Member Reviews
É um livro que traz uma abordagem sincera e divertida sobre a pressão da mídia e da sociedade em relação à imagem corporal, principalmente das mulheres. A história de Kate, uma produtora de TV envolvida em um reality show de namoro, me fez refletir sobre como somos influenciados pela mídia e como isso afeta nossa autoestima. Com uma mistura perfeita de humor e momentos emocionantes, o livro não apenas me cativou com seus personagens autênticos, mas também me fez pensar sobre a importância de aceitar quem somos verdadeiramente.
Um livro bem gostoso de ler. A protagonista é incrível e não abaixa a cabeça diante dos problemas e adversidades! Simplesmente incrível!Adorei a escrita da autora e espero poder conferir mais obras dela em breve!
Amei a representatividade plus size. Precisamos de mais mocinhas assim, confiantes, que confrontam, que se amam.
Amei o mocinho e amei alguns dos outros rapazes também!
A história é muito boa
Sempre enrolei para ler esse livro, e finalmente consegui ler, e gostei muito.
Recomendo para quem gosta de reality show, esse parece um pouco com casamento às cegas.
Sobre o final: eu meio que esperava que fosse acontecer isso, e até que eu gostei kk.
❝É Pra Casar é o reality show de romance de maior sucesso. Mostra pessoas ‘reais’ em busca do amor — mas, de acordo com seus parâmetros, pessoas gordas não são reais. Nós não somos dignas de atenção. Nós nem sequer existimos.❞
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Quem vê uma das mais famosas influencers de moda plus size não imagina que quando mais nova, ela tentava ser o mais invisível possível. Durante um intercâmbio em Paris, Bea percebeu que precisa expressar para o mundo como é ser uma mulher que gosta de moda e é gorda.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Na estreia da nova temporada do reality “É pra casar” (e após um coração partido e algumas taças de vinho), Bea escreve um texto viral sobre a falta de diversidade do programa. Com a audiência do programa caindo, a produtora vê uma sacada genial para a próxima temporada: transformar Bea na protagonista. No fim ela aceita, vendo sua chance de evidenciar que mulheres com o corpo dela merecem ser principais e também merecem encontrar o amor.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Eu nem sei por onde começar quando o assunto são os 25 meninos. Alguns causaram raiva desde o início, uns foram ganhando meu coração aos poucos e com outros foi amor instantâneo. Como nas melhores histórias, chegou certo ponto que eu estava tão confusa quanto a mocinha, sem saber quem escolher ou o que sentir, porém eu continuei torcendo para o meu favorito e com a esperança que fosse tudo dar certo no final (porque sim, é esse tipo de vibe.)
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
O livro só me decepcionou quando a Bea, que é uma mulher que lutou TANTO para chegar onde está, começa a se sentir insegura, como se não merecesse nada daquilo, a admiração daqueles homens, mesmo sendo inteligentíssima, um sucesso estrondoso e assertiva.
Bea Schumacher é uma blogueira de moda plus size, com muitos amigos, uma família maravilhosa e muitos seguidores. Porém, passou por uma desilusão amorosa.
No outro lado, temos o reality show É para casar, que o/a protagonista vai em busca do seu companheiro entre vários participantes.
Com o seu coração super partido, a Bea recebe a proposta para participar do programa. E ela aceita, sob a condição de não se envolver com ninguém, só para dar mais visibilidade na sua carreira, e inspirar outras mulheres plus size a se aceitarem. Claro que depois que o programa vai acontecendo, muitas surpresas surgem, e tudo pode mudar.
Eu adorei o livro, achei a representatividade como ponto forte, infelizmente, mostrando também a realidade cruel, não podemos utilizar isso como exemplo a ser seguido, mas acredito que possamos aprender, e saber que aquele comentário pode sim magoar a outra pessoa. Não sejamos assim, vamos respeitar as diferenças. O que vale é ser feliz.
E nesse livro, eu até achei que não teria um final feliz, até fiquei muito emocionada. Mas valeu a pena ir até o fim. A Bea se mostrou uma grande mulher de exemplo, e se você é uma plus size, leiam e se identifiquem com ela. Seja feliz, e corra atrás do que você quer e ama vale super a pena! Não deixem ninguém dizer que você não pode e que não consegue. Porque você pode sim, todos nós podemos.
