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Que livro incrível!! Eu adorei esses personagens e toda a trama da história, praticamente comi o livro e esse com toda certeza é um dos meu favoritos do King!
Amei o livro, o meu primeiro do King, e já quero ler mais obras do autor. O clima de terror voltado a parte espirita que o subgênero que mais gosto de ler mesmo, me prende do inicio ao fim. Ainda vou escrever a resenha dele nas minhas redes.
Em Depois temos a história de James Conklin, uma criança que vê gente morta. Com que frequência? O tempo todo...opa, não é bem assim. Na verdade James não sabe com qual frequência, pois nem sempre ele sabe dizer se a pessoa está morta ou viva, exceto, obviamente, quando há muito sangue e membros expostos (). Outra característica que diferencia um morto de um vivo: os mortos sempre falam a verdade. Para toda pergunta que James faz, ele sempre recebe uma resposta, os mortos não conseguem deixar de responder, e esta resposta é sempre verdadeira. E é este fato que faz a história dele tomar um rumo macabro (como ele mesmo diz: Eu falei que esta história era de terror. Eu te avisei).
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A mãe do James (Thia) é uma agente literária, e após uma crise financeira, a sobrevivência deles está nas mãos do autor best seller da agência: Regis Thomas. Porém, quando estava escrevendo o último livro da sua série de sucesso, Regis morre. Qual a ideia genial da mãe do James? Levou a coitada da criança pra ir na casa do defunto interrogar ele sobre o final do livro, para que pudessem terminar de escrever e publicar. Acontece que Thia tem uma namorada, Liz Dutton, que foi quem os levou até a casa do Regis para esta “entrevista pós morte”. Liz é policial, observa tudo e depois se aproveita das habilidades de James, o obrigando a ir interrogar um criminoso muito perigoso, que acabou de morrer. Aí... bom, aí a história começa de verdade.
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Gente, este livro é maravilhoso. King nos prende desde a primeira página, com seu linguajar debochado e com sua narrativa perfeita. O protagonista é muito bem desenvolvido. O final tem uma revelação chocante, daquelas que você certamente não estará preparado para ouvir. Eu amei a experiência de leitura e recomendo muito.
O que você faria se pudesse ver gente morta e elas não tivessem mais segredos? James vê gente morta desde que se lembra e não lhe parece nada assustador ter que lidar com elas, afinal elas duram alguns poucos dias até desaparecerem. Claro que elas têm a exata aparência de quando morreram, o que pode deixar um pouco mais assustador se por um acaso elas morreram de algum acidente trágico. A questão é que no "após-morte" elas não podem mais mentir, isso pode ser muito útil ou muito complicado para a sua vida.
Apesar disso, ele tenta ter uma vida normal com sua mãe e a namorada dela, Liz. As coisas começam a sair dos eixos quando Liz, que é detetive, pedir a sua ajuda em um caso de um terrorista que acabara de tirar a própria vida. Isso o coloca em uma situação assustadora nunca antes vivida por ele e que faria qualquer um ter pesadelos.
Mais uma vez o mestre King me surpreendendo com os seus livros, este foi o livro mais fluido que já li do autor. Quando vi que era um livro curto achei se seria uma história rasa, e eu não poderia estar mais errada. Eu simplesmente me prendi muito rápido à história e aos personagens. O livro mistura história de fantasmas com investigação e dá muito certo. Eu adorei a narrativa, o rumo que teve e em como ela sempre me surpreendia com as reviravoltas. Ele foi tudo o que eu não estava esperando, e foi por isso que eu gostei tanto dessa leitura.
Jamie poderia ser um garoto comum, se não fosse um fato: ele vê pessoas mortas. Não só vê como pode se comunicar com elas. Isso o acompanha desde muito pequeno e, embora seja assustador ver a pessoas da forma como elas morreram, nem sempre é algo ruim.
Ele nunca usou esse dom para algo maior, contudo, após ajudar sua mãe em uma empreitada que pode custar o futuro de ambos, ele se vê novamente em uma situação inusitada. E essa situação acaba ligando-o a um espírito maligno que, diferente dos demais, não desaparece com os dias. Ele parece querer mais e Jamie não sabe o que fazer para fazê-lo ir embora.
Com uma narrativa leve e ágil, Depois me ganhou logo nos primeiros capítulos. Gosto muito de King e da forma como ele me envolve em suas tramas tão inusitadas, como foi o caso dessa. A história é narrada por Jamie e ele nos da uma visão bem clara do que acontece, descrevendo as situações passadas, bem como suas visões e percepções.
Outra coisa que me agradou bastante foi o desenvolvimento dos personagens. Um deles me surpreendeu bastante e acabou se mostrando essencial para o andamento da história já que fez tudo se movimentar. Foi interessante acompanhar o rumo que a trama tomou, principalmente pelas pitadas de mistério que King foi acrescentando nas últimas partes.
Embora seja uma história de terror, não achei nada aterrorizante. É uma leitura leve, perfeita pra quem quer começar a ler King, mas tem medo do que vai encontrar. Não é o melhor do autor, mas é uma ótima história e que vale a pena ser conhecida.
