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Não consegui ler ainda essa obra, e acabei priorizando outros livros, devido as parcerias que estou em atraso. Um dia quem sabe ainda leia o mesmo, e outras obras do autor.
Encontrei uma protagonista parecida comigo.
"Sem ar" conta a história da jovem Claudine Henry. Ela acaba de se formar no ensino médio, e já tem que lidar com uma grande bomba: a separação repentina dos seus pais. Ou será que não é tão repentina assim?
É nesse ponto que eu me apaixonei pela Claudine, e pela complexidade que as emoções dela trazem para a história. Entendam: a Claudine sempre viveu em uma caixa, ou seja, ela nunca conjecturou que, às cosias poderiam mudar de uma forma ou de outra.
Mesmo indo para a faculdade, em outro estado, ela tinha uma ideia "pré-existente" que nada mudaria, muito menos as pessoas do seu convívio.
Quando ela percebe que esse "mundo perfeito" não existe, há uma inversão da visão dos fatos, ou seja, ela começa a enxergar como a vida realmente é. E quem disse que é fácil amadurecer?
Trazer esses processos, mas de firma carinhosa e leve, trouxe mais profundidade para a história da escritora Jennifer Niven. Dessa forma, qualquer leitor (mais exatamente, eu) acaba se apaixonando, e torcendo pela Claudine
E, não posso deixar de falar no quanto esse processo de separação afeta os seus pais e, principalmente, a sua mãe que mesmo querendo o melhor para a filha, tenta de qualquer modo focar em outros pontos (como o trabalho).
Quando as duas partem para uma ilha (deixam a Claudine chateada por já ter outros planos com a sua melhor amiga), que não tem sinal de internet ( somente em um ponto específico), para passar as férias, ambas percebem que precisam lidar com muitas coisas, mas cada uma do seu jeito, respeitando os seus espaços.
Nessas férias, Claudine irá desvendar muitos mistérios sobre si mesma, e claro, irá conhecer pessoas com diferentes histórias.
Quanto as personagens secundários, eu não posso deixar de falar do Miah, que é um dos grandes responsáveis por mostrar todas as faces da vida para a Claudine. E, por que não dizer, que ela também é responsável por um certo amadurecimento dele? Ah, o amor é sobre isso, não é? 💜
✨ Leiam "Sem ar", (está disponível na forma digital) e, se apaixonem por uma protagonista que pode ser você.
🌈 parceira: @companhiadasletras
☁️ editora: @editoraseguinteoficial
Claude é uma jovem padrão com uma vida ótima: tem pais amorosos, uma melhor amiga (Saz) cujo carinho e lealdade são inquestionáveis e é bem resolvida com sua autoestima e com sua sexualidade. Ela está prestes a se formar no Ensino Médio e, a poucos dias da formatura, Claude recebe a notícia de que seus pais não apenas estão se divorciando como também pedem segredo a ela até que resolvam como conduzir a situação. Claude então viaja com a mãe para uma ilha remota na qual seus antepassados viveram, para que sua mãe possa fazer pesquisas para seu próximo livro enquanto tenta juntar os pedaços do próprio coração. Chegando na ilha, Claude faz amizade com alguns jovens que trabalham lá no verão e rapidamente se apaixona por Jeremiah (ou, simplesmente, Miah) – um garoto de sorriso fácil que a conduz por diversas primeiras experiências.
Apesar do título, eu diria que “Sem Chão” seria uma metáfora bem melhor para nomear este livro, de tantas vezes que a protagonista usa esse termo ao longo da obra. Toda a confiança na família cai por terra quando ela descobre aquele segredo que os pais ocultaram dela e, principalmente, quando o pedido mais egoísta é feito: de que ela não fale com ninguém a respeito. De um minuto pro outro os planos de Claude viram de cabeça para baixo e a jovem se vê sem nenhum ombro amigo para onde correr, já que ela também está com rancor da mãe por ter guardado segredo. É possível entender porque Claude hesita em confiar e em se abrir, já que as pessoas que ela mais ama a deixaram confusa e, de certa forma, sozinha. É nesse contexto que ela encontra conforto em Miah.
