Member Reviews

I had forgotten how fun this book is to read.
It was fast and fluid, you get caught up in the story in a way that you just can't stop reading. The fact that the chapters are short also helps a lot to make a 500-page book a quick read.
I had also forgotten how good this story is, well constructed, the plot twists are interesting and very well done, and it is simple but complex at the same time.
all the revelations (even though I already knew, because it was a reread) made me excited and anxious to see the characters discovering the information, I think all the plots in this book are amazing.
Another point that I love about this story is the romance, it's definitely one of the best parts, I'm completely in love with the romance here, I would read it just because of that.
I'm glad this book passed the rereading test.

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Sempre tive vontade de ler esse livro, até quando ele ainda se chamava "Carry On".
Foi um livro bom, legal. Amei muito o Baz, e achei o Simon chatinho kk.
Esse foi meu terceiro contato com a escrita da autora, e dos outros dois livros que li, esse foi o melhor.
Eu acho que não precisava de continuação, mas vou tentar ler elas mesmo assim.

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Simon é o pior Escolhido que já existiu de acordo com Baz, seu colega de quarto que é mau e, talvez, um vampiro, de acordo com Simon. Mas talvez Baz esteja certo. Tudo na vida de Simon está desabando e ele ainda tem de tomar cuidado com o grande vilão do mundo mágico que é igualzinho a ele, para ajudar Baz sumiu, no último ano de escola e isso é definitivamente suspeito.⁣

Sinopse levemente confusa, né? O início de Sempre em Frente também é, são várias páginas de confusão e lentidão que arrastam levemente a leitura, mas, felizmente, isso acaba logo que se chega na segunda parte (de cinco!). Sempre em Frente é como Bohemian Rhapsody do Queen, a cada segundo uma nova emoção e haja fôlego para conseguir superar tudo. Os personagens são carismáticos, vários deles narram e é possível diferenciar um do outro e tudo que permeia a relação de Simon e Baz é colírio para os olhos, mesmo que eles sejam inimigos jurados!⁣

Inesperadamente, Sempre em Frente possui uma trama investigativa, trama essa que é absolutamente boa, e assim como Harry Potter (essa comparação precisou ser feita), vai deixando pistas aos poucos para chegar no ápice em grande estilo e conectando tudo de forma maestral.⁣

Sempre em Frente é engraçado, encantador, apaixonante e levemente curioso. É uma história sobre bruxos representativa de verdade e que vale muito a pena, Rowell soube fazer com que a historia crescesse cada vez mais e por nenhum momento perdesse a qualidade depois do crescimento.

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Olá, sumidxs!

Já dizia aquele ditado: quem é vivo não quebra. Certo? Ou seria vaso ruim sempre aparece? Eu sempre me confundo. Que seja! Hoje eu vim aqui conversar com vocês sobre uma história de bruxos adolescentes, numa escola de bruxaria escondida dos humanos normais, com dois protagonistas homens e uma sabichona a tiracolo.

É isso mesmo que vocês estão pensando:

Sempre em frente: Carry On.

Na verdade, eu quero apenas aproveitar essa oportunidade para enaltecer a existência da Rainbow Rowell, e dizer a ela — que obviamente vai ler esta resenha — para deixar na minha mesa até sexta-feira mais dez volumes de Carry On, porque não sou obrigado a ficar de dieta literária.

Dito isto, podemos dar início ao nosso papo.

Logo no início desse texto, manipulei vocês (cof cof) a pensarem que eu falaria sobre Harry Potter. Mas isso nem foi proposital. Quer dizer, foi, mas não para chamar a atenção dos leitores incautos, apenas para descartar logo de cara aquela ladainha que todo mundo já conhece porque deus-e-o-mundo diz que Carry On é 50% fanfic #Harry&Draco, 50% plágio da famosa saga de Juscelino Kubitschek Rolim (J.K. Rowling para os íntimos).

Eu tenho duas coisas para falar a esse respeito. 1) Tá na cara que o vínculo construído entre as duas histórias na hora de distribuir a obra foi uma estratégia de merchan, porque para o público massivo (aquele meio sem filtro quando se trata de consumir o que te empurram) vender o livro como “leitura obrigatória para fãs de HP” seria muito lucrativo. Nada de errado, todos fazemos, não estamos aqui para julgar. 2) Os primeiros, sei lá, 30% do livro têm, sim, muitas similaridades com o universo rowlingiano, mas — e vou repetir em caps lock — MAS! Após a apresentação geral da tríade personagens/universo/trama, a história toma um rumo próprio que se distancia em muito de HP, por isso acaba valendo totalmente a pena como enredo original.

Para falar a verdade, antes de ler a sinopse, eu pensava que Carry On tinha alguma coisa a ver com Game of Thrones, justamente por causa do sobrenome do Simon, que é Snow, o mesmo do João viúvo da Ygritte. Aí eu lembrei que nos reinos do Jorge Martins o sobrenome Snow é dado a todos os curumins órfãos ou bastardos, tipo a forma como John Doe e Jane Doe são, em inglês, nomes atribuídos a indigentes (os famigerados fulanos).

Ocorre que a história do nosso Simão das Neves não tem nada a ver com GoT. Daí eu resolvi ler uma resenha e meio que broxei. Simplesmente porque disseram que a história desse universo é na verdade uma expansão de uma (agora, sim) fanfic escrita por uma personagem da Rowell em outro livro, conhecido pela alcunha de Fangirl. Isso deu a entender que só daria para curtir o Carry On se eu tivesse lido antes o Fangirl, mas lhes digo que não é necessário. Nunca li Fangirl e adorei Carry On da mesma forma que teria adorado se ele fosse um livro não-expandido de outro universo.

A própria Rowell diz no fim de Carry On que ela precisou escrever a história do Simon, simplesmente porque era legal demais para descartar. Ora, ora, ora. Então, dona Rowell, que tal escrever mais 10 voluminhos de nada? Afinal, a senhora é escritora e esse é meio que o seu trabalho, né nom? Digo isso porque a história do livro é dessas que dá muito pano para manga. Em sendo assim, ela podia dar uma de Joaquina Rodinele Uarda (alguns a conhecem pelo nome fictício J. R. Ward) e publicar 426 obras sobre a mesma coisa. Já pensaram? A Irmandade da Watford Negra daria um ótimo nome para série (sorry, Tashiro).

Antes de passar para a história, porém, devo acrescentar que, afora as semelhanças com HP e o sobrenome Snow, eu ainda tive a sensação, quando estava lendo, de que não a história, mas a escrita se assemelhava a um outro livro que a gente aqui do Silêncio Contagiante adora, que é o Simon vs. a agenda Homo sapiens. E isso conta pontos positivos para a trama, que misturou o conforto de uma história bem contada, com coisas que amamos, como bruxos, vampiros, dragões, etc. etc. etc.

