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De longe, uma das melhores leituras da minha vida. Uma história contada em prosa, mas que transpira poesia em cada parágrafo, uma verdadeira obra de arte em forma de texto que eu gostaria não apenas de ler, mas também de me alimentar dela para sempre. Personagens apaixonantes, escrita perfeita e fio narrativo lindo, além de incríveis plot twists. Estou apaixonada por esse livro e provavelmente será meu favorito do ano.

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3,5/5

Quando eu li a sinopse desse livro foi amor à primeira vista, achei a premissa do livro bem interessante e ele transmitia entregar uma história intrigante e ao mesmo tempo emocionante, eu precisava ler esse livro de toda e qualquer forma e foi exatamente isso o que eu fiz.

A leitura não foi fácil para mim não vou mentir, além de ser uma ficção científica que por mais que eu goste é normalmente um ponto fraco meu, pois, a leitura é sempre mais lenta, a escrita do livro é bem poética e rebuscada e eu não sou bom com poemas, o que tornou toda a situação ainda pior! Além disso, os autores não fazem questão de nos dar nenhuma informação sobre as agências que as personagens trabalham, nem porque elas estão em guerra.

Mas, mesmo com todas as dificuldades, a leitura foi simplesmente incrível, a verdade que eu achei o livro lindo, a forma como a história é contada através de troca de cartas entre Red e Blue me deixou encantado e foi exatamente o que me fez amar o livro.

Não há muito o que falar sobre as protagonistas, ao menos em características físicas porque essas informações são escassas, mas, gostei bastante da personalidade delas, gostei de como elas descrevem seus anseios, necessidades e medos.

Num todo eu realmente gostei da leitura, achei o livro lindo e romântico, ainda que com suas ressalvas que citei, o livro entrega uma experiência que vale muito a pena viver, principalmente se você gostar de poesia e ficção científica. Sem dúvidas uma leitura que voltaria a fazer mesmo com as minhas dificuldades.

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Quando vi que esse livro seria lançado aqui no Brasil, na hora fiquei com de vontade de ler.
Aí ele lançou, e algumas pessoas começaram a ler e dar 2,5 ⭐ ou menos que isso. E fiquei com medo de não gostar.
Separei um dia específico e comecei a ler ele, li ele todo naquele dia.
Ele me surpreendeu positivamente. Eu esperava não gostar, e até que gostei muito.
Acho que o final que me surpreendeu mais.
Não vou dizer que é um livro fácil, poque ele não é. No início é muito confuso.
Se for ler, tenta ler sem esperar que seja bom ou ruim. Tenta esquecer o hype, que talvez dê certo.

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"Queime antes de ler."
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Este é o recado que Red recebe em uma carta, durante uma missão. Seu mundo está em uma guerra eterna com Jardim, ambos tentando atrair o futuro para seu lado da balança. Red está com aqueles que almejam um mundo mais tecnológico, enquanto que Jardim busca minar o desenvolvimento deles. Por séculos e séculos, filamentos e filamentos, mundos e mundos, Red e Blue lutam para que seu povo vença a guerra do tempo.
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"Ela alisa ou enrola os filamentos da trança do tempo com a delicadeza ou a brutalidade requerida, e vai embora."
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"Começa com uma pedra rolando, então em três séculos se tem uma avalanche."
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Red e Blue são excelentes no que fazem, cada uma a seu modo, e iniciam uma perseguição incansável uma pela outra. Até que o desejo de capturar o inimigo se transforma em algo mais potente, mais destrutível, em um amor mais do que impossível.
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Com uma narrativa lírica e poética, os autores nos contam a vida e as missões de Red e Blue, através das cartas que elas escondem uma à outra por entre os filamentos do tempo. Suas angústias, seus passados, seus futuros e a paixão ambiciosa que nutrem entre si. Sabem que jamais poderão ficar juntas, conhecem o perigo como as linhas sinuosas de suas mãos. Porém, não conseguem evitar. Se não podem ficar juntas, ao menos podem trocar mensagens secretas pelo tempo, cultivando um amor como um botão de flor.
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"Sua caneta tinha um coração dentro, e a ponta era uma ferida em uma veia. Ela manchou a página consigo mesma."
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Um livro daqueles que ou você ama ou odeia. Ou a narrativa te agarra pelos cabelos ou te afasta com um bofetão. Eu, particularmente, amei e me encantei com cada página e com o final desta história sem começo e fim. Um livro para ler e reler em várias fases da vida. Simplesmente amei e recomendo!

