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é um livro que me marcou profundamente pela forma como George Orwell usa uma fábula aparentemente simples para fazer críticas poderosas ao totalitarismo e à corrupção do poder. A história dos animais que se rebelam contra os humanos e estabelecem sua própria sociedade autogerida inicialmente parece promissora, mas gradualmente descamba para uma ditadura cruel e opressiva liderada pelos porcos, que se tornam indistinguíveis dos humanos que antes criticavam. A narrativa de Orwell não só oferece uma alegoria vívida dos regimes autoritários, mas também levanta questões profundas sobre a natureza humana e o perigo das ideologias extremistas. É um livro que provoca reflexões duradouras sobre poder, justiça e liberdade, uma verdadeira crítica social escondida sob algo "simples" porém muito complexo.
A fazenda dos animais é um clássico, a reedição ficou perfeita, tradução incrível e a história continua a inspirar outros livros e a reflexão dos leitores. Fazia muito tempo que eu queria ler George Orweel e finalmente consegui... É incrível como uma "fábula" pode carregar tantas mensagens e ainda, tantas mensagens atuais... Como pode depois de tanto tempo ainda ser tão atual. Recomendo demais, edição simples, mas excelente.
Olá pessoa! 2021 marca a entrada das obras autor britânico George Orwell em domínio público. Por isso, várias editoras trouxeram suas publicações dessa história. Eu amei ler a nova edição da Companhia das Letras. Uma edição primorosa e necessária a quem não conhece a obra e também a quem irá realizar uma releitura. Minha fala vem da minha experiência como primeira leitura, não me julguem, e que o texto do autor a edição ucraniana dá ao leitor um breve conhecimento do próprio autor e isso faz diferença na hora de ler a obra.
A história é conhecida: cansados da exploração a que são submetidos pelos humanos, os animais da Fazenda do Solar se rebelam contra seu dono e tomam posse do lugar, com o objetivo de instituir um sistema cooperativo e igualitário. Mas não demora para que alguns bichos voltem a usufruir de privilégios, fazendo com que o velho regime de opressão regresse com ainda mais força.
Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945, A Fazenda dos Animais é uma alegoria satírica sobre os mecanismos do poder e tudo aquilo que leva à corrosão de grandes ideias e projetos de revolução.
“Animais de todo mundo, uni-vos!”
Sobre o texto em si é uma leitura instigante, mas que merece algumas pausas para a história "assentar" e a leitura então poder prosseguir. Não pelo cansaço, mas por trazer tanto em seus capítulos. Outra coisa é que por ser uma fábula o entendimento parece ser simples, mas por seu caráter político merece uma meditação mais apurada. A história é uma sátira a Revolução Russa. Onde os animais tomam o sítio onde vivem para não serem mais explorados pelo dono, porém descobrem outra realidade.
A história por seu uma fábula tem seu texto de certo modo curto e falar muito sobre ele tiraria de uma primeira leitura seu brilho de descobertas, porque por mais que o leitor por meio da sinopse saiba a base de sua essência, vai carecer da leitura para formar uma opinião de forma satisfatória as suas conclusões.
Em pleno século XXI várias das críticas expostas no texto deveriam ter entrado no tempo passado, mas se fazem cada vez mais atuais na conjuntura que estamos vivendo. Basta dizer que a polarização política que vivemos é fruto do mesmo fermento que fez a obra ser escrita.
Assim como Santos Dumont e Einstein viram suas obras terem um uso muito diferente ao qual foram criadas, o autor sofreu com o uso de sua obra em vários sentidos contrários ao qual desejava quando a escreveu. E foi uma escrita que levou 6 anos até deixar de ser uma ideia até chegar a existência em papel e tinta. Desde sua concepção a rejeição a publicação da mesma, mostrava que a complexidade do tema requer desde aquele tempo uma análise mais profunda que a primeira leitura e que a aparente simplicidade do texto esconde a complexidade nas entrelinhas.
A crítica a bebida, me remontou a "os homens podem virar porcos quando bebem, mas não virariam homens os porcos se bebessem". Questões como educação e as consequências da ausência dela, o problema da falta de "memória histórica" por parte da população, o desejo profundo e sincero por mudanças, sem uma visão global dos meios em que ela acontecem, são abordados de forma tão clara que quase gritam: Brasil, leia e aprenda. Não sejam fortes em trabalhar e lentos em entendimento. Enquanto o termo "camaradas" causem um asco mediante a análise texto-realidade.
“Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros.”
