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Em uma manhã de verão, Edward Adler e sua família embarcam em um voo junto com outros 183 passageiros. Entre eles há um prodígio de Wall Street, uma jovem grávida, um veterano de guerra e uma mulher fugindo do marido controlador. Pouco depois, porém, todas essas histórias são interrompidas pela queda do avião -- menos uma. Edward foi o único sobrevivente.
Depois da tragédia, o garoto vai morar com seus únicos parentes em uma cidadezinha de Nova Jersey. É lá que ele conhece sua nova melhor amiga e passa a frequentar o consultório de um psicólogo, tentando construir uma nova vida.
Ainda assim, ele não se sente tão vivo: é como se uma parte de si continuasse sentada na poltrona ao lado do irmão, para sempre voando com desconhecidos. Quando Edward descobre uma série de cartas enviadas a ele desde o acidente, essa sensação começa a mudar, e ele é levado a procurar respostas para uma pergunta que ninguém deseja responder: depois de uma tragédia, como seguir adiante e encontrar um novo sentido para a vida?
Emocionante demais!
Depois de muito tempo consegui ler o livro Querido Edward, escrito por Ann Napolitano con tradução de Ligia Azevedo e publicado no Brasil pela Editora Paralela. Vamos conversar sobre ele
Comecei a ler Querido Edward completamente sem saber do que se tratava a história. Total desconhecimento. Mas logo nas primeiras páginas vi que se tratava de um possível acidente de avião. Como eu iria viajar de avião logo, decidi dar uma pausa na leitura para não viver com caraminholas na cabeça. Evitei a fadiga, óbvio!
Após a viagem retornei a leitura e confesso que foi bem interessante me dedicar alguns minutos por dia a esse livro. Bom, Querido Edward foi publicado em 2020 e já conta com uma daptação em série que atualmente é exibida no Apple Tv+. O livro irá explorar temas como sobrevivência, resiliência, perda, luto e a capacidade do ser humano de se recuperar após experiências traumáticas
A história se concentra em Edward, um menino de 12 anos que é o único sobrevivente de um acidente de avião que matou todos os outros passageiros, incluindo seus pais e irmão. Ele é encontrado entre os destroços, milagrosamente ileso, mas profundamente afetado pela tragédia.
Com um narrador observador, Querido Edward alterna entre duas linhas do tempo: a história de Edward após o acidente, enquanto ele tenta se adaptar a uma vida completamente nova com seus tios, e a história dos passageiros do avião antes do acidente, revelando detalhes sobre suas vidas e relacionamentos. Essa estrutura narrativa permite que o leitor conheça não apenas a jornada de Edward, mas também a das pessoas cujas vidas foram interrompidas naquele trágico voo.
É um livro comovente que explora a resiliência humana e a forma como as pessoas lidam com a perda e o trauma. Ele também questiona o que significa sobreviver quando todos ao seu redor não conseguem. Através da jornada de Edward, o livro examina temas como isolamento, solidão e a importância da conexão humana.
Ann Napolitano cria personagens complexos e emocionalmente cativantes, tornando o leitor profundamente investido em suas histórias. A narrativa também faz com que reflitamos sobre as nossas próprias vidas e sobre como lidamos com as adversidades.
Demorei para pegar o livro para ler e demorei para concluir a leitura. Não porque a história é chata ou coisa do tipo, mas pela falta de tempo mesmo.
O livro tem uma boa estrutura narrativa, mas achei um pouco arrastado. Após o acidente, o tempo cronológico passa bastante, mas nada acontece. Até 60% do livro ainda não sabia para onde a história está caminhando, estamos apenas vendo Edward crescer vivendo o seu luto e seu isolamento. A gente vai acompanhando o passar dos dias do menino e dos que estão em sua volta, esperando que algo aconteça.
Ao mesmo tempo, vamos tendo um relance da vida de alguns passageiros do avião no qual Edward de alguma maneira interagiu durante o voo. É bem interessante, mas ao mesmo tempo tive a sensação de ser um pouco vazio, sem muito propósito.