Mas do que trata a história? Bem, vamos lá…

O livro começa com o Simon voltando para Watford, que é a escola de magia deles (e que eu sempre pronunciava Wattpad, for no reason). Detalhe: o Simon é órfão de pai e mãe, mas tem um pai adotivo, que por acaso é diretor de Watford, mas que mantem Simon em orfanatos durante as férias de verão por motivo de “não é porque te adotei que tenho tempo para tomar conta de você”.

"E surgirá alguém para acabar conosco

E alguém que o arruinará.

Que o maior poder entre os poderes reine,

Que ele salve a todos nós."

Simon Snow é famoso por ser “The Chosen One”, que se refere a uma profecia que fala sobre algum bruxo poderoso que vai derrotar o Insidious Humdrum (parece que na versão brasileira eles traduziram o nome do vilão como Insípidum), e está no último ano da escola. Esse Insípidum está viajando por toda Inglaterra criando “lugares mortos” ou “zonas mortas” ou “áreas mortas”, que basicamente são locais específicos que ficam sem magia porque o Insípidum devora tudo. Imagine que você mora numa cabana, por exemplo, e o Insípidum aparece e come tudo de magia. Como consequência, você não vai mais ser capaz de usar seus poderes nesse lugar, já que a magia acabou, portanto, terá de se mudar ou ficar sem magia para sempre.

Mas o pior de tudo é que o Insípidum tem nada mais, nada menos que a mesma aparência do Simon, o que faz as pessoas pensarem que o próprio Simon é o vilão da porra toda (será que ele é…?). Os únicos que não acham que Simon é mal são: a Penélope (melhor amiga sabichona foda), a Agatha (ex-namorada/amiga/ex-amiga lesada) e seu arqui-inimigo Baz (diminutivo de Tyrannus Basilton Grimm-Pitch).

Em paralelo, quando Simon chega a Watford, ele descobre que o Baz não voltou para escola naquele ano. Okay, ele vai ficar sem seu pior inimigo infernizando a vida dele durante aquele ano final, então tudo perfeito, certo? Deveria ser, mas não é! Isso porque o Baz é um garoto que sempre perseguiu o Simon, e tornou esse negócio em seu objetivo de vida: matar Simon (eventualmente). Por isso, é muito estranho o Baz simplesmente desistir da escola (detalhe: ele também é nerd, e junto da Penélope os dois formam um ótimo casal, risos), muito menos abrir mão de tornar a vida do Simon miserável.

Resumindo: o Baz está planejando alguma coisa e Simon tem certeza de que é algum atentado a Watford. Porém, quando o Baz de fato chega à escola, ele está totalmente mudado. Magro, com aparência sofrida, abatido, cheio de olheiras e indícios de que tinha se metido numa bronca das brabas. É exatamente a partir dessa premissa que o livro perde toda semelhança com HP e inicia sua própria história.

A trama se torna interessantíssima quando colocam política no meio. E não tô falando de política de gente sem graça e normal. Trata-se de uma disputa para dominar essa sociedade de bruxos, com direito a golpes de estado, armadilhas eleitorais, conluio secreto e até espionagem e invasão domiciliar. Nessa parte do livro, as coisas ficam muito boas mesmo, e esse é mais um dos motivos pelos quais eu adoraria que a Rowell fizesse de Carry On uma saga, para desenvolver as coisas que não foram exploradas ao máximo por causa do tempo da história.

Uma das coisas meio legais/estranhas da história é o funcionamento da magia. Primeiro: aqui os bruxos também usam varinhas mágicas. Segundo: os feitiços são bem simples — até infantis, diria eu —, e vêm em coisas do tipo: se você quer esquentar seu café, você balança a varinha e diz Alguns gostam de calor, ou se você quer um copo com água, diga A chuva sempre cai no meu copo. Esses são apenas exemplos que eu inventei, mas a premissa da coisa é a mesma. Devo ressaltar, porém, que alguns feitiços são letras de músicas, como a Bohemian Rhapsody, do Queen, e eu não sei se traduziram as músicas na versão em português, porque a gente sabe dos refrãos em inglês, então, se você se deparar com algum feitiço familiar, provavelmente ele veio de uma música.

Para finalizar a resenha, eu queria falar brevemente sobre a relação dicotômica entre o Simon e o Baz. Já digo logo de início que ambos são inimigos juramentados, por isso vivem tentando fazer o outro se dar mal, e todo mundo na escola sabe que a rixa dos dois é algo conhecido até pelos professores, que, por sua vez, são meio relapsos em relação a isso. Mas, por outro lado, quem já conhece um pouquinho de Carry On sabe que o livro estava sendo vendido como uma fantasia LGBT, e, olha, eu não posso dar muito spoiler, mas saiba que a relação dos dois, por mais que Simon e Baz se odeiem, é muito legal de ler. Quanto mais eles se engalfinham, mais a gente shippa os dois. E é isso, também, que faz o livro ser tão divertido.

Eu particularmente dei uma porção de risadas. Os personagens são, em sua maioria, bem construídos, com várias camadas, e mostram a experiência da Rainbow Rowell em cativar os leitores direcionando seu apreço não apenas aos protagonistas, mas aos personagens secundários também. Carry On é uma história que aquece o coração e me deixou bem leve depois de ler. Não tem o melhor final do mundo, mas é um final justo e que, SIM, PODE SER UM CLIFFHANGER DA PORRA!

Por isso, deixo aqui minha recomendação para mais essa leitura, que nem é tão recente, mas vale a pena se você, assim como eu, estava precisando de um livro para colocar um sorriso no seu rosto.

Isso é tudo por hoje. A gente se encontra na minha própria resenha (só o tempo dirá quando), e até lá eu recomendo que você se junte a nós a comece a brilhar.

Há braços.

Vlaxio.

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empre em Frente é um livro conhecido por quem já leu Fangirl, pois é a fanfic que a Cath, protagonista do livro, está escrevendo. Não necessariamente isso, mas lendo você entende.

Essa é a história do Simon, que está prometido em todas as profecias que você pode imaginar. Todos os clichês possíveis de histórias de fantasia são dele, desde ter um poder inimaginável, até não conhecer os pais. Ele foi criado pelo Mago, que ensinou tudo a ele desde criança e que espera que Simon seja tudo que as profecias falaram e salve o mundo. Mas o problema é que Simon é péssimo, rs. Ele não consegue controlar sua magia de forma nenhuma, tudo que tenta fazer dá errado.

Simon está no último ano da escola de magia Watford, e entre pensar o que será da vida dele depois da escola e suas relações atuais com amigos e um relacionamento estranho, está também o ódio que sente pelo seu inimigo declarado, Baz. Baz não voltou para o último ano e isso preocupa Simon, pois ele acha que alguma coisa está sendo tramada contra ele, lógico. Quando Baz finalmente aparece, Simon acaba se envolvendo em uma busca por respostas junto com Baz.
Esse livro é uma fofura. Ele é engraçado, romântico e muito gostoso de ler. A autora criou um universo totalmente pautado em Harry Potter mas que mesmo assim consegue ser diferente. Existe a história do Simon salvando o mundo, o que é bem legal, mas o fofo é o romance, é o que brilha no livro. Enemies to lovers é simplesmente meu plot preferido. Temos capítulos narrados por vários personagens, que são importantes na história e construção dos protagonistas, como a Penny que é maravilhosa. Isso é uma coisa que gosto bastante, odeio quando os personagens secundários não têm nenhum valor.