E não vou deixar de comentar que foi só essa representatividade presente, tivemos aqui, até os participantes do reality da Bea, com diversas características para que ela tivesse opção de escolha das mais variadas. Achei isso o máximo também.
Mais uma coisinha que me incomodou, e não dei 5 estrelas por isso… a informalidade das trocas de mensagens, twitter e blogs (notícias e fofocas do reality era toda assim), não sei também se foi a diagramação do ebook que peguei no netgalley. As vezes fiquei perdida quem era quem que estava contando a fofoca, mas mesmo assim amei a leitura!
Super divertida, com várias mensagens importantes. Quem curte chick lit, com certeza tem chances de amar essa história.
"De olho nela", escrito pela Kate Stayman-London, apresenta a história de Bea, um mulher que tem um blog sobre moda e acaba falando sobre um reality show "É pra casar" no qual não vê corpos diferentes e, inclusive, não há nenhum como o seu. Convidada para participar da temporada seguinte, ela mergulha no mundo do romance pelas lentes de diversas câmeras.
Esse é o livro de estreia de Kate e foi uma das melhores leituras do ano, com certeza. Abordando questões importantes sobre relacionamentos, aceitação, amor e como é a vida por trás e na frente das câmeras, a autora consegue nos fazer mergulhar no reality. Cada capítulo corresponde a uma episódio. Você conhece os pretendentes de Bea e pode até mudar a sua torcida no meio do caminho - eu mudei. Há reviravoltas interessantes também, que deixam a narrativa ainda mais instigante.
No entanto, o que mais me chamou atenção foram os recursos que a autora utilizou para deixar a história mais dinâmica. Entre os momentos de contar o que está acontecendo temos postagens de blog, transcrições de mensagens, sequências de tuítes, entrevistas e outros formatos. Isso vai a experiência - pensando que o contexto é um reality - ser ainda mais divertida.
Fiquei bem surpresa, por exemplo, de ver o pedido de Bea sendo descrito, normalmente veríamos algo como "pedi comida" ou algo assim, sem grandes detalhes, mas isso foi importante para a construir a personagem, então por que não detalhar? Assim como os seus tuítes e o seu blog, às vezes é fácil colocar "fulana tem um blog sobre uma temática específica" e ele nunca aparecer. Como ela escreveria? Quais seriam as postagens mais importantes para o momento do livro?
Esse é um livro que você aproveita enquanto lê e também enquanto analisa para escrever melhor. Nos dois quesitos, gostei demais.
Bea Schumacher é uma blogueira plus size que está cansada de só encontrar pessoas com o biotipo magro no reality show É pra casar. Após um momento de loucura, Bea faz algumas postagens, que abrem os olhos dos telespectadores e faz a audiência despencar. A forma da produção de superar isso é trazendo diversidade ao programa e nada melhor ter como protagonista a própria Bea.
⠀
Bea aceita o convite, com uma certeza: não vai se apaixonar, uma vez que sequer superou uma paixão recente, mas será mesmo que ela vai conseguir?
⠀⠀
Tentei ler esse livro meses atrás e não rolou, mas decidi que não desistiria e fiquei muito feliz por ter dado mais uma chance a esse livro.
⠀⠀
Bea é uma personagem com a qual podemos facilmente nos identificar. Ela se aceita do jeito que é, não procura formas milagrosas de emagrecer e quer empoderar outras mulheres, mas ela tem suas inseguranças e os comentários maldosos das pessoas não são fáceis de superar.
⠀⠀
Quando ela entra no reality e conhecer os 25 pretendentes, tive algumas surpresas, mas o mais interessante é como esses pretendentes, mesmo numa curta aparição, contribuem para que Bea cresça e descubra coisas sobre si.
⠀⠀
Um dos pontos positivos da história é a narrativa, que é dividida em episódios, conta com troca de mensagens, publicações em revistas e é extremamente visual. Enquanto lia, imaginava as roupas que a Bea estava usando, os homens que estavam conhecendo e como ela estava se tornando uma mulher ainda mais incrível.
