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Me surpreendi positivamente com a leitura, não esperava que fosse tão bom e que me prendesse da forma que aconteceu! Com toda certeza irei indicar para todos!

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Amei demais. Por mais que seja um livro completamente fora da minha zona de conforto, foi uma delícia. Ler coletivamente com outros booktubers fez a diferença porque me ajudou a entender partes mais complicadas.

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Livro menos chamativo da TJR, foca nos filhos de Mick Riva e em como eles sobreviveram à ausência do pai e à morte precoce da mãe.

O livro tem altos e baixos, mostrando o presente e passado.
Nao consegui me conectar com seus personagens e o fato de perto da conclusão ter introdução de mais personagens saindo do nada foi um tanto frustrante.

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Red e Blue são guerreiras de facções rivais que batalham pelo controle do tempo. Elas são agentes enviadas para interferir no que chamam de “filamentos” do tempo, influenciando eventos com o intuito de garantir seus futuros tais como seus líderes desejam. Durante suas viagens entre passado e futuro, Blue deixa uma carta para Red. O que começa como provocação de uma rival aos poucos se transforma em um amor proibido, e elas precisam vencer muito mais do que o tempo pra ficarem juntas.

O primeiro adjetivo que me vem à cabeça para falar de É Assim Que se Perde a Guerra do Tempo é… confuso. O segundo, poético. Vamos começar falando sobre o primeiro. O livro é intercalado entre capítulos das cartas propriamente ditas e capítulos que ora focam em Red, ora focam em Blue em suas missões, bem como o momento em que elas encontram a próxima carta. E ao pensar na palavra “carta”, peço que vocês façam o exercício de imaginar as cenas mais abstratas possíveis: uma delas é encontrada no couro de uma foca, por exemplo. E foram esses capítulos que tornaram o livro bem menos agradável pra mim do que poderia ser. Tive muita dificuldade de me engajar com as missões, porque o mundo fantasioso criado pelos autores não é palpável, e as explicações ficaram aquém das minhas expectativas. Me senti perdida sobre o universo proposto, mas também acredito que não era o intuito do livro se debruçar muito em cima disso. Toda a guerra e a viagem no tempo são temas secundários, então senti como se nem valesse a pena ler sobre eles. A sensação que ficou é de “só aceita que é assim e segue o flow”, sabem? E, comigo, isso não funcionou muito bem. Por conta desses fatores, tive imensa dificuldade de me conectar à ambientação criada pelos autores.

Agora, quando falamos no aspecto poético da obra, bem como do romance em si… aqui, sim, temos belas palavras, capazes de envolver e fazer o leitor torcer por Red e Blue. É palpável quando o tom das cartas começa a mudar e as mensagens deixam de ser meras provocações de duas agentes que respeitam o alto nível uma da outra. Aos poucos elas começam a revelar mais de si mesmas por meio das palavras, bem como os segredos de onde elas vêm. Red, por exemplo, faz parte da facção conhecida como Agência. Os soldados da Agência são melhorados com tecnologia, não precisam dormir nem se alimentar de formas tradicionais e vivem em um mundo distópico tecnomecânico. Blue não poderia ser mais diferente: sua origem é a facção chamada de Jardim, na qual os membros se fundem à natureza das mais diversas formas, fazendo parte de um universo “élfico” e praticamente bucólico – se não fosse pela guerra, é claro rs. O interessante é que, conforme baixam suas guardas e se abrem sobre si mesmas e suas origens, fica claro que elas já nem sabem mais porque lutam, e passam a perceber que além das diferenças existem muitas similaridades que as unem.