Gostei do Simon, de como ele é preocupado com sua magia que não dá certo e as expectativas criadas para ele, mas meu preferido é o Baz, porque ele é sarcástico e sem muita paciência. Eu amo as conversas e diálogos entre eles pois são muito divertidos. O livro tem as doses certas de romance, magia e aventura. A forma como eles vão aceitando que se amam, aceitando quem são sem pressão e medo, e se abrindo um para o outro foi de deixar o coração quentinho demais.

Eu acho que, no começo, o livro foi um pouco lento com o mundo para entender outros detalhes, mas depois ele vai super rápido. Também acho que foi um pouco longo demais, e que algumas coisas poderiam ser melhor resumidas, teve algumas revelações que eram meio óbvias para mim e para eles não, mas nada que estrague a experiência. Esse é o tipo de livro para te fazer sorrir, torcer pelo casal e querer ler o próximo.

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Eu li esse livro na primeira Tradução e adorei, mas essa edição tá incrível, parece até outra história! Adorei a fluidez e voltar pra esse universo foi muito bom, adorei e ansiosa pelo segundo!

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“O único lugar em que feiticeiros dividem o mesmo teto e não são parentes é em Watford. Há clubes, festas e reuniões anuais mágicas, mas Watford é o único lugar onde estamos o tempo todo juntos.”
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📖 Simon Snow é um feiticeiro muito poderoso, pelo menos é o que as lendas dizem, mas tudo o que o jovem demonstra é uma facilidade imensa de entrar em confusões, não lembrar de nenhum feitiço e não controlar nem um pouco seus poderes. A origem de Simon é desconhecida e agora no último ano tudo parece mais confuso, ainda mais quando Baz, seu pior inimigo e colega de quarto, aparece na escola sob circunstâncias muito misteriosas. Juntos, eles entram em uma missão de vingança que mudará totalmente o mundo que conhecem e até a relação entre os dois.
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💭 “Sempre em Frente” é um livro fantasioso, cheio de magia, criaturas fictícias e muitas aventuras. Eu particularmente gosto muito desse gênero, pois para ele nem o céu é o limite para a criatividade, o que no caso desta história foi muito bem explorado. O livro foi, de fato, muito bem escrito e desenvolvido, acho que essa autora acabou de ganhar uma fã, pois gostei muito das impressões que ela transmite. Os personagens foram bem marcantes para mim e logo no início instigaram muito minha curiosidade, por mais que sejam seres mágicos continuam sendo “gente”, com crises, inseguranças e se auto descobrindo. Posso dizer que se assemelha a Harry Potter, por causa de toda magia e afins, cada um com sua particularidade, mas quem ama o bruxinho mais conhecido do mundo, com certeza também vai se apegar, assim como eu, ao feiticeiro mais desastrado. 💜
Por @dreamer3t
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📋Ficha Técnica:
🔹Título: Sempre em Frente
🔹Autora: Rainbow Rowell
🔹Ano: 2020
🔹Editora: Seguinte
🔹N° páginas: 504
🔹Avaliação: ⭐⭐⭐⭐

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Li "Sempre em frente" há uns anos atrás e fiquei feliz em saber que a Seguinte decidiu republicar a série no Brasil. Dessa vez, com nova tradução e uma nova arte de capa (pela qual eu sou absolutamente fascinado).

Essa é uma história com desenvolvimento lento que demorou para me pegar e ainda estou incerto sobre como me sinto a respeito dela. A premissa é básica: Simon Snow é o Escolhido e deve garantir a paz no Mundo dos Magos. Quando seu rival, o vampiro Baz, não aparece na escola, ele sabe que algo de estranho está acontecendo. Até que Simon decide ajudá-lo a vingar a morte da mãe.

A escrita da Rainbow é divertida e as referências do livro são bem legais, mas não me cativou tanto quanto eu gostaria. Talvez leia o próximo!

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Esse livro veio de Fangirl que já li e publiquei resenha por aqui. Nele, a protagonista escrevia uma fanfic baseada na série de livros do Simon Snow, que era muito parecido com Harry Potter. A autora comentou que esses personagens continuaram na cabeça dela, então resolveu criar sua versão para a história de Simon Snow. Mas não precisa ter lido Fangirl para entender! 😉

Na história, Simon Snow é considerado o escolhido, um mago muito poderoso que pode salvar o mundo mágico da criatura estranha e malvada chamada Oco. Só que ele é desastrado e não sabe muito bem como controlar toda essa magia... Ele está terminando seus estudos na Escola de Magia de Watford. Ele ama o lugar e quer aproveitar seu último ano com a amiga Penelope e a namorada Agatha, mas os ataques do Oco o preocupam e o Mago, diretor da escola, conta com ele para salvar o mundo.

Além do grande inimigo, ele tem uma desavença com Baz, seu colega de quarto que está desaparecido da escola, fazendo-o imaginar mil e um planos diabólicos que o garoto poderia estar por trás. Só que ao começar a buscar por respostas sobre o paradeiro dele, as coisas começam a mudar dentro do seu coração e o relacionamento dos dois começa a evoluir. É muito legal acompanhar essa evolução deles e isso realmente me cativou na leitura!

O problema, para mim, é que eu achei muito parecido com Harry Potter. A autora, mesmo tendo criado seu próprio universo, que sabemos sim ser baseado na série famosa, ainda me incomodou pela semelhança. Eu gosto muito de Harry Potter, mas não sabia antes de ler esse livro que não gostaria de ler algo tão genuinamente baseado e parecido... Eu só mantive a leitura pois queria ver o relacionamento do Simon e do Baz, porque o resto foi muito previsível e monótono para mim. Eu sei que muitas pessoas amam, mas eu sinto que não queria ler algo que "substituísse" a outra série. Mas eu pretendo continuar a série para ver o quanto ela pode se desprender na sequência!

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Desde que soube que a editora Seguinte iria lançar a trilogia Simon Snow, fiquei aguardando ansiosa, mesmo já tendo lido este livro alguns anos atrás. Gostei tanto da narrativa da autora que sempre tive vontade de relê-lo e queria muito conhecer o restante da trilogia. Sendo uma segunda leitura, além de saborear um pouco mais a história, também tive a chance de reparar em alguns detalhes que me tinham passado despercebidos da primeira vez. E novamente fiquei extasiada com a escrita de Rainbow Rowell.

Rainbow Rowell explicou que Simon Snow começou como um personagem fictício do livro Fangirl. É um personagem fictício-fictício. Em Fangirl, Simon é o herói de uma série de livros infantis de aventura escritos por Gemma T. Leslie – e objeto de muitas fanfictions escritas pela personagem principal, Cath. E em Sempre em Frente, Rainbow dá sua visão de um personagem que ela não conseguia tirar da cabeça. Foi um modo de conceder a Simon e Baz, apenas semi-imaginados em Fangirl, a história que ela sentia que devia a eles.

