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Gostei bastante do livro e fiquei envolvido em todos os contos. O Stephen King tem uma escrita muito envolvente e adoro os maneirismos de escrita dele, que ficam cada vez mais evidentes quando se lê alguns livros do autor. Acho que ele consegue misturar suspense com terror muito bem e não é à toa que é uma das maiores referências de ambos os gêneros. Super recomendo!

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Uma boa antologia.
Todas as histórias relacionadas a aviões, comerciais ou não, particulares, jato.
Os contos são interessantes, poucos realmente prendem atenção, mas de qualquer forma é uma boa antologia para passar o tempo e ficar com aquele friozinho na barriga sem motivo aparente.
Divertido e interessante ... cada história é uma emoção e uma nova aventura
Mas ,claro,
não sugerido para leitura em viagens aéreas.

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Terror A Bordo é uma coletânea de contos organizada por Stephen King sobre acontecimentos um tanto quanto estranhos ocorridos com vôos, aviões, passageiros e tripulantes. A coletânea traz 17 contos de vários autores. Podemos, ao ler estas pequenas histórias, conhecer um outro lado deles na arte da escrita

Admito que nem todos eu conhecia o trabalho, então foi meu primeiro contato, mas outros eu conheço bem e foi ótimo ver sua versão do que os aterroriza a bordo de um avião ou poderia aterrorizar.

Temos aqui contos de Stephen King, Ray Bradbury, Arthur Conan Doyle, Cody Goodfellow, Joe Hill, Richard Matheson, David J. Schow, Dan Simmons, Peter Tremayne E. Michael Lewis, Ambrose Pierce, Ambrose Bierce, Tom Bissell, Roald Dahl, James L. Dickey, E. C. Tubb, John Varley e Bev Vincent.

A introdução feita por King já é bem envolvente e confesso que só de ler, você já fica morrendo de medo de voar. King é persuasivo e consegue nos apavorar ao descrever o que é um avião e o que significa voar, ele mesmo admite que até certa parte de sua vida morria de medo e só depois de um quase acidente, foi que passou a encarar melhor a experiência de viajar desta forma.

Os meus contos preferidos foram os de Stephen King, Ray Bradbury, Arthur Conan Doyle.
O Horror nas Alturas, Arthur Conan Doyle: eu conhecia a escrita do autor por conta das histórias de Sherlock Holmes e foi ótimo conferir algo dele que não fosse centrado em desvendar crimes. Neste conto, ele relata a história de um homem que acreditava que estranhos acidentes e desaparecimentos estavam ligados a algo que existia escondido entre as nuvens, lá em cima, bem longe. O homem, ele mesmo, desapareceu e dele só ficou o relato do vôo que pretendia fazer para descobrir o que existia bem alto nos céus. Sem abrir mão do mistério, o autor cria uma trama que nos faz pensar sobre o que está nos observando lá de cima, o que voa sobre nossas cabeças e garanto que não pássaros.

A Máquina Voadora, Ray Bradbury: não é um conto que dê medo pelo desconhecido, como no anterior, mas que assusta por mostrar que o homem pode ser o pior dos pesadelos para seus semelhantes quando se sente ameaçado ou acredita que por certo ideais matar é justificável. O sacrifício de um pela vida de milhares. Será que podemos determinar o valor uma vida e decidir se ela pode ou não seguir?. Uma história de forte cunho moral, que adorei.

O Especialista em Turbulência, Stephen King: King é King e amo as viagens dele. Neste conto ele mostra um homem que faz parte de uma organização que evita desastres aéreos. O cara entra no vôo, e seja por força do pensamento ou qualquer que seja seu poder, ele impede que aquelas pessoas morram na queda do avião, melhor ele impede que o avião se acidente. É muito interessante, deixa a gente intrigado querendo saber como uma pessoa consegue fazer isso. Apesar de curto, é capaz de fazer a gente simpatizar com o personagem vendo apenas uma de suas intervenções. Eu queria uma livro completo, não apenas um conto, pois a história tem um potencial enorme para ser explorada.

Estes foram os meus contos preferidos, há outros bem legais e alguns que não me cativaram. No geral é uma obra bem bacana de conferir e ver como a imaginação destes escritores é poderosa.