⠀⠀
De olho nela foi uma grata surpresa, que merece ser lida por todos. Não tenho dúvidas que, se você der uma chance, a Bea vai te surpreender.
Primeiro eu preciso dizer o quanto esse livro é espetacular! A autora conseguiu de maneira bem divertida e clara muitos assuntos importantes a serem discutidos. Gordofobia, machismo, a objetificação do corpo da mulher. Tudo isso regado a muita confusão e no meio de um reality show. Durante o programa, conhecemos todos os tipos de homens, dos héteros top mais detestáveis até o desconstruído de Taubaté. Tudo isso e muito mais foi abordado no livro de maneira bastante coerente, e apesar de ter sentido raiva de todos eles em muitos momentos, foi bem legal acompanhar como Bea lidou com tudo.
A maneira como a autora conseguiu retratar como a internet pode destruir e construir a autoestima de uma mulher também foi muito bom. Bea é das melhores protagonistas que eu li esse ano. Humana, cheia de defeitos, mas com um potencial enorme. Recomendo demais esse livro para quem ama reality shows e representatividade.
Bea Schumacher estava passeando em Paris e ao passar em uma loja de rua que vendia roupas, teve sua vida completamente mudada pela vendedora que a atendeu naquele dia. Bea costumava se esconder por conta de seu corpo querendo passar despercebida, mas ela resolveu mudar isso!
Atualmente Bea viaja para desfiles e ficou muito famosa por ter um blog de moda plus size, mas seu coração está completamente parado quando o assunto envolve algo romântico.
Para passar o tempo Bea é completamente viciada em assistir um reality show de relacionamentos, um dia seus comentários no twitter chamam a atenção da produção e os produtores do programa É Pra Casar a chamam para ser a participante da nova edição ... agora ela terá buscar o amor verdadeiro entre vinte pretendentes.
Bea está com o pé atrás devido ao fiasco que aconteceu com Ray - ele foi o grande amor de Bea, mas um dia ele parou de falar com ela e simplesmente sumiu, a deixando extremamente deprimida.
A autora utilizou diversos recursos no decorrer dessa leitura, vamos acompanhando e-mail, trechos de redes sociais, reportagens de jornais/blogs e muito mais. Com uma escrita fluida e uma narrativa envolvente, o leitor vai entendendo como funciona o programa e como a produção não se importa em fazer tudo pela audiência.
Apesar de Bea amar seu corpo, vemos passagens em que o programa a submete a diversas situações comuns que não deveriam ser "problema", mas que tem um peso diferente para uma pessoa gorda, e por causa disso Bea sente o peso do julgamento das pessoas em muitas situações.
A jeito que a narrativa foi construída foi bem interessante e eu gostei bastante de diversos personagens, outros eu odiei profundamente (quem assiste reality show sabe que sempre tem algum insuportável), mas o que mais me deixou confusa em alguns momentos da leitura foi a mudança que ocorreu em Bea.
Em diversos momentos a Bea parecia um pouco imatura e desesperada por um relacionamento, não parecia a Bea que eu conheci em boa parte do livro (confiante e poderosa), então fiquei pensando se eu não estava pesando muito a mão sobre o personagem, afinal a Bea foi submetida a muitas situações em que o julgamento das outras pessoas pesava demais sobre ela.
O livro toca o leitor de diversas formas diferentes e atinge os pontos necessários para fazermos uma grande reflexão sobre como nos vemos e como os outros nos veem, foi uma leitura muito divertida e com alguns plots twist - vários deles bem previsíveis, mas outros foram bem inesperados.
Algumas situações podem ser descritas de modo "caricato", mas levando em conta a nossa sociedade preconceituosa, basicamente tudo o que a Bea sofreu foi algo que alguém já passou em algum momento.
Li o livro em parceria com a editora, o mesmo foi disponibilizado para mim através da plataforma netgalley. Então não farei comentários acerca da edição física, mas posso pelo menos dizer que amei a capa!
Gostei da escrita, dos temas e de todo o conceito do reality show (amo esses reality shows de namoro) mas ficou devendo um pouco no romance para mim.