Sempre em Frente não tem nada de muito original, trata-se da história de Simon Snow, um garoto que até seus onze anos acreditava ser um "Normal", mas depois descobriu que era um "Bruxo", na verdade, era o bruxo mais poderoso de todo o mundo, profetizado e conhecido por todos como "o escolhido". Seu diferencial está mesmo no modo como Rainbow Rowell conduziu toda a trama, que com simplicidade, retrata sobre a descoberta do amor, a amizade verdadeira, as inseguranças juvenis, as aventuras e os mistérios do mundo mágico.

Simon passou sua infância em orfanatos, sozinho e com dificuldade em fazer amigos. Quando conheceu o mundo dos bruxos e começou a frequentar a Escola de Magia Watford, sua vida ganhou um novo sentido e a escola tornou-se o único lugar em que se sentia realmente feliz. Na escola ele é uma lenda e possui poucos amigos. Penélope Bunce, mas conhecida como Penny, é sua melhor amiga, Agatha, a menina mais bonita da escola, é a sua namorada. Fora as duas, Simon também convive com Ebb, uma bruxa cuidadora de cabras e com "O Mago", o diretor da escola, aquele que descobriu e acolheu Simon Snow.

“Talvez Agatha devesse vir antes de Penelope. Afinal, ela é minha namorada. Mas Penelope entrou na lista primeiro. Ficou minha amiga na minha primeira semana na escola, durante a aula de palavras mágicas.”

Tudo seria perfeito para Simon se o mundo mágico não estivesse passando por sérios problemas, existe uma disputa velada entre os bruxos, as famílias mais antigas são contra o governo atual, liderado pelo Mago e, além disso, o mundo dos Bruxos está sendo atacado por um poderoso inimigo, conhecido como Insípidum Insidioso, capaz de retirar a toda magia do mundo. A salvação para todos estes problemas está em Simon Snow com seu grandioso poder, o único capaz de vencer o Insípidum.

“Ele é a nossa maior ameaça. E você é a nossa maior esperança.”

Só que Simon é apenas um garoto de dezoito anos, que ainda não consegue controlar todo o seu poder, e que está disposto até a morrer em combate contra o Insípidum, pois é muito leal ao Mago, diretor da escola, mas suas preocupações são mundanas, como sobreviver ao seu colega de quarto e maior inimigo, Baz Pitche, que ele acredita ser um vampiro e passar o tempo que lhe resta na escola ao lado de suas amigas Penny e Agatha.

Baz sempre soube que seu destino era lutar contra Simon Snow, tentar mata-lo, mesmo sabendo que seria derrotado, pois sua família está em guerra contra o Mago e Simon é sua arma mais poderosa, mas também percebia que seria a pessoa que mais sofreria caso algum dia fosse bem-sucedido em acabar com Snow.

“Sinto-me com quinze anos de novo, como se fosse ceder caso ele se aproxime demais – e beijá-lo ou mordê-lo. A única razão para eu conseguir suportar aquele ano foi eu não conseguir decidir qual dessas opções iria finalmente pôr um fim ao meu sofrimento.”

Apesar de Simon ser o personagem principal, toda a trama é bem balanceada entre ele, Baz, Penélope e Agatha, intercalando capítulos com visão de cada deles, de modo que compreendemos as nuances de cada um, seus conflitos interiores, anseios e desejos, tão próprios de qualquer adolescente.

Rainbow Rowell conseguiu fazer uma obra extremamente tocante, a partir de uma narrativa leve, mas cheia de significado, abordando um tema preconceituoso, como a homossexualidade, de forma sutil, levando o leitor a se envolver e torcer pelo amor de Simon e Baz. Tudo de maneira bem simples, mas perfeitamente encantadora.

“Nunca sei quando Baz está tirando sarro de mim. Ele tem uma língua ferina. O sorriso parece de escárnio no rosto mesmo quando está feliz de verdade. Na real, nunca sei quando ele está feliz de verdade . É como se Baz alternasse entre duas emoções: irritação e deleite cruel.
(Conspiração conta como emoção? Se contar, são três.)
(Nojo, também. Quatro.)”

A escrita de Rainbow Rowell é mágica como sua história, depois que você termina seu livro fica querendo mais... Assim aconteceu comigo da primeira vez que li Carry On e também agora. Ainda me encontro impregnada com sua escrita, sorte que já tenho o segundo volume em mãos.

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"Eu deveria saber que dançar com Simon Snow seria assim. Como uma luta parada. Com redenção mútua."

Eu não poderia ter escolhido leitura melhor para começar o meu ano! Já conhecia bastante sobre o que se trataria "Sempre em frente", mas eu não esperava que fosse se tornar um livro tão divertido, imersivo e acolhedor!

A história foca em acompanhar a jornada de Simon Snow, um feiticeiro, em seu último no na escola de Watford. Ele tem um inimigo, o Oco, que ameaça todo o mundo bruxo - que já está em guerra - e, pra piorar, tem que dividir quarto com seu rival, o vampiro Baz.

Preciso começar dizendo que eu já acho genial como a Rainbow criou esse livro a partir do que ela escreveu em Fangirl (pelo menos, isso que eu soube). Eu imagino como deve ter sido legal criar um universo de magia que tem lá suas semelhanças a outro bruxo jovem famoso mas dando todo o seu toque especial ali, principalmente no desenvolvimento de personagens tão cativantes quanto Simon e Baz. E tudo isso surgindo a partir de uma história que seria fictícia para uma outra história fictícia sua!

Começo falando rapidamente sobre os problemas que tive com o livro, porque foram logo no início. O começo dessa história é muito, muito lento. E assim, pra mim, que não tava conseguindo ler direito ao longo do ano, não era um lento tão agradável, era chatinho. Ela usa muito o recurso de jogar várias e várias informações aqui, usando toda a primeira parte do livro (que deve ter mais ou menos 25%) para situar o leitor desse universo e explicar um pouco como tudo funciona. Quase tudo de construção de mundo fica muito concentrado nesse começo. Até porque, segundo a ideia, esse seria, tecnicamente, o último da saga do Simon Snow, então como ela precisava encerrar sua jornada, precisou situar o leitor de tudo que acontece no universo. Porém, por mais que a leitura nesse começo tenha sido bem lenta e arrastada, toda a sensação ruim se desfez assim que a segunda parte começou. E então o livro cresceu de tal modo que eu fui me apaixonado mais e mais por tudo isso.

Tudo por conta de: Baz Pitch! Sem dúvidas um dos personagens mais cativantes, divertidos, carismáticos e envolventes que eu já li! E acredito que isso seja uma opinião quase unânime?? No momento em que Baz chega, a autora mostra o seu melhor personagem, me conquistando desde a primeira cena, e dá andamento com a história, fazendo com que você se pegue de vez imerso no enredo e também no desenvolvimento dos personagens, principalmente na relação entre Simon e Baz, um ódio que vira amor e é sensacional de acompanhar.