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Fazem alguns dias que terminei de ler “É assim que se perde a guerra do tempo”, livro que ganhou 3 dos maiores prêmios atuais de literatura (Nebula, Hugo e Loctus) e, sinceramente, ainda tenho muitos problemas de ordenar meus pensamentos sobre o livro – então imaginem como está sendo difícil colocar no papel minha opinião. Mas, assim como Red e Blue, eu tenho que tentar de tudo para conseguir o que quero, e aqui me encontro, chegando a um consenso de escrever uma resenha como nunca escrevi antes: vou analisar o livro sobre sua trama e o romance.

O livro é uma ficção científica clássica, com mundos ruindo e viajantes do tempo que se movem entre as linhas do tempo, indo ao passado ao futuro, percorrendo mundos em colapso e servindo de peões em uma guerra que elas sequer tem todas as informações sobre, e, para ser sincera, nem eu tive e nem você, quando for ler o livro, vai ter também, já te adianto isso, porque além de ser uma ficção científica muito original, o que temos aqui é uma grande história de amor. Aquele tipo de amor que a outra pessoa é capaz de perder uma guerra para poder sentir. Sim, eu coloco o livro nesta categoria, com toda certeza que tenho, e não desmereço isso de forma nenhuma porque o romance deste livro beira o impecável, além da grande representatividade que tem, já como é um romance sáfico. É lindo, é poético, é de fazer seu coração doer, é absurdamente muito bem escrito e é doloroso, tudo que uma grande história de amor precisa ser.

Mas, começando do começo, eu tive problemas a leitura assim que a comecei porque tive a sensação de que não estava entendendo absolutamente nada. De cara somos apresentados a Red, que trabalha para a Agência, e a Blue, que trabalha para o Jardim, e entendemos que as duas agências estão, através do tempo e espaço, brigando e duelando, passando por cenários como Roma antiga até mesmo o espaço. Acho que esse foi o elemento que mais me frustrou na narrativa (e, normalmente, deixo para falar o que me incomodou no final de minha resenha, mas como esta resenha foge a todas outras que já escrevi, vamos lá): a falta de informações sobre esses dois personagens tão importantes porque não entendi aonde começou e nem mesmo qual é a real finalidade dos dois, já como simplesmente destruir o outro parece algo simples demais para o tamanho da guerra na qual estão metidos.

O livro tem uma edição com gravuras e capa dura pela Editora Suma, que é um dos meus selos favoritos da minha Editora favorita, além capítulos curtos e, claro, a narrativa segue as cartas trocadas entre as personagens, exatamente como a sinopse deixa claro desde começo. Esse foi um grande trunfo da narrativa porque a escrita dos dois autores é altamente poética e lírica (e confesso que nunca tinha tido uma leitura com esse tipo de escrita dentro da ficção científica, sempre mais voltada ao gráfico e descritiva), o que claramente não deixa a leitura entrar no marasmo, mas também provoca uma sensação de confusão. E eu entendo que foi justamente a intenção: estamos em uma guerra do tempo, com pessoas viajando por épocas do passado, presente e futuro. Não podemos esperar que a história seja contada em uma linha temporal linear e nem que tudo vá ser entregue facilmente para quem lê. E é nisso que o livro se torna genial e mereceu realmente todos os prêmios que recebeu.