Infelizmente acabei desistindo do livro pouco depois da metade pois algumas atitudes da Bea me deram raiva e eu optei por terminar esse livro em outro momento. O começo é incrível mas depois parece que a Bea vai perdendo a essência, não sei.
Bea é uma blogueira em crescente fama. Ela dedica seus posts a moda plus size, mostrando sempre o seu amor próprio e também suas inseguranças. #somostodasBea
Em um encontro promovido pelo acaso, essa mulher maravilhosa se reencontra com seu antigo amor de infância. Sim, eles começaram a interagir e isso acaba reacendendo as esperanças de Bea.
“Existem muitos homens por aí que dão uma importância tremenda para magreza das mulheres. Para alguns, é a única coisa que importa. Comissionou esse valor como pessoa pudesse ser medido com uma fita métrica em torno da cintura.”
E nesse meio tempo, ela acaba achando que as coisas vão dar certo, o que não acontece. Já que Ray estava de casamento mercado e de uma hora para outra desaparece outra vez.
Frustrada e desesperançosa novamente, Bea se distrai com com um reality show bastante conveniente ao seu momento.
“Então você não tem namorado?
E passar os únicos quinze segundos de tempo livre que eu tenho lidando com os sentimentos de um homem que deveria fazer isso sozinho, pra começo de conversar? Ah, não mesmo.”
“É Pra Casar” é o nome do programa semanal onde um protagonista, seja homem ou mulher, encontra com 25 pretendentes escolhidos pela produção do programa. Isso vai acontecendo até que um pretendente seja o escolhido para se relacionar e até noivar. Não que todos os casais cheguem muito além do noivado, apesar de haver relatos de alguns casamentos.
Bom, eis que Bea resolve participar do programa, mesmo achando que de nada adiantará sua participação. É nesse processo, enfrentando situações constrangedoras de bullying e críticas nada construtivas, que as coisas começam a tomar um rumo inesperado.
“Eu acho que muitas mulheres plus size se sentem assim no dia a dia. Para nós, uma coisa simples como postar uma selfie com o look do dia é um ato político.”
Bea pretendia falar de diversidade e deslanchar sua carreira, ao contrário disso, ela se enfrenta, sai da sua zona de conforto e fica cara a cara com seus “esqueletos do armário”…
Confesso que essa leitura mexeu um pouco comigo, afinal, nós mulheres temos nossos gatilhos. De Olho Nela é um livro baseado/inspirado em um reality internacional e famoso. Nele acontecem realmente esses encontros. O que é mais perturbador e ao mesmo tempo viciante.
“Ela é uma blogueira de moda que pensa em nós, mulheres, temos que gastar nosso tempo e nosso dinheiro nos embelezando de acordo com os padrões exigidos pelo olhar masculino.”
A gente pode perceber, através dessa ficção muito bem elaborada, o quanto o ser humano é vulnerável mesmo sendo ou achando ser bem resolvido consigo mesmo.
Bea é excepcional! Corajosa, inspiradora, divertida, insegura e outros afins que a faz ser uma mulher tão real quanto nós. Eu me vi sendo amiga íntima de Bea. A Kate fez comparativos reais dos preconceitos, críticas e outras agressões.
“Mas o amor é cego, e os amantes não conseguem ver as tolices que cometem. Você pode passar a vida inteira sem se magoar e nunca ser feliz. Se é isso que você quer.”
De Olho Nela é um livro necessário. Não que ativar gatilhos como: gordofibia, bullying e outras questões tratadas no livro sejam legais. Porém, nós mulheres precisamos aprender a nos posicionar, a não permitir que quem somos vire “piada de mal gosto” e principalmente que nossos sentimentos não estão a venda.
Obrigada editora Paralela, Companhia das Letras e Netgalley pela oportunidade de desfrutar de um livro tão intenso e especial.
“Muita gente pensa que a fama torna a vida mais fácil. – comentou Lauren. – mas todo mundo que já esteve no centro das atenções sabe como é complicado. As pessoas projetam as próprias inseguranças em você – principalmente os homens, aqueles botinhas de autoestima frágil.”
