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Quais poetas estão fazendo poesia hoje?

"26 poetas hoje" foi publicada nos anos 1970 e marcou o seu tempo com as vozes presentes ali e sua poesia. Em 2021, mais de quarenta anos depois, Heloisa Buarque de Hollanda se pergunta quais são "as 29 poetas hoje".

Uma antologia que reúne mulheres de todas as partes do país, cis e trans, brancas, pretas, indígenas e asiáticas, hétero e LGBTQIAP+. Uma antologia que fala sobre a maternidade (fora do convencional), das resistências e histórias do corpo feminino ontem e hoje, do amor e sobre amar uma mulher.

"As 29 poetas hoje" diz muito do que podemos esperar das poetas e da poesia brasileira num futuro não muito distante, diz também sobre o que é essa danada "literatura feminina" e que tanto se debate nas academias e nas críticas.

Foi a única leitura que fiz este mês, até então, mas foi como descobrir um tesouro de baú aberto, assim como algumas das poetas que ainda não conhecia a escrita.

Participantes: Adelaide Ivánova; Maria Isabel Iorio; Ana Carolina Assis; Elizandra Souza; Renata Machado Tupinambá; Bruna Mitrano; Rita Isadora Pessoa; Ana Fainguelernt; Luz Ribeiro; Danielle Magalhães; Catarina Lins; Érica Zíngano; Jarid Arraes; Luna Vitrolira; Mel Duarte; Liv Lagerblad; Marília Floôr Kosby; Luiza Romão; Raissa Éris Grimm Cabral; Cecília Floresta; Natasha Felix; Nina Rizzi; Stephanie Borges; Regina Azevedo; Valeska Torres; Bell Puã; Yasmin Nigri; Dinha; Marcia Mura.

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Se fosse é fã de poesia e está querendo conhecer novas poetas brasileiras, você precisa ler As 29 poetas hoje, de organização da Heloisa Buarque de Hollanda, e ter o contato com o que há de mais recente e maravilhoso no mundo da poesia brasileira contemporânea brasileira

O livro chegou aqui no Prateleira de Cima via parceria com a editora. Quem me segue por aqui sabe que tenho uma certa curiosidade pela poesia brasileira, principalmente a escrita por mulheres. E quando soube dessa antologia feita pela organização de Heloisa Buarque de Hollanda pensei: Preciso ler esse livro.

As 29 poetas hoje tem esse título inspirado em uma outra antologia organizada pela própria Buarque de Hollanda: 26 poetas hoje. O livro foi relançado recentemente em uma edição comemorativa pelos 45 anos.

Mas vamos voltar ao livro em questão que é uma ode a produção de poesia nacional apresentando os 29 principais nomes da atualidade, são elas: Adelaide Ivánova; Maria Isabel Iorio; Ana Carolina Assis; Elizandra Souza; Renata Machado Tupinambá; Bruna Mitrano; Rita Isadora Pessoa; Ana Fainguelernt; Luz Ribeiro; Danielle Magalhães; Catarina Lins; Érica Zíngano; Jarid Arraes; Luna Vitrolira; Mel Duarte; Liv Lagerblad; Marília Floôr Kosby; Luiza Romão; Raissa Éris Grimm Cabral; Cecília Floresta; Natasha Felix; Nina Rizzi; Stephanie Borges; Regina Azevedo; Valeska Torres; Bell Puã; Yasmin Nigri; Dinha; Marcia Mura

O livro já começa com uma bela introdução da organizadora. Buarque de Hollanda irá traçar um paralelo entre este livro e o de 1976. Irá mostrar as diferenças e similaridades em ambos os períodos e o fazer poesia naquela época e hoje. Na introdução também será falado sobre o que a Heloísa Buarque de Hollanda chama de "efeito Ana Cristina César" e como isso influenciou e influencia a nova geração de poetisas brasileiras.

O livro irá trazer poesias de diversas temáticas. O feminismo é tema muito presente na escrita dessas mulheres. Mas elas também falam de amor, de política, de ancestralidade e de orgulho às suas raízes. Os assuntos são muito atuais, mas há poesia que, com total certeza, são atemporais.

Podemos dizer que o livro As 29 poetas hoje é interativo. Algumas autoras possuem seu trabalho na poesia falada, participam de saraus e <em>slams</em>. Sua característica artística é a oralidade. Pensando nisso muitas delas gravaram vídeos declamando seus poemas, dando mais ênfase e emoção para aquelas poesias e o leitor pode acessar esse material através de QRCodes presentes em diversas partes do livro.

Claro que alguns poemas me chamaram mais atenção que outros. me emocionaram pela forma no qual foi escrita, pelo emoção das palavras, pelo poder que essas mulheres tem e demonstram através de seus versos. Mas também teve poemas nos quais eu não me identifiquei e isso é super normal em se tratar de uma antologia com tantos nomes e linhas artísticas diferentes,

Algumas autoras eu já conhecia e até tenho livros aqui na estante, como a Mel Duarte, Jarid Arraes e Stephanie Borges. Mas foi uma oportunidade muito bacana em conhecer tantos nomes que até então desconhecia. Eu leio muito, estou em constante contato com coisas referentes a livros e senti muito estranha em ter só agora conhecido autoras indígenas. É uma falha minha, eu sei. Mas também é uma falha da ausência desses nomes no circulo editorial. Precisamos muito conhecer o trabalho desses pessoas também.

As 29 poetas hoje é um livro forte, poderoso, recheado de artistas talentosas e que são a cara da poesia brasileira contemporânea. Super recomendo a leitura da obra para todos que curtem poesia e também para terem a oportunidade de conhecerem novas autoras, revisitar as conhecidas e exaltar cada vez mais as poetisas brasileiras, não só as de hoje, mas as de todos os tempos.