Então temos a parte que faz toda, absolutamente toda, leitura valer a pena: o romance entre Blue e Red. Duas personagens singulares, únicas, com personalidades bastante distintas e que faz seu coração doer e torcer pelas duas infinitamente. Em lados opostos nessa guerra infinita, as cartas entre as duas começam como uma troca leve de ofensas e provocações, se tornando mais e mais profundas ao ponto das duas entenderem que se amam e estão disposta a correrem o risco para sentirem este amor. E como a narrativa vai desenrolando através das cartas trocadas entre as personagens durante suas diversas vidas (já como, quando se movem pelo tempo, elas assumem “papeis” naquelas vidas) repletas de sentimentos. Você pode sentir como uma provoca na outra reações que nem elas mesmas entendem no começo, que vai se desenvolvendo mais e mais até um amor maior do que a própria vida que levam. Nesse aspecto, o livro alcança sua finalidade com maestria porque você se apega as pessoas, você sofre por e com elas, você sente, e por isso que dou mais pontos ainda ao livro.

A medida que o livro vai se passando, a certeza de que tudo está indo de mal a pior vai aumentando, e são nas cartas das personagens que encontramos consolo, por assim dizer. A forma como elas tem esperança através das cartas vai se acumulando dentro do leitor, e, por isso, quando você chega em uma certa altura da narrativa que entende o plano de uma delas e como tudo muito provavelmente vai ter errado é de doer. Precisei de um momento para poder respirar e voltar a leitura nessa parte simplesmente porque não queria ver tudo dar errado – esse foi meu nível de apego as personagens.

Quando o livro chegou ao final, eu me perguntei simplesmente: “Por quê?”. Por qual motivo dois escritos terminariam a narrativa assim, tão abruptamente, tão sem todas as respostas que precisamos, sem todas os detalhes, sem preencher as lacunas, mas então voltei ao ponto de entender que é uma narrativa sobre o tempo e nossa percepção dele, e foi ai que o final cresceu em mim, me fazendo piamente acreditar que terminou exatamente como todo o livro se propôs: a contar uma história atemporal, um amor que transcendeu as páginas e uma forma de mostrar como se pode perguntar uma guerra, mas não se perde tempo lendo sobre esta guerra.

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Um livro que precisa ser sentido! Foi uma leitura intensa, que mexeu muito comigo.
Mesmo que eu tenha demorado um pouco a engrenar na leitura, quando aconteceu fluiu de uma forma mágica, eu ainda não superei esse livro, perfeito em tudo!!!

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"Nem toda batalha é grandiosa, nem toda arma é violenta. Mesmo que lutamos guerras através do tempo, esquecemos o valor de uma palavra no momento certo."
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📖 Uma história que atravessa tempo e espaço para narrar o destino de duas viajantes do tempo rivais que se apaixonam e precisam mudar o passado para garantir um futuro juntas.
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🗨️ Em um primeiro momento, o que mais chamou a minha atenção nesse livro foi o título: guerra do tempo? Como assim!? Achei uma proposta interessante, então resolvi iniciar a leitura. A princípio, a história pareceu um pouco confusa, pois o leitor já embarca na narrativa, sem nenhum tipo de contextualização, mas, aos poucos, a leitura vai fluindo. Trata-se de uma mistura de romance, distopia e ficção científica, sendo um dos livros mais originais que eu já li. Como uma boa fã de romance, o ponto alto da história são, na minha percepção, as cartas de amor trocadas pelas personagens, pedaços de papel que transbordam delicadeza, mas, ao mesmo tempo, intensidade. "É assim que se perde a guerra do tempo" mostra o poder de transformação do amor e de uma palavra na hora certa. A obra já ganhou importantes prêmios literários mundo afora, tais como Nebula e Locus. Em linhas gerais, considero a experiência literária super válida, certamente é uma obra bem diferente de tudo o que você provavelmente já viu e leu.
Por @varlene.santos
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📋Ficha Técnica:
🔹Título: É assim que se perde a guerra do tempo
🔹Autores: Amal El-Mohtar e Max Gladstone
🔹Ano: 2021
🔹Editora: Suma
🔹N° páginas: 192
🔹Avaliação: ⭐⭐⭐⭐

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E é assim que uma nação de boiolas morrem de tanto amar duas personagens.