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Leitura não recomendada para quem tem medo de avião assim como um dos organizadores dessa coletânea, o querido Stephen King. Ao lado da jornalista Bev Vincent o consagrado escritor apresenta 17 contos que compõem Terror a Bordo.

Os contos são de autores variados como o conhecido Arthur Conan Doyle criador do Sherlock Holmes ou Ray Bradbury autor de Farenheit 451. Os contos variam entre prosas e até poesias. Mas senti que o livro, como a maioria das antologias, não mantém um ritmo muito favorável à leitura.

Há partes em que é difícil não se desconcentrar, ora pelo fato do tema não ser abordado de maneira interessante, ora por serem escritas pouco fluidas. Acaba que o nome do King é mais atraente que os contos em si.

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Stephen King se juntou ao seu amigo/co-editor Bev Vincent para fazer uma seleção de dezessete contos dos mais variados estilos, por isso em Terror a bordo é possível encontrar de tudo um pouco e com apenas um único tema: aeronaves!

Nesses contos encontraremos seres monstruosos que farão os protagonistas questionarem a própria sanidade como em Pesadelos a vinte mil pés ou Diablitos, exploraremos os lados sombrios da guerra como em Pássaro de Guerra e Eles não vão envelhecer.
Zumbis nos ares, assassinatos e toda criatura que você possa imaginar, tudo isso o leitor encontrará nesses dezessete contos.

Vale destacar o conto Pesadelo a vinte mil pés. Nessa história encontraremos um passageiro tentando desesperadamente alertar a tripulação sobre uma criatura que está destruindo a fuselagem do avião, mas quem acreditará nele? E se ele estiver insano? O conto põe a prova a sanidade mental do personagem, mas e se ele estiver falando a verdade?

Por tratar-se de uma história de contos e de diferentes autores, é possível que o leitor sinta-se mais envolvido com uma história do que com outra, o que foi o meu caso. Alguns contos te prendem do começo ao fim, tem uma escrita fluida e interessante, mas em outros eu não me senti nada envolvida com a trama, por isso é bom que o leitor entenda que as histórias não tem o mesmo ritmo.

No geral foi uma leitura muito boa, alguns contos me arrepiaram a espinha e gostei muito da experiência, mas outros não foram tão interessantes, por isso sugiro que o leitor se aventure nesse livro sem muitas expectativas.
No mais não tenho muito para citar sem dar spoiler e por tratar-se de contos qualquer informação a mais que eu desse estragaria a experiência da leitura, pois as histórias são curtas.
Li o livro em ebook, então não tenho considerações finais sobre a obra física. O livro foi disponibilizado pela editora na plataforma netgalley.

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Terror a Bordo, é um livro que reúne contos bem interessantes (e olha que eu não costumo gostar de contos), com tensão na medida certa e que vão fazer com que o leitor fique grudado na cadeira durante cada um deles. Além disso, a apresentação de cada conto escrita pelo King fazem com que o livro chegue a outro nível, pois essas apresentações instigam o leitor a querer saber mais sobre os autores presentes na obra.
Texto completo no blog

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Senhor King e sua paixão por continhos.

Eu adoro contos! Especialmente quando eles têm inicio, meio e fim. Por outro lado, aqueles que soam como prólogos não simpatizo muito. Em meio aos dezessete que encontraremos por aqui notam-se vários estilos e tamanhos - passando do clássico ao contemporâneo - envolvendo um único objeto: as aeronaves. Quem tem medo de voar? Não posso comentar muito sobre isso, pois nunca coloquei meus pés num avião. Mas imagino que ficaria com medo pela altura e, talvez, pela possibilidade do meu organismo sedentário não acostumar. Ha!

Stephen King se juntou ao amigo e co-editor Bev Vincent para esta minuciosa seleção. É bem provável que você não conheça tanto de todos autores presentes - o que é um ponto bacana. É sempre legal conhecer um novo autor, não é? Muitos são conhecidos por suspense, sci-fi ou fantasia. Pois é, não precisa ficar com medo! Boa parte dos contos são leves, focando mais nas sensações dos protagonistas ao lidarem com alguma situação caótica bem longe do solo; um lado horrorizado, nem tanto sanguinolento.

