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Um Lugar Só Nosso é um YA da autora norte Americana, Maurene Goo.

O livro nos conta a história de Lucky, uma estrela do k-pop famosa em toda a Ásia, prestes a fazer seu lançamento nos Estados Unidos, por conta da pressão, Lucky entra em um colapso e vai atrás de sua liberdade, essa escapada a proporciona um dia especial na capital econômica da China.

Logo no início do livro Lucky relata muitos abusos a qual ela teve que passar na indústria do K-pop, que vai de assédio dos fãs — homens — há cirurgias, mesmo sendo menor de idade. Lucky é obrigada a seguir regras a respeito de seu comportamento, sua vestimenta e alimentação. Depois de fazer seu último show da turnê que englobou toda a Ásia ela percebe que perdeu o brilho, a chama ainda está lá, mas está apagada e toda a opressão que sofre do seu selo a faz surtar e sair em busca de quem ela realmente é.

Lucky sai em busca de um hambúrguer, ela conhece Jack, que faz freelance para um jornal como paparazzi, de início ele não sabe quem Lucky é, mas ao decorrer da história o poder sobe a cabeça e ele começa a orquestrar situações para ter material a vender depois. É lógico que ele também é seu par romântico, como todo e qualquer YA eles se apaixonam perdidamente um pelo outro mesmo se conhecem a poucas horas.

Um Lugar Só Nosso é um típico YA, nada novo acontece — a não ser é claro sua representatividade asiática — os personagens passam a narrativa praticamente toda comendo, a impressão que tive é que não sabiam com o que preencher as páginas e para resolver esse problema a autora aproveitou para apresentar as comidas típicas asiáticas.

Ponto positivo é a evolução da Lucky, não vou me estender e falar o que acontece. Mas, acreditem, é lindo. Lucky é ousada e arrisca tudo para seguir aquilo no qual ela realmente acredita. Vale a pena ler e ver de perto essa mudança.

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Já tinha um tempo que eu ouvia falar sobre os livros da Maurene Goo. Os leitores gringos soltavam tantos elogios à suas obras que, aliado ao fato de elas terem toques da cultura asiática, sendo a autora descendente de coreanos, logo me fez querer lê-los também, como a dorameira que sou. Assim, não pensei duas vezes e agarrei a oportunidade de ler Um Lugar Só Nosso e, assim, embarquei nessa leitura que prometia tanto.

Primeiro de tudo, já gostei de cara da escrita fluída e envolvente da autora que não só soube dividir bem os pontos de vistas entre Lucky e Jack como, mais ainda, apresentar paralelos tão interessantes entre eles, desde suas personalidades até suas respectivas vidas, que mais parecem estar em uma linha tênue no quesito sonhos, família, inseguranças e desejos.

Começando pela Lucky, a quem amei conhecer e a qual logo me apeguei. Por já conhecer e inclusive acompanhar grupos de k-pop há uns três anos, logo reconheci o background da jovem estrela que se apresenta visivelmente dividida entre o que vamos ver, ao longo do livro, como a clara diferença que há entre realizar um sonho e viver esse sonho de fato. Parecem a mesma coisa, mas Lucky é só um exemplo de como se pode estar realizando um sonho e, ao mesmo tempo, não vivê-lo realmente - ou pelo menos não como se esperava, gostaria.

Jack, por outro lado, é a personificação de alguém que sabe o que gosta de fazer, mas não sabe como fazer. Soa confuso, mas o rapaz se convenceu tanto da pressão passada pelos pais para que ele se tornasse bem sucedido em algo estável, que ele acabou não só fugindo desses desejos deles como, mais ainda, deixando de enxergar a si próprio e o que ele ainda tinha como opção, mas que insistia em usar apenas como um escape e, logo, se iludir com algo mais seguro e fácil por não acreditar em si próprio. Assim como com a Lucky, consegui me apegar à ele, ao passo que também queria puxar a orelha dele em alguns momentos ou oferecer um ombro amigo em outros.

É muito única a forma como a autora consegue unir esses dois personagens que, ao mesmo tempo diferentes, também tem tantas semelhanças e que, não só isso, juntos, conseguem confrontar um ao outro de formas sutis e, sem perceber, trazer toda uma reflexão sobre ter sonhos e correr atrás deles, sobre as alterações que esses sonhos podem sofrer, podendo até mudarem por completo ao longo do tempo e que não há nada de errado nisso, e sobre a importância de ser sincero, não só com quem nos importamos, como também com nós mesmos, seja com o que queremos ou não, sentimos ou deixamos de sentir, e afins.