Que história maravilhosa a de É assim que se perde a guerra do tempo. Duas mulheres inimigas travando uma guerra temporal e trocando cartas de amor, ou melhor, cartas que começam como um singelo contato provocante e se tornam uma bela história de amor. Uma história de amor como as cartas de Virginia e Vita, belas, profundas, românticas como dificilmente encontramos nos dias de hoje e recheadas de analogias perfeitas.

A história de amor de Red e Blue é uma que será eternizada na linha temporal de minha vida, pois com certeza se tornou uma favorita.

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Este foi um dos livros mais confusos e poéticos que li na vida. E mesmo assim a leitura foi completamente única. Não é um livro perfeito e, na minha opinião, ele peca bastante no desenvolvimento do universo em que a história se passa, mas este livro envolve o leitor tanto pela forma de escrita quanto pela curiosidade dos elementos de ficção científica.

Red e Blue são agentes de corporações rivais que trabalham viajando no tempo e o reinventando para os seus objetivos. Elas começam a se corresponder por cartas escritas em lugares e de modos incomuns. O laço entre as duas se faz e se torna cada vez mais forte e transforma uma perigosa amizade em um amor genuíno. As correspondências colocam-nas em corda bamba quando ambas as agências começam a desconfiar dessa amizade. Red e Blue vivem um empasse: o amor que elas sentem uma pela outra podem destruí-las ou libertá-las.

Uma das mais lindas histórias de amor que tive o prazer de conhecer. Mesmo não sendo muito fã desse tipo de gênero, a leitura foi bastante fluida, as personagens são bem desenvolvidas e nos apegamos a elas. Só senti falta de mais explicações do universo, do trabalho das agências, do modo de viagem no tempo. Mas acredito que o foco principal era o romance proibido, algo meio Shakespeariano. Talvez até uma alusão a tão famosa peça "Romeu e Julieta", porém neste livro temos uma alternativa menos trágica e mais esperançosa.

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📝#quotespeculiareslivros


📚É assim que se perde a guerra do tempo • Amal El-Mohtar


💬Esse livro foi realmente uma surpresa a mim, pois nunca pensaria que capa iria se remeter a uma ficção científica, mas ao mesmo tempo faz sentido porque o andamento do livro é quase lírico.

💬Eu não dei a nota máxima porque não apresentou mais o mundo em que estavam inseridas, o que acabou fazendo com que eu ficasse confusa a maior parte do livro, mas achei muito interessante irmos conhecendo aos poucos ambas, seus interesses, seus papéis na sociedade e também como gostariam que as coisas fossem diferentes.

💬Escolhi esses quotes que amei no livro para apresentar a vocês, e espero que gostem!


🖊"(...) guerras são cheias de ações e consequências, cálculos e estranhos atratores, especialmente as guerras no tempo.


🖊"Palavras podem ferir - mas elas também são pontes.”


🖊"(...) cartas são estruturas, não eventos. As suas me dão um lugar onde viver.”


🖊"Eu procurei a solidão quando era jovem. Você me viu lá: no meu promontório, paciente e ignorante.
Mas quando penso em você, eu quero ficar sozinha junto. Eu quero lutar contra e a favor. Eu quero viver em contato. Quero ser um contexto para você, e que você seja para mim.
Eu te amo, e eu te amo, e quero descobrir juntas o que isso significa.”


🖊"Algumas coisas importam mais do que vencer.”


📚Agora me digam... você já leu, ou pretende ler esse livro?