A sinopse faz um bom trabalho em explicar o plot do livro e, por ser uma história curta (pros padrões do autor), qualquer coisa que eu diga a mais pode ser spoiler. Num geral, eu achei a trama divertida do início ao fim, com aquele toque meio bizarro já esperado das histórias do King, mas que sempre me mantém envolvida e curiosa até o final. Mesmo o livro já sendo curto, senti que ele se estendeu um pouco de mais envolvendo um "segundo plot" chegando no final, que não foi tão interessante assim (pra mim, pelo menos). Inclusive, acho que a história toda seria mais sinistra e arrepiante se tivesse terminado antes disso tudo (mas ainda envolvendo uma coisinha que o protagonista descobre no fim).
Jamie foi um bom protagonista, principalmente se considerarmos que o acompanhamos enquanto ele é criança/adolescente, e achei todas as atitudes dele bem condizentes. Apesar do livro curto, o autor faz um bom trabalho de desenvolvimento, principalmente em relação ao protagonista - e senti que conheci bem todos os personagens principais, mesmo sendo nas entrelinhas.
A escrita do King está bem fluida aqui, deixando a leitura bem rápida e dinâmica, dá pra finalizar de boa em um dia. De qualquer forma, eu sempre fico viciada na narrativa do autor, e num livro curto (em que ele deixa seu lado prolixo de lado) dá pra notar isso muito bem, porque eu não queria parar de ler esse aqui.
"Depois" é um livro bem escrito, com uma história divertidíssima de acompanhar e personagens bem desenvolvidos (além de poder dar uns sustos nos menos acostumados a ler o horror de King). Terminei e fiquei com a sensação de ter sido um livro bom e sem nada de mais pra quem já leu outras histórias dele, mas com certeza vale a pena a leitura.
Nota: 3,5
Primeiro contato que tenho com o autor e não poderia ter escolhido um livro melhor, amei o enredo e agora quero todos os livros. A história de prende e você não quer largar mais.
Em Depois, de Stephen King, conhecemos Jamie Conklin, narrador da história e um menino que descobre muito cedo que possui um "dom" especial: ele vê gente morta.
Na maioria das vezes isso é algo que não o incomoda ou causa problemas, mas conforme cresce e vai conhecendo os vivos, percebe o que falar com os mortos pode implicar.
É um livro curto, com poucos personagens e, como é comum nos livros do King, vamos os conhecendo a fundo conforme a leitura avança. Uma história cheia de mistérios e plot twists, que não dá vontade de largar enquanto não se chega ao fim.
Quando de fato cheguei ao fim, fiquei querendo mais! Tem um ponto que acho que pode abrir margem para continuação e espero mesmo que tenha.
São poucos os autores que conseguem conquistar minha confiança, e, Stephen King está nessa minha seleta listinha. Quando algum livro dele me é oferecido, não penso duas vezes em aceita-lo. E que bom que, a cada leitura, o autor vai confirmando essa posição.
"Depois" é narrado por James Conklin. Um jovem de 22 anos que relata parte de sua infância e adolescência aparentemente normais. Aparentemente porque, segundo o próprio Jamie, desde sempre ele tem o dom de ver e se comunicar com gente recentemente morta. Além disso, ele sabe que os mortos não mentem para ele. Teoricamente, Jamie e sua mãe são os únicos que sabem dessa sua habilidade, mas tudo muda quando Liz Dutton (namorada de sua mãe e detetive policial) pede sua ajuda para desvendar um caso. A partir desse ponto, reflexões sobre o bem e o mal, o certo e o errado, o real e a imaginação vão sendo expostos na trama.
“Gente morta tem que falar a verdade, e tudo bem quando você quer saber a resposta para uma pergunta, mas, como falei, a verdade é uma merda às vezes.” Posição 178
A escrita e o ritmo da trama foram os grandes pontos positivos desse livro. Stephen continuou com sua habilidade impressionante de prender o leitor em suas páginas, e, fugiu um pouco de uma de suas características, deixando de lado as descrições excessivas, garantindo um ritmo mais fluido a leitura. É um livro em que o leitor pode finalizar em uma ou duas sentadas facilmente.
Um ponto negativo que achei foi que minhas expectativas não foram alcançadas. Durante alguns momentos, nosso narrador nos "dava esperanças" de que era uma história de terror, mas, ficou bem aquém do que imaginava. Talvez se eu não tivesse sido "induzido", minha frustração não teria sido tão grande. No mais, gostei bastante do resultado geral.
“Como falei, é só palpite aqui. Os motivos daquela coisa poderiam ser totalmente diferentes, tão desconhecidos quanto eram para mim. E tão monstruosos. Como falei, essa é uma história de terror.” Posição 2122
Em relação a parte gráfica, gostei. A capa é igual a americana e é bem interessante. Não encontrei erros durante a leitura. Nota máxima à editora.
Finalizo a resenha indicando a leitura para quem aprecia uma trama com leves pitadas de terror, com uma escrita mais sucinta e para se recuperar de uma ressaca literária.
Eu confesso, esse foi o primeiro livro do King que li, não por falta de vontade, mas sim de oportunidade (E agora já quero ter um biblioteca do King kk).
O livro me prendeu desde a primeira página, me fazendo entrar naquele universo que King criou.
King criou uma narrativa que alterna entre o suspense e o terror com descrições bastantes realistas dos acontecimentos.