Simon aparece como a luz de Baz e é uma dinâmica linda de ser lida! É incrível como um tenta proteger o outro, como um tenta enfrentar suas questões pra que o outro não sofra de alguma de alguma e o jeito como cada um tem medo de se entregar, carrega consigo várias inseguranças, mas mesmo assim se joga no seu ritmo nesse relacionamento!

E esse livro, mesmo sendo uma fantasia, direciona seu foco pra desenvolver e unir esses personagens, destacando suas dinâmicas e relacionamentos, além de dar atenção ao amadurecimento que eles precisam ter na trama. Simon carrega o peso de ser "o escolhido", enquanto Baz vive um dilema entre ser um "monstro" filho de uma família de feiticeiros tradicional e poderosa. Além do que, eles tem que viver a rivalidade (e o amor) que nutrem um pelo outro. E esse ponto é muito, muito bem feito! Eu gostei demais sobre como cada um dos personagens enfrenta suas batalhas, vive seus dramas e, ao mesmo tempo, busca lutar pelo seu universo e também pelo que sente. O casal é extremamente querido, fofo e intenso, e foi impossível não se apaixonar por eles. Viver um amor enquanto a vida e seu universo tá de cabeça pra baixo não é fácil, e eles tem que passar por isso.

No final da história eu já estava completamente rendido. Li mais da metade do livro em um dia sem nem perceber. Eu só queria mais e mais, e conforme as páginas passavam tudo ficava ainda melhor! Terminei esse livro com uma sensação de vazio gigantesca e um amor muito grande pela história. Foi um pouco doido porque em alguns momentos eu me pegava pensando: "ah acho que pode ser uma leitura 4 estrelas, é divertido mas eu ainda não fui tão capturado pelo universo, não estou tão imerso e acho que em muita coisa faltou desenvolvimento". Mas esse pensamento acabou assim que os dois começaram a se relacionar e, quando a história chegou ao fim, eu vi que tava apaixonado para algo além do casal! Me peguei sentindo saudades de todo o universo que ela cria, de toda a magia, tramas e conflitos ali presentes, e eles eram, em alguma medida, pontos essenciais do livro! Ao final vi que aqueles momentos lentos do início se mostraram relevantes e solidificaram toda a conexão que eu criei com o livro pra além dos personagens, me fazendo querer ainda mais de todo o universo! Fora que o modo como Rainbow brinca com toda a coisa do escolhido, e traz algumas metáforas sobre preenchimento, luta, amor, queda, ascensão e magia no final, é sensacional!

Sem dúvidas as cenas dos primeiros beijos de Simon e Baz e o epílogo desse livro vão ficar pra sempre na minha cabeça, assim como essa história como um todo! E eu mal vejo a hora de seguir em frente nos próximos capítulos da jornada de Simon Snow.

"Éramos o final feliz. (Se eu fosse ter um final feliz.) (É preciso acreditar que se vai ter um final feliz, é preciso seguir em frente, como se ele fosse chegar, senão fica impossível.)"

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This are one those fun books you start to read and just can't stop until go to the end. Rainbow has the incredible tallet to fix things, like, when I read the fanfic in fangirl, I hate it theses parts, but now i really enjoyed it to follow Simon and Baz turn enimies to lovers.

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Eu achei a carga emocional da história bem dosada. Os momentos densos são de fato pesados, mas quando precisa ser leve, a gente até mesmo acha tudo bem fofo. É um equilíbrio ótimo, que deixa a leitura mais gostosa e fácil.

Os personagens são o que há de melhor. Gente que não é perfeita, mas também não é de todo ruim. São cheios de magia, mas possuem uma humanidade e fragilidade sem igual. Seus diálogos são inteligentes, francos e acabam por nos fazer sentir certa proximidade com eles e seus dilemas.

E não pensem que é só intriga, sangue e mistério. Há muito espaço para amizades verdadeiras e até um amor improvável. É um livro com uma história alegre, emocionante e sensível. Tem magia na história que derrota vilões e encanta o leitor. Super recomendo!

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Quem leu minha resenha de Fangirl sabe bem o quanto eu de-tes-tei Simon Snow. Como eram várias passagens soltas, trechos bem aleatórios, acabou ficando muito confuso e cansativo. Nem dei bola quando a Seguinte anunciou o lançamento de Sempre em Frente & O Filho Rebelde, mas quando os livros entraram em pré-venda comecei a ficar curiosa... Afinal, a escrita da Rainbow Rowell é muito boa e a vontade de saber como ela desenvolveu a história falou mais alto. Então é isso, paguei minha língua de forma belíssima, porque eu adorei. rs

Antigamente, a primeira coisa que me incomodou muito na trama de Rowell foi a semelhança com Harry Potter, uma das séries que me acompanhou durante a infância. Para quem não conhece a trama, é basicamente a seguinte: Simon Snow é um feiticeiro, o escolhido, aquele que que garantirá a paz no Mundo dos Magos quando finalmente conseguir derrotar o Oco. Escolhido... Paz no mundo da magia... Um bruxão maligno que não vê a hora de acabar com tudo... Tudo isso com uma escola de bruxaria como pano de fundo... É muito parecido mesmo, né?

Só que a autora conseguiu inovar, minha gente. Primeiro porque a personalidade dos personagens é bastante diferente, o que, obviamente, só reflete a personalidade da Rainbow Rowell. Enquanto J. K. Rowling não cansa de fazer discursos preconceituosos, Rainbow dá um show de representatividade, principalmente ao dar vida a um romance LGBT+ de acelerar o coração. Além disso, temos Penélope, a melhor amiga de Simon, que é simplesmente perfeita.

Gente, Baz e Simon são TU-DO nessa vida, meu Deus do céu. E assim, é muito legal porque Rowell desenvolve o clichê enemies to lovers — que eu particularmente adoro — de forma bastante cativante. A gente começa Sempre em Frente achando que o arqui-inimigo do Simon é o Oco, mas Simon jura por Crowley que é Baz, o Oco é só um detalhe, rs. Mas desde o início a gente sabe que essa repulsa é paixão SIM, e nossa, acredito que o romance move a história.

A única coisa que me incomodou um pouco é que Sempre em Frente não tem um começo propriamente dito. Quando a trilogia começa, os personagens já estão no último ano do colégio e nada do que aconteceu antes fica claro. Há algumas menções às aventuras anteriores, mas nada exatamente desenvolvido e eu senti bastante falta disso. O plot twist também não foi dos mais surpreendentes, mas ainda assim é satisfatório e deixa um gancho bacana para O Filho Rebelde.

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Essa é a segunda vez que leio esse livro, na primeira vez eu não estava num bom momento de leitura e mesmo tendo amado eu realmente não consegui aproveitar bem a história, aproveitei que a Seguinte relançou o livro para refazer a leitura e dessa vez aproveitar melhor a história de Simon e claro reencontrar Baz.