O jovem trabalha na ilha como parte de um programa reformatório para jovens infratores. Ele próprio fez parte desse programa, entrando para o sistema muito jovem. Entretanto, graças ao acolhimento que ele recebeu, foi capaz de dar a volta por cima e se tornar um exemplo para os jovens que vão para a ilha. Ele é a pessoa que acolhe Claude de braços abertos, porque entende bem o que a desestrutura familiar causa: responsável pela mãe e pelas irmãs e com um pai que foi embora, Miah se sente em uma encruzilhada em que um dos caminhos o leva para onde realmente deseja, perseguindo seus sonhos, enquanto o outro o mantém “preso” à família para o caso de sua mãe precisar dele. E com a atração óbvia que sentem um pelo outro, logo Claude e Miah começam a ficar e, mais do que isso, a se abrir um com o outro e expor suas fragilidades sabendo que a outra pessoa estará ali para ouvir.
O plot de Sem Ar não é inovador, me lembrando uma mescla de A Última Música (especialmente pelo rancor de Claude pelo pai e da missão de salvar as tartarugas) com Um Amor Para Recordar (com aquela promessa de “não podemos nos apaixonar”). E eu não me importo com clichês, desde que eles funcionem bem e os personagens cativem. Infelizmente, não foi o caso aqui. Consigo entender os sentimentos de Claude e as dificuldades que ela tem de lidar com tudo que está acontecendo ao seu redor, mas a personagem em si não é carismática o bastante para que o leitor se afeiçoe de verdade e queira protegê-la de sua dor. Miah cumpre melhor esse papel, ainda que reforce o estereótipo do garoto bonitão cheio de gingado que transforma a vida da garota levando-a para várias situações inusitadas e encantadoras (parece que a Jennifer Niven bebeu da própria fórmula de Por Lugares Incríveis, né?).
O romance é fofo e a forma como a sexualidade e a primeira vez são trabalhadas na obra também são bacanas, dando um exemplo positivo de como garotas devem ser donas do próprio corpo e das próprias experiências, além de se conhecerem sem tabus. Mas, apesar disso, não consegui me conectar verdadeiramente com a trama, e achei-a demasiado longa. Sem Ar não precisava de tantas páginas para contar a sua história, que é bastante mediana e clichê, ainda que conte com cenas bonitinhas entre o casal. Um outro ponto importante que influenciou minhas expectativas foi saber que esse é um livro muito pessoal para a autora, então esperei a mesma emoção que encontrei em Por Lugares Incríveis, mas sugiro que vocês não façam o mesmo, para evitar frustrações.
O final do livro merece elogios! Ao longo das páginas, vemos o vínculo entre Claude e Miah crescer, ainda que ambos saibam que aquela relação está com os dias contados, já que cada um deles precisa voltar para sua rotina após o verão. Ainda assim, é nítido que eles se apaixonam e estão sofrendo com a separação. Por isso, as cenas finais deixam o leitor aflito e sem saber o que esperar – da mesma forma que Claude se sente. Essas páginas finais foram aquelas que conseguiram me emocionar e, finalmente, sentir a dor dos personagens. E, ao mesmo tempo em que mexe com o nosso coração, Jennifer Niven também traz uma dose extra de coragem a Claude, que ao longo de toda a trama buscou a sua própria forma de protagonismo, o seu lugar no mundo.
Sem Ar não é um livro ruim, mas não se diferencia dos muitos outros romances que existem por aí. Não recomendaria como um título pra quem quer entrar em contato com a escrita de Jennifer Niven pela primeira vez, porque sei que ela é capaz de emocionar e envolver muito mais. Mas se você busca um romance coming of age bem focado em primeiras vezes e encantamento com o outro e com o mundo, é bem provável que você possa gostar. 😀
Sem Ar não é um livro cheio de reviravoltas, com uma trama impressionante ou algo do tipo, então não criem muitas expectativas nesse sentido. O que marca realmente é a forma como a autora conduz a história, um clichê de verão perfeito. Não que Claudine Henry concordasse com minha afirmativa anterior, visto que seus planos eram viajar com a melhor amiga antes de irem para a faculdade. Ela realmente não esperava passar um mês inteirinho em uma ilha deserta porque seu pai decidiu que não queria mais ser um homem casado.