Só lá pelos 80% que algo realmente começa a acontecer. A sensação que tive era que estava meio inerte também ao longo da leitura, da mesma maneira que Edward. Então quando as coisas começam a ter um sentido para o personagem, a história começa a ter um sentido para o leitor.
Mesmo assim, achei que poderia ter explorado um pouco mais os acontecimentos e a maneira como
Claro que me emocionei com Querido Edward. As cartas e a forma como Eddie se relaciona com o seu processo de luto vai nos dando uma nova perspectiva e um olhar sobre como é perder em frações de segundo, toda a sua referencia de vida.
Querido Edward é um livro triste, mas que nos mostra o sentimento do luto de forma respeitosa. E também que há vida após a perda, mas que nada é como antes ou como será no futuro. Vale a leitura.
Sem dúvidas nenhuma esse é um dos livros que mais gostei de ler. De uma forma que sinceramente não sei explicar, não tem uma pessoa que não se conecta com Edward, em maior ou menor grau. É como se estivéssemos vivendo todo aquele momento, como se desse pra sentir exatamente o que é estar ao lado dele. É involuntário se pegar pensando em que você pode fazer por ele, mesmo sabendo que nada se pode fazer.
Talvez não seja a leitura mais fácil para todos, ou talvez seja necessário ver se é o melhor momento pra ler. Mas vale a leitura, seja quando for. De alguma forma a história de Edward vai te tocar, de alguma forma Ann vai conseguir te transportar pra um lugar em que você vai se sentir acolhido e acolhedor ao mesmo tempo, independente de tudo. Ela vai te lembrar que não importa o que você esteja passando, dividir de alguma forma, perceber que também há outras pessoas passando por alguma situação, te faz lembrar que não se está sozinho no mundo, e que talvez, talvez mesmo, as coisas podem ser mais fáceis de levar se você tiver com quem dividir.
Querido Edward,
Começo assim, em forma epistolar, minhas impressões acerca desse livro sobre sobrevivência e luto, na visão de Edward durante os seis primeiros anos após a morte de sua família.
Assim começam também as cartas recebidas por Edward (doze anos), único sobrevivente de um vôo que levou outras 191 pessoas; nos anos que sucedem ao acidente. Cartas dirigidas ao garoto e escritas por familiares e amigos daqueles que não sobreviveram.
O romance vai alternar a nova realidade de Edward, que vai morar com os tios e se apóia na amizade com a vizinha Shay; com flashbacks dos passageiros do avião, uma mistura de histórias e impressões de vida.
Um livro delicado, sobre luto e superação, sobrevivência e novas vivências. Tocante em relação à aceitação de memórias e crescimento.
Eu não sabia muito o que esperar da história em relação a como a autora iria abordar o assunto, mas achei interessante a escolha de Ann em intercalar a narrativa entre o que aconteceu com os passageiros no avião, do embarque à queda e o que acontece com o Edward após o acidente.
Querido Edward é um livro sensível que fala sobre luto, sobre amadurecimento, amor, amizade e as escolhas que fazemos na vida. É palpável a dor dos personagens durante a leitura, assim como o alívio em ver que apesar de tudo cada um encontrou uma forma de continuar vivendo e não apenas existindo.
Um acidente aéreo em que o único sobrevivente é um menino de 11 anos. Essa é a base de Querido Edward, de Ann Napolitano.
O livro intercala capítulos retratando o voo nos momentos que antecedem o acidente, com capítulos mostrando a vida atual de Edward.
Como o leitor já inicia o livro sabendo que o avião cairá e somente Edward sairá vivo, é angustiante ler os capítulos que mostram o avião e seus passageiros. Neles, conhecemos mais sobre cada um, suas angústias, sonhos e personalidades e, saber que nada se concretizará, dá uma certa tristeza ao ler.