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Vencedor dos prêmios Hugo, Nebula e Locus, É assim que se perde a guerra do tempo é um romance diferente de tudo que já tinha lido. Dotado de uma mitologia autêntica e uma narrativa em terceira pessoa complementada por cartas em primeira pessoa, é uma mistura de elementos e certamente por isso teve tanto sucesso e aclamação da crítica. Entretanto, como tudo que é inovador e diferente, me causou estranhamento em diversos elementos e nesses pontos de confusão tornou-se uma leitura difícil, mas que em nenhum momento foi enfadonha ou perdeu o o encantamento da narrativa.

Blue e Red são duas guerreiras que se movem entre o tempo e espaço no que é chamado pela narrativa de fios. E aí eu encontrei a primeira dificuldade da leitura: em nenhum momento é explicado essa guerra, contra quem estão lutando, porque está acontecendo. E essa situação se estende até o final do livro e se torna frustrante para o leitor que sente que não pegou algum detalhe importante, mas na verdade ele nunca foi dito.

Essas duas guerreiras se comunicam através de cartas e tem um amor proibido, mas que também não é explícito se é um amor erótico ou filia, por mais que aparente ser erótico, não é possível ter certeza. É mais uma imprecisão que torna complicado até torcer pelo romance ou não. De qualquer forma, nessas cartas entra em cena uma linguagem um pouco mais complicada, com frases em ordem indiretas e passividade verbal, o que torna as frases mais longas e emotivas. É um recurso poético excelente, mas somado às várias lacunas da narrativa, torna-se mais um empecilho para o desfrute do livro.

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Não sou muito romântica e não curto muito declarações de amor efusivas e poéticas. Acho que por isso o livro não funcionou para mim.
Apesar de adorar Sci-Fi, nesta obra a ficção científica é somente o pano de fundo para as cartas trocadas entre Red e Blue, duas guerreiras em lados opostos de uma guerra em vários pontos diferentes do tempo.
Não consegui me relacionar com nenhuma das duas personagens, não entendi de onde veio o amor que desabrocha entre elas.
As poucas pistas que temos do universo que elas compartilham vem em parte das cartas e em parte de pequenas narrativas ao longo do livro. Mas não foi o suficiente para que eu conseguisse montar todo esse universo na minha cabeça (e olha que sou bastante imagética).
O livro tem seu charme na forma como foi escrito, mas para mim, faltou ficção científica e sobraram declarações de amor.

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Quando vi esse livro fiquei super empolgada, achei a ideia no mínimo original. Ao começar a leitura, no entanto, fiquei um pouco confusa em relação ao contexto geral daquela batalha, mas quando abistrai minha necessidade de mais informações, me apaixonei, e compreendi que de outra forma não teríamos a possibilidade infinita de paralelos que nos é dada. Através de diversas cartas, bastante significativas e poéticas vemos o entrave de Red e Blue se tornar uma linda dança, não mais de rivais, mas de corações no mesmo tom, que, no entanto, tem uma guerra imensa entre elas. De forma simples e genial os autores nos falam sobre como a polarização entre as pessoas inexiste, mas é plantada, dos perigos de envergar do tempo a interesses e de como o amor sempre é uma chave, que nos faz ver o mundo diferente. Um livro que se mostra aos poucos e nos força a abandonar pré-concepções de forma e necessidade de informações detalhadas, nos fazendo entregar ao enredo. Recomendo.

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Queridos Netgalley e Editora Suma,

Obrigada por me fornecerem uma cópia avançada desse livro em troca de uma resenha honesta!