"Sempre tem um depois, agora sei disso. Pelo menos até morremos. Aí, acho que tudo passa a ser antes disso"
Jaime descobriu que podia vê e conversar com os mortos quando era apenas uma criança, ao presenciar um acidente, ele conseguiu vê o homem próximo ao corpo, com o rosto desfigurado e com a mesma camisa do corpo deitado, a visão assunta profundamente o garoto, e a partir de uma noticia dias depois reportando a morte a sua mãe passa a acreditar no dom que ele tinha.
as vezes era difícil distinguir quem estava vivo ou morto, pois na maioria das vezes as pessoas mortas eram bem parecida com os vivo, ele descobre que os mortos não podem mentir, eles sempre tem que falar a verdade para qualquer pergunta que seja feita, a sua mãe pede que aquele dom fique em segredo, pois nem todo mundo acreditaria nele, e quem acreditasse poderia usar essa habilidade para algo ruim, afinal os mortos NUNCA podem mentir.
Com os negócios decaindo, e perigo de falência eminente, sua mãe conta seu segredo para Liz, sua atual companheira, pois precisaria dela para leva-la com Jaime apos a casa de um dos seus maiores autores, que havia falecido naquela tarde com um original pela metade, Jaime narra toda a história do livro, para posteriormente sua mãe escrever como se fosse o próprio autor, o livro fez mais sucesso do que os outros da saga.
"Isso gera um complexo e eles param de acreditar em tudo que não conseguem ver"
Ao saber dessa habilidade, Liz encontra nele uma maneira de salvar sua carreira dentro da polícia, ela pede a ele para descobrir onde foi plantado a última bomba de um terrorista recém falecido, mas ao confronta-lo, Jaime percebe que nem todos os mortos querem falar a verdade, ele praticamente obriga o fantasma a falar, revelando assim o local da bomba implantada.
Ao contrario do que Jaime acreditava, os fantasmas sumiam após alguns dias, mas esse ano, ele sempre estava ali esperando Jaime, acenando para ele, esperando somente uma brecha para atormentar o garoto. Mas é a partir daí que a verdadeira história de terror começa, o motivo de alguns segredos permanecerem guardados.
"Se temos livre arbítrio, o mal precisa ser convidado para entrar"
Apesar deste ter sido um dos primeiros livros que li no King, ele é incrível, não é a toa que Stephen King é considerado um dos autores do século, ele é um mestre em construir tão bem as características e personalidades dos personagens que até parece que eles existem fora das paginas, o livro é curtinho para os padrões pro King, mas isso torna a leitura tão fluida que você só vai conseguir largar após terminar a leitura. O livro tem em si diversas referências da cultura pop dos anos 60.
Sou uma leitora voraz de Stephen King e estava curiosa e ansiosa por essa leitura. "Depois" me surpreendeu, positivamente, de diversas formas. e o fato de ser bem diferente dos livros que já li do autor foi uma delas.
"Depois" é ágil, dinâmico e despojado. A forma como King narra a história é mais leve e direta; por consequência, ele chega direto ao ponto muito mais rápido do que estamos acostumados. Em alguns momentos esqueci que estava lendo uma história escrita pelo meu autor favorito, mas ainda assim gostei.
Penso que amaria mesmo se estivesse nos padrões aos quais estou acostumada, com um enredo desenvolvido paulatinamente em mais de 500 páginas, mas creio que depois foi escrito com esse intuito: uma novela rápida. Um tiro de 100 metros e não uma maratona.
talvez o fã mais purista não goste, mas eu embarquei nesse modelo. Embarquei no humor sagaz do narrador e me deixei levar por seu sarcasmo.
Essa obra entrou para galeria dos livros de King que indico para quem quer começar a lê-lo. É um excelente primeiro contato para se acostumar com as descrições viscerais e com certa dose de violência, tão comuns em outras obras dele.
Recomendo demais. Foi divertido de ler e de acompanhar, porém fiquei com vontade de saber mais. Talvez eu esteja muito acostumada a saber tudo sobre um personagem e sentir que conheço-o bem antes de me despedir de sua história. Talvez, esse desenvolvimento que faltou seja o ponto que senti realmente falta, mas não diminuiu minha empolgação durante a leitura e ao término da mesma.
“Acho que essa história é de terror. Dá uma olhada.”
Depois, é o novo lançamento de Stephen King, trazido pela editora SUMA, em um livro com projeto gráfico bonito e capa vibrante. King, como sempre é um escritor que prende a minha atenção e de quem sou fã. E estava esperando por esse lançamento ansiosa.
Dessa vez ele traz uma narrativa de suspense, com leves toques de terror sobrenatural. E uma descrição extremamente realista e detalhista de uma cabeça perfurada por uma bala... Apesar de James, dizer durante a leitura que é uma história de terror, o que mais me aterrorizou foi à descoberta de um segredo nas páginas finais do livro, afinal, aquilo sim é algo terrível, real e terrivelmente impactante. De resto, a trama me pareceu extremamente fluida, eu não consegui parar de ler esse livro, e para os padrões King de livros é um livro bem curto.
