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Uma leitura um pouco mais difícil. Tem uma história boa mas com final mais ou menos. Toda a ideia do enredo é bem legal, mas não funciona para todos os leitores
Jane e Marnie são amigas desde criança. As duas são opostas, mas ao mesmo tempo têm muito em comum, uma dessas características é o fato de que as duas casaram cedo. A diferença é que a Jane nunca gostou do marido da Marnie e um dia ele morre. Jane sabe de algumas coisas que, se tivesse contado ou feito diferente, talvez tivesse evitado essa morte. Mas será que ela seria capaz de contar a verdade para sua melhor amiga?
Sete mentiras é um livro que promete ser um thriller centrado no mistério da morte do marido da Marnie, mas não é isso que acontece. A história na verdade é mais voltada para a relação de amizade entre as duas personagens, tudo contado pelo ponto de vista da Jane. Sendo assim, o leitor pode entrar naquela de ficar desconfiado de até que ponto o que está sendo contado é real, ainda mais em um livro onde o título se chama “Sete mentiras”.
A ideia da trama é legal, mas para mim não funcionou nem um pouco. O livro tem um pouco mais de 200 páginas, porém, para mim, pareceu que tinha umas 500. Como eu falei, o livro é contado pelo ponto de vista da Jane. Como ela gosta de falar, ela era a escuridão, enquanto a Marnie era a luz. A Jane é uma personagem chata, hipócrita, nada confiável, com atitudes extremamente duvidosas, que deixa a leitura bem entediante. Isso é ruim não só pelas características em si, mas pelo fato de que torna as reviravoltas do livro bem previsíveis.
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O “relato” da Jane, por assim dizer, poderia ser resumido a um conto, pois ela acaba se repetindo bastante durante a narrativa, divagando de muitas formas. Essa questão que citei sobre ela ser a escuridão enquanto a Marnie é a luz se repete várias vezes durante a leitura. Além disso, os personagens secundários são bem desnecessários. Uma irmã que sofre de uma doença que você acredita que é uma, para no fim ficar na dúvida se era aquilo mesmo, uma mãe que sofre de demência e deveria servir de passado conflituoso para a personagem, mas que não ajuda muito e por fim uma repórter…
Essa repórter aparece logo após a morte do marido da Marnie, deixando uma esperança de reviravolta na história, porém, da mesma forma que ela chega de repente, ela vai. Ela se torna uma personagem totalmente sem sentido, se envolvendo em situações aleatórias, que fazem me questionar para que ela foi posta ali. A ideia eu entendo, mas a execução acabou falhando.
Mas, para não citar apenas pontos negativos, a escrita da autora é boa, e me fez lembrar um pouco o livro A garota no trem. Porém, infelizmente, um livro que eu esperava bastante, com uma trama com um bom potencial, acabou decepcionando bastante, com uma história rasa, longa demais e com um personagem bem odioso.
Se eu dissesse que gostei, seria a oitava mentira.
By Fábio Pedreira para o Revelando Sentimentos
Jane e Marnie sempre foram melhores amigas se apoiaram em todas as situações, mas, quando ambas acabam se apaixonando, a amizade delas fica abalada. E isso se agrava quando Marnie se envolve para valer com Charlie, um homem que Jane detesta.
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A história será narrada pela Jane e dividida entre as sete mentiras que ela contou ao longo de sua vida para Marnie.
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O livro tinha tudo para ser o thriller hipnotizante que a sinopse promete, mas ele foi, na verdade, um monólogo um tanto quanto cansativo de uma mulher (Jane) que possuí uma obsessão muito maluca pela outra (Marnie).
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Jane passou por diversas perdas e traumas ao longo da vida e usa isso como justificativa para suas atitudes malucas e para a obsessão que tem por Marnie. A Marnie me pareceu completamente alheia a tudo à sua volta. Algumas coisas estavam debaixo do seu nariz e, ainda assim, ela ignorava.
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O fato é: Charles falece no decorrer do livro e uma jornalista amadora está crente que tem algo além de um simples acidente. O problema é que essa jornalista, Valerie, também é meio obsessiva e não foi trabalhada como deveria.
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Por conta da escolha da narrativa, a obra dá diversas voltas que, em muitos momentos, não nos levam a lugar algum e ficamos passando página atrás de página, apenas nos perguntando quando vai ficar melhor. Para mim, o livro pegou um pouco mais de ritmo em 80% da leitura e o final não foi o suficiente para me fazer superar o cativeiro que vivi na outra parte.
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Se eu recomendo esse livro? Não sei dizer, pois sinto que não podemos falar que um livro não merece ser lido, afinal, as experiências podem ser completamente diferentes, mas, se eu falasse que gostei dessa leitura, estaria compartilhando com vocês a oitava mentira.
Se eu dissesse que não gostei desse livro seria a 8 mentira.
Jane e Marnie são amigas desde o ensino fundamental, apesar de terem um laço forte elas são totalmente o oposto uma da outra. Jane se casou cedo com o amor da sua vida, porém o tempo passado ao seu lado é pouco, pois ele morre em um acidente, enquanto Jane passa pelo luto, Marnie conhece quem seria o seu futuro marido, mas há algo nele que não agrada a Jane, um dia ele morre em um acidente, porém há coisas que Jane poderia ter feito para evitar sua morte, mas será que algum dia ela será capaz de contar a respeito do ocorrido para a sua melhor amiga?
