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Desde "A Seleção", eu sei que o forte da Kiera Cass não é escrever sobre política, porque sempre que ela tenta se aprofundar, acaba patinando. O que busco em um livro da Kiera é sempre uma narrativa fluida e boas interações entre as personagens, com alguns momentos divertidos e um casal interessante. Ela consegue entregar isso na maioria dos seus livros, alguns mais, outros menos.
"A Prometida" é sobre Hollis, uma jovem da corte do reino de Coroa (um nome horrível, mas a Kiera nunca foi das melhores com nomes) que entrou no radar do rei Jameson, que está à procura de uma esposa. Logo o rei demonstra interesse em pedi-la em casamento, Hollis parece apaixonada por ele e tudo anda relativamente bem. Só que ela acaba se encantando também por Silas, um jovem de Isolte, um reino vizinho que não mantém as melhores relações com o restante, cuja família pediu asilo político em Coroa.
Mais uma vez Kiera Cass nos traz um enredo com realeza e triângulo amoroso, mas faz isso de forma decepcionante. Hollis é uma personagem sem carisma e sem personalidade. Em boa parte do livro, fica tentando dizer que quer que a vejam como ela é, mas o leitor não faz a menor ideia de quem é Hollis. Ela não se apresenta para nós, as coisas são ditas e não mostradas - e ela não nos convence. Quando chegam pontos críticos da história, sequer há tempo de se importar com o que está acontecendo, porque não apenas Hollis, mas a maior parte das personagens, é mal acabada. Não comove, não envolve. Eu não consegui abraçar as suas motivações, entender as suas decisões ou torcer por ela.
Falta de personalidade é um problema geral no livro. De acordo com o caminho que Kiera quer tomar, ela muda completamente o jeito de ser de uma personagem. Para mim, foram tentativas falhas de tentar criar reviravoltas que não funcionam, além de forçar que o leitor simpatize com quem ela quer que simpatizem.
80% do livro segue um caminho tedioso, os 20% finais andam em um sentido oposto - mas, para aquilo funcionar, você precisaria ter criado elos com as personagens. A essa altura, só fica extremamente... chato. Eu tentei me agarrar a detalhes, mas Hollis, Jameson, Silas, Delia Grace... meu Deus, estava impossível me interessar pelo que acontecia com eles!
A melhor personagem é a Valentina. Ela, sim, tem uma história a contar - adoraria ler um livro sobre ela, há um magnetismo natural na personagem. Eu queria saber mais sobre ela, mas infelizmente estava presa na cabeça vazia de Hollis. Tenho medo que ela acabe sendo levada pelo caminho que Celeste ganhou em "A Seleção".
Etan é o melhor dos personagens masculinos e teve muito mais química com Hollis que Jameson e Silas juntos.
Tenho muitas teorias (bem óbvias) para o próximo livro, que devo ler apenas para concluir, mas não irei com sede ao pote.
O que me decepcionou de verdade foi sentir que Kiera desperdiçou o tempo inteiro questões que ela mesma levantou ao longo do livro. De início, por exemplo, ouvimos que as rainhas em Coroa são muito mais lembradas que os próprios reis, marcaram a História do reino com grandes feitos. Logo em seguida, o livro nos leva por um caminho contrário. Isso é uma constante no livro - o discurso é um, o que acontece é outra coisa e fica incoerente. E não é de propósito, Kiera parece se esforçar pra tentar fazer com que a gente acredite que aquilo que sai da boca dos personagens é a realidade, mas não consegue sustentar isso na escrita.
Quanto mais eu penso sobre o livro, mais incomodada eu fico. Ela deu muito mais atenção do que costuma ao enredo político e penso que isso também foi um grande problema, porque é um ponto fraco da autora. Se tivesse usado apenas como um detalhe (como em "A Seleção") e se concentrado mais em construir os relacionamentos entre Hollis, Jameson e Sillas, tudo que acontece a partir da metade do livro faria muito mais sentido para o leitor e também comoveria mais. A impressão que fica é que o livro foi escrito às pressas, que a autora não conhece Hollis o suficiente para se atrever a contar a sua história. Infelizmente, o mais fraco da Kiera Cass, e poderia ser diferente.
(Ah, e se já não tínhamos muita representatividade nos outros livros, esqueçam de esperar isso de "A Prometida". Além de tudo, é o mais padrão e a protagonista inclusive constantemente ouve que não parece do reino porque tem a pele muito clara e o cabelo muito loiro. Uau, que sofrimento!)

Uma leitura deveras decepcionante.
Confesso que minhas expectativas estavam bem altas. Por ser fã da Kiera Cass, e da série A Seleção, imaginei que A Prometida - apesar de semelhanças com sua predecessora, como palácios, reis, vestidos e jóias - seria um novo livro; empolgante, com tramas interessantes e maduras, personagens cativantes e apaixonantes... Porém, eu estava errada.
Hollis Brite é a protagonista, vive com seus pais na corte de Coroa, um reino, aparentemente, amistoso. Delia Grace é outra dama da corte, e sua melhor amiga. Sem nenhum motivo especial, dentre todas as garotas, o rei Jameson tem uma preferência por Hollis. Ela se torna, então, a prometida, futura rainha de Coroa. Mas é claro que as coisas não poderiam ser simples. O amor, ou afeição, que Hollis parecia dedicar ao rei é completamente esquecido quando um surge estrangeiro na corte. Vindo do reino vizinho com sua família, Silas e Hollis se apaixonam a primeira vista - LITERALMENTE, após uma troca de olhares, ambos já se sentem diferentes, sentem que são o amor da vida do outro. E a partir daí é só ladeira abaixo.
A história até parece um pouco interessante a partir da sinopse, mas, na realidade, não é nem um pouco assim. As personagens não tem carisma, não são bem desenvolvidos, as coisas parecem acontecer só por acontecer, sem nenhuma motivação consistente ou crível. Não é possível se afeiçoar a ninguém, todos os personagens parecem descartáveis e insossos. Ok, todos é exagero, mas a maioria sim. Poucos personagens são capazes de passar empatia para o leitor. A história, em muitos momentos, é mirabolante - em um sentido ruim.
Terminei o livro com uma sensação de desapontamento, misturada com frustração. A prometida termina com uma tentativa de gancho para o próximo livro. Irei ler? Provavelmente. Com um pouquinho de esperança de que a história melhore, mas sem realmente acreditar que isso vá acontecer.