E o melhor de tudo? A autora consegue fazer todas essas abordagens e reflexões em uma narrativa que se passa em grande parte em 24h e sem, contudo, perder o tom jovem e enérgico dos protagonistas. Assim, ao mesmo tempo que nos pegamos pensativos com uma ou outra fala ou gesto dos personagens, também nos envolvemos na aventura que eles vivem em um dia que, antes, parecera ser só mais um dia como qualquer outro em suas vidas. Nos pegamos envolvidos por esses personagens de forma tão intensa, conhecendo-os pouco a pouco em um espaço de tempo que parece tão curto e ao mesmo tempo tão longo, e nós rimos, sorrimos, suspiramos, às vezes nos emocionando ou ficando irritados com Lucky e Jack, como num YA como qualquer outro, mas com o bônus, de assim, como vários livros do gênero, nos fazer questionar e ver certas coisas por perspectivas além do padrão, de forma que não precisa conhecer o k-pop para ser envolvido pela leitura.

Mas nem tudo é perfeito. Justamente pela maior parte da história se passar em 24h e focar tanto em Lucky e Jack, a leitura se torna monótona em alguns momentos. Em meio a isso, também senti vontade de conhecer um pouco mais das famílias deles, além da abordagem um tanto superficial que temos pelas rápidas menções de Lucky e Jack sobre eles. Além disso, ao mesmo tempo em que o final me prendeu e não me deixou pausar a leitura até concluí-la, esse mesmo desfecho ficou abaixo da média que o livro estava tendo comigo até então. Entre um capítulo decisivo e outro, a autora resolveu inserir um salto de tempo de um ano na vida dos personagens que, mesmo com algumas explicações, ainda me fez sentir uma lacuna no final que eu gostaria que tivesse sido mais abordada, ainda que eu entenda, de certa forma, o porquê de ela ter feito isso. Ainda assim, foi uma quebra de tempo que me fez sentir levemente desconectada dos protagonistas e do romance, de forma que o feeling intenso de capítulos atrás se tornou morno no final.

Apesar disso, o livro está longe de ser ruim. No fim, continuo a recomendar essa leitura com muita veemência. Um Lugar Só Nosso, mais do que uma capa incrível, é também um YA gostoso e envolvente que aborda vários aspectos da cultura asiática misturada com a americana de forma leve e natural por entre os cenários destaques de Hong Kong, e que mesmo tendo k-pop na trama, vai conseguir cativar e agradar mesmo a quem não está imerso nesse universo, uma vez que sonhos, altos e baixos da vida, insegurança e desejos são coisas inerentes a muitas carreiras, cenários e culturas mais.

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"Um lugar só nosso", de Maurene Goo

“Um lugar só nosso” conta a história de Lucky, uma estrela do k-pop que sai por Hong Kong para aproveitar um dia longe do estrelato e Jack é um jovem paparazzo que topa essa aventura, a princípio sem notar quem é a garota esquisita que ele encontrou sem querer no ônibus, mas que então percebe que pode estar diante do que pode fazer sua carreira decolar.

A história é muito gostosa de ler, com um romance fofo e trechos com pequenas aventuras que fazem você ter vontade de participar da história com os personagens, andar pelas ruas de Hong Kong, provar as comidas e conhecer como seria a música de Lucky.

Além disso, os personagens do livro são todos muito bem construídos. Lucky é entusiasmada, determinada e muito madura para sua idade e suas atitudes e modo de pensar são muito bem baseados no treinamento e restrições que ela teria que enfrentar por fazer parte da indústria do k-pop. Jack também é muito bem pensado, com seu falso jeito descompromissado, mas com um latente senso de responsabilidade respaldado na maneira como foi criado e nas expectativas de sua família.

Outra coisa que adorei desde o momento que li a sinopse foi a semelhança com um dos meus filmes preferidos: “A princesa e o plebeu” (1953). A premissa dele é bem semelhante, mas ao invés de uma estrela do k-pop, a personagem principal (vivida por Audrey Hepburn) é uma princesa e está em Roma. Mas as conexões cinematográficas não param por aí. Maurene Goo muitas vezes faz referências aos filmes de Wong Kar-Wai, cineasta chinês conhecido por fazer filmes que se passam em Hong Kong e diretor de outros filmes na minha lista de favoritos, dentre eles “Amores expressos”, que também é um dos filmes que a Lucky gosta muito!