A escrita da Rainbow é fluida e bem gostosinha de ler, o livro tem tem vários narradores e para mim isso é um ponto positivos, pois, de fato as visões do outros personagens traz mais significado para a história, achei o início do livro um pouco lento, mas, quando Baz aparece as coisas começam a ficar agitadas e é basicamente impossível largar o livro.

O que mais amo no Simon é o quanto ele é avoado a ponto de não perceber coisas óbvias que estão em sua cara, e não isso não é uma coisa ruim, em Simon isso é algo engraçado e de certa forma até necessária para o desenvolvimento da história, também acho maravilhoso que mesmo sendo o mago mais poderoso de todos ele não é nem um pouco arrogante, mas sempre gentil, modesto e sociável. Penelope é exatamente a amiga que o avoado com Simon precisa, sempre trazendo sentido para as coisas sejam elas óbvias ou não, além disso está disposta a tudo para ajudar Simon. Sem dúvidas Baz foi a grande surpresa do livro, corajoso, debochado, um pouco arrogante, mas sem dúvidas um completo charme, impossível não se apaixonar por ele.

Eu amei reler esse livro, e sem a menor dúvida consegui me conectar e aproveitar bem mais a história desta vez. Adoro a forma como a história é desenvolvida e como a conclusão é algo inesperado e me deixou passado, o final ainda deixa algumas perguntas em aberto, que espero conseguir encontrar as respostas nos próximos livros.

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Quando li pela primeira vez o livro Fangirl fiquei curiosa para conhecer mais da história de Simon e Baz, o que dentro da história seria o equivalente a Harry Potter para nós.

Neste livro não se trata da fanfic escrita por Cath, nem a obra original que a inspirou, mas sim de como seria a história de Simon e Baz se Rainbow Rowell a tivesse escrito. Sempre em frente é a típica jornada do herói, e é possível notar durante a leitura várias semelhanças com Harry Potter e O Feiticeiro de Terramar, por exemplo. Ainda assim Rainbow criou uma narrativa criativa, curiosa e divertida, daquelas que prendem a nossa atenção de tal forma que é difícil largar o livro antes de finalizar a leitura.

Acredito que um dos grandes acertos deste livro foi a construção dos personagens, em especial Baz e toda a dinâmica que envolve ele e Simon. Acredito que saber mais detalhes da história possa interferir na leitura, uma vez que a narrativa criada por Rainbow é simples, e para os fãs de livros de fantasia um pouco previsível.

Por fim é uma leitura rápida, leve e divertida que vale super a pena conhecer!

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Quem aqui já leu “Fangirl” (outro livro da Rainbow Rowell que foi lançado alguns anos atrás aqui no Brasil por outra editora e agora está sendo relançado pela Editora Seguinte) certamente já ouviu falar de Simon Snow. Isso porque ele é o personagem principal de uma saga de livros que a personagem principal de Fangirl é apaixonada e ela escreve fanfics sobre ele. Até aí, tudo normal. Porém, quando terminou esse livro, a autora Rainbow disse que não estava terminada ainda com o mundo de Simon Snow e por isso resolveu escrever a história dele.

Conversando com a Virna, a gente não tinha ideia de como esse livro era: era o livro mesmo, aqueles os quais a Cath amava? Era a fanfic de Cath? A melhor explicação que eu pude chegar a isso é: Sempre em Frente é a fanfic da Rainbow, sobre a fanfic de Cath, sobre um livro e personagens que não existem na verdade. Parece confuso, né? Eu sei, mas vem comigo porque toda essa jornada vale a pena.

Quando “Sempre em Frente” começa nós já entramos na vida de Simon Snow quando ele está no último ano estudando na Escola de Magia Watford, já tem amizades estabelecidas, já tem um namoro rolando e principalmente uma guerra infinita com o outro protagonista dessa história: Baz. Eles dois se odeiam. Porém, quando o ano começa e Baz não volta para Watford, Simon é justamente a pessoa que mais se preocupa com isso: acostumado a dividir o quarto com o outro, resta a Simon aquela sensação inquietante de que, se Baz, que tenta matar ele a cada oportunidade que tem, sumiu é porque algo não está certo com ele – ou isso tudo não passa de um grande plano para eliminar ele.

Simon ama muito Watford e isso fica bem claro em várias passagens do livro. Sendo um garoto órfão, quando ele não está ali, ele é mandado para várias instituições diferentes e é por isso que tem tanto apreço pelo lugar: é onde ele pode ter liberdade de ser quem ele é, é onde ele consegue se alimentar bem e tem um bom lugar para descansar – isso é, quando não está lutando contra todo o tipo de monstros que “o Oco” envia para atacar ele.

Quando tinha 11 anos, Simon foi encontrado pelo Mago, que é o diretor da Escola e foi colocado como herdeiro dele, porque existe toda uma profecia e que todos acreditam que é ele quem veio para salvar o mundo dos feiticeiros do Oco, que nada mais é do que uma força sinistra que se alimenta de magia e está abrindo buracos em todo o planeta onde nenhum tipo de magia funciona mais.

No meio de toda essa tensão de uma guerra iminente com o Oco, também temos as famílias de feiticeiros mais tradicionais, que acham que o Mago governa de um modo errado e que eles deviam estar no controle de tudo (uma dessas famílias sendo a do próprio Baz, o que faz eles acreditarem que tem que ser inimigos jurados e que um causará o fim do outro) e restringir mais o acesso da Escola a pessoas com uma magia forte e não “qualquer um”.

Junto com tudo isso, é claro, sempre podemos contar com a angústia adolescente e todos os dramas envolvendo relacionamentos e amores e desamores.

Simon é um ótimo personagem. Ele é o típico herói “Escolhido” mesmo que já estamos acostumados a ver por aí, mas ao mesmo tempo nem tanto porque, estando no último ano escolar como está, a gente espera que ele seja alguém mais diferente (todos que acompanharam tipo Harry Potter ou Percy Jackson, conforme os anos vão passando, eles vão ficando mais confiantes dos próprios poderes), Simon não tem o menor pingo de confiança pelo simples fato de que o poder dele é algo que ele não consegue ter o menor controle. Ele se dá mal nos feitiços mais simples, apesar de ter um poder incalculável dentro dele – e isso é algo que todos mencionam muito, que ele é absurdamente poderoso e isso acaba atraindo as pessoas a ele, toda a magia que ele tem em torno dele, e ele é uma bomba relógio.

Como não tem um controle certo, ele sempre acaba explodindo e causando as coisas mais inapropriadas possíveis, então ele passa boa parte do tempo tentando controlar e evitar que essas explosões ocorram – e então tem Baz, que quer justamente causar isso no outro: a explosão.

Baz, assim como Simon, é o típico menino bad boy, mas que ao mesmo tempo não é tanto também. Ele tem toda essa aura em torno dele de quem é esnobe e ele adora provocar Simon no último, mas no final das contas ele não é nada do que as pessoas esperam sobre ele (mas principalmente não é nada do que Simon espera sobre ele).