Nos capítulos de Edward, primeiro vamos acompanhando os momentos no hospital, com sua recuperação, a mobilização da mídia e dos familiares dos passageiros, querendo saber mais sobre o menino e o porquê dele ter sobrevivido, buscando algo de milagroso ou especial nele.
Edward fica com esses questionamentos também, se perguntando por que ele sobreviveu e não o seu irmão. Por muitas vezes é uma narrativa dolorosa, em que acompanhamos o luto de uma criança e os esforços de seus tios por deixarem o menino confortável, dentro do possível, enquanto todos procuram entender seus papéis na nova rotina.
Gostei muito da escrita da autora e de como ela construiu os personagens e narrou a história, a sensação de realidade é presente em todo o tempo. A única coisa que me incomodou foi o desfecho de alguns personagens, mas por ser algo que eu não gosto quando acontece, pois fez sentido na trama.
Para quem quer acompanhar uma jornada de amadurecimento e sofrer com a trama é uma ótima pedida!
Edward estava num voo que caiu e foi o único sobrevivente, ficando órfão. Após se recuperar um pouco no hospital, ele vai morar com os tios em uma cidadezinha de Nova Jersey. Enquanto tenta reconstruir sua vida e reencontrar, Edward se pergunta se é possível viver se sentindo morto por dentro.
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Eu tinha muitas expectativas para essa leitura e foi um belo de um tombo, pois senti que o livro não entregou nem um terço do que estava sendo prometido na sinopse.
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A trama se desenrola de modo lento e, para mim, não transmitiu emoção. Sim, em alguns momentos senti um nó na garganta, mas não consegui me envolver. Isso se agravou pelas passagens do passado, dentro do avião, que foram extremamente confusas e não faziam sentido até eu chegar no último terço da história.
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O Edward foi um personagem que não me cativou também, ele fica sentindo dor, mas não temos acesso a ela, por a narrativa ser em terceira pessoa. Os tios do jovem representavam o casal problema e sem diálogo, mas, felizmente, ele conta com uma “melhor amiga” que salva grande parte da história.
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Apesar de muitas coisas terem me incomodado ao longo da leitura, os capítulos finais foram bons. Eles trouxeram agilidade e parte da emoção que esperei a história inteira.
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Infelizmente Querido Edward foi uma leitura que não funcionou para mim, senti que a autora se perdeu em diversos momentos e falta de emoção, mas eu percebi que fui uma das poucas que tiveram essa impressão, então, talvez eu tenha ido com muita sede ao pote ou lido no momento errado.
Na narrativa podemos acompanhar pelas palavras do menino sua trajetória de dor, solidão e superação. O garoto precisa aprender a viver um mundo diferente de tudo que ele conheceu em seus curtos 12 anos de vida. Sem os pais e o irmão, ela acaba indo morar com os tios, cuja tia é irmã de sua mãe.
Edward tem a ajuda de sua vizinha Shay para começar sua recuperação, após passar um tempo internado. É nessa amizade que ele encontra forças para tentar seguir. Ele não entende como foi o escolhido para sobreviver a um acidente que as estatísticas alegam ser impossível alguém sobreviver.
Durante a história do livro podemos acompanhar em paralelo durante os capítulos, a narração de Edward sobre sua perspectiva do acidente e os acontecimentos que se sucederam antes da queda do avião. Somos apresentados às histórias de algumas das vítimas do trágico acidente, de como eram suas vidas, seus medos, seus sonhos, e de como elas se sentiram momentos antes de ter suas vidas encerradas. Isso torna a narração ainda mais emocionante e real.
Não consegui ler ainda essa obra, e acabei priorizando outros livros, devido as parcerias que estou em atraso. Um dia quem sabe ainda leia o mesmo, e outras obras do autor. Tenho esse em físico já.