O ganho de consciência que a leitura traz produz em simultâneo, um desalento devastador quanto uma paz de espírito em reconhecer o que é fato do que é engodo. E que essa constatação seja o bastante para que ao menos não se faça parte da massa de manobra usada para manter as coisas como estão preservando no poder os que lá estão e suas atitudes egoístas e enganosas. Deixando a anarquia e o cooperativismo como opções de uma governança sem poder ou centralização evitando a corrupção do sistema pela centralização.
Vale ressaltar que mesmo em uma obra que trata a igualdade, não coloca em mesmo nível homens e mulheres ou masculino e feminino. Todos os líderes e antagonistas são dominadores, fortes e viris, ou ambas coisas. Sejam homens, porcos, cavalos ou cães. As figuras femininas ou femininas, pouco aparecem ou somente como esposa, reprodutoras, chocadeiras e por fim num arquétipo de amante. Mas ainda assim, ressalta com grande força que o antagonismo e a antítese são ao meu humilde modo de ver uma das grandes forças desse texto.
Uma das maiores polêmicas sobre a edição, cujo título traduzido antes "A revolução dos bichos" se volta para a origem e vem como "A fazenda dos animais" tem sua explicação linda e amplamente feita no posfácio, o professor e crítico Marcelo Pen refaz a trajetória da fábula de Orwell em nosso país — onde surgiu em 1964 — e lança luz sobre as tentativas de uso do livro como arma ideológica no Brasil e no mundo.
Além dessa explicação o contexto histórico com a qual a obra foi recebida no mundo e com igual e apurada visão no Brasil rende aprendizado sobre a história da história que encanta e informa em igual forma.
A história do livro - em capas depõem lindamente a favor desta edição por serem igualmente esclarecedoras e em Fortuna Crítica, as resenhas servem como "outros" leitores para uma troca sobre as observações a qual eu própria cheguei em minha leitura.
Sobre a edição: com capa em tecido, lombada impressa, fonte e papel confortáveis para leitura, tradução primorosa, diagramação e revisão primorosas não sendo por mim observado nenhum erro de ortografia ou digitação. Com nova tradução, de Paulo Henriques Britto, e projeto gráfico especialíssimo - obras da artista brasileira Vânia Mignone.
Antes da leitura eu vi alguém falando que esta obra de Orwell contribuiu para a demonização do comunismo / socialismo durante os primeiros anos de pós-segunda guerra e me lembrou muito do que vivemos agora com o "delírio comunista".
Quem ficou com medo pós livro só podem ter sido aqueles com receio de perderem seus privilégios dados pelo capitalismo.
Estar confortável em um sistema capitalista é ter se acomodado em uma bela gaiola dourada.
Ademais, a leitura lúdica, deixou muito o ritmo bem fácil de se levar. Quando dei por mim, já tinha terminado o livro.
Um livro que é impossível parar de ler, porque a metáfora que Orwell faz lá no período do fascismo, comparado com a atual situação política e econômica brasileira é genial. Você fica com o cérebro explodindo, querendo comentar com todo mundo e, principalmente, querendo que todo mundo leia o quanto antes.
Essa edição é fantástica! A história em si é essencial para pensarmos a política. Eu sempre indico esse livro pada jovens. E essa nova edição da Companhia das Letras traz textos de apoio muito interessantes, inclusive explicando a mudança do título do livro. Amei!
*Thank you Netgalley and the publisher for providing me with a copy of this book for review, all opinions are my own*
Wow
Now I understand why everyone always says that this book should be mandatory to read.
I loved it, seriously it is a book without defects.
I loved how the writing is easy to read and understand, how the characters even being animals manage to captivate us, and how the story itself is so relevant.
This edition that I read has several extras that helped me a lot to have a better understanding of the story and its meaning.
I highly recommend this edition but above all, I highly recommend reading this book.
It is a book that will make you think about it forever, for me this is a great book to discuss, whether in the classroom or in the books clubs, I'm sure the discussion will be enriching and it's a quick read!
Um livro que foi escrito anos atrás, mas que se encaixa nessa época.
Gostei bastante do livro. Entendi as críticas.
E sempre achei que qualquer pessoa que tem poder, ou que almeja ter poder, pode perder o foco e acabar sendo pior do quem ele criticava.
É bom ler esses livros, é bom refletir sobre política, sobre quem comanda nosso país.