Não posso negar que É Assim Que se Perde a Guerra do Tempo é bastante imaginativo. Em suas idas e vindas pelos filamentos do tempo, Red e Blue guiam o leitor por várias Atlântidas rumo à submersão, para inúmeras cenas de catástrofes, para um futuro tecnológico, para a época de Gengis Khan, entre outros períodos marcantes. Pra conseguir fazer com que as páginas fluíssem, precisei dar uma desapegada das explicações teóricas; como mencionei antes, o foco do livro não é esse. Se você conseguir “desligar a chavinha da implicância”, é bem provável que aproveite essas passagens com mais entusiasmo do que eu. Agora, como um elogio muito merecido, ressalto não apenas o belo romance entre as duas protagonistas, mas também a reta final da obra: há uma explicação muito interessante para algo que vinha aparecendo desde as primeiras páginas, e eu gostei de como deu sentido a todas essas cenas em questão.

É Assim Que se Perde a Guerra do Tempo foi uma experiência… peculiar. Não posso dizer que amei, mas também não é justo dizer que odiei. O romance sáfico é bonito e comovente, além de ser bem-vindo em termos de representatividade lésbica na literatura. Porém, se você tiver alguma expectativa de que o pano de fundo das viagens no tempo seja explorado, é possível que você se decepcione. Recomendo que alinhe as expectativas quanto a isso antes de iniciar a leitura caso decida dar uma chance. 😉 Ademais, é um livro poético e cheio de palavras intensas, daquelas que transmitem a paixão e a dor de romances impossíveis.

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Essa resenha em breve estará nos perfis!

Que delícia de livro.
Minha nossa.
Eu nem sei como começar de outra forma que não assim.
“Notas, contas e máquinas novas ficam para trás. Eles levam pessoas e arte. A matemática vai queimar, as máquinas vão derreter, os arcos, se desintegrar.”
É assim que se perde a guerra do tempo, Amal El-Mohtar e Max Gladstone. Tradução de Natalia Borges Polesso.
Cara pessoa leitora, como escrever uma carta pra você envolvendo uma miríade de metáforas, vivências alienígenas (no sentido de estranhas à nossa existência), e um romance completamente levado aos extremos?
Sairia este livro. E com a tradução da Natalia Borges Polesso que quase fico como Blue criticando as limitações e abstrações que escolher palavras traz.
“Eu estava leve, oca, faminta. O sol nasceu. Não houve revelação.”
É assim que se perde a guerra do tempo, Amal El-Mohtar e Max Gladstone. Tradução de Natalia Borges Polesso.
O livro acompanha Red e Blue, em capítulos revezados, com as cartas de cada uma ao final deles. São capítulos curtos de duas personagens que estão em lados opostos de uma guerra, uma guerra de princípios (Jardim e Agência tem visões de mundo que talvez sejam opostas, talvez sejam a mesma, só mudam de cor, dá pra passar uma tarde inteira refletindo sobre isso), uma guerra de objetivos (o mesmo na verdade, ambas querem controle e estabilidade), através do tempo. A gente acompanha a relação das duas ao longo de anos, décadas, meses, segundos, o tempo é algo muito relativo nesse livro, e algo a ser navegado, não usado para mensurar.
As duas tem personalidades muito bem marcadas e o modo como a relação das duas é construída, e vamos preenchendo as lacunas através das cartas e das voltas e idas, ah, é um livro gostoso de ler.
“Você me pergunta sobre fome.
Você pergunta, particularmente, sobre a minha fome.
A resposta curta: não.
A resposta longa: eu acho que não?”
É assim que se perde a guerra do tempo, Amal El-Mohtar e Max Gladstone. Tradução de Natalia Borges Polesso.
Mas não acho que seja um livro para todos os tipos de leitores. Tem uma certa poesia muito específica, uma falta de ordem, uma falta de preenchimento, que penso que possa incomodar algumas pessoas. Ele é um livro pra mim. Certamente. Me diverti e fui colhendo aos poucos as palavras, as relações, os dramas, as migalhas que foram entregues pelos autores, os pedacinhos de mundos, os filamentos de tempo, as visões de mundo, de corpos, de conceitos de sociedade, mas é isso que são no final das contas: migalhas. Eu gosto desse tipo de proposta, meio quebrada, meio diferente, meio mágica, você entrega algo de si ao ler esse tipo de livro. Mas é algo que demanda um gosto específico.
Ele é até que curto, os capítulos são lidos muito rapidamente, são trechinhos. Mas mesmo assim eu parava logo depois de ler um pra poder fazer durar mais.
“E quando a Comandante me encontrou, deslizou para dentro de mim e disse: ‘há trabalho para pessoas como você’, me perguntei se todos os agentes eram como eu. Não eram – descobri isso mais tarde. Mas somos todos desviantes de maneiras distintas.”
É assim que se perde a guerra do tempo, Amal El-Mohtar e Max Gladstone. Tradução de Natalia Borges Polesso.
É assim que se perde a guerra do tempo e se ganha tanta coisa.