Aqui vamos conhecer Hollis Brite, a garota do castelo de Keresken, que agora compete com outras damas da nobreza para conseguir o coração do cobiçado rei de Coroa, Jameson. Com os sorrisos constantes em sua presença, ela tem certeza que roubou a atenção e o prêmio requisitado do homem mais influente do reino. E quando está tudo certo de que ela será a prometida do reino, um par de olhos azuis surge para revirar suas certezas. O dono deles, Silas, parece ser algo que ela sempre sonhou. Só que ela já prometeu seu coração ao rei... Pode dar tudo certo quando as submissões à coroa são necessárias e há segredos escondidos por trás dos olhos azuis e dos sorrisos do rei?
A Prometida tem uma das capas brasileiras mais bonitas que eu já vi, assim como a diagramação e os detalhes da edição, além da tradução e revisão impecáveis, de verdade, está muito limpo e lindo. No entanto, o problema do livro vai no enredo e na construção de alguns personagens.
Se você é apaixonado pela escrita de Kiera e precisa de uma leitura rápida, "A Prometida" pode sim ser uma opção - vestidos, festas, bailes, reis, o jogo da nobreza... Estão todos presentes aqui, mas não espere uma comparação com A Seleção, pois a trama de A Prometida é completamente diferente e, no final, posso dizer que segue por um caminho completamente oposto, que espero ser resolvido em breve...

O grande problema de 'A Prometida' (além de uma protagonista chatinha) é o fato dele vir depois de 'A Seleção', a autora não consegue superar a sua trilogia inicial, parece presa aos plots de realeza, de YA com personagens ambíguos e que tudo se resolve rapidamente. Até mesmo os sentimentos. parecem frios e não envolvem. Na realidade, não consegui torcer por ninguém, não consegui me apaixonar pela história.

2.5 estrelas
Agradecimentos especiais ao Netgalley e a Editora Seguinte por ter fornecido uma cópia gratuita do e-book em troca de uma resenha honesta.
Você gosta de A Seleção? Sim? Então não leia esse livro.
"Por uma fração de segundo, me vi completamente esmagada pela humilhação."
O tão aguardado comeback de Kiera Cass finalmente aconteceu! Eu gostaria de dizer que foi um sucesso, tudo o que eu queria, mas não foi. Na verdade, foi o contrário.
Hollis Brite é nossa mocinha. Vinda de uma família nobre, ela está nas graças do rei Jameson de Coroa que procura uma nova esposa para se casar o mais breve possível com ele. Hollis gosta do rei? No começo, não sabemos. Ora ela está indiferente com a atenção dele, ora ela decide que sua missão de vida era fazê-lo sorrir. E isso só foi o começo a confusão que Cass causou.
"O legado das rainhas coroanas havia deixado marcas no continente inteiro, e talvez esse fosse mais um dos atrativos de Jameson. Ele não era apenas bonito e rico, não tornaria a moça apenas uma rainha...mas uma lenda."
Os mocinhos também não são muito mais esclarecedores do que Hollis.
O rei parece ter uma versão meio deturpada e material do que é amar, ou até mesmo, gostar de alguém. ~SPOILER~ Encha sua mina de presentes e venda os filhos dela — que ainda nem foram gerados —, sem avisar, para outros reinos. Tudo certo.
Silas Eastoffe. Como posso começar a explicar Silas Eastoffe? Bem, acho que posso iniciar com: "eu deveria me apaixonar por ele?".
A família de Silas acaba de chegar do reino de Isolte buscando refúgio em Coroa e, bastou Hollis olhar para Silas uma vez e pronto, se tudo já estava indo ladeira a baixo, começou a ir ladeira a baixo na velocidade turbo. Eu não vou falar muito porque não quero dar muitos spoilers para os guerreiros que ainda vão ler, mas sério como alguém vai de America e Maxon para isso, eu não sei.
"Antes de eu nunca mais falar com você de novo… será que me concederia um último beijo?"
A Kiera ainda tentou colocar uns enredos secundários que chamassem atenção, tentou usar o fator choque para subir o nível do livro, mas infelizmente, deu tudo muito errado. Foi tudo muito raso, subdesenvolvido e insubstancial. Difícil de engolir e difícil de entender. Daria um bom primeiro rascunho, mas não funcionou como livro finalizado.
"Não, eu não sou o menino por quem vocês esperavam. Não, não me tornei rainha. E, sim, envergonhei nossa família publicamente. Mas por que se importam com essas coisas?"
Corta meu coração escrever uma resenha negativa sobre um livro de Kiera, afinal, além de ser uma das minhas autoras favoritas e de eu ter esperado tanto tempo por algo novo, eu cresci lendo suas histórias. Porém, acontece… Creio que darei mais uma chance para a história do Hollis no próximo livro, mas, dessa vez, já lerei não esperando muita coisa.
A Prometida está planejada para ser uma duologia, mas aviso que se você tiver leituras atrasadas ou algo melhor para ler, faça-o.