A Fazenda dos Animais tem início com um sonho de Major, um porco de doze anos que sente estar no fim da sua vida. No sonho Major lembra de uma canção a muito esquecida, que fala sobre um tempo dourado onde os Homens tiranos cairão e os animais serão livres. Major reúne todos os animais da Fazenda do Solar, conta seu sonho e incita os animais a tomarem uma atitude contra seu opressor, no caso o Sr. Jones. Mas ele também faz alerta, para que os animais sempre vejam um ao outro como iguais e que eles nunca se comportem como os Homens, que só tem maus hábitos.
Dias depois o velho Major vem a falecer, mas seu discurso continua vivo entre os animais da fazenda e eles não sabem quando nem como será essa rebelião, mas eles estarão preparados quando ela se iniciar. E a tarefa de instruir e organizar os animais recai sobre os porcos, uma coisa natural já que alem de ter sido um porco a ter a revelação, eles eram considerados os animais mais espertos da fazenda. E entre esses porcos existiam dois líderes, Bola de Neve e Napoleão. E a tarefa deles não é nada fácil já que grande parte dos animais ainda reluta em se rebelar. Mas a rebelião chega mais rápido do que eles imaginavam.
Num dia o Sr. Jones acaba bebendo demais e nem ele nem seus empregados alimentam os animais, que desesperados acabam expulsando todos da fazenda. Os animais agora finalmente estão livres. Depois de muito comemorar eles criam Os Sete Mandamentos que todos deverão seguir e por um tempo tudo parece estar indo muito bem e os animais estavam tão felizes como jamais imaginaram ser possível. Mas então os porcos, que assumiram a liderança da agora Fazenda dos Animais, começaram a requisitar para si alguns privilégios e logo eles se veem em uma ditadura muito pior da que viviam com o Sr. Jones.
Faz tempo vejo falarem desse livro, dos livros do autor na verdade, e sempre tive vontade de ler ele, mas por ser um clássico sempre acabava deixando para depois. Mas acredito ter lido ele no momento certo. A leitura é rápida, li ele em mais ou menos 2 horas, mas a mensagem que o livro traz com certeza vai abrir os olhos de quem o ler. Ver ali uma história praticamente infantil, mas contada de um jeito que não tem como não reconhecer, não se indignar e não querer mudar aquela situação.
O livro foi publicado em 1945 e é uma crítica clara a Revolução Russa e seu regime posterior. Mas poderia ter sido escrito aqui no Brasil nos dias atuais e ser também uma critica aos nossos governantes. É incrível como o autor parece estar descrevendo nossa politica com um governo anterior corrupto, sendo trocado em uma "rebelião" por um governo que prometia acabar com tudo aquilo e estarmos vivendo algo ainda pior que antes. Temos aqui um personagem que descreve perfeitamente apoiadores do atual governo, que por mais ruim que a coisa fique sempre está ali lembrando o povo de como o governo anterior era ruim. E são tantas situações que em vez de um livro escrito há 75 anos, parecia que eu estava lendo uma noticia de um jornal.
Mas não quero influenciar ninguém colocando na resenha minha opinião pessoal. Cabe a cada um que ler o livro tirar suas próprias conclusões, que como já disse, é impossível ficar indiferente diante de toda a situação e não se reconhecer ali em um daqueles animais. Mas voltando ao livro, gente que tristeza. Fazia tempo não sofria tanto lendo uma livro. A sensação de impotência é muito grande diante da situação. Você quer entrar ali e abrir os olhos deles, fazer eles enxergarem a situação como um todo e não somente o que lhes é apresentado no dia a dia. Mostrar que eles tem poder e capacidade para mudar tudo aquilo. E mais uma vez a ficção se confunde com a realidade.
Achei a escrita do autor maravilhosa, tanto que já preciso ler seus outros livros. É uma fábula atual e que mexe com nossos sentimentos e nos faz querer tomar alguma atitude. E nos faz pensar se Major tem realmente razão ao dizer que a Terra só ficará bem após o Homem ter desaparecido dela.
A majestosa fábula satírica de George Orwell sobre o socialismo na URSS. Mesmo sendo uma obra elaborada para refugiados ucranianos na Alemanha após a segunda guerra, ela continua atual e necessária. É um clássico de dispensa apresentações e instiga diversas reflexões. A narrativa conta sobre os animas da fazenda Solar que diante do trabalho exaustivo e dos maus tratos de seu dono, resolvem fazer uma revolução e tomar a fazenda. tendo em mente uma utopia igualitária, os animas compõem leis para guia-los.