Ele não é apenas um feiticeiro como também é um vampiro, algo que os outros feiticeiros condenariam se soubessem com a mais absoluta certeza (porque eles tentam esconder isso muito bem) e que Simon tenta provar a todo custo que ele é, querendo causar a expulsão dele assim, já como as famílias antigas querem ser tão conservadoras em tudo envolvendo a Escola.

Além deles dois, o livro ainda tem mais pontos de vista: Nós temos o ponto de vista de Penny, a melhor amiga do Simon e uma das personagens que eu mais amei no livro. Ela é maravilhosa e inteligente e é uma das pessoas que mais se preocupa com Simon e que tem medo do que pode acontecer com ele. Ela não foge de toda a política envolvendo tudo, assim como não foge da guerra que todos sabem que está por vir – pelo contrário, ela quer é ir para essa guerra logo, para que acabem com o Oco de uma vez e ela tenha certeza que Simon está protegido.

E nós também temos o ponto de vista de Agatha, a namorada de Simon. Diferentemente de Penny, Agatha só quer viver a vida dela e finge não notar todas as coisas erradas que estão acontecendo porque ela não sente nem vontade de estar ali no meio da magia toda. Eu confesso que, apesar de entender porque ela prefere se manter longe disso tudo, ela foi a personagem que eu menos gostei durante o livro, mas isso é um ponto de vista meu, obviamente.

Outros pontos de vista importantes que temos no livro são o do Mago e de Lucy, mas não posso falar muito sobre isso aqui para não entrar na parte de spoilers e acabar falando mais do que devo.

Eu adorei a forma como Rainbow construiu esse mundo de Simon Snow: ele é cheio de clichês, mas ao mesmo tempo tem coisas que fogem completamente a isso e acho que essa sim é a melhor sacada de todo livro. Tem coisas que estão absolutamente na cara que vão seguir tal caminho, mas ao mesmo tempo é de uma forma renovada e diferente e que te faz gostar e querer saber mais e mais sobre o que está vindo por aí.

Esse livro é repleto da mais absoluta variedade de coisas da mitologia: temos feiticeiros, fantasmas, vampiros e outros seres que são misturas de seres mitológicos com nomes completamente novos e isso tudo é bem maravilhoso de se descobrir.

Eu disse que o livro é uma fanfic da Rainbow sobre a fanfic da Cath sobre livros que não existem porque você não sente falta de nada anterior a isso. Digo, geralmente quando você pega uma saga de livros tão adiantada (porque nos livros do Simon Snow, ele teria começado aos 11 anos, certo?), você já estaria perdido no meio das conversas, mas ali não. É tudo muito bem explicado e especificado e você não sente que tem nada faltando. Até mesmo coisas dos passados dos personagens (como as várias tentativas de Baz de matar Simon) são mencionadas e explicadas, ainda que brevemente, então não fica aquele vazio que você esperaria de começar uma saga no meio de uma história.

Eu confesso que com a conclusão que o livro teve eu estou curiosa para saber o que exatamente acontecerá na continuação, como a história vai andar a partir dali e o que virá para desafiar o nosso protagonista.

O que eu posso dizer, por fim, é: eu demorei tempo demais para dar uma chance para Simon Snow e estou arrependida do tempo que perdi em estar amando ele. Eu adorei cada segundo que passei lendo esse livro, adorei cada segundo na mente de Simon e na mente de Baz e estou tão apaixonada por eles que mal posso esperar para começar o 2 de uma vez e, bem, seguir sempre em frente.

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A primeira aventura de Simon (para os leitores, ao menos) é divertida, instigante e traz um tipo de magia maravilhoso. A magia depende das pessoas sem magia, depende das frases que usamos. É genial.

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Divertido...e só.

Olá pessoal! Hoje vamos conversar sobre Sempre Em Frente, primeiro volume da trilogia Simon Snow que acabou de ganhar uma nova edição com essa capa belíssima. Me acompanhem!

Simon Snow descobriu seus poderes aos 11 anos e desde então vive em Watford, uma escola de magia comandada pelo Mundo dos Magos. Sempre arrumando confusão com suas inabilidades mágicas, o estudante ainda precisa lidar com uma amiga louca (Penélope), uma namorada instável (Agatha), um rival insuportável (Baz) e, não menos importante, o mal que acomete a escola há muito tempo (o Oco Insidioso).

As coisas se complicam quando começa o último ano de Simon, pois Baz desaparece sem deixar qualquer satisfação, ao mesmo tempo que a mãe falecida do arqui-inimigo o procura para revelar que seu assassino está pleníssimo circulando por aí. E a partir disso acompanhamos todos esses personagens numa jornada cheia de revelações (a sinopse diz muito mais do que isso, inclusive aconselho a nem lê-la porque né, alguém falou demais e não fui eu rsrsrsrs).

Eu já sabia da existência desse universo de Simon Snow quando li Fangirl, e pela fanfics da Cath fiquei super animado para conhecer esse mundo de magia que aparentava ser instigante. Acontece que o mal que acomete leitores surtados (como eu) é a expectativa, e por isso preciso dizer que o livro se mostrou...er...superficial (o conceito de fanfic foi levado a sério demais, definitivamente).

"Mesmo quando penso que Simon não está incluído na minha narrativa, ele aparece para lembrar que os outros não passam de coadjuvantes na grande catástrofe que é sua vida."

A começar por esse universo de magia e da escola dos magos. Watford não possui descrições profundas o suficiente para que possamos imaginar as ambientações e muitas vezes imaginei as interações dos personagens em uma tela em branco. A política desse universo também é demasiado simplista, de modo que esse tal ser maléfico conhecido como Oco não me causou tanta preocupação assim no decorrer da leitura (eu nem lembrava que ele existia na maior parte do tempo).

Por outro lado, a experiência acaba sendo favorecida pelos diálogos cômicos e os vários pontos de vista. Temos capítulos para a maioria dos personagens (falarei sobre eles a seguir) e isso permite que haja uma ampla perspectiva do que está acontecendo com os mesmos. Em nenhum momento a leitura se mostra cansativa por conta desse artifício, sem contar que as constantes descobertas mantém o interesse do leitor em saber o que vem a seguir.

"- Isso funciona? – Perguntei a ele.
- O quê?
- A estaca no coração.
- Acho que isso mataria qualquer um, Snow."

Simon e Baz, protagonistas da história, são personagens cheios de camadas, e com isso quero dizer que uma hora eu queria esganá-los e na outra abraçá-los. A constante obsessão que um tem pelo outro chega a soar cansativa e quando chegamos na parte que todos estavam aguardando, Rowell liga o 220 e prossegue sem freio, o que fortifica mais ainda a impressão de superficialidade.

Ressalto, ainda, que é possível perceber um queerbaiting evidente no que se refere a esse relacionamento (não é segredo pra ninguém que ele vai acontecer né gente). A obra se vende como uma fantasia/romance LGBT+, mas não nos é explicado como surgiu essa atração, não temos motivações, muito menos aquela explosão de sentimentos inerente a uma descoberta. Tipo, "gente, o casalsinho gay está formado, não me encham mais o saco"!

