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Impossível não amar a escrita da Tati! Me identifiquei demais, ri, chorei , do jeitinho que imaginei! Realmente ser mãe é nunca mais ficar sozinha!

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Karine desenvolve uma amizade com Beth, uma das enfermeiras que a atendem em seus exames durante a gravidez, e passa a contar a ela várias de suas lembranças envolvendo seu relacionamento com a própria mãe e outras mulheres de sua família, como a avó e as tias. A partir desses casos narrados pela protagonista, o leitor começa a compreender o que Karine projeta em sua gravidez e na maternidade, tudo com muito bom-humor, como próprio da autora Tati Bernadi.

Os relacionamentos abordados nessa história são bastante complexos e aparentemente não são bem compreendidos pela protagonista. A mãe de Karine se mostra muito controladora, dando a entender que essa é uma relação abusiva, com atitudes absurdas da mãe que refletem diretamente no comportamento e na vida da filha. Porém, conforme conhecemos as demais componentes da família, percebemos que esse é um comportamento herdado, ainda que não geneticamente, mostrando situações descabidas em que todas as mulheres se sentem à vontade para agir de maneira tóxica umas com as outras.

Karine transparece ter marcas profundas desses relacionamentos, como culpas e traumas que ela própria não consegue identificar, mas que estão presente em suas falas. Isso nos faz pensar em quantos comportamentos são reproduzidos sem que as pessoas se deem conta disso, ainda que sejam situações com as quais elas próprias tenham sofrido, por serem comportamentos aprendidos e nunca analisados de forma direta.

A autora quebra algumas expectativas sociais com sua obra, abordando a idealização da gravidez e maternidade, que coloca sobre os ombros das mulheres um peso excessivo e que se reflete posteriormente nos filhos e em seus relacionamentos com suas mães.

Eu recomendaria o livro especialmente a mulheres, pela natureza dos relacionamentos familiares tratados, sendo impossível não se identificar com as personagens em diversos momentos narrados. Essa é uma leitura engraçada ao mesmo tempo que profunda, que provoca questionamentos e expõe assuntos complexos com muita leveza.

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Tati Bernardi mais uma vez acerta. E dessa vez em uma obra desconcertante sobre a imposição da maternidade na sociedade. Como empurram o fato de uma mulher gerar, transformando em um evento um processo longo de transformação. Maternar é algo forte, mas não é toda mulher que está pronta pra deixar de ser filha e ser mãe. E neste livro vemos isso com tamanha clareza. Tá tudo bem não saber tudo, principalmente se você vai ter uma vida inteira pra descobrir o significado figurado e literal da palavra, mãe.

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É uma delícia ler Tati Bernardi. Nesse livro, a autora aborda diversos assuntos relacionados à maternidade com seu humor ácido característico. Um ótimo livro para dar boas risadas. Adorei!

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Uma leitura rápida e diferente das que tenho feito ultimamente. A autora escreve num tom confessional que por vezes eu me peguei pensando se era autobiográfico. Explico: não conhecia a autora e o livro foi uma sugestão da editora através do NetGalley, então peguei apenas pela sinopse e título.

Acompanhamos Karine que aos 35 anos está grávida de sua primeira filha e além de ficar feliz com a notícia também fica um tanto apavorada com a ideia da maternidade. Em paralelo ela também discorre sobre a relação dela com a mãe que é bem conturbada.

Na sinopse diz que o livro é hilariante, mas apesar de ter a sua dose de humor eu achei que tem mais partes dramáticas do que engraçadas.

Karine narra toda a história praticamente no passado. Discorrendo sobre seu relacionamento difícil com sua mãe desde a infância, de quem ela reclama muito, mas tem uma espécie de necessidade por aprovação.

Ela também se mostra um tanto apavorada com a gravidez, mas deixa claro que a filha não tem culpa de nada, são os incômodos que a deixam infeliz. Nesse ponto a autora fez um relato sem romantizar a gravidez trazendo a personagem para a vida real o que foi bem interessante, mas são poucos os momentos narrados no presente e isso fez um pouco de falta para que eu pudesse me conectar mais com Karine.

O foco da história é mostrar o quão difícil pode ser uma relação de mãe e filha e como as mágoas vão se acumulando, o que pode ser traumatizante para ambas, mas mostra também a capacidade de passar por cima de tudo isso e fortalecer esses laços através do amor e da tolerância.

Os capítulos finais tem a carga emocional intensificada e passam de forma simples, direta e primitiva, digamos assim, o sentimento maternal que a maioria de nós carrega.

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[Resenha] "Você Nunca Mais Vai Ficar Sozinha" - Tati Bernardi
Editora: @companhiadasletras
Páginas: 144
Nota: 3 ⭐

Sinopse:
Neuras, traumas, obsessões, medos e amor desmesurado são os ingredientes desse livro hilariante sobre uma filha que vai virar mãe.

Karine tem 35 anos, faz roteiro para prêmios, mas seu sonho é escrever para o cinema. Ao descobrir a gravidez, para de tomar seu remédio para ansiedade, talvez isso lhe perturbe um pouco, ou não.