Aqui temos James, o protagonista que nos narra um acontecimento do seu passado que moldou quem ele é como adulto. Sob a sua perspectiva quando ainda uma criança inocente, James irá nos contar, como quem conta um segredo de família, uma aventura onde sua inocência foi destruída, e precisou enfrentar os medos típicos de uma criança, que por eventos extraordinários se tornaram ainda mais difíceis de compreender e lidar.
Ele é um médium, e como tal vê e fala como fantasmas. E de forma contundente ele irá descobrir que existe uma gama variada de perigo que envolve sua vida por causa disso. Nem todos são gasparzinhos camaradas, só digo isso. E infelizmente não será dos mortos as origens de todos os seus problemas.
King, é conhecido como o rei do terror, do horror sobrenatural, mas ele ama escrever sobre personagens complexos, sobre dramas familiares, amizades e lealdade inabaláveis. Ele é um mestre em construir personagens que cativam nossa atenção. Sempre digo, ou ele escreve personagens maravilhosos ou que me dão verdadeiro ranço. Difícil ficar em cima do muro quando leio algo dele.
Em Depois, para a minha alegria temos personagens complexos e bem escritos, James possui certa vulnerabilidade por ser um narrador criança e sua inocência e confiança tornam muito fácil criar um elo com ele e empatia por tudo o que passa. Eu quis entrar no livro e o proteger no final do segredo revelado. Alias, gostaria de umas paginas para que King, trabalhasse a bomba que jogou, mas é típico dele fazer algo assim, e nos deixar para digerir o que houve e tirar nossas próprias conclusões de como isso impactará o futuro dos personagens, e podemos ver ao longo da narrativa de James que houve impactos.
“Se pudesse escolher entre ver mortos (sim, eu ainda vejo) e as lembranças trazidas pelo cheiro de vinho derramado, eu escolheria os mortos...”
Depois, é um livro instigante, prende sua atenção e um thriller bem escrito. Além do aspecto de terror, temos drama familiar, superação de medos e traumas. Gostei muito da leitura e considerei uma das melhores leituras do mês. Preciso dizer que amo o modo como ele escreve sobre pessoas extraordinárias, que possuem dons extraordinários e fazem coisas extraordinárias. E nem sempre as coisas extraordinárias são feitas pelas pessoas com dons, e sim pessoas normais.
Obrigada King.
“A gente se acostuma com as coisas extraordinárias. Aceita como normais. Podemos tentar não nos acostumar, mas é o que acontece. Tem coisa extraordinárias demais no mundo, só isso. Em toda parte.”
Em um primeiro momento a única conexão que vi com os demais livros de King que achei foram referências leves de cidade\acontecimento, mas refletindo após reler um trecho pulou na minha mente uma ligação ao clássico It, a Coisa do mestre. E a partir desse momento fiz ligação a esse livro em outros pontos, porém, não estraga em nada a experiência de ler esse livro, não ter lido it, e nem é um spoiler de It! Esse livro ainda tem adoráveis referências acultura pop em geral.
“Pois é, eu vejo gente morta. Pelo que me lembro, sempre vi. Mas não é como naquele filme com o Bruce Willis...”
Recomendo a leitura para quem gosta de thrillers, terror, mesmo que leve e tramas envolventes. E para quem gostaria de conhecer um pouco a escrita de King, afinal, tem poucas páginas e uma escrita bem fluida.
Espero que tenham gostado e até a próxima.
“Como eu falei, essa história é de terror.”
Os elementos de terror e suspense são muito bem entregues e imersivos.
Os capítulos são curtos e você literalmente, devora os acontecimentos, querendo descobrir como será o desdobrar de tudo.
E não ache que por ser uma história curta, não há desenvolvimento ou pouco tempo para conhecer os personagens. Tudo isso é feito da ótica de um Jamie jovem, que aprende rápido e torna as coisas mais interessantes!
Uma certa coisa que acontece com um certo terrorista ainda deixa margem para uma continuação - se não tiver, esse final foi perfeito. Mas a continuação seria muito bem vinda!
Resenha | Depois | Stepen King | @editorasuma | @companhiadasletras | 4🌟/5🌟
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📄 Oi meus seguimores, como vocês estão? Hoje é dia de resenha aqui no Cantinho.
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💬❝𝐍ó𝐬 𝐦𝐮𝐝𝐚𝐦𝐨𝐬, 𝐦𝐚𝐬 𝐧ã𝐨 𝐦𝐮𝐝𝐚𝐦𝐨𝐬. 𝐍ã𝐨 𝐬𝐞𝐢 𝐞𝐱𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚𝐫. É 𝐮𝐦 𝐦𝐢𝐬𝐭é𝐫𝐢𝐨.❞
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📝 Depois é a mais nova obra do autor Stepen King e com uma narrativa bastante fluida e envolvente nos captura logo nas primeiras páginas, fazendo com que a apreensão e a dúvida pairem no ar ao longo da leitura. Não tem como não teorizar o que pode vir a acontecer, pois o nome da obra já deixa claro que uma grande revelação irá se desenrolar.
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📝 King me surpreendeu bastante com sua narrativa, pois depois de ter lido Carrie e, principalmente, depois de ter lido It a Coisa, não esperava me deparar com uma obra que tivesse uma leveza e até mesmo sendo mais direta em sua forma de narrar. Sério, o ponto chave dessa história é a narração.