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Estou me tornando uma admiradora de poemas durante essa pandemia e quando tive a oportunidade de ler "As 29 poetas hoje" não quis deixar passar. Os poemas contidos no livro são sobre sentimentos e experiências de vinte e nove mulheres em todos os aspectos possíveis: amor, violências sofridas, dor, esperança, política, questões sociais, sexualidade e feminismo. Não vou fingir ser uma grande conhecedora, nem nada. Meu objetivo é somente comentar um pouco do que senti sobre os poemas de algumas autoras - as mais impactantes para mim - e os pontos que mais me chamaram a atenção.

O livro consegue nos tocar de várias formas e me doeu quando Adelaide Ivánoka nos mostrou toda frieza devotada pelo sistema as vítimas de estupro, assim como as palavras cruas de Elizandra Souza sobre feminicídio com alusão a casos famosos como a de Eliza Samúdio.

Outras autoras trazem as problemáticas referentes a raça e origem, como Renata Machado Tupinambá com a injustiça sofrida por povos indígenas desde a colonização, e a importância da ancestralidade nos poemas de Márcia Mura. Ou a realidade estarrecedora da periferia e toda a hipocrisia de quem fala dessas peculiaridades, em "Menimilimetros" de Luz Ribeiro. Ela também fala de colorismo, assédio e abuso de uma forma quase direta. Foi uma das minhas preferidas.

Também na linha social, Mel Duarte apresenta o incrível "Deslocamento poesia manifesto" sobre o preconceito à arte da periferia e, claro, como essas manifestações são não somente culturais como políticas, me ganhou totalmente e evidencia o elitismo sobre o que é arte no senso comum. Stephanie Borges trás os padrões impostos pela sociedade branca sobre o povo negro, assim como Nina Rizzi escancara os estágios diferenciados da vida para pessoas negras em relação às brancas.

Já a Jarid Arraes, a qual tive o prazer de ler no início do ano, fez uma relação incrível do útero, órgão que dá nome ao poema, com o que a sociedade espera das mulheres. Me agrada imensamente a força de seus cordéis e como consigo ver o nordeste representados neles. O poema sobre menstruação escrito por Ana Frango Elétrico foi pura realidade.

Cecília Florestas é forte em seus poemas sáficos, e da mesma forma são as palavras de Maria Isabel Iorio. Enquanto os textos de Luna Vitrolira são sensuais e também tratam sobre machismo. Já Bell Puã me remeteu aos poemas mais clássicos porém com uma linguagem mais forte, atual.

A organização da Heloisa foi maravilhosa e reuniu autoras com a própria visão do mundo hoje e com maneiras de externá-las singulares. O livro ainda conta com indicação de onde ouvir as poetisas declamarem seus textos, e escutei vários. Faz toda diferença ter as vozes dessas mulheres proclamando mensagens tão necessárias. Gostei bastante da experiência.

postado orginalmente no link abaixo:
http://afabricadiversaoearte.blogspot.com/2021/03/resenha-as-29-poetas-hoje.html

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Como informei anteriormente esse livro não valorizou a História da poesia feminina do nosso país. Entendo que exista uma demanda que o mercado deseja atender, mas de maneira alguma trabalharia essas poesias nas minhas aulas. O vulgar não é poético.

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Ótima edição para se descobrir novas autoras/poetas na medida para instigar conhecer e melhor a obra dessas mulheres. Há muitas autoras "desconhecidas" e colocar um holofote na obra dessas poetas é algo incrível e que nossa poesia precisa. Acho que há uma consciência bem grande ordem das poetas para criar alguns contrastes e não confundir poeta a com poeta b. Foi uma ótima leitura. só deixo a opinião de que gostaria das bios viessem antes dos poemas e não no final do livro, o fluxo seria melhor na leitura.

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É um livro voltado mais para o público que gosta de poesias, mas pela sua linguagem fácil, acaba se tornando uma leitura que agrada a diferentes públicos. Vale muito a pena a leitura, mesmo que a título de curiosidade apenas.⁣

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As 29 poetas hoje é uma coletânea de poemas escritos por mulheres, organizado por Heloisa Buarque de Hollanda.

Bem, nunca fiz resenha de coletânea de poemas. Então possuo um pouco de dificuldade de me expressar. Na verdade, não sei nem por onde começar. rs

Nunca tive muito contato com poemas. O contato veio mesmo depois que entrei para faculdade e cursei uma disciplina chamada Introdução aos estudos literários. Nessa cadeira, descobri a riqueza desse veículo de comunicação e expressão: a poesia.

Desde então, venho nutrindo curiosidade para me inserir no mundo dos poemas. Quando surgiu a oportunidade de ler esse livro com poemas escritos exclusivamente por mulheres eu pensei: “esse é o momento”.

“uma mulher sobre outra mulher

não é preliminar é pré

histórico”

Gente, as autoras desses textos sabem muito bem fazer com que passemos as horas seguintes a leitura de cada poema, refletindo a respeito. Alguns deles são um tapa na cara de toda a sociedade em que vimemos e, até mesmo, em nossas próprias.

“[…] um aviso: quanto mais retinto o menino
mais fácil de ser extinto
seus centímetros não suportam 9 milímetros
porque esses menino
esses menino sentem metros”

De início, pensei que leria só alguns textos por dia, ir com calma já que não estou tão acostumado com esse tipo de literatura. Porém, para minha surpresa, acabei terminando em poucos dias.

Minha avaliação foi de 4 estrelas, só não dei um pouco mais pois houveram alguns poemas que não consegui entender, por mais que eles tenham gerado muitas discussões e reflexões com meu irmão e cunhada sobre o que se trataria. No geral, gostei muito da leitura.

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