Resolvi destacar alguns dos contos que conquistaram meu paladar sedento pelo estilo:

. A CARGA - E. Michael Lewis - não confundir com o autor Michael Lewis
Este autor foca bastante no horror em suas obras.
Sua carreira conta com outros contos publicados lá fora.
Em A Carga iremos até 1978. Sargento Davis fica encarregado da missão de transportar alguns caixões do Panamá até os Estados Unidos. A história por trás daqueles cadáveres não é nada bonita. Uma enfermeira e um jovem também estão a bordo. Nem é necessário dizer que, nas próximas horas, os três precisarão lidar com tormentos além da realidade. Com uma ótima construção do cenário, o autor consegue conquistar nossa curiosidade e formar algumas suspeitas em cima dos dois personagens calados na aeronave. Ainda há uma grande revelação que encaixa bem com a proposta.

. PESADELO A VINTE MIL PÉS - Richard Matheson
Um dos autores mais conhecidos da lista.
Ao longo da vida investia bastante na fantasia, sci-fi e horror - além de conquistar alguns prêmios importantes. Vários dos livros de Matheson já ganharam adaptações, como Eu Sou a Lenda e Ecos do Além.
Sr. Wilson - não o do Pimentinha - está lidando com uma das piores experiências de voo em sua vida. A ansiedade venceu, e agora o pânico está prestes a testá-lo. Ainda no início do trajeto, Wilson começa a visualizar uma figura deformada na asa do avião - tentando sabotá-lo. E sabotar é algo que a ansiedade faz bastante, não é? O protagonista não é bobo, sabe que suas reações alertarão parte da tripulação e, provavelmente, levantarão suspeitas. Ele até tenta confidenciar o ocorrido para uma comissária, mas parece que só ele enxerga o mal que aquela figura está prestes a causar. E então, de que lado o leitor ficará? Como uma pessoa que lida com isso diariamente - e que já se sabotou várias vezes pelo pânico da ansiedade - esse me atormentou um pouco mais, sobretudo por causa do final. Por isso, até posso afirmar que esse foi o meu conto favorito. Final perturbador, sem or. A escrita do autor nos enlaça com cada sensação vivida pelo protagonista. Minha primeira experiência de leitura com ele, que conheço mais pelas adaptações. Preciso conhecer as obras urgentemente.

. LÚCIFER - E.C. TUBB
Um clássico britânico por aqui.
Ao longo da vida, o autor investiu bastante no sci-fi por trás de seus inúmeros pseudônimos.
Este conto, aliás, garantiu um dos prêmios em sua estante.
Foi um dos que idealizei uma ótima adaptação.
O protagonista de Lúcifer é o atendente de necrotério Frank Weston. Talvez ele nunca tivesse cogitado, mas aquele belo anel do morto chamou sua atenção - tanto que acabou roubando. Mas Weston não sabia quanto poder nutriria suas mãos ao colocá-lo. E, claro, a ambição e o ego farão um belo serviço. O anel nada mais é que uma máquina do tempo. Com tanto poder, ele acredita que pode construir a vida que sempre sonhou. Mas um dia tudo isso irá acabar, e Weston lutará para impedir. Esse é aquele tipo de história que, conforme as páginas avançam, o leitor se dá conta que o protagonista quebrará a cara. Ha! E, querendo ou não, há certo sarcasmo na conclusão do autor. Acredito que a pitada canastra na construção do personagem foi algo bem perspicaz.

. VOCÊS ESTÃO LIBERADOS - Joe Hill
É claro que sr. King convidou a cria pra escrever, né gente!
O conto do Joe é um dos mais dinâmicos por aqui, apresenta mais de um ponto de vista.
Imagina você no ar e, do nada, inicia um confronto entre países - mísseis para todo lado. Um clima assombroso! E Joe nos apresenta passageiros distintos - alguns bem treteiros -, mas que no fim só pensam na última coisa que gostariam de ter feito. A escrita tem um tom bem moderno, cheio de referências, então dá uma bela quebra nos contos de narrativas mais densas - e outros maçantes. Minha primeira experiência de leitura com ele, que também conheço mais pelas adaptações.
Vergonha, né... Ha!