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📝 Ademais, o protagonista da obra, James Conklin, é bem contagiante, mesmo quando lemos e percebemos que suas ações podem acarretar sérios problemas, o cuidado que ele possui com sua mãe é lindo.
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📝 Em Depois também temos aquela construção mais realista em torno do personagem, mesmo se tratando de uma ficção, vemos no protagonista, nos secundários e na antagonista, uma dose de realidade imensa. Todos possuem problemas, medos, anseios, dúvidas e muitos segredos, alguns bem sombrios.
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📝 Além disso, percebemos também que as pessoas podem ter várias facetas e que nem tudo é o que aparenta ser. Um ponto que também se assemelha muito ao nosso dia - a - dia.
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📝 Contudo, a obra não levou nota máxima, pois o “clímax” tão esperado acabou não acontecendo da forma que estava ansiando. Sim, tivemos o ápice do livro muito para o final e bem rápido. Isso me deixou um pouco decepcionado. Mas já adianto que esse fato não tira o brilho da obra, pois o autor concluiu o que se propôs e deixou aquela ponta de curiosidade para a imaginação de cada leitor.
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📄 Por hoje é isso, espero que tenham gostado. Um excelente dia para todos e boas leituras! ☕️☕️
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📖 Livro cedido em parceria com a @companhiadasletras selo @editorasuma.
Eu vou evitar de começar essa resenha com qualquer palavra que envolva um trocadilho com Depois.
Certo.
Vamos lá.
Jamie é nosso protagonista desse livro do Stephen King, ele vê gente morta, e, da mesma forma que seu colega do filme O Sexto Sentido, vai se envolver numa história de mistério e terror, que dentre vários acontecimentos também envolve descobrir onde um terrorista deixou sua última bomba (e as consequências de tudo isso). Filho de uma agente literária, Tia, que agencia Regis Thomas e várias outras pessoas escritoras, ele cresce e vai te contando da rotina e de uma trama que também vai ser rodeada pela vida dos adultos. Crianças são quase sempre levadas e envolvidas nos problemas e resoluções dos adultos que a cercam, e esse livro vai tratar disso, da responsabilidade, das escolhas e de enfrentar situações que muitas vezes não são evitáveis.
“Quando o dedo errático do destino aponta para você, todas as estradas levam ao mesmo lugar. É o que eu acho. Posso mudar de ideia quando estiver mais velho, mas acho que não.” Depois, Stephen King, tradução de Regiane Winarski.
A história é contada pelo próprio Jamie, ele conta tudo como se falando do passado, e percorre alguns anos da vida dele, tendo várias passagens de tempo. Tudo começa com ele contando de uma conversa com a esposa de um vizinho ainda criança e caminha como todo livro do King: de forma inexorável. Tem uma questão que sempre gostei de como o autor trabalha que é a antecipação, geralmente se mantém o mistério sobre o que vai acontecer, mas ele gosta particularmente de já te contar o que vai rolar desde o começo. E aí você fica naquela tensão pra saber quando que tudo vai cair no ventilador haha. Isso é basicamente o cerne de Depois.
O jeito como a voz do narrador é construída, tendo o Jamie novinho, depois adolescente, é fantástica demais. Você acredita e confia que aquela percepção de mundo, as intenções, as ideias e mesmo os comentários do Jamie do presente são reais.
É um livro curto que passa super rapidamente, todo mundo que Jamie entra em contato serve pra adicionar na história, não tem aquelas voltas grandes que outras obras do King tem, de várias reviravoltas, cenários, é uma história que Jamie escolhe contar, com o recorte da vida dele mesmo.
“Pensei em perguntar se ela sentia medo de olhar para a noite e ver as estrelas e saber que elas continuavam para toda a eternidade, mas nem me dei a esse trabalho. Só falei que não. A gente se acostuma com as coisas extraordinárias. Aceita como normais. Podemos até tentar não nos acostumar, mas é o que acontece. Tem coisa extraordinária demais no mundo, só isso. Em toda parte.” Depois, Stephen King, tradução de Regiane Winarski.
A mãe dele, o Sr. Burkett (BEIJO, SR. BURKETT), Liz, e as interações que estão ali adicionam na apresentação dessa proposta de um Sexto Sentido pelo King. Sendo um filme que eu assisti até quase estragar a vhs com meus 9, 10 anos (meus gostos nessa época eram: vhs de Aristogatas e vhs do Sexto Sentido HAHA), e sendo uma leitora empolgada do que o King escreve, foi uma experiência maravilhosa.
Ele tem terror na medida (embora muito menos do que em várias histórias dele, é bem leve, se posso usar essa palavra pra um livro que tem gore), tem todas as personagens extremamente humanas do King (eu gosto demais disso, todo mundo sempre existe nos livros dele, sejam humanos ou não), tem a apresentação do mundo, das regras, de como tudo funciona, tem umas referências de leve ao universo conectado de todas as obras e tem um final... bem. Depois eu falo do final.
Quando comentei que havia lido, algumas pessoas me perguntaram se era um bom livro pra começar a ler King, porque ainda não tinham tido contato com a obra dele, e minha resposta é sim. É um ótimo livro pra começar, tem ele em sua maturidade de escrita, tem vários traços das coisas que eu amo nos livros dele. É uma delícia e rápido de ler. E que provavelmente vai convencer algumas pessoas a ler mais dele! O que sempre me deixa feliz e com possibilidades de aliciar pessoas a lerem Torre Negra (não comecem com A Torre Negra, por favor).