Além de ter que lidar com a dor dessa separação — afinal, seus pais nunca brigavam ou davam pistas desse rompimento —, Claude se vê obrigada a acompanhar a mãe nessa viagem para que, de alguma forma, ambas consigam superar o acontecimento. Acontece que a ilha é realmente isolada: não tem sinal de telefone, muito menos wi-fi, portanto, a protagonista realmente acreditava que ficaria sozinha, num limbo, tendo que lidar com milhões de sentimentos... E eis que ela conhece Jeremiah Crew.
Jeremiah Crew... Miah... O garoto dos sonhos de qualquer adolescente, o crush literário que promete conquistar um milhão de corações. Digo com certeza que ele é responsável por Sem Ar ser o que é: uma história sobre se (re)encontrar. A relação entre Miah e Claude é a coisa mais linda de se acompanhar, porque a medida em que ele mostra que, apesar das dificuldades a vida pode sim, ser boa, Claude vai deixando seu perfil de menina mimada e egoísta de lado.
Assim como eu, muitas pessoas podem torcer o nariz para os pensamentos e atitudes de Claudine, principalmente nos primeiros capítulos da trama. Ela é realmente o tipo de garota que só pensa em si mesma, que acha que o mundo gira em torno dela, e muitas vezes perdi a paciência com essas características. A verdade é que, com 26 anos, acabo achando os dramas adolescentes muito exagerados, apesar de entendê-los — afinal, eu também fui uma jovem de 18 anos com os mesmos tipos de problemas, né? Ao mesmo tempo, Claude amadurece e aprende tanto durante o desenvolvimento da trama que, no fim, não foi difícil "aceitar" algumas decisões erradas que ela tomou.
Jennifer Niven gosta bastante de desenvolver temáticas importantes para essa fase da nossa vida, como o fim do Ensino Médio e as incertezas que vêm depois dele, primeiro amor, amizades, sexo e sexualidade... Tudo o que mais gostamos de encontrar em livros voltados para o público jovem. De certa forma, é uma época que a gente se sente muito sufocado, né? Temos que fazer escolhas difíceis, eventualmente dizer "adeus" para as pessoas que nos acompanharam praticamente a vida inteira, enfrentar o desconhecido. A obra representa muito bem esse sentimento de não conseguir respirar, por isso eu amei tanto, e amei o título também.
A autora tem uma forma de escrever única, perceptível em todos os seus livros lançados no Brasil: adora frases de efeito e abusa da atmosfera melancólica, como se desde o início quisesse preparar o leitor para desfechos iminentes. Isso também acontece em Sem Ar, porque vejam só, se o enredo gira em torno de um romance de verão, já começamos a ler sabendo que, ora ou outra, ele vai acabar. Aqui, o que importa de verdade são os aprendizados que vão surgir como resultado dessa situação, que eventualmente serão lembrados no decorrer da vida dos personagens.
Eu precisava dessa história para confirmar que nada na nossa vida tem fim caso a gente queira, porque as memórias ficam para sempre. Tanto que, para Jennifer Niven, Sem Ar é um compilado de momentos que ela mesma viveu, o que deixa tudo ainda mais bonito. Miah e Claude são capazes de arrancar suspiros, mas o que toca mesmo é o fato de ser o retrato perfeito para a autodescoberta. Até então, é definitivamente meu livro preferido da autora.
Oii, hoje trago a indicação do livro Sem Ar da autora Jennifer Niven, uma história intensa e que vai abordar os medos e conflitos vividos durante a adolescência, como a escolha da faculdade e da profissão, as primeiras vezes e a incerteza se as amizades formadas na escola vão permanecer durante o período da universidade.
Claudine Henry está no último ano do ensino médio, aproveitando ao máximo esses últimos momentos ao lado da melhor amiga e planejando uma viagem de despedida antes de partir para a faculdade. Porém, a garota verá toda a sua vida mudar, ao ser informada da separação dos pais e que terá que adiar os planos de viajar com a amiga, pois partirá em breve para uma ilha pouco habitada na companhia de sua mãe.