. A MÁQUINA VOADORA - Ray Bradbury
Um dos autores mais conceituados nesta seleção de King e Vincent.
Ray nos apresenta o imperador Yuan, que ocupava o trono - muitos anos atrás - perto da Grande Muralha da China. A tranquilidade se desfaz quando um servo lhe informa que há alguém sobrevoando próximo dali; num tom milagroso. Assim que o rapaz pousa, o conto segue para um caminho injusto e desgraceiro que é de chocar qualquer um. Mas é a cara do autor esse tipo de crítica. Só mencionei o conto pra dizer o QUANTO ODEIO O SER HUMANO. NAMORAL, CARA! Queria entrar nesse conto e fazer picadinho daquele imperador.

. ZUMBIS A BORDO - Bev Vincent
Bev também é outro autor por aqui que faz muito sucesso com seus contos de terror lá fora.
Em livros, ele prefere investir em não-ficção.
É claro que temos zumbis!
Se a série Creepshow durar o necessário, já até imagino que este aqui vai acabar sendo adaptado em um dos episódios por lá.
Zumbis a Bordo é aquela história de terror com "pegadinha" em sua conclusão. O autor nos apresenta a um grupo de sobreviventes - bem estilo The Walking Dead - que estão prestes a garantir mais um passo para salvação: fazer uma aeronave funcionar. Está tudo preparado para a fuga, mas pelo caminho encontram alguns errantes. O leitor só descobre o resultado deste confronto quando o narrador conclui o conto. Mesmo em poucas páginas, a escrita do autor cria a aflição e expectativa como ninguém.

. O ESPECIALISTA EM TURBULÊNCIA - Stephen King
Pouco antes do fim, finalmente ele!
Vi algumas resenhas mencionado que este conto meio que se conecta com O Instituto, um dos últimos livros do autor lançado por aqui. Até estou pra ler o meu exemplar, se eu soubesse tinha passado na frente. Mas acho que o efeito será o mesmo. Ha!
Desta vez, King nos apresenta a Craig Dixon, um homem misterioso que é... um especialista em turbulência. Mas o que faz um especialista em turbulência? Garantir a segurança da aeronave. Craig não conhece seus contratantes, mas continua no trabalho, pois não há do que reclamar das bonanças. Entretanto, ele está um bom tempo neste ramo; nunca escolhe os voos... ELES escolhem. No último voo escolhido, Craig se vê ao lado da senhora Mary Worth e a tentará com uma proposta que mudará sua vida. Muitos vão se iludir com o título da antologia e criar muita expectativa. Nem todos os contos ficam no tom sanguinário, o que é o caso deste. Só pelos filmes a gente nota que uma turbulência em um voo não é nada atrativo, então bem difícil os passageiros não ficarem nervosos. Por fim, chega esta figura misteriosa ao lado de Mary, tentando fisgá-la ao desconhecido... é algo mais das sensações dela.

. ASSASSINATO NAS ALTURAS - Peter Tremayne
Mais um conto da terra de Betinha por aqui.
Só mencionando porque amei o fato de ter um mistério no meio dos escolhidos.
Apesar dos poucos suspeitos em cena conquistou meu interesse, instigando, para entrar no clima da investigação. Bom, não preciso resumir muito, mas um corpo é descoberto durante um voo e, por um acaso, alguns conhecidos da vítima estão a bordo. Resta ao criminologista Gerry Fane solucionar o caso! Fiquei curiosa pra conhecer os outros mistérios do autor.

Em meio aos contos clássicos o leitor ainda vai se deparar com histórias de sir Arthur Conan Doyle e Roald Dahl - que também entram na seleção dos não assustadores, mas sim envolvendo emoções em relação aos seus personagens e uma pitada poética. Há outros contos com tom mais dramático, como um que destaca certo remorso de um soldado, levando-o a uma escolha trágica na conclusão. A seleção de King e Vincent é bem simpática e atrativa, mas senti falta de uma diversidade no meio dos autores.