Vocês devem ler essa obra! Sem ou com grandes expectativas. Classificado com 4 estrelas porque é a nota perfeita. Uma leitura cheia de frenesi e reviravoltas de emoções.
Quando vi esse livro sendo divulgado eu já quis ler ele porque afinal o físico da protagonista me representa. Mas fiquei receosa sobre o que iria encontrar. Esse é o terceiro livro que leio com protagonista gorda, e confesso só conheço 4, se alguém souber de outros me indiquem nos comentários. É até uma vergonha termos tão poucos livros com protagonismo gordo em meio a tantas publicações que temos por dia. E não estou falando só dos livros não, quantos filmes com protagonistas gordos você conhece. Só me vem a mente alguns de comédia onde a pessoa gorda serve para fazer as pessoas rir e não mostrar a real situação e não representa ninguém.
Eu já tinha lido um livro com esse mesmo tipo de cenário, um programa onde uma pessoa escolhe alguém para casar entre vários pretendentes e apesar de ser algo que não acredito que funcione realmente no quesito se apaixonar de verdade, é algo que gosto de ler como entretenimento. Como em todo programa de TV, eu acho muito improvável alguma coisa ser real ali. A audiência é quem manda e tudo é manipulado e direcionado para agradar ao publico que está assistindo. A atração é claro que existe, mas o sentimento amor acho bem difícil de acontecer. E no livro mesmo temos várias amostras de como as coisas são manipuladas para levar o publico a sentir o que eles querem pela protagonista.
Mas apesar de meu pé atrás com a realidade da coisa, a história é boa e funciona como um divertimento, já como um livro representativo deixa a desejar em alguns quesitos, mesmo que além da protagonista gorda temos personagens negro, bissexual e um arromântico, o que eu ainda não tinha visto em nenhum livro. E não pude dar nota máxima mesmo tendo gostado bastante porque, eu que não sou tão ligada a moda achei muito chato ter que ver a Bea descrever todas as roupas e acessórios que ela usava, inclusive citando marcas, e achei tudo muito previsível no final. Eu já tinha certeza da "reviravolta" que ia acontecer no programa, já sabia como ele ia terminar e quem seria o escolhido da Bea no final. Que aliás não seria o meu porque odeio homem ciumento. A pessoa vai para um reality com outros 24 candidatos e se acha no direito de ter ciúmes da protagonista? Me poupe.
E agora vou falar de um ponto que vi algumas pessoas comentando que é sobre a desconstrução da Bea durante o programa. Bea é apresentada como uma pessoa empoderada que superou tudo e hoje não liga mais para o que pensam dela. Mas durante o reality ela se mostra diferente, e vi muita gente comentando sobre isso de forma depreciativa. Aqui tenho que falar sobre minha experiência pessoal que é: gente não existe isso de superar ódio gratuito das pessoas. Você pode até fingir que as ofensas e os comentários não machucam, mas machucam sim e dependendo da situação e do momento machuca e muito. Ninguém "supera" ouvir que alguém tem nojo de você por causa do seu peso.
Eu já passei por cada situação que não sei como ainda estou de pé hehe. Eu sempre fui uma pessoa acima do peso e grande mesmo na verdade, antes mesmo de ser gorda. Eu me lembro do constrangimento de ter que ficar na fila dos meninos na escola porque era muito alta para ficar na fila das meninas. Uma vez fui humilhada em uma loja de sapatos porque o 39 ficou apertado e sapato de mulher é só até o 39 segundo a vendedora. Já ouvi que não podia trabalhar com o publico porque minha aparência não era agradavel para os clientes. E fora outras muitas situações que passei como a bulimia que desenvolvi por um tempo tentando me adequar ao padrão que os outros achavam aceitável.
Infelizmente temos uma ideia de que todo gordo é doente e somente quem é magro é saudável. O que não é verdade. Eu conheço muito magro com diabetes, pressão alta, colesterol e triglicérides fora de controle enquanto meus exames vai tudo bem obrigado. E a questão das roupas então? Hoje em dia ainda temos setores plus-size, mas até uns anos atrás comprar roupas era um pesadelo. Se você usa maior que 44 pode esquecer. Ou você vai achar aquela peça horrível que não deveria nem ter sido feita ou vai pagar o dobro do preço. E nem vou falar sobre espaços então, porque alguém já viu o tamanho das catracas dos ônibus? Tudo feito para pessoas magras.