Se você gosta de romance, conhecer lugares novos, de cinema e fotografia, vale a pena dar uma chance para “Um lugar só nosso”, você não vai se arrepender. E, já que você está nessa, aproveite e assista os filmes citados também ;).

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Eu não sabia bem o que esperar dessa leitura, vi a capa do livro e achei lindíssima e quando li a sinopse achei a história bem interessante, então, decidi que iria ler, inclusive quebrei a minha lista de leitura para ler logo esse livro, porque ele estava gritando para mim que queria ser lido logo, eu atendi o pedido dele.

Ler esse livro foi tão bom, Maurene tem uma escrita muito gostosa e fluida, eu fui lendo o livro aos poucos, mas, cada vez que eu lia eu me pegava tão imerso na história que eu nem reparava quantas páginas eu já tinha lido, isso sem contar que eu fiquei tão ligado na história que eu queria saber qual seria o próximo passo dos personagens.

Lucky é daquelas protagonistas que nos conquista no primeiro momento da história e com o passar da mesma vai nos deixando cada vez mais encantado com a sua personalidade, a gente acompanha a história como se ela fosse uma amiga nossa. Jack ganhou meu coração com suas atitudes no começo da história, mas, ele tem umas escolhas a fazer e isso me deixou com muita vontade de dar uns sacolejos nele e dizer "meu filho deixe de loucura, você ainda tem dúvidas de qual atitude tomar?", mas, ainda assim é impossível não se encantar com ele. A Maurene sem dúvidas sabe como criar um bom personagem e como desenvolve-lo de forma impecável.

Achei a história tão despretensiosa, fofa e de uma leveza que eu realmente não esperava que ela fosse ter, eu não imaginava que precisava ler uma história assim nesse momento até ter terminado a leitura, sim o livro é um Young Adult com clima romântico, mas, a história entrega muito mais do que isso em seu plano de fundo, tratando principalmente sobre auto conhecimento e inseguranças. Amei ler esse livro, sem dúvidas lerei qualquer novo trabalho da autora que for lançado aqui no Brasil.

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Este livro foi concedido pela editora em troca de uma resenha honesta.


"Tudo bem, Jack. Calma. Fica calmo. Não tem problema se você sem querer SEQUESTROU UMA ESTRELA DO K-POP."


Lucky tem apenas 17 anos e a artista de K-pop mais famosa do Oriente. Com seus grandes olhos castanhos, sua peruca cor-de-rosa e suas botas de cano alto, ela arrasta multidões por toda a Ásia e está prestes a arrastá-las pelo mundo inteiro quando fizer sua estreia nos Estados Unidos.

É tudo que ela poderia querer. Tudo o que ela sonhou a vida inteira, mas agora não parecia ser tão incrível quanto ela achou que fosse. Lucky vive rodeada de seguranças, com uma dieta rigorosa e preocupante, e precisa tomar remédios contra a ansiedade e para dormir. Acima de tudo, ela precisa ser impecável.

Num inesperado acesso de rebeldia, Lucky consegue fugir, a princípio para ir atrás de um hambúrguer, mas lá no fundo ela sabe que não é só isso. Especialmente, depois de assistir duas apresentações suas lado a lado: Passado e presente. Quando ela ainda sentia algo inexplicável ao se apresentar, e quando ela via apenas uma casca de si mesma executando os passos que treinara mais de mil vezes.

Essa pequena aventura noturna acaba se tornando um tour quando ela encontra Jack.

Jack não sabe o que quer, mas de uma coisa ele tem certeza. Não quer viver a mesma vida de seus pais. Não que a vida deles seja ruim, porém ele não quer desistir de seus sonhos para ficar num emprego "tradicional" e seguro. Porém, apesar de amar a fotografia, Jack, por medo de enfrentar seus pais, resolve reprimir que isso pode ser sua verdadeira paixão e vocação.

Tentando não pensar muito nas decisões futuras, ele está tirando um ano sabático enquanto faz estágio num banco e faz alguns bicos com uma espécie de paparazzo. Ele acha o furo, registra e vende. Simples, fácil e o ajuda a se manter. Afinal, ele não está machucando ninguém, aquelas pessoas lutaram para ficarem famosas, seria de se esperar que cuidassem mais da própria imagem, não é?

É exatamente depois de registrar um furo que Jack conhece Lucky — como Fern, porque ele não faz a menor ideia de quem ela seja — completamente chapada de remédio e correndo sérios riscos de se machucar na rua ou coisa pior. 