O que exatamente seria uma “resenha honesta”, eu não sei. Pra falar a verdade, eu não sei nem o que são palavras depois desse livro. Porque, meu Deus, como pode uma narrativa ser tão linda?
Uma história sáfica de viagem no tempo-espaço, agentes alienígenas, uma guerra que não se sabe como pode ser vencida. Sobre o plot, muitas vezes eu fiquei confusa, mas entendi que faz parte da experiência: eu não sabia exatamente o que estava acontecendo, mas segui em frente mesmo assim, e uma hora fez sentido. E aí foi só o gif do brainstorming.
Tecnicamente, o livro é de ficção científica. Mas não bote tanta expectativa nesse aspecto – o que prende é a beleza com a qual a história é tecida. As vozes de Blue e de Red (distintas, complementares, belíssimas) estão emaranhadas no meu cérebro tal como uma está emaranhada à outra. E, pra falar a verdade, quero que continuem assim.
Não tenho muito mais o que dizer, apenas gritos. Meu coração ficou apertado durante quase toda a história, mas foi uma experiência tão única que eu nem me importei de não estar respirando direito enquanto lia. Por fim, recomendo MUITO essa leitura.

Da sua,
Natureza.

PS: tentei copiar o formato epistolar, mas realmente sinto que falhei HAHAHA.

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Achei bem legal, mas esperava mais do livro....

Recomendo, embora não tenha super amado o livro, é bem bacana o desenrolar da história.

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É assim que se perde a guerra do tempo, dos autores Amar El-Mohtar e Max Gladstone, é uma das apostas da Editora Suma e com certeza uma aposta certeira. Através de cartas e relatos que acompanham uma guerra temporal sem fim, duas inimigas no campo de batalha se apaixonam perdidamente em meio ao cenário impossível.

O livro acompanha Blue e Red, agentes de dois lados de uma guerra infinita. Nessa guerra, a Agência e o Jardim estão lutando para perturbar o passado e futuro de diferentes filamentos de tempo e multiverso; é uma bagunça temporal completa, e elas são a causa e a consequência, a ordem e o problema, a resposta e a pergunta para tudo que acontece.

De repente, elas começam a se comunicar. Através de cartas que, a princípio, são provocações de uma inimiga para outra, Blue e Red se aproximam. Se apaixonam. E entendem os perigos em meio a esse sentimento tão grandioso que é o amor em meio a uma guerra temporal.

É assim que se perde a guerra do tempo é um livro bastante bizarro e por isso tão perfeito.

"Fico pensando em como somos um microcosmo da guerra como um todo, você e eu. Uma ação e uma reação oposta e igual."

Sem linearidade na trama, tudo que temos para entender o que está acontecendo está nos relatos das agentes. E, ainda assim, fica a sensação de perdição - o que é totalmente compreensível, uma vez que estamos acompanhando uma guerra temporal. Não tem que fazer sentido. Não tem que ser linear. A beleza dessa obra está justamente em ser tão inesperada, tão esquisita e tão belamente composta nessa bizarrice.

A narrativa de Amar e Max mescla tantas emoções tão bem que é fácil se afeiçoar a Blue, sua racionalidade e concisão, e a Red, o lado mais caótico e fervoroso de uma guerreira temporal. Aos poucos, suas personalidades se encontram e se moldam uma a outra; aos poucos, Blue se torna mais esperançosa e enérgica e Red, mais emotiva e viva.

"Mas quando penso em você, eu quero ficar sozinha junto. Eu quero lutar contra e a favor. Eu quero viver em contato. Quero ser um contexto para você, e que você seja para mim."

A guerra deixa de ser o centro dos seus universos para se tornar um palco em que elas podem cruzar cenas. Um espaço, sem espaço realmente, sem certeza, onde elas eventualmente vão se encontrar - seja no passado, enquanto uma tenta impedir uma ilha de afundar e a outra faz de tudo para causar essa catástrofe; seja num passado ainda mais longínquo, quando criaturas bizarras povoavam um espaço de terra estranho e enquanto uma das agentes precisa incentivar uma criatura a seguir em frente, a outra precisa atrapalhar.

Suas vidas se entrelaçaram assim, ao acaso, e de repente suas cartas e os sentimentos nela também.

Eu amei tanto essa leitura que é difícil me expressar, como sempre acontece com meus favoritos. As personagens são um completo pandemônio e são maravilhosas por isso. Eu me apaixonei pela Blue e pela Red conforme elas se apaixonavam, sofri com os percalços das jornadas e dos segredos entre as cartas, passei nervoso com o destino e as possibilidades.