Parte das histórias deveriam se conectar a um ritmo para o leitor não perder parte do interesse. Como mencionado, há contos mais longos do que outros. Não falo pelo tamanho, porque desanimei com um ou outro menor e isso explica bastante minha avaliação. Mas entendo que a organização preferiu manter a certa expectativa para alguns dos autores, como o próprio King. Não esperava encontrar um grande tom sanguinário e/ou aterrorizante em todos, mas falta um toque a mais pra manter um interesse em alguns dos selecionados, quebrando a dinâmica de uma leitura de contos que geralmente leva um dia, né?

Concluo a resenha avisando que estou finalizando Com Sangue - uma outra coletânea de contos do King - e ele realmente anda usando um tom mais calmo, explorando o ar ao redor e mais político. Tanta coisa espantosa acontecendo na vida real que nada mais justo que retratar. E essa é a graça da escrita - e isso vale para todos os autores presentes nesta antologia, já que boa parte sempre investiu/investe em diferentes estilos - se reinventar através dos anos e acontecimentos.

Caso você simpatize com um terror repleto de suspense, fantasia e sci-fi, não deixe a oportunidade de conhecer o trabalho desses autores passar. Terror a Bordo te levará numa viagem bem estranha, mas irá te entreter com suas conclusões nem sempre tão esperadas. A maior graça do terror é nos enganar em relação ao protagonismo e seus assombros.

Edição lida em e-book e cedida pela editora através da plataforma NetGalley, em troca de uma resenha honesta. Acredito que a minha edição já se encontra finalizada, pois está com capa e todos os outros dados - e não há erros; está com uma ótima revisão. Adoro o trabalho com as referências, sempre compreensíveis. Aprecio o trabalho com a capa - gostei mais do que as outras edições gringas que vi, certamente por causa do vermelho! Ha!

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Senhores passageiros, preparem-se para um voo turbulento, conduzido por Stephen King e Bev Vicent, cuja passagem é fornecida no Brasil pela Suma de Letras.

Eles, junto com doze outros autores, lhes conduzirão por experiências desesperadoras, sobrenaturais, bizarras e envolventes, acima de 20 mil pés. Talvez seja uma boa ideia ler em terra firme!

Neste livro encontramos quatorze contos completamente diferentes entre si, reunidos por Bev e King, motivado em grande parte por este segundo, seu medo de voar que foi sendo superado aos poucos e a única certeza envolvendo aviões (que eles vão descer, independente da maneira rs).

Confesso que de início tive certo receio de que as histórias acabariam sendo repetitivas, devido a temática, no entanto, isto não aconteceu. Temos contos diversos entre si, que envolvem acidentes aéreos, situações sobrenaturais, situações traumáticas à bordo, crimes... Enfim! Existem contos para todos os gostos, até mesmo para os que curtem poesia, e este é um dos pontos positivos do livro.

Por ser um livro de contos, é extremamente normal que alguns se destaquem mais que outros e que acabem chamando mais a atenção o leitor. Em meu caso, em especial, acabei gostando muito do primeiro conto – A carga, que abre a antologia, assim como dos contos escritos por King, Joe Hill, Dan Simmons, Ray Bradbury, Peter Tremayne e Bev Vicent.

No entanto, assim como alguns contos foram super envolventes, outros acabaram se tornando pouco cativantes e deixando a leitura mais lenta. É aquela questão: existem contos incríveis e outros medianos, o que já era esperado, de certa forma. É quase impossível que um livro de conto escrito por quatorze autores te agrade em cada um deles.

No geral, esta foi uma boa leitura, na qual me vi presa e acabei por passar bons momentos conhecendo novos enredos e curiosa pelo que viria a seguir. Portanto, se você procura um livro de contos para ir lendo aos poucos, com boas histórias e com vários autores incríveis, eis aqui uma boa sugestão. Só não sei se seria bom ouvir o King e lê-lo em meio a uma turbulência!

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Essa leitura se arrastou realmente como uma obrigação. Gostei mesmo de um conto e teve uns três que foram bem bacanas, mas não inesquecíveis. Ler o restante foi um suplício (e o que era aquela poesia no final?).