Quando eu comentei que depois falaria do final, é por conta de uma coisa, o King é conhecido por não saber dar alguns finais pra suas histórias, não são poucas obras que te deixam frustrado por ter tido uma jornada maravilhosa e vrau, final estranho, ruim, etc. O final de Depois é um final agridoce (não sei exatamente descrever se gostei ou desgostei, principalmente por ter um fato ali que beira o gratuito, quase um anticlímax bem desagradável e não se se todo necessário pro impacto desejado), mas que ao menos encerra o livro. Temos um recorte, temos uma lição, e temos um depoimento do Jamie que formam esse conjunto de tudo. E temos uma vida que segue. Depois quem sabe Jaime nos conte mais.
Vou começar sendo direta assim como Jamie, personagem principal da trama e narrador, deixa bem claro desde começo: essa é uma história de terror. E preciso apontar que ele realmente não mentiu. O tipo de terror que temos aqui é exatamente o que faz de Stephen King o Rei que ele é: é a mistura do sobrenatural com monstros reais, tudo embalado por um narrador incrivelmente carismático, e muito se deve ao fato de que Jamie, aos 22 anos, vai narrando eventos de sua vida aos 4, 6, 8 e mais alguns anos de sua pré e adolescência em si. Quando criança, Jamie era adorável e isso não foi se perdendo ao longo dos anos ao acompanhar sua vida, e não há nenhuma surpresa aqui: Jamie narra sua vida e sua experiência em diversos pontos chaves da narrativa, tudo mostrando bastante a sua “habilidade” de ver e falar com pessoas mortas. Sim, ele vê pessoas mortas o tempo todo (desculpa, não resisti), mas o próprio livro faz piada com o filme “Sexto Sentido” e deixa claro que os mortos aqui não funcionam como na obra cinematográfica.
Mas então como funciona aqui, você pode se perguntar, e eu explico porque é realmente bem fácil: assim que morrem, os mortos aparecerem mais fortes, mais visíveis e com a fala também completamente audivel. A medida que os dias passam, os mortos perdem essa “força” e começam a perder a voz, com Jamie somente vendo os lábios se moverem e vão se tornando mais translúcidos, até que, por fim, somem. Jamie não sabe para onde eles vão depois disso, mas, a medida que o enredo vai se desenvolvendo, ele começa a ser obrigado a pensar sobre isso, levando o leitor com ele em suas descobertas.
Jamie não tem o pai em sua vida, e sua mãe, Thia, desde sempre mostra que o centro da vida é o filho. Ela é agente literária, tendo assumido a empresa do seu irmão, que desenvolveu Parkinson precoce. Thia tem uma boa vida com seu filho, morando em um apartamento muito bom e sendo vizinha do professor Buckett (que perde a esposa no começo da trama), o qual é uma espécie de avô pra Jamie, papel que se torna maior ao longo dos anos. Aqui preciso fazer um parêntese porque já notei que King gosta do relacionamento de “mentor – pupilo” entre crianças e pessoas mais velhas, e aqui funciona muito, muito bem. A aproximação dos dois acontece durante os anos mesmo quando Thia perde quase tudo e precisam sair do apartamento grande e confortável que morava com o filho para outro menor, e ainda assim eles continuam visitando o idoso.
É justamente por perder quase todo dinheiro que Thia resolve fazer algo que nunca se imaginou fazendo: ela pede ajuda ao filho para que, usando seu “poder”, fale com o escritor que morreu sem completar sua obra. Sem o lançamento desse livro, Thia e seu filho estarão realmente quebrados e ela está tentando muito, muito mesmo, evitar que isso aconteça. Aqui preciso enfim falar sobre Liz, a companheira de Thia: policial, Liz parece uma boa pessoa que entrou na vida de Jamie através de sua mãe. Quando chega o momento de Jamie falar com Regis Thomas, o escritor morto da série Roanoke (suja a Suma fez um pôster para o livro dentro do livro e preciso gritar que: AMEI), Liz enfim se dá conta que o pequeno Jamie realmente pode ter um poder extraordinário que ela nunca havia realmente acreditado – afinal, é algo difícil mesmo de acreditar, não tiro a razão de Liz. Mas estamos em um livro do King, e claro que grandes reviravoltas chegam, e preciso falar que sempre aguardo por elas porque King sempre traz algo que eu amo: os monstros humanos.
O trabalho de Liz também a leva para um caso bastante sinistro: Thumper é alguém que coloca bombas em diversos lugares há mais de 10 anos dentro da narrativa do livro. Duas forças tarefas já foram criadas para tentarem pegar o homem, e agora, com um novo ataque que resultado na morte de uma vitima e o surgimento de uma terceira força tarefa, o assunto volta à tona. Não vou dar detalhes precisos porque isso implicaria em dar spoilers, mas o que acontece é que Liz se torna determinada a capturar Thumper, até que descobrem a identidade do homem e ele se mata com um tiro na cabeça. Mas, obviamente, isso não para Liz, que leva Jamie com ela para encontrarem o espírito de Kenneth Therriault, o nome real de Thumper. E eis que temos um vilão coadjuvante que me entregou tudo, absolutamente tudo, que eu queria.