"É incrível quanto azul há no mundo, quando se presta atenção."

Afinal de contas, quando a gente shippa enemies to lovers é uma sofrência só, né?

As cartas que elas trocam, a evolução da curiosidade pra simpatia pra amizade pra atração e flertes até finalmente o amor, é tudo tão, tão lindo. Tão emocionante. Você lê e se sente imersa dentro daquela realidade sem sentido em que elas vivem. Você quer que dê certo, mas não faz ideia de como isso pode funcionar.

O livro mescla bastante essa tensão do futuro desconhecido com a esperança que nasce do amor entre as duas. Um sentimento que nenhuma delas conhecia e que de repente se torna tão essencial.

Eu sofri, chorei e terminei esse livro querendo mais, mas sabendo que era o final perfeito que ele precisava ter. É o tipo de história que vai roubar seu fôlego e atenção e te manter com a atenção fixa em tudo que está acontecendo até o final.

E que final! Conforme vai se aproximando e as consequências das ações de cada uma delas desencadeiam em respostas e reviravoltas, eu só conseguia gritar e rolar pelo chão de tanto que estava sentindo ao mesmo tempo.

"Você precisa encontrar minha presença em seus pensamentos, enredada entre eles como a luz do sol na água."

Eu sinto que nunca vou falar o suficiente sobre esse livro, mas é difícil quando a beleza dele está justamente em ler. Falar não faz jus à poesia que é a narrativa, as personagens, esse universo de guerra e tempo que os autores criaram.

É assim que se perde a guerra do tempo entrou pra minha lista de favoritos do ano e da vida. O romance entre Blue e Red se divide em infinitas linhas temporais e mostra o poder desse sentimento, mesmo em meio a tanto caos e complicações. Eis uma história que vou indicar para todo mundo até o fim dos tempos - e além disso, quem sabe?

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Não sabia o que esperar quando iniciei a leitura de É assim que se perde a guerra do tempo (This is how you lose the time war no original). Mas existem alguns assuntos que me chamam a atenção imediatamente. Viagem no tempo é um deles. Eu amo histórias com enredos que misturam o passado e o futuro, que possuem personagens deslocando-se em linhas temporais. Esse livro possui tudo isso, sim. Mas trata-se de uma história de amor.

Blue e Red são agentes temporais de origens rivais. Blue é do Jardim, Red, da Agência. Há uma guerra sendo travada e elas estão entre as melhores combatentes. Infiltram-se em diversos séculos, modificam destinos, causam mortes e geram vidas. No meio de tudo isso, uma carta provocativa inicia algo que perdurará entre ambas e que modificará seus destinos. Em parte epistolar, o livro nos mostra como duas agentes rivais apaixonam-se ao longo de séculos através de uma correspondência poética e profunda.

Qualquer um que já conversou por meia hora comigo sabe que eu não gosto de histórias de amor. Quando um livro ou filme promete romance, eu fujo. Não que odeie a ideia do amor - quando bem construído, pode ser fascinante acompanhar uma história dessas. Mas geralmente as histórias de amor são repletas de clichês cansativos, e eu simplesmente não sou uma pessoa suficientemente romântica para apreciá-las.

Todavia, É assim que se perde a guerra do tempo não é clichê. E, mesmo que o fosse, ainda seria interessante, pois temos enemies to lovers de uma forma muito lenta e bem arquitetada. A troca de cartas, como é dito no livro, é uma espécie de viagem no tempo por si só. E todo mundo que possui por hábito trocar cartas sabe o quanto é possível abrir-se de uma forma muito única e especial ao escrevê-las. Existe algo de mágico numa carta bem escrita. Blue e Red sabem disso muito bem.

"Crio metáforas para abordar pela tangente o enorme fato que é você."