Eu esperava um pouco mais desse livro. Apesar de ser uma história comovente, por boa parte do livro eu não me senti assim com a forma que tudo foi contado, não me senti muito próxima do Edward. Cada pessoa lida com o luto de formas diferentes, e eu estou longe de saber pessoalmente como ele estava se sentindo, sendo o único sobrevivente de uma queda de avião (onde sua família toda morreu), mas foi difícil me conectar com as emoções dele em alguns momentos. Teve uns picos de passagens que conseguiram me emocionar no livro, mas não foram muitas. Acho que o final foi o mais emocionante pra mim. Enfim, é um daqueles livros bem nichados, nem todo mundo vai gostar.
E essa sinopse que conta uma coisa que só vai acontecer bem depois da metade do livro? hahaha
“Ele não pode recuperar o que sabe que perdeu – sua família – mas talvez possa recuperar coisas, pessoas que a princípio nem sabia que existiam.”
"Querido Edward" apresenta um tema não muito discutido na nossa sociedade: como uma criança vive o luto? A autora se inspirou em histórias reais para escrever esse romance, especificamente na queda dos voos Afriqiyah Airways 771 e Air France 447. É possível observar a riqueza de detalhes e o conhecimento adquirido pela escritora em suas pesquisas.
A história é apresentada ao leitor de forma intercalada: os momentos vividos pelos passageiros antes do terrível acidente e a vida do único sobrevivente após o ocorrido. Apesar de não ser linear, a leitura flui bastante. Edward é um garoto que perdeu tudo e agora precisa recolher os cacos espalhados no chão e recomeçar. A cada página virada, o leitor acompanha o recomeço de Edward, ora doloroso, ora pacífico, e como ele lida com as cicatrizes no corpo e, principalmente, na alma.
Nota-se a importância de uma rede de apoio (amigos, psicólogo, parentes) em momentos delicados como esse. "Querido Edward" é um livro repleto de sensibilidade que provoca várias reflexões sobre a vida e a sua fragilidade.
Por @varlene.santos
Leituras S.A.
Querido Edward, de Ann Napolitano, foi um livro que resolvi ler para sair da zona de conforto. Eu não costumo ler obras que falem sobre desastres aéreos, acho um tema bem pesado, mas arrisquei por ter como protagonista uma criança e não um adulto. Imaginei que por a história focar nos sentimentos de uma criança, a mesma seria mais sensível na forma de abordar o tema.
Não é uma leitura simples, mas gostei da experiência de ler algo foram da minha zona de conforto. Não me enganei quanto a abordagem mais sensível do tema, há muita delicadeza e cuidado por parte da autora na hora de retratar os acontecimentos e os sentimentos dos personagens, especialmente os de Edward. Isso ajudou minha leitura a fluir, não senti um peso sobre mim pelo teor da trama e tive uma boa leitura. Eu recomendo.
Eu simplesmente terminei de ler Querido Edward e tive que vir mostrar todos os meus sentimentos nesta leitura! Tocante, profunda, envolvente e maravilhosa. Eu simplesmente comecei 2021 com uma leitura 5 estrelas e favorita, a qual vou recomendar infinitamente a minha audiência.
Neste livro vamos conhecer a história de Edward, um menino de 12 anos que sobreviveu a um acidente aéreo nos EUA. Aqui o foco não é o acidente em si, mas o quão esse episódio na vida do menino foi importante para o desenvolvimento dele. Temos uma história de superação, luto, crescimento amizade e, acima de tudo, alguém que está tentando descobrir quem realmente é, além de ser o menino que sobreviveu.
Uma leitura, embora com uma temática pesada, bastante leve, envolvente e perfeita,
Já falei em outras resenhas que gosto sempre de resenhar o livro assim que termino de lê-lo, mesmo que falte semanas para a minha resenha ser publicada (porque temos uma agenda certinha de resenhas, quais dias quem postará, coisas do tipo). Entretanto, em alguns livros, eu preciso de um momento para poder conseguir realmente respirar e colocar as ideias em ordem sobre como escrever sobre aquele livro. Aqui, com “Querido Edward”, eu inauguro uma nova categoria: precisei de tempo para saber o que eu iria escrever sobre esse livro.