Aos poucos toda a ideologia vai sendo deturpada pelos porcos que se colocaram na liderança da fazenda. Agora levando o nome de "Fazenda dos animais", o trabalho se torna cada vez mais pesado e a ração cada vez menor. Enquanto os porcos se banqueteiam e alienam os demais. As leis tão severamente seguidas são sutilmente modificadas para o benefício de quem tem o poder. Dessa forma, o oprimido se torna o opressor, se aproximando inexoravelmente ao seu inimigo original.
Essa história nos faz refletir tanto sobre a história em que se baseia como com o presente e/ou o meio em que estamos inseridos. É impressionante como a obra explora as diferenças de classes, assim como, o poder pode transmutar qualquer ideologia por mais utópica que ela seja.
A primeira vez que li “A Revolução dos Bichos” foi no começo da faculdade de direito – e sim, aqui temos a mesma “fábula” (como muitos vezes meus professores se referiram ao texto), o mesmo texto, mas agora com o nome real com o qual foi escrito e criado. Apesar de já saber disso, que Orwell escreveu esta história com um nome claro: “A Fazenda dos Animais”, que é onde a trama realmente se passa. Mas agora temos uma edição completa com tanta informação que merece ser lida e analisada somente por eles – podem confiar em mim que sim, vale a pena.
Para quem ainda não conhece ou não se aventurou em uma leitura que é tida como clássica, a história é bastante simples: O Sr. Jones tem uma fazenda na qual cria animais, que se sente explorados e mal tratados pelo homenzinho vil. Um dia, os animais escutam o velho porco Major que teve um sonho, e, bom base nesse sonho, se unem e decidem colocar um fim naquela situação toda, tomando o controle do lugar para si. Assim a fazenda, outrora conhecida como Fazenda do Solar, passa a ser a Fazenda deles, com trabalhos divididos e também todos benefícios – e por benefícios digo comida e uma ideia de um futuro mais sereno e calma na velhice dos animais. Nessa época, a vida na Fazenda beirou a um sonho perfeito, tudo regido sobe as sete leis que os animais criaram em uma das suas assembleias para regirem sua sociedade como uma grande irmandade, já como tinham um inimigo em comum: os homens. O Animalismo era real e era o sistema dos animais. Eram iguais e acreditavam que eram mais felizes assim. E, por um tempo, eles estiveram certos.
Então os suínos começam a tomar a liderança da fazenda nas figuras dos porcos Bola de Neve e Napoleão, seja dividindo o trabalho, seja começando a mostrar que podiam, de todas as formas possíveis, gerar dúvidas e “guiar” os outros animais e suas opiniões em determinadas direções. Por mais que outros animais trabalhassem muito mais do que os próprios porcos (vide o exemplo de Guerreiro, o cavalo) e outros fossem capaz de começarem a entender que algo estranho e já visto antes estava começando a acontecer (aqui, no caso, somente um foi capaz: Benjamim, o burro), vamos ver a degradação da sociedade dos animais por ganância e pela total falta de empatia, compaixão e, principalmente, ganância do seu atual líder, que nem ao menos foi escolhido para tal e sim deu um golpe.
Os porcos começam a usar a velha e já conhecida tática usada através dos seculos em quase todas sociedades humanas: o medo de um inimigo em comum e a implantação de um “exercito”, aqui na forma de “cães de guarda”, para resguardar os poderes dos porcos, tudo sempre com aquela aura de: “Estamos fazendo isso em prol do melhor para nossa sociedade!”. Claro que também há o porco Guincho, que começa sempre a plantas a ideia que é mais conveniente aos porcos entre os outros animais. Dá um desespero entender que tudo está se repetindo e os porcos aqui estão quebrando todas as leis que eles mesmo ajudaram a criar, mas a medida que você sente essa “dor”, você entende que eles não se importam simplesmente porque eles estão em cima na cadeia animal novamente, e isso era o que eles queriam e gostavam. Por que, você pode se perguntar, e eu vou lhe responder da forma mais direta: Pelo mesmo motivo que alguns homens gostam da posição de poder e de manter os outros abaixo.
Assim que temos um total paralelo com a nossa sociedade atual e é motivo pelo qual um livro que foi escrito em 1947 ainda é atual e estudado: a humanidade continua andando em círculos, acreditando que alguns são melhores do que os outros, usando a mesma técnica do medo e histéria coletiva contra um inimigo em comum para manter aqueles governantes no poder e assim se perpetuarem e, principalmente, os que estão em posição de poder poderem coletar mais beneficias para si mesmo do que nunca. Há uma certa passagem do livro que Guincho usa o fato dos porcos “precisarem” comerem as maçãs e tomarem o leite para poderem trabalhar “com a mente” e assim evitar que o Mr. Jones voltasse ao poder. Parece surreal que os outros animais aceitassem essa desculpa, mas é exatamente isso que acontece.