A história é narrada através das conversas de Karine com sua enfermeira Beth, onde conta vários acontecimentos passados do seu relacionamento conturbado com sua mãe.

Neurótica, cínica e bem humorada, Karine enfrenta um turbilhão de sentimentos enquanto gera sua bebê.

Foi uma leitura bem rápida, o toque de humor ajudou a não ser uma leitura cansativa, apesar das repetidas crises da protagonista.

A relação dela com sua mãe é completamente complexa, condena as ações invasivas da mãe, seus julgamentos, mas ainda assim busca incessantemente sua aprovação e colo.

Sem romantizar a gestação, a protagonista acentua os incômodos que sente, e despeja tudo isso na sua enfermeira Beth.

Não consegui me conectar tanto com a personagem, apesar de ter sido bem construída. Todo o livro é do ponto de vista dela, o que me decepcionou um pouco, pois, queria entender melhor o lado da mãe.

De qualquer forma, indico a leitura para quem se identificar com a sinopse. Talvez funcione melhor para você do que para mim.

Beijos! ~ Ág

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“Você nunca mais vai ficar sozinha” é tudo aquilo que eu precisava para esse período de isolamento social e nem sabia.⁣

Já li outras obras da autora e, desde “Homem-objeto” vinha sonhando com um livro seu que abordasse a maternidade. Eis que ela vai além, inclusive.⁣

Através da personagem Karine, uma mulher de 35 anos grávida pela primeira vez, Tati narra, com toda sua personalidade ímpar, angústias, neuroses, ansiedades e dúvidas que poderiam ser delas, minhas e suas.⁣

Passar a ser, além de filha, mãe, não é fácil. Digo com propriedade! E Karine representa muito bem isso. Tudo, claro, com o humor, a sagacidade e a inteligência que são peculiares à escritora.⁣

Me diverti em cada página, me identifiquei e fiquei querendo MUITO mais ao final das 144 páginas lidas em uma única sentada.⁣

📝 “Eu só queria transar, mas também só queria ficar cinquenta anos com alguém. E queria um filho também.”⁣

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Um livro maravilhoso, nao vejo a hora de ter o físico dele. Uma história bem interessante. Se tiver a chance de ler, sera uma leitura rapida.

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É uma história sobre como filhas se tornam mães e mães se tornam filhas. É uma história sobre mulheres vivendo no gozo do ápice das suas emoções mais dolorosas até aquelas que nem sob tortura confessaria. Homens são meros coadjuvante - como fomos para eles por muito tempo

Gosto de como Tati navega entre a docilidade da relação entre as mulheres vista de um ângulo divino até o sentimento irracional de que você está refém de um relacionamento sujo e doentio.

É a história de uma família que pode ser da Tati, da protagonista ou a minha.

Recebi essa ARC pela editora através do NET GALLEY.

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Ser mãe é o sonho de muitas mulheres. Sem dúvidas, gerar uma vida dentro de si deve ser uma das sensações mais incríveis que alguém possa sentir. Mas e o outro lado? O lado da insegurança, será que estamos mesmo preparadas? Os efeitos físicos da gestação, como enjoos, sensibilidade ao extremo, sono excessivo, que são tratados como normais, mas que afetam tanto a vida de quem passa por isso.
Em “Você nunca mais vai ficar sozinha “, a escritora Tati Bernardi explora o lado B da maternidade de forma natural e bem-humorada, mostrando que mães não precisam ser sempre heroínas dispostas a salvar tudo e todos. Ser mãe é ser, acima de tudo, um ser humano, repleto de medos, inseguranças e falhas, e isso é perfeitamente normal e aceitável.
Leituras S.A.

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Confesso que a frase “Você nunca mais vai ficar sozinha” me pegou quando li a sinopse, porque um dia questionando minha avó (Deus a tenha) sobre não ter se casado novamente após anos de viuvez ela me disse exatamente isso: “Depois que você tem filhos, você nunca mais vai estar sozinha”. E assim, depois de ser mãe eu consigo entender exatamente o que ela quis dizer, e pelo visto, nossa personagem também.

Os capítulos são marcados pelos exames pré-natais. Karine, Hipocondríaca assumida, cumpre com rigor a rotina de exames pré-natais. Em intermináveis conversas com sua enfermeira predileta, Beth (sim foi estranho e legal, porque diferente de mim o apelido deriva de Bethânia e não Elisabete... mas Bete é Bete e senti a autora falando comigo) rememora episódios da turbulenta relação com a mãe, maldiz as agruras da gestação e antecipa o amor e os medos da maternidade. Ah! Preciso avisar que Beth é uma ouvinte silencia, te deixando a chance de assumir seu lugar durante a leitura.

“E que terrível mil vezes, porque, pensa, quando se é adulto não basta passar por tudo isso, ainda tem os filhos e tem que cuidar deles. Ser adulto é passar mal e querer sua mãe mas já ser mãe e seu filho querer você.”