Perdida e atordoada com o que está vivendo, Claudine desembarca na ilha e inicia uma trajetória de autodescoberta e amadurecimento. Ao seu lado, estará Jeremiah, que anualmente vêm passar o verão na ilha, trabalhando como guia para turistas. Juntos, eles constroem uma conexão muito forte, e aos poucos cada um, vai se abrindo e falando sobre as suas angústias e dores.
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“ Este momento é suficiente. O agora é suficiente. Não precisamos ser mais nada além do agora.”
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Com descrições maravilhosas sobre a ilha e inserindo fatos históricos sobre a formação do arquipélago, meu primeiro contato com a escrita da autora foi ótimo, ela consegue nos transportar para o lugar que a trama é ambientada, bem como nos faz sentir o turbilhão de emoções e descobertas que Claude e Jeremiah estão vivendo.
Ao longo da narrativa, várias cenas me emocionaram bastante, entretanto demorei um pouco para me conectar com os dilemas e problemas que a Claude estava enfrentando, o que tornou o início da trama um pouco arrastado. Porém, preciso destacar que ao ler a carta da autora no final do livro, a história da Claude ganhou uma nova perspectiva, e me deixou bem curiosa para ler os demais livros da Jennifer Niven.
Claudine tem tudo planejado para o fim das aulas, para o verão que irá viajar com a sua melhor amiga antes de ambas irem para faculdades diferentes, em cidades diferentes. Mas nada acontece como planejado, de maneira inesperada os pais se separam e ela vai para um ilha remota com a mãe. Sem telefone, sem internet, uma casa onde seus antepassados viveram e sua mãe tentando se recuperar do baque da separação. Tudo parece horrível, até que Jeremiah entra em cena.
Essa é uma história sobre romance, sobre perda, sobre sentimentos e sobre crescimento. Coisas que quem leu algum dos outros livros de Jennifer Niven sabe que ela domina. Claude é aquela garota cheia de drama, cheia de planos e desejos que tem seu chão arrancado da noite pro dia e precisa encontrar um jeito de se reerguer. Em meio a amizades, amores e medo de mais perdas.
Eu simplesmente ameeeeeeeeeeeeei demais!!!!!!
Todos os livros da Niven até agora tem me pegado de um jeito, não consigo parar de ler.
Adorei, super recomendo (a doida dos romances falando)
Vale a pena gente, real.
É muito difícil se adaptar a grandes e repentinas mudanças na vida. Como nossa protagonista diz, é como se o chão sobre seus pés desaparecesse.
Em Sem Ar, acompanhamos a história de Claude, uma jovem que está terminando o ensino médio e se preparando para ir à faculdade em outro estado, mas antes disso ela deseja fazer uma última viagem de carro com sua melhor amiga, a Saz. Contudo, tudo muda quando seus pais se separam e agora ela precisa ir para uma ilha no meio do nada com sua mãe que tenta seguir após a separação. Ali na ilha ela fica isolada de tudo e todos, afinal não tem sinal de celular, muito menos wi-fi. Nisso ela acaba por conhecer o jovem Miah, um misterioso garoto com um espírito aventureiro e acaba se encantando por ele. Juntos, eles vivem aventuras por toda a ilha, enquanto tentam não se apaixonar, pois, em breve deverão se despedir.
Apesar de a história ter como pano de fundo a descoberta de um romance, trata-se de muito mais do que isso. É uma história sobre tentar se reconstruir, se descobrir e aprender a lidar com as mudanças que temos na nossa vida. É uma história sobre crescer, amadurecer. Vemos varias camadas de abrindo ao decorrer do livro, nos mostrando uma profundidade e um questionamento muito bacana sobre o que é o amor.
Claude é forçada a encarrar uma realidade que quando somos jovens não percebemos. Nossos pais são humanos, e assim como nos eles falham e erram, mesmo quando tentam acertar. Ninguém é perfeito. E tá tudo bem.
A relação com a mãe é muito bacana de se ver sendo desenvolvida, toda a cumplicidade entre as duas, mas principalmente a relação com o pai ensina muito.