Me parece muito simples resumir “Querido Edward” somente a um livro sobre luto. Ele não é. Também não é um livro somente sobre o caminho para a cura. Ele também não é mesmo. Acho que o melhor que posso deixar claro, desde começo, é que “Querido Edward” é um livro sobre pessoas. Pessoas simples, com defeitos, com qualidade, pessoas que você encontra quando vai no mercadinho perto da sua casa ou na rua, passando por elas. Ou pessoas que você encontra dentro de um avião, desconhecidos que tem sua vida no curso da sua enquanto vocês ficam dentro de uma caixa de metal que voa pelo céu, levando todos a um destino em comum. Algumas pessoas ficarão naquele lugar, outras não. E, nesse caso, infelizmente, todos permanecerão em um mesmo lugar para sempre – todos, menos Edward.
Como a sinopse deixa claro, Edward é o personagem principal. Em 12 de junho de 2013, às 7:45 da manhã, conhecemos um Edward com 12 anos e sendo carinhosamente chamado de Eddie por sua família: Jane Adler, sua mãe, roteirista; Bruce Adler seu pai matemático e Jordan, seu irmão mais velho de 15 anos. A família inteira está no voo 2977, que vai de New York para Los Angeles. A família está se mudando, saindo da cidade na qual os garotos cresceram. Enquanto Jordan está na fase da rebeldia adolescente, se descobrindo e tendo uma namorada secreta, Eddie é o filho calmo, carinhoso, que toca piano e está sempre à sombra do mais velho e sem qualquer ressentimento disso porque ele ama Jordan. Os pais, que também se amam, aceitaram se sentar separados dentro do avião: o pai iria com os meninos na classe econômica enquanto a mãe iria na 1ª classe para trabalhar na revisão do roteiro que estava trabalhando no momento.
No avião também somos apresentados a outros personagens (lembra que falei que este livro é um livro sobre pessoas, antes de tudo?). Conhecemos Linda, uma jovem que se sente meio perdida e que descobriu que está grávida, indo de encontro ao namorado Gary para contar as novidades e, quem sabe, receber um pedido de casamento, depois de um relacionamento a distância? Também conhecemos Flórida, uma mulher um tanto quanto peculiar que está deixando o marido, Bobby. Ainda há Mark Lassio, um jovem empresário cheio de si que se encanta com a aeromoça Veronica, uma mulher bonita e bastante carismática. Há ainda Benjamin, um militar voltando para encontrar sua avó depois de um trágico acontecimento, e há Crispin Cox, um velho bastante arrogante que viaja com uma enfermeira, a maltratando a ponto de fazê-la chorar, indo enfrentar uma luta contra o câncer – mas, nem assim, você consegue simpatizar e esquecer as ações do velho. Claro que isso é somente uma pequena gama dos personagens que viajam, já como, completando o que a sinopse diz, há 183 passageiros – mas as mortes chegam a 191, junto com a tripulação do avião. Todos mortos em uma queda que Edward irá testemunhar e sobreviver, milagrosamente.
O livro não tem uma estrutura linear, o que significa que ele fica entre a manhã do voo até ele cair e o futuro desde que Edward é resgatado. Conhecemos Lacey e John, seus tios, que agora cuidarão do garoto que se machucou fortemente no acidente, mas, mais do que isso: Edward agora tem seu espirito quebrado. Ele perdeu sua família inteira naquela queda – não, mais do que isso, bem mais: ele deixou de ser uma criança na pré-adolescência para saltar fases que nenhuma pessoa deveria, perdendo fases ao ter que lidar com o luto e a dor, tanto física quanto emocional, nas consequências daquele terrível evento.