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Quando eu li a sinopse desse livro foi amor à primeira vista, achei a premissa do livro bem interessante e ele transmitia entregar uma história intrigante e ao mesmo tempo emocionante, eu precisava ler esse livro de toda e qualquer forma e foi exatamente isso o que eu fiz.

A leitura não foi fácil para mim não vou mentir, além de ser uma ficção científica que por mais que eu goste é normalmente um ponto fraco meu, pois, a leitura é sempre mais lenta, a escrita do livro é bem poética e rebuscada e eu não sou bom com poemas, o que tornou toda a situação ainda pior! Além disso, os autores não fazem questão de nos dar nenhuma informação sobre as agências que as personagens trabalham, nem porque elas estão em guerra.

Mas, mesmo com todas as dificuldades, a leitura foi simplesmente incrível, a verdade que eu achei o livro lindo, a forma como a história é contada através de troca de cartas entre Red e Blue me deixou encantado e foi exatamente o que me fez amar o livro.

Não há muito o que falar sobre as protagonistas, ao menos em características físicas porque essas informações são escassas, mas, gostei bastante da personalidade delas, gostei de como elas descrevem seus anseios, necessidades e medos.

Num todo eu realmente gostei da leitura, achei o livro lindo e romântico, ainda que com suas ressalvas que citei, o livro entrega uma experiência que vale muito a pena viver, principalmente se você gostar de poesia e ficção científica. Sem dúvidas uma leitura que voltaria a fazer mesmo com as minhas dificuldades.

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Adorei o estilo de escrita, mas meu principal problema com o livro é que a história de amor é o ponto principal de tudo. O que geralmente não é considerado um problema, porque não é, mas eu quero saber muito mais sobre a história de fundo, o conflito e tudo mais do que a ligação entre o vermelho e o azul. Totalmente meu problema, não um problema geral. Ainda assim, não consigo superar isso e no final do livro apreciei muito o estilo e gostei da evolução da relação entre esses dois, mas ainda assim, li uma história de amor e nunca entendi porque deveria ler histórias de amor porque meu coração é um buraco negro. Desculpa

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Eu queria muito ter gostado desse livro, mas definitivamente não foi para mim. A escrita é bonita e tal mas confuso demais, difícil demais de ler.

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Preciso ser honesta e falar que a leitura se arrastou e não conseguiu me prender tanto quanto eu gostaria.

Talvez seja o fato de eu não conseguir adentrar na estória com esse tipo de escrita. Mas por meses empurrei com a barriga. Só não é o meu tipo de livro.

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talvez vocês saibam que eu amo ler livros sobre o amor. amor de casal, de amigos, de família; amor por arte, por cidades, por palavras; amor bonito, amor feio, amor que não cabe no que diz. e, dentre as leituras de amor mais lindas dos últimos tempos, está “é assim que se perde a guerra do tempo”, de amal el-mohtar e max gladstone, traduzido pela natalia borges polesso para a suma.

ganhei uma prova antecipada da editora — que sabia que eu amaria ler essa história estranha e bela sobre duas guerreiras de lados opostos de um embate milenar e emaranhado que se apaixonam e trocam cartas perdidas pelo tempo e pelo espaço. amei mesmo, tanto que botei um papel de carta velho pra jogo e rabisquei trechos bonitos na minha letra pouco instagramável.