Alguns contos foram boas, porém, não foram inesquecíveis: o de Joe Hill, por exemplo, que sim, gostei bastante, apesar de ter me irritado com uma coisa em específico: americanos, eles sempre se acham os heróis nas histórias, os grandes mocinhos (e, bem, com a pandemia de Covid-19, vimos que eles estão bem longe disso, comprando suprimentos de outros países na esteira dos aeroportos, enviando cloroquina aos montes para o Brasil...). Neste conto, o tema "armas nucleares" é abordado em algum momento e claro que ninguém (nem mesmo o autor, narrando) lembra que os "grandes heróis americanos" soltaram duas bombas atômicas no Japão, dizimando milhares de vidas civis e condenando muitas outras por anos a fio. Mas, né, americanos... percebi, com esse livro, que estou com um profundo ranço dos EUA.

O meu conto favorito de todos: "Pesadelo a vinte mil pés", de Richard Matheson. Vocês já ouviram falar daquela história de um cara que viu um homenzinho estranho na asa do avião, pronto para destruí-la? Não sei vocês, mas toda vez que eu entro em um avião lembro dessa história... mas nunca a tinha lido! E foi muito bom lê-la, o conto é ótimo, foi o que mais valeu para mim na coletânea.

Também gostei do conto "Assassinato nas alturas", de Peter Tremayne, uma história rápida sobre investigação, mas com um desenvolvimento competente e divertido e um desfecho bem satisfatório. Leria mais do autor.

Gostei do conto do Stephen King também. E tudo que ele faz, ultimamente, é bem cinematográfico, foi divertido de ler, mas, né, pecou e muito na organização. Já o do outro organizador, Bev Vincent, foi bem mais ou menos, também é cheio de americanos se achando a "última esperança da humanidade"... *insira rolar de olhos*

Agora, o que foi o conto "Pássaros de guerra", de David J. Schow? Que bomba! Eu só não joguei o livro longe porque estava lendo no Kindle e não quis danificar meu aparelho. Horroroso, com uma escrita arrastada, o meu cérebro vagava em milhares de direções (e, cá entre nós, li numa velocidade aumentada, pulando algumas partes, porque é sofrível). Que fixação gigante é essa que americanos têm por guerras e serem os heróis delas?! E o trecho extremamente machista? Eu até grifei:

"--  Filha da puta barriguda -- disse Mars, ecoando as palavras de um comandante chamado Keith Schuyler.
-- Eu gosto de mulheres grandes -- disse Tewks. -- Tem mais pra apertar.
-- Ela se move rápido pra uma grande assim -- disse Coggins.
'Ele poderia estar falando sobre a esposa nos Estados Unidos ou sobre a aeronave', pensou Jorgensen. Como a se a diferença tivesse importância. Talvez a envergadura da mulher dele fosse maior do que a fuselagem."

Sério?! E eu fui procurar, o autor está vivo, os organizadores (sim, Stephen King, estou olhando pra você!) e os editores americanos bem que podiam ter falado com o autor "então, amigo, esse trecho é completamente horrível e desnecessário, que tal remover/reescrever?". Caramba, sabe? Que cansativo ser mulher e/ou ser gorda e ler uma coisa dessas.

E aliás, cadê um conto (UM ÚNICO CONTO) de uma autora mulher neste livro? Sério que os organizadores não conseguiram encontrar NENHUMA MULHER MESMO? Caramba, sabe, o Stephen King chamou até o filho, Joe Hill, mas foi incapaz de pelo menos chamar a própria esposa, Tabitha King? Ou qualquer outra autora de terror? SÉRIO MESMO?

Achei um livro bastante dispensável - pelo menos como ficou o resultado final, apesar da ideia criativa -, com uma organização mediana para ruim, preguiçosa às vezes. Stephen King me decepcionou dessa vez.

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Não posso categorizar Terror a Bordo como uma obra propriamente dita de Stephen King, mas como organizador da antologia houve uma seleção bem diversa que possibilitou olhares dos mais variados tipos possíveis de medos e períodos, fazendo com que pudéssemos entender de melhor forma um medo que não necessariamente temos.