Sabe as regras de como os mortos funcionavam para James, sobre como com os dias eles começaram a se tornarem translúcidos até que somem? Kenneth Therriault parecia ser a exceção, e muito disso provavelmente pela maldade que existia dentro dele. Alguns vilões não precisam de passado que os expliquem, não precisam de redenção, não precisam de piedade – alguns vilões são simplesmente vilões e é isto que temos aqui. Kenneth se torna uma presença maligna na vida de Jamie, e eis que em certa altura, desesperado para poder se ver livre do que estava acontecendo, Jamie se deparada com as instruções do Professor Buckett sobre um certo Ritual de Chüd – isso mesmo que você leu: tem aqui o mesmo ritual de “It: A Coisa”, só que “repaginado”, digamos assim. É um livro do King, o Rei do Kingverso, ele pode tudo, e ele faz de uma forma que fica redondinho e perfeito.
Não vou ousar terminar essa resenha sem falar do universo de Regis Thomas. Escritor da série Roanoke, temos King mais uma vez falando sobre o universo literário através de um escritor que escreve uma série de terror com cenas de sexo desnecessárias, sem deixar de ter aquela grande pitada de ironia, que também é uma marca dele. Assim como em “Metade Sombria”, temos escritores com suas superstições e tiques para escreverem, criando universos. Acredito que seja uma forma de King também homenagear seus próprios amigos.
Aqui eu preciso fazer uma adendo a tradução INCRÍVEL que a Regiane Winarski fez. Em certa altura, procurando por um determinado objeto, as personagens se referem à “São Longuinho”. Já participei de uma live com a Regiane no ano passado na Editora Suma, conheço seu trabalho, e fico feliz demais de saber que ela está cada mais envolvida no universo do King por aqui porque é preciso muitas sacadas rápidas para trazer o texto para o nosso português.
Encerro esta resenha indicado que se você não está acostumado com King, eu não indico começar por “Depois”, que é um grande livro, mas pode ter assuntos sensíveis demais para algumas pessoas. Não porque a trama de terror seja forte, sangranta e impossível de ler, mas, como o próprio Jamie começa indicando no começo de sua narração, essa é uma história de terror – ele só não especifica que tipo de terror e nem você espera o tipo de terror que temos aqui. Porque, se formos sinceros, sabemos muitos bem que alguns humanos podem ser monstros e criarem as mais horripilantes estórias de terror.
O novo livro do Stephen King chegou aqui de cortesia da Editora Suma, e qual foi minha surpresa ao encontrar uma história curiosa, rápida e extremamente cativante dentro do que prometeu. Depois fala sobre fantasmas, sobre uma criança iluminada e sobre os percalços no caminho dela.
Depois acompanha a história de Jamie, um garoto comum, vivendo uma vida comum - com exceção do fato de que ele vê gente morta e pode se comunicar com elas; quanto mais perto da data da morte, melhor a comunicação. Eventualmente, os fantasmas desaparecem. Mas alguns não.
Eu gosto quando o Stephen King não enrola. Gosto quando os livros dele chegam direto ao ponto sem passar por quinhentos outros pontos antes disso; eu também gosto dos livros gigantes dele, não me entenda mal, mas é certeza que vou favoritar quando a história é mais curta e, por isso, flui de maneira mais ativa e emocionante. Como foi o caso de Depois.
"A gente se acostuma com as coisas extraordinárias. Aceita como normais."
Cheguei nesse livro sem saber o que esperar e encontrei uma história cativante, com momentos tensos e reviravoltas bem orquestradas.
A vida do Jamie é bastante comum; ele mora com a mãe, uma agente literária que está vivendo complicações por causa de crises financeiras e autores que não rendem tanto quanto deveriam. Um dos autores, inclusive, é responsável pela grandiosa série Roanoke, e em determinado momento da história é o ponto chave para impedir que Jamie e sua mãe caiam no buraco da falência.
Em meio a isso, Jamie consegue ver fantasmas. E o modo como o King entrelaça esse seu lado iluminado com a história, que seria comum, não fosse pelo elemento sobrenatural atrelado ao garotinho, é muito crível. Assim como outras histórias de crianças iluminadas, King apresenta esse fato junto ao bizarro e de repente estamos acreditando em tudo.
Jamie é um protagonista carismático e por isso é tão interessante acompanhar sua história. Ele é debochado e sagaz para uma criança tão pequena e, devagar, vai entendendo os problemas da vida e dos arredores conforme aparecem. Tudo isso enquanto equilibra seu lado paranormal com o dia a dia.
Os fantasmas, em sua maioria, são inofensivos. Até que um deles não é mais.
"Sempre tem um depois, agora sei disso. Pelo menos até morrermos. Aí, acho que tudo passa a ser antes disso."
Não vou falar exatamente o que acontece, porque a surpresa foi o que me fisgou e me manteve presa ao livro até o final. Mas é brilhante e aterrorizante como um fato que se tornou corriqueiro de repente represente o absoluto terror na vida do Jamie - e de quem está lendo também.
Não é um livro tenebroso como O Iluminado, mas certamente tem suas cenas macabras. E elas acontecem gradualmente, com o crescimento do Jamie e com o tamanho da ameaça desconhecida que o ronda.