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Muito bom, um livro bastante interessante e muito surpreendente. Gostei muito da escrita e da história.

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O início do livro é super impactante, pois a cena inicial é uma guerreira, uma soldada em um cenário de guerra, encontrando uma carta com os dizeres: “Queime antes de ler”. E esta aparente incoerência é a porta de entrada para o universo incrível que foi criado pelos autores. Nossa guerreira (Red) descobre que a carta é de uma soldada (Blue) que está no lado oposto da guerra que estão travando, uma guerra através do tempo. Assim, apesar de inimigas, Red e Blue iniciam uma troca de correspondências. A cada carta elas se conhecem mais, e vão criando uma relação que coloca a vida de ambas em risco, pois se forem descobertas serão consideradas traidoras.

No início eu fiquei super perdida, tentando encaixar as peças na minha cabeça, tentando entender a guerra e as viagens através das linhas do tempo, passado e futuro, ramificações desta linha do tempo, todos estes pormenores. Porém, ao longo da leitura eu fui me desprendendo de tentar entender estes detalhes, e fui me conectando com as protagonistas. Quanto mais eu me desconectei dos detalhes ‘técnicos’, mais eu me conectei com a história, e mais eu me apaixonei pelo livro. A escrita é tão poética e de uma sensibilidade tão grande, que é raro de se ver.

É uma obra de arte. Daqueles livros que merecem e necessitam de releitura para que consigamos aproveitar melhor toda a riqueza que nos é oferecida.

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Eu esperei em mais desse livro, achei tão confuso. Creio que fui com expectativas demais por ver muita gente falando bem e criei algo na minha cabeça que não aconteceu durante a leitura. Porém, se tem algo que gostei do livro é a forma como os autores não tentam subestimar os leitores.

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É Assim que se Perde a Guerra do Tempo é um livro de ficção científica narrado através de uma troca de cartas entre duas personagens, Red e Blue. A história se passa durante uma guerra entre facções que viajam através do tempo e espaço tentando vencer batalha por batalha: Jardim, o lado "biológico" da guerra, e Agência, o lado "tecnológico" da guerra. Através da troca de cartas entre duas agentes inimigas, um romance improvável (e proibido) começa a acontecer,

Eu tinha grandes expectativas quando comecei a ler esse livro. As personagens são até interessantes, o universo é rico, criativo e muito bem descrito, agora a escrita do livro em si... Achei péssima. Os autores fazem uso de termos e palavras difíceis que não acrescentam em nada às frases, apenas dificultam o seu entendimento. Consequentemente, a leitura foi maçante em diversos momentos. Acredito que os autores decidiram por criar frases longas com termos complexos e pouco utilizados de forma a deixar a escrita bela e poética, porém esta se tornou apenas cansativa.

Além da escrita em si, o outro ponto que não gostei foi a tradução do livro. Em diversos momentos, os autores citam frases ou palavras que são de contextos culturais específicos: às vezes um trocadilho com alguma música americana famosa, às vezes uma frase de um poema clássico da literatura inglesa, e por aí vai. Achei péssimo que os responsáveis pela tradução e edição do livro resolveram não colocar notas de rodapé contextualizando esses termos. Não tem como o leitor brasileiro "pegar" todas as referências da linguísticas e culturais inglesas, então cabe ao tradutor referenciar as situações mais específicas nas notas.

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É assim que se perde a guerra do tempo é um livro difícil de resenhar por diversos motivos. O principal deles é por eu não saber muito bem como explicar do que a história se trata e nem meus sentimentos durante a leitura. Mas o maior conselho que eu dou para quem quiser se aventurar por essa obra é o seguinte: entre na leitura com a cabeça aberta e não tente entender tudo que está acontecendo.