Se você é um dos que assim como eu não tem medo de avião, depois de Terror a Bordo pode ser que tenha uma percepção um pouco diferente. Vale a leitura!

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Um livro maravilhoso, nao vejo a hora de ter o físico dele. Uma história bem interessante. Se tiver a chance de ler, sera uma leitura rapida.

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Todo leitor já passou pelo dilema de abandonar ou não um livro, certo? Eu mesma pensei várias e várias vezes em abandonar a leitura de Cujo enquanto a ressaca literária ainda estava no inicio (volte duas fotos para entender melhor), mas acabei persistindo até o final da leitura.

O mesmo, infelizmente, não aconteceu com a leitura da coletânea de contos "Terror a Bordo", lançado este ano mesmo pelo selo Suma de Letras. Sempre falei sobre minha dificuldade em ler contos por não me conectar os personagens e as histórias, mas mesmo assim tentei ler essa obra que tem curadoria do Stephen King. São histórias de terror e mistério que se passam em uma avião, histórias que se passam em várias épocas diferentes e escritos por vários autores. A premissa da coletânea é muito boa mas eu não consegui nem chegar a metade do livro, todas as vezes que peguei para ler acabei dormindo durante a leitura... O que, sinceramente, é bem estranho pois eu ainda estava de quarentena e não estava cansada da rotina para acabar caindo no sono. É horrivel ter que tomar a decisão de abandonar uma leitura que não está fluindo, mas é muito pior insistir nela e acabar só se sentindo pior a cada página. ͏͏

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Confesso que fui com muita sede ao pote com esse livro. Eu fui esperando coisas incriveis por se tratar de uma antologia sobre o maior medo do meu autor favorito, mas achei ele meio estranho. Nem todos os contos me prenderam e ele é cheio de altos e baixos, a metade dos contos me prendeu, a outra metade nem tanto. Mas e uma boa leitura pra entender mais do gosto do King.

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Livros de contos são caixinhas de surpresa. E é raro eu gostar de todos os contos.
Este não foi exceção. Um dos contos senti como se eu estivesse lendo por obrigação.
Mas foi só um! Todo o restante valeu muito à pena!
Stephen King e Bev Vincent nos trazem uma lista de autores com alguns nomes super conhecidos, mas que ao começar o livro eu nem imaginava que pudessem estar ali e outros que eu não conhecia, mas que chamaram minha atenção.
Entre os conhecidos temos:
- Arthur Conan Doyle, com uma história fantástica (em todos os sentidos) sobre criaturas dignas de um filme de ficção científica.
- Dan Simmons, autor de O Terror, que virou uma série que eu adorei (atualmente na Amazon Prime Video), com um conto sobre um cara que não queria estar em um voo e fica imaginando tudo de horrível que poderia acontecer no caso de uma queda.
- Ray Bradbury, famoso escritor de ficção científica, autor de vários romances e muitos contos, provavelmente mais conhecido por seu primeiro romance, Fahrenheit 451 (sempre atual!), com um conto curtinho, mas extremamente inteligente.
- Joe Hill, filho de King, mas que definitivamente já conquistou seu lugar ao sol, com um conto tão realista, atual e assustador... foi meu favorito!
E é claro, somos presenteados com contos dos dois editores desta compilação incrível. Stephen King traz um conto inédito que, na minha humilde opinião, renderia uma ótima série. E Bev Vincent (confesso que eu não conhecia seu trabalho) traz um conto eletrizante cujo título foi inspirado no filme Serpentes a Bordo.

A ideia toda do tema é fantástica e o livro traz histórias que vão da típica história de detetive, a questões éticas e políticas, até seres fantásticos! Um pouco de tudo para leitores de todos os gostos!
A introdução e o posfácio aproximam o leitor desta compilação e do seu processo de criação, dando o acabamento perfeito!
E definitivamente esta não é uma boa obra para ser lida durante um voo!!!!