É catártico ler um livro aonde você vê animais se juntando para lutarem juntos, lado a lado, por uma vida melhor. Quando eles entendem que o poder está do lado deles porque são eles que fazem todo trabalho na fazenda e, por isso, merecem uma vida melhor, é absolutamente inebriante. Mas, assim como também é uma alegria ler a subida, é desesperador ler a queda da Fazenda porque você entenda que Orwell está simplesmente reproduzindo nos animais a própria inabilidade humana de enxergar que os outros são seus pares e que precisam, acima de tudo, se apoiarem e escolherem o destino de todos juntos, em uma sociedade sem alguns estarem no topo e outros não. É simplesmente assim que o ser humano funciona, infelizmente, e é isso que Orwell fez aqui: recriou a revolução Russa por meio de uma fazenda.
Essa informação é dada pelo próprio autor no prefácio dessa edição de especial – e agora falo sobre o material extra que mencionei na introdução desta resenha. Orwell também deixa claro aonde veio a inspiração para a história e ainda temos diversos textos extras que acrescentaram tanto a leitura que eu mal posso explicar: há textos de Northrop Frye, Raymond Williams, Daphne Patai, Edmund Wilson e outros, além de ensaio visual de Vânia Mignone e um posfacio do professor Marcelo Pen, escrito especialmente para a Edição. Mas, acima de tudo, o que mais aprendi nessa edição foi o motivo pelo qual o nome original, “A Fazenda dos Animais” é tão mais correto do que o nome que conhecemos o livro, “A Revolução dos Bichos”. Só por esse motivo, eu já indicaria essa edição – porque não se iluda, há um motivo por trás disso e ele pode não ser o que você pensa.
Eu sei que muitos podem achar o preço desta edição cara, mas como alguém que já tinha lido o livro e agora teve a oportunidade de ler um eBook desta edição completíssima, eu afirmo que vale demais a pena ter um exemplar desse. Se você não conhece essa história de uma revolução que tinha tudo para dar certo e fazer uma sociedade melhor e foi corrompida pelos próprios participantes, você precisa ler e entender mais sobre a própria história da humanidade contada aqui em uma metáfora bastante clara e fácil de entender.
Há tanto para se pensar e falar sobre a trama de “A Fazenda dos Animais” que uma resenha só me parece até um descaso com uma edição dessa qualidade, por isso tudo que posso fazer é realmente dizer que essa história tem chegado nas pessoas por mais de 70 anos por um motivo simples: nós, humanos, continuando replicando essa história, repetindo nossas ações e fazendo a mesma coisa de novo e de novo e de novo. E, ao que tudo indica, vamos continuar fazendo isso por muitos e muitos anos ainda, em muitas e muitas fazendas.
Grande George Orwell....
Esse livro é um clássico, a edição está linda. Obrigada NetGalley por disponibilizar essa obra prima.
Super recomendo
Nesta edição de "Animal Farm", de George Orwell iniciamos a leitura com o prefacio do autor à edição ucraniana. Esse detalhe nos serve com uma preparação para a leitura da fábula criada pelo ator, uma vez que nos ajuda a compreender o cenário que inspirou Orwell na criação da obra.
Após o prefácio temos A Fazenda dos animais, ou seja, a história em si. É uma leitura rápida e com uma linguagem de fácil compreensão, que nos faz pensar em como a narrativa criada nos anos 40 por Orwell ainda é tão atual e importante, principalmente na atual situação do nossos país.
Posteriormente a história temos um posfácio de Marcelo Pen que nos apresenta uma contextualização do impacto na obra criada por Geoge Orwell no Brasil e no mundo, nos apresentando informações que agregam muito na nossa compreensão da leitura. Também temos um copilado com 75 anos de A Fazenda dos Animais representados através de suas capas pelo mundo, assim como um espaço dedicado a Fortuna Crítica. Por fim encerramos a obra com algumas informações sobre o autor e colaboradores.
De uma maneira resumida essa nova edição não vem como algo para substituir a publicação A Revolução dos Bichos, mas sim como uma forma de complementar e atualizar a versão anterior trazendo uma experiência ainda mais enriquecedora para quem lê.