Para mim, esse foi um livro para sentir. Algumas pessoas o criticam justamente por não terem conseguido se apegar às protagonistas, mas comigo aconteceu exatamente o contrário. Blue e Red, assim como o relacionamento delas, me cativaram e me fizeram ficar extremamente envolvida e apegada. Eu torcia para que tudo se resolvesse, ainda que parecesse impossível.

Esse é um livro que navega entre gêneros; pode-se dizer que é uma ficção científica, afinal de contas, a história aborda viagens no tempo e seres não-humanos, mas certamente há uma grande dose de romance ao longo das páginas. A narrativa epistolar também é mais uma característica que faz com que a obra não se encaixe em apenas um gênero. Eu adorei esses elementos, achei que foram muito bem trabalhados e colaboraram para a minha maior imersão na história.

Apesar de ter sido escrito por dois autores, acho que a narrativa é bastante harmoniosa. Não consegui perceber que duas pessoas diferentes escreviam, pois o estilo de escrita é bem homogêneo (ainda que a voz de cada protagonista seja diferente). Inclusive, tenho dificuldade de escolher minha personagem favorita, Blue ou Red, pois me cativaram em proporções muito parecidas.

Confesso que em diversas passagens eu me perdi no que estava acontecendo. As viagens no tempo são constantes e bastante intensas, e há muitas descrições com termos estranhos a nós (que não são explicados). Por esse motivo, na maioria das vezes eu simplesmente deixava rolar e não me apegava ao enredo em si. Acredito que uma releitura (que pretendo fazer em breve) vá trazer mais clareza a alguns aspectos mais nebulosos.

Agora, falando brevemente sobre a conclusão da história, eu simplesmente amei a maneira como tudo foi concluído. Temos algumas revelações bem importantes que me fizeram ficar boquiaberta e gostar ainda mais do livro. Eu entendo que essa não é, de maneira alguma, uma obra para todo tipo de leitor, mas, caso tenha despertado seu interesse, não deixe de dar uma chance para essa experiência maravilhosa!

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Um livro muito especial, diferente de tudo que eu já li na vida. Duas agentes de times rivais em uma guerra do tempo começam a trocar cartas dos jeitos mais inusitados e tecnológicos possíveis. No começo é até engraçado elas se provocando e tentando atrapalhar a missão uma da outra.

O foco é o relacionamento das duas, mas até a guerra sendo utilizada como fundo para elas foi maravilhoso, os detalhes são bem sutis e muita coisa fica nas entrelinhas, muita coisa não é explicada, então não é um livro pra quem precisa de respostas e muito desenvolvimento de mundo.

É um livro pra que ama relacionamentos, desenvolvimento de personagens, linguagem linda e poética, uma experiência inovadora fora da zona de conforto. Tem sim viagem no tempo, as estratégias de cada uma, brevemente como funcionam os times e outros detalhes encantadores, mas o livro não é sobre isso.

Cheguei a chorar com algumas cartas, Amal El-Mohtar e Max Gladstone fizeram uma história apaixonante e conseguiram fazer parecer que uma só pessoa escreveu, mesmo um tendo ficado responsável pela Red e a outra pela Blue.

Amei cada página misteriosa, delicada e criativa.

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Esse livro é esquisito, e poético, e curtinho, e lindo demais. A história de duas viajantes do tempo, espaço e realidades paralelas que estão em lados opostos de uma guerra e começam a trocar cartas, e inevitavelmente se apaixonam. Gostei muito de como essa história é contada: a narração é cheia de imagens bonitas e declarações apaixonadas das protagonistas, seja uma a outra, seja ao mundo em que estão e ao que precisam fazer para ficarem juntas.

Quanto a plot, não é a grande estrela dessa história: é até um pouco difícil tentar definir exatamente o que acontece, porque a construção de mundo não te dá respostas, mas te coloca no meio de um contexto que você tem que construir por conta própria. Gostei muito disso.