Ela usa uma linguagem coloquial e muito, muito verdadeira que deixa toda a história num tom de confidencialidade intima, rasgada e quase secreta de uma conversa que não é com você, mas ao mesmo tempo é. Porque você se sente parte do relato o tempo todo. Inclusive dizendo, não acredito! Eu tinha uma tia, prima, que era exatamente assim!! E essa forma de linguagem para a narrativa é perfeita de várias formas.

“Já tenho preguiça da opinião do vizinho, da crítica da avó, do revirar de olhos das pessoas sem filhos na ponte aérea.”

Eu ri várias vezes durante a leitura, porque a Karine, assim como muitas mulheres não se sentem em plenitude com a gestação, pelo contrário, ela está descobrindo o que nenhuma mulher comenta, como a gestação é na verdade. Então, todos os fatos estão lá: O choque do positivo mesmo sendo algo que você desejava, os enjoos e a falta da barriga para atestar a gravidez nos primeiros meses, os riscos de perder o bebe, os exames e mais exames, o fato de agora você deixar o status de filha e assumir que agora é mãe (sim é mais complicado que parece) e mais como ser a mãe que você sempre presumiu que seria (não fazendo isso ou aquilo que odiava que sua mãe fizesse) e a necessidade imensa de ainda ser filha.

Por diversas vezes durante a leitura, relembrei a frase da música Pais e Filhos do Legião Urbana por ser tão verdadeira e tão latente nesse período da vida de uma mulher: “Você me diz que seus pais não lhe entendem, mas você não entende seus pais” e a sensação é que a gravidez é o exato momento de acontecer esse entendimento. E de certa forma é libertador e maravilhoso, acompanhar a personagem nessa jornada. Porque pode preparar quem ainda não viveu de uma forma muito gostosa, porque eu ri alto algumas vezes durante a leitura, tive que concordar que reviver diversos traumas de infância e tentar olhar de outro modo para eles é inevitável e que estar grávida é assustador, porém quando o bebe se mexe pela primeira vez e ganha um nome o maior medo passa a ser o da morte daquele bebe que agora é seu antes de estar em seus braços.

“Estava lá e ela sempre esteve lá. Sempre. Pensando bem, agora, minha mãe sempre esteve, entende? Nunca minha mãe deixou de estar.”

Talvez gestação, tenha esse período longo de 40 semanas (sim até a matemática é diferente nesse período dos simples mortais), para a mulher poder lidar com tudo que é preciso aprender a lidar. Principalmente com o fato de descobrir que nunca será capaz de amar sua mãe tanto quanto ela te ama, e que no fim ela não era a entidade mágica e misteriosa que sempre te pareceu, e sim uma mulher que estava tentando não errar enquanto errava no exercício diário da maternidade.

Vou concluir dizendo que não precisa ser mulher, mãe ou está gestante para ler essa história que mesmo sendo visceral é incrível de tantas formas, concordo que talvez falte estrogênio para os homens durante a leitura, mas pode ser um ótimo guia para entender o que está acontecendo naquele momento.

Sobre adição, eu li em formato digital, sem erros de digitação ou ortografia.
Enfim, deixo meu voto que você leia e aproveite ao máximo porque é uma leitura incrível!

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Neste livro Tati Bernardi nos convida a conhecer Karine, uma jovem grávida que vai contando trechos de sua vida durante suas consultas de pré-natal. Ao longo da leitura vamos conhecendo um pouco mais da relação conturbada de Karine com a mãe, assim como ela está encarando a sua própria relação com a maternidade.

Tati tem uma escrita ágil e envolvente, que nos diverte, choca e faz refletir. Abordando uma realidade que se torna cada vez mais comum entre as mulheres de 30 e poucos anos, mas que nem sempre é colocada nas rodas de conversas ela mostra o processado de maternidade sem toda a romantização que muitas vezes estamos acostumadas a ver por aí.

Este livro traz personagens que estão longe de serem perfeitos, mas que cativam justamente por suas imperfeições e como eles se aproximam da realidade de tal forma que parece que já somos velhos conhecidos já nos primeiros capítulos! Ah, é claro impossível não rir com algumas situações vivenciadas pela protagonista, ainda que seja um riso de nervoso ou vergonha alheia.

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Numa escrita leve e cômica Tati Bernardi nos traz Karine, 30 anos, a cada capítulo contando para a enfermeira Beth os causos de sua gravidez e de sua relação com a mãe antes disso. Sem romantizar nenhuma das relações a escrita de Tati é fluida, nos transporta à realidade da personagem e faz com nos identifiquemos com várias situações.
A relação mãe e filha vivida por Karine, não é fácil, mas tampouco deixa de lhe trazer satisfação, tampouco faz com que a mãe seja alguém inalcançável, inatingível, muito pelo contrário, sua mãe está sempre ao seu lado. Enquanto isso, enquanto gera sua filha, Karine não está satisfeita, insistindo em dizer que a bebê de nada tem culpa, sua infelicidade tem a ver com os incômodos da gestação, o que a torna mais humana aos olhos do leitor.
Somando tudo ao uso de remédios para ansiedade, Karine é como muitas mulheres - privilegiadas - do século 21, Karine é real.

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