Miah é um personagem muito fascinante. Conforme avançamos na história vamos descobrindo mais sobre esse garoto com espírito livre que foi forçado a crescer rápido demais por conta da vida.
Curiosamente a Ilha é um personagem tão importante quanto a protagonista, em alguns momentos até tratada como uma entidade. A descrição do lugar é de tirar o folego, e todo aquele ar de mistério nos deixa curiosos sobre as histórias que existem ali
A narrativa é contada pelo ponto de vista da Claude e a autora soube muito bem transmitir os sentimentos, o que faz a gente se identificar com ela muito facilmente.
Apesar do começo um pouco lento, a história evolui muito bem, mantendo um ritmo muito bom. A autora sabe prender a gente e isso é um ponto muito positivo
No geral é um livro muito bom e uma história muito humana, que tem um final com gosto de quero mais
Sem Ar foi o meu primeiro contato com a autora Jennifer Niven e achei a escrita dela muito tranquila e bonita. Com certeza, é um dos pontos mais altos de do livro. Foi fácil enxergar todos os cenários que a autora descreveu e entender todos os pensamentos da personagem principal.
A estória borda a vários assuntos complexos e importantes, que podem ser bastante significativos, principalmente para os jovens adultos. Também tem um pouco de inclusão, que foi mais focada na sexualidade.
Os personagens são interessantes e imperfeitos. A relação entre a Claude e a mãe dela é de cumplicidade e poderia ter sido mais explorada.
O romance entre Claude e Miah é bonitinho, tipo os dos filmes de comédia romântica. Aliás, o livro tem potencial para ser adaptado para as telas, seria ótimo pode ser todos aqueles cenários maravilhosos e tão bem descritos pela autora.
Pontos importantes da estória:
- As pessoas são imperfeitas;
- Pode ser muito fácil esconder o nosso sofrimento;
- Algumas pessoas podem ser muito importante na nossa vida, mesmo que a sua permanência seja passageira.
Recomendo para pessoas que gostam de romance e jovens adultos.
Uma obra sensível e que emociona mesmo sendo mais adolescente. É uma leitura linear que nos conta muito sobre amadurecimento e primeiras vezes, é um livro que mostra uma jovem descobrindo seu próprio mundo.
A escrita da Jennifer é MUITO ágil e visual. A protagonista fala pelos cotovelos e essa 'divagação' pode ser um pouco enrolada no início, mas quando conhecemos sua personalidade e sua maneira de lidar com os acontecimentos, torna mais fácil a compreensão. Pessoalmente, não acho a melhor obra da autora, mas tem seu mérito. Assumo que já passei da idade de livros teens, mas mesmo assim foi uma boa experiência.
P.S.: É de chorar, só leia se estiver bem emocionalmente.
Fui com altas expectativas por se tratar do livro novo de Jennifer Niven, que fez o maior sucesso com “Por lugares incríveis”. O gênero YA não é muito o meu preferido, mas tenho lido bastante nesse período de isolamento para relaxar.
Confesso que tive dificuldade de me conectar com a personagem no primeiro terço da história – achei uma menina fútil, bobinha, mimada. Mas a partir do momento em que ela descobre que não tem o controle sobre os acontecimentos e que sua vida vai mudar, fiquei mais interessada.
Quando Claude precisa ir com a mãe para uma ilha no meio do nada, sem internet e sinal do celular, ela é obrigada a perceber a natureza, fazer contato com pessoas novas, e tanto tempo sozinha a leva a pensar na vida – na sua e na de seus pais. E acho que essa situação é a responsável pelo amadurecimento daquela menina chatinha do começo do livro, que passa a se preocupar mais com os sentimentos das pessoas (e com os seus), deixa de ser tão inconsequente e se torna mais responsável.
No fim, ao descobrir que o livro é baseado na história pessoal da autora, fiquei mais conectada com tudo o que eu li. É muito difícil descobrir que a gente nem sempre sabe de tudo, nem sempre tem o controle da situação, mesmo que a gente ache que tem. E muitas vezes ficamos sem ar, até achar um porto seguro que nos ajuda a enxergar melhor o que está acontecendo e a achar o nosso caminho em meio ao caos.
