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Essa foi a terceira vez que li Sempre em frente.
A primeira foi quando saiu lá fora pela primeira vez. Lembro de estar ansiosa para ler, de ficar decepcionada quando vi que era em primeira pessoa (de forma geral, não gosto de narração em primeira pessoa), e amar Baz. A segunda, foi uns anos depois, quando estava a fim de reler algo que não fosse Fangirl (já li Fangirl tantas vezes que nem sei mais a conta). Não consegui terminar, porque não gosto da narração em primeira pessoa, detesto todos os personagens que não Simon e Baz. A terceira vez foi agora. Já sabia exatamente o que esperar, o que ia gostar e o que não ia. Mas queria ver como havia ficado a tradução da Seguinte, já que palavras são algo importante nesse livro por causa da magia, então aproveitei a oportunidade.
Caso não tenha ficado claro, eu gosto de reler livros, me dá um certo conforto saber o que vai acontecer, e poder aproveitar as partes que eu realmente gosto. (Aqui, essas partes se resumem a Simon e Baz.)
Fiquei bastante surpresa e feliz com a tradução, acho que a Lígia Azevedo fez um ótimo trabalho, e devo dizer que trás uma paz ao meu coração ver palavrões em um livro jovem adulto, porque jovens adultos, adolescentes, de forma geral, usam bastante palavrões, então faz tudo soar mais natural. É algo que a gente não tem muito nos livros traduzidos para cá, mesmo quando a obra original é cheia deles.
"Sempre em frente" é um livro que é quase uma sátira sobre as histórias dos Escolhidos, sobre aquele que precisa salvar o mundo de todo o mal, e ele consegue ser infinitamente mais divertido quando você acompanha a história tendo conhecimento desse fato. Como as outras vezes que li, ou que tentei ler, Simon e Baz, mais Baz do que Simon, continuam sendo os melhores personagens, e fico mais confortável lendo pela voz deles do que de outros personagens. Na minha primeira leitura, as partes de uma das personagens, Lucy, me pareceram sem graça e sem tanta utilidade quanto quer parecer que tem, e dessa vez não foi diferente. Além do ponto de vista de Simon e Baz, acho que o único que também é bom de ler é o de Penélope, amiga de Simon.
Foi diferente ler dessa vez, sabendo que tem uma continuação, e sabendo do que Rainbow Rowell se arrependeu de fazer no primeiro livro, terminei já querendo ler o próximo, coisa que vou fazer assim que terminar de escrever isso.