Mas voltando ao livro. Eu entendo cada atitude dela, entendo cada vez que ela chorou ou se fechou, só não entendo porque ela aceitou participar do programa se não entendeu que ela era que mandava na coisa toda. Não era ela que precisava ser aceita, eles é quem tinham que agradar se queriam ser o escolhido. Mas de novo entra a insegurança e rejeição de toda uma vida e a autora foi muito bem em mostrar sem enfeites o que uma pessoa gorda pensa de si mesma. E uma coisa que gostei bastante na narrativa foi que além do texto propriamente dito, temos transcrições de twites, podcast, email, conversas e comentários em redes sociais que ajudaram a deixar a história mais leve. Quanto a capa eu gosto muito. E por fim finalizo a resenha que ficou enorme pedindo que se puderem leiam o livro, sei que vai mudar sua visão sobre o assunto.
O livro “De olho nela” apresenta uma protagonista gorda e branca que se destacou como uma blogueira de moda e por tratar de assuntos preconceituosos, especialmente a gordofobia que infelizmente sofre.
A escrita da autora é incrível, até quando eu estava morrendo de ódio eu me senti conectada com o livro. Não chorei, mas ri é realmente senti o coração quentinho em alguns momentos, enquanto em outros só queria entrar no livro e causar um belo de um estrago.
Mas enfim… li esse livro madrugada adentro e não me arrependo! Incrível!
A narrativa descolada, que mistura ao texto padrão conversas de grupos de fãs do programa apostando em quem Bea vai escolher e várias interações em redes sociais, é dinâmica e super fluida.
Eu que nem sou fã de reality show, me vi presa em cada episódio do É Pra Casar e entendo o apelo deste tipo de programa. Nós ficamos muito próximos da vidas de quem está lá se expondo, acabamos compartilhando seus dilemas e por fim torcendo para que consigam algo bom no final. Claro que dá para ter uma raiva também da atitude de certos participantes.
Eu não sei como é estar na pele de Bea, mas lendo a obra não fiquei indiferente a sua situação. Eu sei que muitas vezes ela mesmo se sabotava, mas é fácil de entender tal reação quando temos medo de sofrer. Independente de ser como ela, acho que por medo, qualquer um de nós acaba relutando para se preservar. Quem nunca deixou de arriscar por ter medo de se machucar?
Bea representa qualquer pessoa que está na busca pela coragem para lutar por seus sonhos, mas que precisa respirar fundo antes de dar um primeiro passo rumo à mudanças. Eu acho que ela se saiu bem na sua jornada, que aprendeu em determinado momento a se amar e se aceitar antes de desejar que os outros fizessem isso por ela. Ver Bea segura de si é algo incrível de se ver e posso dizer que esta leitura nos encoraja a dar uma de Bea e ir além do que achamos que seríamos capazes de ir.
Agora se você quer saber se ela casou com algum participante do programa ou mesmo com o amigo que amou durante anos, vai ter que ler para descobrir. É segredo! Amei De Olho Nela.
Apesar de não ter grandes expectativas, estou feliz por ter me divertido tanto com essa história!
Realmente incrível para qualquer fã de reality shows, gostei da visão e todas as críticas levantadas por Bea sobre nossa sociedade e como é difícil sentir que se encaixa, especialmente sendo uma mulher gorda.
Pra mim, essa é uma leitura autêntica, que me deixou completamente entretida pelo estilo comédia romântica e entregou bastante diversidade. Uma boa escolha pra sair de uma ressaca literária <3
Bea é uma modelo de moda plus size que decide participar de um reality show que tem por objetivo encontrar o amor entre 20 pretendentes. A autora traz a vivência da protagonista de forma realista: os comentários maldosos, o preconceito disfarçado de preocupação com a saúde, a dificuldade em encontrar um parceiro. São cenas que doem na alma, pois sabemos que muitas pessoas enfrentam situações como a da Bea.