Os personagens ao redor do garotinho servem como gancho para muitas das situações que acontecem. Sua mãe e seu vizinho, o professor Burkett, têm momentos ótimos com o protagonista. São relações fáceis e naturais, que a gente poderia ver existindo no mundo real.
Uma, em particular, é Liz - a amiga da sua mãe que aparece e se torna uma peça essencial para o desenrolar da história como um todo. A policial simpática é uma coadjuvante intrigante do começo ao fim.
E que final!
Eu também gosto muito quando o Stephen King acerta neles (e é meio difícil isso acontecer), então Depois me surpreendeu positivamente com um fim pé no chão, mas igualmente assombroso por isso.
Depois foi uma leitura de uma tarde, então indico para quem gosta de um terrorzinho leve, com uns toques sobrenaturais e investigativos. É surpreendente pelas reviravoltas que a trama dá, então tenta ir sem ler muito a respeito!
James Conklin é uma criança peculiar: ele vê gente morta. Ele, todavia, não consegue discernir os mortos dos vivos, a não ser que a forma como a pessoa morreu fique aparente. Por exemplo, um tiro num local visível.
Conviver com esse tipo de situação nunca foi fácil para o garotinho, mas ele observava que aquelas pessoas que morriam ficavam próximas aos locais em que mais gostavam de permanecer enquanto vivos. E, em alguns casos, se comunicavam com Jamie para dar algum recado aos entes sobreviventes. Uma coisa era certa, os mortos nunca mentiam quando ele fazia qualquer pergunta, por mais vergonhosa que fosse.
A mãe de Jamie, uma agente literária, com medo de preconceitos que seu filho poderia sofrer, nunca permitiu que ele falasse sobre seu dom. Nem mesmo Liz Dutton, com quem ela tinha um relacionamento, sabia, até que, incrédula, testemunhou Jamie ditando para a mãe um livro de um autor que havia acabado de falecer, mas que não tinha deixado seu original impresso.
Certo dia, Liz aparece na escola do garoto pedindo um "favor". Um terrorista havia morrido e deixado uma bomba ativada, sem revelar a localização. Cada segundo contava, e a vida de muitos poderia ser extirpada se não fosse a intervenção de Jamie. Como o morto não podia mentir, ele seria obrigado a revelar a informação, e Liz seria a salvadora do dia.
Maaaaaas... algo de estranho aconteceu, e o morto passou a atormentar Jamie. A partir daí, acompanhamos o dia-a-dia do garoto, com medo da própria sombra e sem saber como se livrar de tudo aquilo.
Mais uma experiência proveitosa com a leitura dos livros do King! Criativo e tenso, é daquele tipo de livro que devoramos facilmente. Não é um terror pesado (o que, para mim, foi um ponto essencial pra me fazer ler), e tem uma escrita ágil e surpreendente, além de um suspense da melhor qualidade, aliado a toques de humor.
É um livro curto, mas esteja preparado para o plot no final, quando Jamie consegue descobrir mais sobre suas origens.
“Depois” se resume basicamente em um depoimento do protagonista. Onde o mesmo conta sua história. James Conklin é uma criança normal, ou pelo menos aparenta ser. O que o torna diferente é simplesmente o fato de enxergar pessoas que já morreram.
“Eu os vejo e eles sabem que eu os vejo. Sempre foi assim.”
Tudo ia bem, até uma “amiga” de sua mãe (e policial) lhe pedir socorro. Ela queria que ele usasse sua habilidade, que até então era mantida em segredo, para descobrir onde se encontrava a última bomba que um terrorista escondeu antes de morrer.
“Eles têm de falar a verdade quando estão mortos. Eu não sabia disso aos seis anos.”
O único problema é que esse espírito com o rosto desfigurado, por conta do tiro que levou, era diferente dos outros com quem já tinha conversado. Todos eles desapareciam após alguns dias, mas esse não. Mesmo depois da polícia ter encontrados os explosivos escondidos, ele continuou perturbando Jamie.
Vou ser bem sincero, para mim é muito difícil escrever sobre esse livro sem soltar algum spoiler. É um livro muito bem escrito e cativante. A história te prende de uma forma que a vontade é de não largar mais. Mas mesmo eu adorando, confesso que fiquei um pouco decepcionado. Eu já havia lido outras obras do King e, conheço a fama que o mesmo tem sobre os finais de seus livros. Senti falta de algumas explicações e de um desfecho maior. Parece que li algo inacabado.
"Não sei bem como eu soube, não havia nada de lógico naquilo, mas não foi pura intuição."
Acredito que essa história tinha muito potencial, mas não foi bem explorado.
Eu finalmente li King depois de tantos anos! Eu sempre tive a curiosidade de ler algo escrito pelo mestre do horror e eu finalmente fiz e agora eu entendo todo o amor que esse homem recebe. Achei a escrita dele um pouco descritiva demais, mas nada insuportável (provavelmente por ser um livro de tamanho ok). Tenho outras histórias que quero ler e agora sinto confiança em investir! Realmente gostei do livro, não sei como se compara com outros do autor., mas do ponto de vista de quem nunca havia lido King, é sólido, vale a pena ler!!