Não é um livro que amei, mas gostei. Foi bem levinho e fofo, e a escrita da autora é muito fluida e gostosa de ler. Algumas reações da personagem são exageradas, mas isso é coisa de adolescente, faz parte.
Sem ar- Jennifer Niven
@editoraseguinte
Nota 9
Quando Claudine é obrigada a ir com a mãe para uma ilha paradisíaca, ela não imaginava o tanto de aventurar que iria viver.
A garota tinha alguns planos após a formatura no ensino médio, mas tudo foi pelos ares após uma conversa com seus pais, nesse momento ela viu o chão ser retirado debaixo de seus pés, tendo assim que se reinventar.
Claudine é a típica adolescente em conflito, ou seja, ela passa a atacar na tentativa van de se defender, além de ver as coisas sobre uma óptica mais dura.
Mas a ilha é transformadora, ela consegue dá as mulheres que ali vão um propósito para seguir em frente, apesar de todos os tropeços que surgirem pelo caminho.
Esse foi um livro emocionante para mim, por falar de isolamento, de reinvenção, de reconstrução de sonhos e planos.
Afinal nem todo termino e ruim, algumas perdas vem nos mostra que podemos viver de outra forma, não aceitando apenas o que é conhecido e confortável, mas nós aventurando em um mundo de possibilidades, que podem muitas vezes ser bem melhores do que imaginamos.
E você teve que se reinventar nesse período de isolamento?
#praia #livros #amor #familia #amizade
Um livro sobre amadurecimento!
Olá leitores! Hoje vamos conversar sobre esse lançamento bastante aguardado, afinal, estamos falando de Jennifer Niven, que fez todo mundo chorar com seu aclamado Por Lugares Incríveis. Nesse novo romance, temos a promessa de uma história extremamente pessoal, mas será que foi isso que eu encontrei? Vamos ver!
Em Sem Ar, acompanhamos a mudança brusca da vida de Claudine Henry. A adolescente, que estava vivendo os dramas comuns de qualquer jovem, se vê completamente perdida quando seus pais anunciam o divórcio. Ao invés de fazer uma tão sonhada viagem com sua melhor amiga antes de ir para a faculdade, Claudine se vê obrigada a acompanhar a mãe em uma visita à ilha onde antigos parentes viviam há muito tempo.
Entediada em um lugar remoto sem qualquer conexão com o mundo exterior, Claudie não vê a hora de ir embora até conhecer Jeremiah, um garoto peculiar que a leva para diversas aventuras dentro da ilha. À medida que vão se aproximando cada vez mais, os dois jovens tentam não se apaixonar durante as poucas semanas que têm pela frente. Porém, o amor parece ser a única forma de Claudie tomar as rédeas de seu destino.
Então gente, eu já comecei a leitura da obra certo de que a história seria aquele tipo de romance que nos deixa de ressaca literária, mas confesso que aqui, ao contrário da outra experiência que tive, foi bem difícil se identificar com a protagonista. Claudie é uma menina super mimada que nunca reparou muito nas coisas, desde que tudo lhe fosse dado.
"Sinto meus pulmões falindo. Olho para os degraus de concreto, mas eles não estão mais ali. Entre meus pés e o chão, só tem ar."
Dessa forma, ao descobrir que seus pais vão se separar, a personagem age literalmente como uma criança de 5 anos (ela tem 18, aliás). Tudo bem, a separação é um choque muito grande para qualquer filho, mas vamos combinar que o jeito de lidar com essa situação varia muito com a idade.
Por isso, até a viagem para a ilha, o ritmo de leitura se mostrou bastante lento. Mas a partir do momento que Jeremiah entra na vida de Claudie, as aventuras dos personagens e o desenvolvimento do romance mantém o interesse do leitor pela trama. Ademais, cabe ressaltar que temos alguns personagens secundários bem desenvolvidos, como é o caso de Jared e Wandinha (adorei eles).
"Nunca percebi o quanto somos críticas em relação a nossos corpos. Penso: por que somos tão cruéis com nós mesmas? Por que não ficamos felizes com o que temos?"