Amal El-Mohtar e Max Gladstone uniram-se para escrever essa troca de cartas, e o resultado é uma das coisas mais bonitas que já li. Em diversos momentos lembrei de dois livros que li há muitos anos - O evangelho segundo a serpente, de Faíza Hayat, e Para cima e não para norte, de Patrícia Portela. Eles não são histórias de amor, tampouco epistolares, mas a narrativa poética, a musicalidade nas palavras, a estrutura enquanto a tranquila tecitura de uma tapeçaria, em todos os seus detalhes, está presente. Existe algo de mágico em cada palavra.

Embora elas estejam num mundo em guerra, onde a tecnologia é tão avançada que, muitas vezes, é difícil visualizar como elas são e o que está ao redor, esse não é o importante. O mundo e suas guerras, as linhas temporais, tudo é apenas um trabalho, uma função dentro do tempo. O que importa são elas, as cartas, os sentimentos uma pela outra. Não sabemos quem está certo ou errado na guerra do tempo, mas sabemos que Blue e Red se amam - e isso basta. É através desse sentimento, que é construído com delicadeza, que enxergamos aquele mundo. E é através dele que elas moldam um novo caminho.

Quem espera uma ficção científica tradicional talvez se surpreenda com esse livro - mas duvido que se decepcione. É assim que se perde a guerra do tempo é bonito, de todas as formas, e possui uma mensagem: no meio do caos, há beleza nos olhos de quem nos enxerga e de quem nos faz enxergar.

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Que livro bonito!
Em É Assim que se perde a guerra do tempo, de Amal El-Mohtar e Max Gladstone duas agentes rivais, iniciam uma troca de correspondência enquanto viajam pelo tempo.

O livro intercala entre as cartas escritas pelas duas e a narração do que acontece no período em que a carta foi escrita. E preciso dizer: que cartas lindas! Tanto Red, quanto Blue ganharam meu coração com suas declarações em meio a muitas metáforas.

Comecei a leitura confusa, até entender quem eram as personagens, quais seus papéis e o que estava acontecendo, mas após isso a leitura fluiu bem, me deixando curiosa à espera da próxima carta.

Uma mistura de ficção científica, com romance epistolar que para mim funcionou muito bem.

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"É assim que se perde a guerra do tempo" é um livro de sci-fi em que as duas personagens principais, Red e Blue, começam a se corresponder ainda que estejam em lados opostos de uma guerra através do tempo. Com uma escrita que mistura romance epistolar e uma narrativa no presente, acompanhamos a aproximação entre essas duas personagens e, como, mesmo representando o lado inimigo, identificam-se uma com a outra.

É um livro em que, logo nas primeiras páginas, mergulhamos em um universo complexo sem qualquer explicação. Por isso, pode ser uma leitura mais lenta para alguns, mas, à medida que nos acostumamos com a lógica do mundo que o livro nos apresenta, é fácil se deixar envolver.

Talvez seja um spoiler o fato de Red e Blue se descobrirem apaixonadas uma pela outra, mas, em certo sentido, não desperta surpresas. Aliás, em um geral, "É assim que se perde a guerra do tempo" consegue ser bem previsível para quem está acostumado com histórias de viagem no tempo e seus paradoxos. Ainda assim, é um livro tão bem escrito que sua previsibilidade não conseguiu me incomodar em momento algum. Muito pelo contrário, cheguei a vibrar em alguns momentos, mesmo tendo acertado o que aconteceria. (Em relação a isso, parabéns também à tradução tão bem feita!)

Depois de algum tempo sem ler sci-fi, era o tipo de livro do gênero que eu estava esperando, sem nem saber que precisava dele.

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Livro Maravilhoso! Uma obra epistolar, entre duas agentes secretas que viajam pelo tempo. As trocas de cartas entre elas é de uma poesia única. Elas nunca se encontram no tempo e no espaço. Mesmo assim o amor vai crescendo entre as duas. E duas adversárias! Estão no lado oposto. Super poético o livro.

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