacto por anos — até que mulheres se uniram para derrubá-lo.
Ainda que você não conheça muito sobre os nomes citados em "Ela disse", como Gwyneth Paltrow e Jennifer Lawrence, vai perceber que o assédio sexual é uma realidade não importa onde você trabalhe ou qual sua idade. E é exatamente por isso que é importante falar sobre ele.
Nesse livro, escrito pelas jornalistas do New York Times por trás da reportagem, acompanhamos uma história tão interessante e impactante quanto a própria matéria publicada posteriormente. Todo o trabalho e esforço das duas para unir informações é impressionante.
Quando surgiram os primeiros indícios de que o produtor Harvey Weinstein assediou dezenas de mulheres, elas decidiram investigar os fatos. Logo, foram atrás daquelas que poderiam ou não estar envolvidas ou saber de algo. Será que elas iriam aceitar falar?
Eu recomendo demais essa leitura, não somente como fonte informação , mas como exercicio permanente de nos lembrar quem nem tudo é o glamour que parece ser ! Ah esse livro de Não Ficção veio para fechar com chave de ouro minhas leituras de 2019, duvido muito que eu consiga emplacar um livro tão bom até o fim de dezembro!
Eu não tenho muito o que contar sobre a história, até porque todo mundo deve ter visto de uma maneira ou de outra pelas redes sociais o movimento #Metoo que começou nos bastidores de Hollywood e tomou o mundo, mas o que esse livro traz é o espetacular processo de surgimento de uma reportagem que se tornou uma das mais importantes denuncias da década e como isso desencadeou o movimento de denuncia antes de tomarmos consciência disso.
Basicamente o movimento surgiu quando duas jornalistas do New York Times publicaram uma serie de denuncias de atrizes famosas e funcionarias de um dos maiores produtores/"astro" de Hollywood Harvey Westein (provavelmente você não saiba de cara quem ele seja ,mas na primeira vez que você jogar no Google a cara do sujeito você vai perceber quem em algum momento você já viu esse cara na mídia).
Acontece que esse senhor foi condenado somente depois de mais de 20 anos de abusos sexuais contra atrizes que ele prometia sucesso e funcionárias da empresa da qual ele era dono juntamente com o irmão.
Eu desafio qualquer mulher ler esse livro e não se sentir revoltada por todos os detalhes explicadinho sendo explicitados os mecanismos como funciona a industria cinematográfica; apesar da maioria das pessoas não terem ideia de quem produz e distribui os filmes essa galera é podre de rica e vive fazendo acordos judiciais para encobrir eventuais crimes e fraudes.
Mesmo que você não reconheça o rosto do Harvey Weinstein o nome dele está ligados a produções aclamadíssimas como: Kill Bill, Shakespeare apaixonado, Bastardos Inglórios, Django livre entre outras.
Esse livro é uma aula de como criar matérias investigativas, quando as jornalistas relatam como conseguir os telefones das atrizes famosas atrás de histórias que pudessem criar um padrão nas agressões cometidas você fica chocada em reconhecer nomes como Angelina Jolie, Uma Thurman, Gwyneth Paltrow e mais um dezena de mulheres anonimas que foram coagidas a ficar caladas.
O livro vai relatando como chegaram ao tema da reportagem , como identificaram a primeira vitima, como foram encontrando as demais, conquistando a confiança das mulheres, contando um pouco sobre como a vida das vitimas foi afetada, passando pelos embates que tiveram com o acusado e seus advogados.
Eu estava praticamente surtando no capitulo que narra as horas que antecederam a publicação da matéria , mesmo sabendo que tudo foi publicado e que ele havia sido condenado; todas as manobras para ocultar provas, silencias pessoas , manipular o publico, desacreditar as vitimas é tão bem detalhado que é como se eu estivesse vendo um filme na minha frente.
O que me deixa abismada é que como em um circulo onde as mulheres apesar de objetificadas o tempo todo, se comparada com as mulheres não famosas tem mais voz , tem um certo de privilegio, como é que elas não conseguiram denunciar esse cara antes? Longe de mim julgar o silêncio alheio, mas essa observação que ficou martelando na minha cabeça me trouxe a lição de que sororidade nunca oi tão essencial como é hoje, como é entre as mulheres, uma voz sozinha pode ser silenciada, mas devemos estar prontas para dar suporte umas as outras. chega se nos questionarmos até onde vai a dominação psicológica e moral de uma corporação machista ?
Apesar do movimento ainda não ter mudado completamente o cenário em Hollywood e no resto do planeta, finalmente as pessoas parecem estar acordando para a cultura do estupro, ou o assedio velado; outros nome famosos foram denunciados após essa reportagem como: Kevin Space ( que perdeu o papel em House of card), Wood Allen entre outros, a lista é longuíssima, mas nos resta torcer para que o movimento não perca força e acima de tudo dar suporta as vitimas que tem a coragem de denunciar!