Mal começou o ano e esse já entrou na lista de favoritos. Espero que todos possam lê-lo, agora que vai chegar ao Brasil!

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Sensível, poético, nada óbvio, acho que isso define bem o que foi essa leitura.

"É assim que se perde a guerra do tempo", de Amal El-Mohtar e Max Gladstone, não é ficção científica, ele transita por um universo estranho, indefinido. Apesar disso, tem uma história envolvente.

Para vocês terem uma ideia, eu nem saberia definir as personagens. Não sei o que são Blue e Red. As protagonistas hora parecem humanas, hora deusas, eu quase acreditei que uma delas era um robô. 🤖

O mais legal da história é o romance, que começa com uma troca de "farpas" que dá início a comunicação entre elas. Blue e Red são rivais numa guerra sem fim. As melhores de cada um dos lados.

Tinha tudo pra ser o clichê dos clichês, mas nada nessa história é óbvio. A comunicação é feita por cartas inteligentes e sensíveis. E vamos percebendo a mudança no tratamento, conforme elas vão ficando mais intensas.

As cartas são poéticas, o tom classudo com que Blue e Red flertam uma com a outra é curioso, empolgante, emocionante. São muitos sentimentos envolvidos.

Estive trocando experiências ao longo da leitura com outras pessoas. E isso foi muito legal porque deu pra perceber que cada uma tinha uma visão diferente do que estava se passando.

Muitas ideias vieram na minha cabeça enquanto lia. E talvez essa resenha não faça sentido algum pra quem não leu. 😅 Mas, recomendo a leitura, leia com calma, leia com outras pessoas.

Cada um vai interpretar de acordo com a sua vivência. O livro exige que imaginemos aquele universo estranho, que completemos algumas lacunas. É fabuloso! Apenas leia. 😊

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Eu queria ter gostado mais desse livro. Achei inusitado, inovador e bonito, mas ao mesmo tempo esqueci boa parte dele e não me cativou. Não odiei, não amei. Vejo muita gente reclamando que não entendeu nada, e isso não me incomodou; entendi o que havia para ser entendido, mas ainda assim não achei tão incrível assim, só isso. Ganha pontos por ser diferente, de fato.

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Red e Blue são duas agentes de facções rivais em uma guerra que ultrapassa o tempo. Buscando garantir um futuro melhor para seus respectivos lados, elas começam a trocar cartas, com o intuito de se alfinetarem. Porém, conforme se correspondem, elas passam a trocar sentimentos, que se transformam em declarações. Mas há uma sombra à espreita, rastreando os contatos entre Red e Blue.

Em cenários, tempos e planetas distintos, vemos a relação das duas se desenvolvendo. Elas trocam experiências em palavras escondidas das maneiras mais criativas e estranhas possíveis: em chamas, no barulho de ossos caindo em uma caverna, dentro de uma foca, nas marcas de tempo do tronco de uma árvore. E essas experiências acabam se enchendo de sentimentos recíprocos, que escapam pelas letras.

Com uma escrita poética, mas difícil, o livro não se preocupa em explicar todos os detalhes do universo e os conceitos em que elas estão inseridas, fatores que, unidos, podem deixar a leitura confusa e complicada. Em contrapartida, a criatividade e a escrita da história são justamente o que a deixam mais marcante.

“E a coisa para a qual eu retorno, a versão mais pura e inescapável de mim… é a fome. Desejo. Ânsia, ânsia de possuir, de me tornar, de me quebrar como uma onda em uma rocha, e vagar”.

Vencedor dos prêmios Hugo, Nebula e Locus, “É assim que se perde a guerra do tempo” deixa a guerra entre as facções como um pano de fundo, focando nas consequências iminentes da aproximação entre as protagonistas. Um Romeu e Julieta sáfico e futurístico, onde o amor é capaz de extrapolar o ódio, a guerra e o próprio tempo.

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