As coadjuvantes, por outro lado, são com certeza muito mais interessantes, principalmente Penélope, melhor amiga de Simon. A personagem possui uma mente afiadíssima e está sempre carregando o amigo nas costas. Agatha também possui um arco interessante, e entrega a visão de quem vive no mundo da magia e não se encaixa.

"Alto. Com o cabelo preto penteado para trás. Os lábios curvados em um sorriso de desdém...Conheço esse rosto tanto quanto o meu. Baz."

Quanto aos desfechos e mistérios, achei tudo muito previsível e conveniente. A busca pelo assassino da mãe de Baz, bem como a "batalha" contra o Oco Insidioso, até rendem algumas aventuras que nos distraem, mas nada muito digno de nota ou memorável. Aliás, arrisco dizer que a obra não deixa pontas soltas para a sequência, e eu sinceramente não sei o que a autora está pensando para os próximos volumes (porém já adianto que vou pagar pra ver rsrsrsrs).

"O desespero ficou evidente no momento em que me dei conta de que quem ficaria pior caso eu fosse bem sucedido em minhas tentativas de acabar com Snow seria eu mesmo".

A edição da editora Seguinte manteve a capa original e eu particularmente não achei nenhum erro de tradução ou revisão. A nova tradução feita por Maria Alice Ferreira ficou perfeita, com a exata interpretação de alguns termos que simplesmente ficaram sem sentido na primeira publicação do livro no Brasil.

Praticamente uma paródia de Harry Potter do início ao fim, Sempre Em Frente não é uma fantasia grandiosa e complexa, tampouco se mostra competente o suficiente para convencer o leitor do romance homoafetivo entre os protagonistas. É claro, contudo, que a leitura não deixa de ser leve e despretensiosa para passar o tempo e dar umas boas risadas.

Até mais!

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Sempre em Frente é dividido em quatro partes e nelas veremos a história de Simon Snow, o Escolhido. Para quem leu Fangirl, acompanhou Cath escrevendo fanfics sobre o universo de Simon, mas aqui iremos presenciar a real história, não algo escrito por Cath!
A autora sentiu a necessidade de ampliar o universo de Simon Snow, mas isso não quer dizer que o leitor precise ler Fangirl antes de ler Sempre em Frente.

Simon é um bruxo órfão que passaria completamente despercebido se não fosse o grande escolhido, o bruxo mais poderoso, o bruxo que veio salvar o mundo da magia. Tudo isso é algo que Simon até faz piada, devido aos problemas com seus poderes.
O jovem estuda na Escola de Magia Watford, a mesma é dirigida pelo Mago, o homem que salvou Simon e o mantém protegido na medida do possível. Apesar de sempre enviá-lo nas férias para o mundo humano, o Mago acredita que nesse momento ele precisa enviar Simon para um lugar onde o Oco não possa achá-lo.
Existe uma entidade chamada o Oco, que destrói a magia que "toca" e vem frequentemente tentando matar Simon Snow, o jovem e seus amigos se metem em diversas confusões e vivem escapando da morte frequentemente, mas pelo visto o Oco trata-se de algo muito pior do que eles imaginam.

O último ano letivo começa na escola de magia e Simon não encontra seu colega de quarto em lugar nenhum, não que ele esteja preocupado com a segurança de Baz, ele está mais preocupado com Baz tramando algo contra ele.
Baz e Simon são colegas de quarto há anos, Simon tem quase certeza que Baz é um vampiro, o que seria um grande problema visto que vampiros não são bem aceitos no mundo mágico. O que não impede de Simon ficar gritando para quem quiser ouvir que Baz é um vampiro.
Algumas semanas se passam e Baz não aparece na escola, enquanto isso Simon terá de lidar com o fantasma da mãe de Baz. Ela veio encontrá-lo no único momento em que o véu entre os mundos está baixo, mas Baz não está na escola, então ela terá de dar a mensagem para Simon e esperar que ele a repasse para seu filho.

Simon aparenta estar bastante perdido em boa parte do livro, ele não tem controle sobre seus poderes e quase sempre acaba estragando tudo. Eu até entendo a perseguição dele com o Baz (que já tentou matá-lo algumas vezes), mas em diversos momentos chega a ser absurdo o jeito como ele age. Ele ainda é adolescente e as vezes não pensa nas consequências de seus atos, quer resolver tudo no calor da emoção e acha que vai viver um conto de fadas com a namorada do colégio, mas a vida mostra para ele que as coisas não são desse jeito.

A medida que fui conhecendo os personagens eu só desejava gostar de algum deles, mas até boa parte da história eu não gostava de ninguém. Simon foi uma verdadeira decepção como personagem principal! Ele é um adolescente extremamente chato que fica caçando problemas que não existem e não foca nos problemas visíveis, como por exemplo seu namoro. A história realmente só começa a ter força quando Baz surge e Simon dá uns surtos antes de ajudá-lo, depois disso tudo começa a caminhar.
Ágata é a namorada chata que ao invés de viver sua vida faz exatamente o que os outros esperam que ela faça em relação ao Simon, ela fica ao lado de Simon dando falsas esperanças, quando na verdade deseja coisas completamente diferentes para o seu futuro. Sem contar que ela tem um ciúmes absurdo da melhor amiga dele, Penelope.
Não queria fazer essa comparação, mas preciso dizer que Penelope é a Hermione Granger dessa história. Inteligente, consegue fazer coisas avançadas para a sua idade e sempre está ao lado de Simon para ajudá-lo com sua magia.

Infelizmente não gostei de nenhum dos personagens citados no parágrafo acima, mas Baz por outro lado conquistou meu coração! Ele não odeia Simon, mas ele precisa fazer o que faz, é o que se espera dele e de sua família e sim, isso é completamente igual a Harry Potter em diversos sentidos. Em uns 60% do livro eu achei a história completamente voltada para Harry Potter, mas aqui a magia funciona diferente e o mundo mágico não é exatamente uma sociedade organizada, por assim dizer.

Apesar das comparações com Harry Potter, a história flui de um jeito muito interessante, os personagens vão crescendo e por fim acabamos tendo diversas reviravoltas completamente chocantes.
Comecei a me esforçar para ler o livro apenas pela aparição de Baz, quando dei por mim estava presa na leitura havia horas e não conseguia parar de ler.
Temos romance, reviravoltas, muita magia, dragões e mocinhos que não são tão mocinhos assim.

Não sou muito fã de livros em primeira pessoa e isso me atrapalhou um pouco, mas consegui terminar a leitura e não vejo a hora de ler o próximo livro.
E para quem não sabe essa história trata-se de um romance lgbtqi +.

Confesso que preferia que a editora não tivesse traduzido o nome do livro, pois faz muito mais sentido em inglês!
Eu me alonguei mais do que deveria, mas existe tanta coisa para citar que eu nem sei como sem dar spoiler, por isso irei finalizar por aqui. Não encontrei erros enquanto lia e adorei a capa desse livro, fiquei completamente apaixonada.

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