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Terror a Bordo certamente vai deixar qualquer um que tenha pânico de altura com calafrios durante a leitura, em muitos contos eu senti meu coração acelerar, minhas mãos suaram, meu corpo ficou gelado. Em outros, senti a adrenalina correr pelo corpo, fiz planos de como seria possível sair de tais situações se eu estivesse nelas. São dezessete histórias que não têm ligações umas com as outras, foram escritas por autores diferentes e em épocas diferentes, a maioria dos contos não é conhecida, embora seus autores sejam renomados.

Como em toda antologia, alguns contos se sobressaem e outros não nos agradam tanto, Terror a Bordo possui contos de muita qualidade, mas precisamos levar em consideração que alguns deles foram escritos muitos anos atrás quando o avião ainda estava surgindo. Todos os contos são muito bons, eu me surpreendi com a variedade nas tramas, por mais que todas se passem em aviões, cada uma delas é inesperada, ao começar a leitura não sabemos o que vamos encontrar pela frente.

Os contos que mais me agradaram foram A Carga, Zumbis a Bordo, Assassinato nas Alturas e Lúcifer, que são as histórias que destaquei na resenha e contei um pouco sobre elas. Mas tem muitos outros contos que eu gostei demais também, como O Especialista em turbulência (do King), Ataque Aéreo (do John Varley), Vocês estão Liberados (do Joe Hill) e Diablitos (de Cody Goodfellow).

A obra conta com introdução de Stephen King e posfácio de Bev Vincent ( ambos também têm participação na antologia com histórias excelentes). Eu gostei muito da leitura e recomendo. Quem tem medo de terror pode ler, tirando o primeiro conto e o de zumbis (para quem tem medo destas criaturas) os demais são mais tranquilos, mesmo os que trazem algum tipo de criaturas assustadoras.

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Essa antologia me deixou bastante dividida, pois enquanto eu adorei vários contos, outros eu não entendi nada (ou ao menos boa parte). Não achei o tema repetitivo, pois percebi que dá para explorar muita coisa ao redor do tema de voo e achei interessante todos que foram expostos no livro. Também me surpreendi a encontrar autores de todos as décadas, inclusive alguns já bem conhecidos como Arthur Conan Doyle e Ray Bradbury. Tive o meu primeiro contato com o Joe Hill e me senti encantada pela maestria da sua escrita e em como ele escreve contos tão completos. Achei incrível! Acho que por isso mesmo tive muitas sensações com o livro, alguns finais queria ter tido algo diferente, em outros contos gostaria de ter tido um pouco mais, mas, acho, que a maioria me agradou e me tirou da minha zona de conforto, me deixando bem desconfortável e desconfiada com aviões. De qualquer modo, é um livro que recomendo. Mas já adianto que ele não é totalmente terror, já que há contos de ficção científica, suspense e até um poema. Por isso leia-o esperando apenas histórias estranhas sobre voos ainda mais estranhos, assim será mais fácil se surpreender e aproveitar a leitura, como eu fiz.

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Já deixei claro por aqui que o King não figura entre meus autores favoritos, pelo contrário ele está bem no finalzinho da lista. Mas ainda assim eu peguei esse livro para ler porque no caso ele editou o livro e só escreveu um dos dezessete contos que compõe a antologia. E das histórias que li do autor uma das poucas que gostei tem um avião, Os Langoliers. Sem falar que tem contos de alguns autores famosos como Arthur Conan Doyle, Ray Bradbury, Roald Dahl e Joe Hill. Por isso resolvi me arriscar. Mas infelizmente acabei não gostando tanto assim. Apesar de ter a palavra Terror no título poucos são os contos que realmente tem ele na história. E também é um ou outro que a história acontece obrigatoriamente um avião porque a maioria das histórias poderia se passar em qualquer lugar. Mas acabei gostando de alguns contos. Um deles foi o conto A Carga escrito por Michael Lewis que narra um transporte de vários caixões de um grupo que fez um suicídio coletivo. Outra história que gostei bastante foi Lúcifer de E. C. Tubb que fala sobre um anel que ao ser pressionado volta 57 segundos no tempo. E para minha surpresa gostei muito do conto do King, O Especialista em turbulência. Dos outros contos temos alguns medianos e outros que não gostei mesmo, o que é normal em uma antologia. Mas ainda assim indico o livro para fãs do gênero.

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