A primeira parte do livro é marcada por participantes que não conseguem lidar com o corpo da Bea e são extremamente idiotas. Mas, assim que esses personagens vão sendo eliminados, sobram rapazes bem apaixonantes. É difícil escolher apenas um para torcer.
Além dos textos narrativos, a história é composta por trechos de entrevistas e blogs, Tweets, roteiros, e-mails… isso acontece porque o enredo se passa no meio artístico, tendo como foco um reality show. Essa diversidade torna a experiência de leitura mais completa.
O livro tem muitas cenas que incomodam, machucam, mas que nos ensinam muito. Ao longo do enredo é encantador ver o quanto a protagonista amadurece, torna-se mais confiante. É um livro completo: tem reflexão, romance, muitas reviravoltas, representatividade e um final apaixonante. Recomendo!
Eu gostei bastante do livro e de como o autor abordar certos assuntos. Algumas coisas me irritou na leitura, mas nada que atrapalhasse minha experiência. Super indico para quem gosta de uma leitura leve.
Ler “De olho nela”, de Kate Stayman-London, foi uma experiência com muitos altos e baixos. Infelizmente, me vejo obrigado a dizer que os baixos foram bem mais frequentes. E eu esperava tanto gostar desse livro!
Stayman-London nos apresenta Bea Schumacher, uma blogueira plus-size que se vê no meio de um turbilhão após publicar a crítica sobre o episódio final do reality show É Pra Casar. Do dia para a noite (literalmente, pois ela faz sua publicação logo após o season finale), Bea é lançada nos holofotes com suas críticas fortes à falta de representatividade e diversidade do programa. Alguns dias depois, ela é abordada pela produtora do reality, Lauren Mathers, com a proposta de ser a próxima protagonista da temporada seguinte.
Com a intenção de levar a mensagem da positividade de corpos, Bea aceita a proposta e assina para participar do “É Pra Casar”. E, claro, nem tudo vai ser um conto de fadas, com momentos perfeitos. Em muitas cenas, vemos o mais puro preconceito e a inferiorização da personagem tão somente pelo seu tipo físico. Obviamente, também há momentos ótimos, com mensagens importantes sobre aceitação e não se submeter a padrões impostos.
Contudo, mesmo com uma mensagem central tão forte, como é a questão de aceitação e positivação dos corpos, “De olho nela” acaba pecando muito em manter o leitor interessado. Não foram poucas as vezes em que considerei seriamente desistir desse livro e seguir a vida, porém continuei insistindo. Em suma, o que é possível salvar são apenas algumas cenas breves, mas incríveis, entre Bea e alguns pretendentes, que a fazem se enxergar sob uma ótica melhor que a que ela própria se proporciona, e o final do livro, que entrega o que, provavelmente, é o desejo de muitos leitores.
Os personagens, em sua maioria, também não são fáceis de criar uma ligação com o leitor. A impressão que fica é que são apenas nomes na folha, sem uma real necessidade além de fazer a cena acontecer e após isso deixar de existir.
Por fim, algo que me incomodou profundamente. No primeiro capítulo, Bea está andando por um mercado de pulgas em Paris, durante seu ano de intercâmbio enquanto faz faculdade de História da Arte. Nesse mercado, ela é presenteada com uma capa vermelha por uma vendedora que pede que ela, como pagamento, fale para todos o que perguntarem que a peça é daquele local. Contudo, a dita capa só volta a ser mencionada na história depois da metade do livro, de forma extremamente rápida. Fica a sensação de um furo na história, e ainda por cima um que fica no fundo da mente, sempre incomodando, por querer saber qual era a necessidade (e se era realmente necessária) da cena.
Ainda assim, é um livro que pode ajudar muito na discussão de aceitação do próprio corpo, de como pessoas (especialmente mulheres, que são as mais afetadas por padrões quase impossíveis de corpos) plus-size se vêem e como o apoio da sociedade pode facilitar o caminho. O melhor que posso dizer é: leia e tire suas próprias conclusões, mas esteja preparado para não encontrar tudo o que pode estar esperando.