Ao se mudar para a casa dos tios, Edward logo conhece Besa e sua filha, Shay, as vizinhas que passarão a fazer parte de sua vida. Shay tem a mesma idade que Edward e parece acreditar que ele tem alguma espécie de super poderes a la Harry Potter. Ainda há a presença do Dr. Mike, o terapeuta de Edward, e o diretor Arundhi, do colégio de Edward e Shay, um homem que dá uma especie de trabalho para o garoto. Lacey e John queriam desesperadamente ter um filho e nunca conseguiram levar uma gravidez até o final, e agora lidam com essa criança que precisa de muita atenção, amor, e cuidado, mas, ao mesmo tempo, está tendo de reaprender a se abrir e é ótimo ver que o garoto começa, de alguma forma, a mover seu corpo, ainda repleto de traumas e se curando fisicamente, para começar a criar relacionamentos que podem lhe ajudar a curar mais um pouco sua alma também.
Confesso que no começo da trama toda a parte da trama que se passa dentro do avião é bem mais interessante do que Edward chegando na casa dos tios e começando esse processo. No avião, temos a sensação de estar vendo um filme que foi filmado sem cortes, a câmera se movendo pelos assentos do avião, indo de uma personagem para outra, mostrando mais quem ela era e depois se movendo pelo corredor, indo para os passageiros da 1º classe que seguimos. Vamos aprendemos mais sobre como Jordan está tentando encontrar quem ele é, questionando até mesmo o pai, o deixando em uma posição desconfortável, enquanto vemos Mark decidido a conseguir um pouco de atenção de Veronica. Os personagens do avião são humanos, muito humanos, com pensamentos e decisões de pessoas que vivem sua vida sem ter a menor ideia da tragedia que as aguarda, afinal, quem poderia esperar algo assim?
Embarquei na leitura porque ela era fácil e fluía muito, muito bem, mas até o meio do livro eu não estava investida completamente nele. Não pelos personagens, não pelo sofrimento de Edward, eu só estava achando que era um bom livro sobre como aprender a viver com um trauma gigantesco – e então chegamos em outro fato que também é falado na sinopse: Edward descobre que o tio, John, está fazendo sua própria investigação sobre o acidente e tem escondido dele as cartas que recebe, vemos a dupla de adolescentes (porque Shay e Edward são inseparáveis, mesmo, e vou falar sobre isso mais a frente) lidando com coisas maiores do que eles são capazes de entender: o luto. Toda essa parte começou a crescer dentro de mim de uma forma que foi impossível parar de ler o livro mais, e a partir dai, eu soube que tinha uma perola em minhas mãos.
O livro foi lançado em janeiro deste ano lá fora e já tinha sido publicado aqui na TAG inéditos, mas somente agora está chegando a todos pela Paralela. Claro que só achamos elogios a essa narrativa tão sensível e tão tocante, que a autora, Anna Napolitano, que nos agradecimentos, confessa que foi “inspirada” por dois acidentes reais de aviões: o do voo 771 da Afriqiyah Airways em 2010 (o qual também teve somente um sobrevivente) e o voo 447 da Airfrance em 2009. Ela definitivamente tem minha atenção para suas futuras publicações porque sua escrita realmente me cativou.
Não digo que “Querido Edward” é um livro fácil ou para todas as pessoas. A narrativa traz muita dor, muita reflexão e muito, muito crescimento. Em um ano repleto de desafios, me peguei fazendo um paralelo sobre o valor das coisas que parecem pequenas e que deixam de ser quando perdemos algum que amamos. Eu já lidei com o luto em minha vida, obviamente que não nas mesmas situações que Edward, mas você entende o que ele está passando, você entende a dor visceral que ele passa, você entende as dores do corpo dele, a falta de sono, a sensação de que tudo está definitivamente fora do lugar, por mais que os tios dele estejam tentando, de todas as formas, fazerem com ele se enquadre em sua “nova” vida, mas que vida ele acha que ainda tem? O que é preciso encarar e fazer para começar a superar algo que você claramente não irá superar? São tantas perguntas que o livro nos faz fazer que, no final das contas, o que eu queria mesmo era abraçar Edward e falar que, eventualmente, tudo iria continuar e que ele iria ficar, dentro do possível, bem. As cicatrizes iriam ficar, mas o avião iria parar de cair. Espero que vocês deem uma chance a esse livro tão tocante que merece ser conhecido e debatido.