Além do plot central, também temos um mistério (seria exagero chamar assim?) envolvendo a família da mãe de Claudie, e isso dá uma profundidade bem vinda à história, sem contar que permite um balanceamento entre os núcleos baseados na separação dos pais e na jornada de descobertas da protagonista.
Quanto à promessa de um aspecto mais intimista: sim, é nítido que Niven deu ênfase para detalhes que provavelmente possuem significado para a autora (da mesma forma que descobrimos isso ao ler os agradecimentos de Por Lugares Incríveis, porém de uma forma bem mais profunda). Inclusive, Jennifer definitivamente sabe como fazer agradecimentos, pois os considero tão bons quanto a historia do livro em si.
"Se preparem para o divórcio e o sofrimento e a traição e para se sentirem completa e absolutamente sozinhos por maior que seja a multidão que os rodeia."
Nas poucas semanas que Claudie fica na ilha, podemos acompanhar a personagem passando por um turbilhão de emoções, principalmente porque a separação dos pais se mistura à sua atração por Jeremiah de uma maneira quase que indissociável. Por outro lado, por mais que seja possível entender as motivações do casal, vê-se que a direção pela qual a narrativa pretende seguir oscila muito no decorrer da leitura, dando uma impressão de instabilidade.
"Ela o ama, e ele não a merece. Ele não merece nenhuma de nós duas."
Temos personagens complexos e cheios de defeitos, e o final...não sei nem muito bem o que dizer. Eu meio que esperava e não esperava aquele desfecho, mas como a autora mudava toda hora os fatos, ficava difícil mesmo de prever. Acho que Niven usou de um escapismo fácil para inclusive dramatizar propositalmente o final da jornada de Claudie? Talvez! Mas o meio do livro conseguiu me deixar com vontade de seguir até o final, principalmente porque temos algumas citações de obras bem legais, e relacionadas com a história.
"A gente sempre acha que vai ter mais tempo."
Em suma, Sem Ar cumpre sua promessa de entregar a história mais pessoal de Jennifer Niven (até porque fica bem mais fácil escrever uma trama quando parte dela realmente aconteceu rsrsrsrs), porém não soa tão visceral quanto a obra que a colocou nos holofotes do mundo literário (infelizmente comparações são inevitáveis, né gente). Claro, contudo, que os temas retratados no livro são bastante pertinentes, embora a falta de linearidade atrapalhe um pouco a absorção de certas mensagens.
Até a próxima resenha!
Não tinha como eu não criar expectativas em um livro dessa mulher que me desidratou com "Por Lugares Incríveis" e me fez surtar com "Juntando os Pedaços". Eu não tinha lido resenha de ninguém, não vi a opinião de ninguém, mas... é JENNIFER NIVEN.
Eu peguei o livro pronta pra ser destruída, e apesar de ser uma leitura fluida, rápida e extremamente agradável, não senti quase nada. Não é um livro ruim, tem uma reflexão bem legal, fez com que eu ficasse parada olhando para o nada algumas vezes e é muito bem construído... Só que eu achei que ela ia rasgar meu coração e eu só fiquei "aham, ta bom, é, legal".
Demorei um tempinho pra engatar na escrita da autora, é um pouco diferente (própria dela), mas depois que pega a coisa vai. Curti bastante esse lance da ilha e a história paralela a principal. A protagonista não me cativou. Não quero diminuir os problemas dela, mas confesso que eu demorei bastante pra começar a me importar. Gostei do Miah e dos outros personagens, porém não morri de amores por nenhum deles.
A única parte que me despertou algum sentimento real foi em relação aos pais da Claudine, realmente doeu esse pedaço. Achei um assunto importante que foi sendo desenvolvido aos poucos e me deixou triste (no bom sentido).
No geral, saio um pouco decepcionada por esperar uma coisa e receber outra. Mas é um bom livro, fluido, rápido e até gostoso de ler. Fiquei presa querendo saber qual ia ser a conclusão daquela história toda e curti. No fim das contas, uma leitura agradável que fica perfeita depois de um livro pesado.