Quando a menina desmaia em seus braços, sem nenhuma identificação, celular ou dinheiro, Jack resolve levá-la ao apartamento que divide com um colega até que ela acorde e resolva ir para casa. Entretanto, antes disso acontecer, Jack acaba descobrindo que a garota meio peculiar dormindo na sua cama é uma estrela do k-pop prestes a ser lançada numa fama mundial.


"— É como... música para qualquer um.

Os olhos dela se iluminaram.

— Música para qualquer um. Você fala como se isso fosse ruim. Mas, para mim, é uma coisa boa. As pessoas já estão bastante divididas no mundo. É um milagre oferecer algo de que tanta gente gosta."


Impulsionado pela ideia de um furo astronômico e pelo fato de Lucky parecer querer ficar o máximo de tempo possível longe de onde pertence, Jack usa todo o seu charme para manter a garota com ele fazendo um tour por Hong Kong, enquanto ele aproveita para tirar umas fotos da estrela às escondidas. Porém, o feitiço acaba virando contra o feiticeiro, e quanto mais ele conhece quem Lucky é de verdade, mais ele começa a cair nos encantos da moça e, embora Jack ainda pretenda vender as fotos e quem sabe uma matéria sobre ela, a possibilidade dos dois nunca mais se verem começa a sufocá-lo.

"Um Lugar Só Nosso" é um livro "fofamente" fofo de uma maneira super fofa. Com uma pitada daquelas fanfics de "esbarrei com um famoso, mas não o reconheci", Goo consegue ir muito além do óbvio e desenvolver um relacionamento de um dia como se os dois já se conhece há anos.

A obra fala sobre seguir seus sonhos e nunca desisti. Fala que não é errado você perceber que seus sonhos ou suas prioridades mudaram. Fala que, não importa o que seja, se você lutar, se esforçar e colocar seu coração naquilo, seu sonho pode sim se tornar real. Não há nada errado em desejar sua própria felicidade do que jeito que você desejar.

A leitura é bem levinha e rápida, ótima para sair da ressaca, e ficar com o coração quentinho por um bom tempo! Amei!

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Resenha | < #resenhacantinhodeliteratura > | Um Lugar só Nosso | @editoraseguinteoficial | @netgalley | @maurenegoo | 4,3🌟


📄 Oi meus seguimores, como vocês estão? Hoje é dia de resenha aqui no Cantinho.


💬❝Mas era possível ter ambas as coisas? Liberdade e aquela carreira?❞


📖 Lucky é uma jovem estrela do K- Pop. Ela conseguiu realizar seu sonho, mas o que fazer quando o sonho não é aquilo que esperamos?

📖 Jack é um garoto que ainda não sabe o que quer para o futuro, seu único amor é a fotografia, tanto que faz freela em um tabloide.

📖 Um encontro inesperado e um dia totalmente inesquecível. Duas pessoas com mundos diferentes, mas ambas precisando de algo a mais.


💬❝Talvez não haja nada certo. Mas algumas coisas são verdades claras.❞


📝 Um lugar só Nosso me foi cedido em ARC pela @netgalley e foi o meu primeiro contato com a escrita da autora @maurenegoo . E posso dizer que amei cada instante da história.

📝 Sabe aquela obra que mesmo sabendo o que irá acontecer encanta o leitor desde a primeira página? Pois bem, Um lugar só Nosso é exatamente assim.

📝 Com uma escrita fluida e envolvente a autora @maurenegoo leva o leitor a se envolver com os protagonistas da história. Não tem como ler e não gargalhar, sorri e até mesmo se emocionar com o encontro de Jack e Lucky.

📝 A história tem uma construção bem delineada e vai crescendo aos poucos, permitindo que assim o leitor possa entender o que cada um dos dois passa. Um ponto que gostei bastante, pois podemos compreender os anseios, medos e dúvidas de cada um deles.

📝 Além disso, a narrativa é feita paralelamente entre os dois, assim o leitor pode acompanhar como está sendo as situações para ambos. E já adianto, vocês vão se encantar por todos os instantes. A autora trouxe temas bem importantes de forma leve e sútil, o que deixa a experiência totalmente atrativa.

📝 Contudo, o ápice da história aconteceu muito para o final e com isso, particularmente, achei o desfecho um pouco corrido. Claro que isso não tira o encantado da história. Uma obra para ser lida em um tarde, pois é bem leve e também divertida.


📄 Por hoje é isso, espero que tenham gostado! Um ótimo dia.

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