Simplesmente amei o livro. História de um menino, único sobrevivente em um acidente de avião. A família estava de mudança de Nova York para Los Angeles quando o avião cai e 191 pessoas morrem e só o garoto com então 12 anos sobrevive. E nessa nova fase de vida tem que lidar com as perdas do seus pais e irmão, de toda uma vida. Vai morar com a tia, irmã de sua mãe, e seu marido em uma nova cidade no interior de New Jersey. Lá conhece Shay, uma garota da sua idade, vizinha da sua tia. Shay e Edward se tornam amigos e juntos vão descobrindo como viver nessa cidade. Com o passar do tempo, eles acabam descobrindo que seu tio guarda 2 malas repletas de cartas de familiares dos mortos no acidente. Em paralelo a essa história, vamos descobrindo quem estava no avião, suas vidas, seus medos, seus amores. E também como foram os últimos momentos do avião antes da queda.
Leitura tocante, triste e necessária.
Quem tem fobia de altura, avião e afins, não leia.
Eu particularmente achei algumas partes bem lentas, mas acabei gostando.
Chorar sempre é bom, alivia o estresse e limpa os canais lacrimais. Se você está em busca de uma história que te faça chorar, Querido Edward é uma excelente escolha.
Nesse livro conhecemos Edward Adler, um menino que em 2013 tem 12 anos. Edward é o único sobrevivente de um terrível acidente de avião em que toda a sua família morre. Após a catástrofe, ele precisa aprender a viver com falta que a família faz, todas as mudanças repentinas em sua vida e a atenção absurda que desconhecidos passam a dar a ele.
A narrativa começa no aeroporto, apresentando alguns personagens que estarão no avião 2977 para Los Angeles: a família Adler completa, com Eddie, seu irmão mais velho Jordam, a mãe Jane e o pai Bruce; A chefe de cabine do vôo, Verônica; Linda, uma moça que acha que está grávida; Florida, que tem uma saia com sininhos na barra; Mark Lassio, um executivo que já saiu na Forbs algumas vezes; Benjamin Stillman, um soldado do exercito americano que está voltando pra casa; e Crispin Cox com sua enfermeira particular.
O capítulo seguinte mostra a equipe de investigação chegando ao local do acidente. A partir daí a história se divide em três tempos, o que acontece com os passageiros no avião, do embarque à queda; o passado dos personagens, o que os levou a estar naquele vôo especifico; e o que acontece com o Edward após o acidente.
Edward acaba indo morar com os tios e fazendo a amizade mais importante de sua vida, da forma mais estranha possível. Shay se torna a pessoa mais importante da vida do garoto, e com ela, Edward passa a descobrir novas formas de seguir com sua vida. Aqui preciso mencionar que alguns personagens dessa história são Potterheads e que isso faz toda a diferença na narrativa.
Eu praticamente devorei o ebook, não conseguia parar de ler. A narrativa tem uma riqueza de detalhes única e uma sensibilidade admirável nos momentos em que pretendia explanar as emoções dos personagens.
É importante dizer que mesmo sendo cheia de mortes, é também — talvez principalmente — uma história de superação. Então, eu chorei sim lendo, mas nem sempre foi de tristeza.
Para escrever essa história, Ann Napolitano se inspirou em dois acidentes reais, o vôo 771 da Afriqiyah Airways em 2010, que também só teve um sobrevivente, e o vôo 447 da Airfrance em 2009.
A edição publicada pela Companhia das Letras, impressa e ebook, está sendo lançada hoje (01), então corre pra garantir seu exemplar e se maravilhar com a história do menino que sobreviveu.