Sete mentiras é a quantidade de mentiras que Jane conta a Marnie, e das quais teria um grande impacto na amizade das duas, no inicio achei que seria um thirller sobre a morte do marido da Marnie, mas foca bastante na amizade das duas pelo ponto de vista de Jane, que para ela é uma amizade verdadeira e sem nada capaz de intervir no laço, porém é uma amizade com possessão, apego e diria até mesmo uma amizade tóxica.
O livro tem pouco mais de 200 páginas, mas eu me envolvi tanto na história que li rapidamente, em muitos momento fiquei aflita, achando que a verdade seria descoberta. E quando eu cheguei no final, eu fiquei abismada, gostei bastante como desenrolou no fim, apesar do livro ter deixado algumas pontas soltas. A Jane sobre por uma obsessão e até traços de sociopatia.
Os personagens são bem desenvolvidos, até parecem que existem na vida real, a trama me envolveu do início ao final.
Será que as coisas poderiam ser sido realmente diferentes se a Jane não tivesse contado a primeira mentira?
SETE MENTIRAS, um livro que mistura drama com suspense (thriller psicológico), é um livro que se deve ler com a expectativa certa. Não vá esperando um thriller cheio de reviravoltas com um final super inesperado de te deixar com queixo caído, pois não é (ou para alguns pode ser). Mas, mesmo assim, não deixa de ser um livro incrível!
SEM SPOILERS!
O livro é narrado na voz de uma das personagens, Jane, como um diário de suas experiências e sensações, em especial tudo relacionado a sua amizade com Marnie.
Elas se conheceram ainda no colegial, desde então são amigas inseparáveis. No entanto, Jane odeia Charles, o marido de Marnie, ela o considera arrogante e machista.
Inesperadamente ele morre e tudo muda, conhecemos sua história, como se conheceram e sua trajetória até o dia fatídico da tragédia. Assim, vamos entendendo o porquê desse ódio todo e como funciona a mente de Jane. Como é narrado por ela, existe a dúvida constante se os fatos ocorreram da forma em que ela os dispõe ou se de alguma forma estão sendo manipulados.
Eu adorei ler esse livro, apesar de ter visto muitos comentários negativos ainda o indico para quem gosta do gênero.
A leitura traz muitos questionamentos sobre família, amizade e temas importantes como distúrbios psicólogos e alimentares, além de ter muuuuitos quotes reflexivos. Eu me envolvi muito com a leitura, por muitas vezes me vi ansiosa para o próximo capítulo e pensando temos uma versão feminina de Joe Goldeberg, personagem da série "You", aqui?
Um thriller psicológico que nos mentem intrigados e tem um ritmo eletrizante, fazendo com que fiquemos cada vez mais curiosos. No entanto, após metade do livro as coisas se perdem e a trama sofre uma queda brusca no ritmo, o suspense já não se sustenta e a nova personagem poderia fazer as coisas melhorarem, mas ela é justamente o motivo de a trama desandar depois de ter alcançado o ponto alto com a morte de Charles (isso não é spoiler, está na sinopse do livro e é o foco do enredo).
*Resenha completa no blog
“Agora, fico pensando, assim como na maioria dos dias: se eu não tivesse contado a primeira mentira, contaria todas as outras? Gosto de dizer para mim mesma que a primeira mentira foi a menos importante de todas. Mas, ironicamente, isso é mentira. Se eu tivesse sido sincera naquela noite de sexta, tudo poderia ter — tudo teria — sido diferente.”
Olá praticantes de Livroterapia 🖤
Sete Mentiras é um thriller da autora Elizabeth Kay, lançada pela Suma aqui no Brasil em Maio.
O livro é contado todo pelo ponto de vista de Jane, uma protagonista em que não podemos confiar, afinal ela já começa o livro falando que mentiu e essas mentiras a levaram até aquele momento, o momento em que o marido de sua melhor amiga está morto e já sabemos que ela o odeia.
Com uma narrativa totalmente parcial, Jane fala sobre seus sentimentos e sua ligação única e especial com Marnie, que tem muitas qualidades e que salvou Jane de uma vida solitária desde que se conheceram ainda crianças.
Conforme Jane, nos conta a história de sua vida e ela vai se defendendo, mostrando que toda a situação criminosa, teve um motivo para ocorrer.
Olha, a sinopse já entrega que o livro é sobre amizade tóxica, sobre uma amizade complicada e obsessão, e nisso ele entregou muita coisa, porém, pecou (pelo menos em minha opinião) com a protagonista. Jane não consegue desperta o mínimo de empatia com sua história, pelo contrário eu fiquei chocada em como ela conseguiu ter a amizade e amor de tantas pessoas aparentemente ótimas e maravilhosas sendo a criatura que ela é.
Obviamente, não falarei mais sobre o que eu detestei tanto nela, pois esse talvez seja o charme do livro para quem o for ler: se revoltar!
“Você entende, não é, que eu não tinha opção? O que eu poderia ter dito? Se tivesse sido sincera, ela talvez tivesse se sentido obrigada a escolher. De qualquer modo, eu estava comprometida, a qualquer custo. E, na época, eu achava que isso significava manobrar a verdade para fazê-la feliz, para mantê-la feliz. Para proteger nossas raízes.”
Achei o ritmo de leitura morno, infelizmente como não desenvolvi apego a nenhum personagem, afinal Jane que conta o livro e ela não é confiável, então tudo o que ela descreveu eu já li com desgosto e achando que era tudo diferente, isso me levou a não torcer pelos personagens em boa parte do livro.
Porém, alguns pontos foram positivos, gostei como aconteceu em si a morte, pois eu não esperava aquilo, senti que poderia acontecer mesmo na vida real, apesar de tudo ser terrível.
Cada parte do livro é sobre uma das mentiras em questão e sobre a verdade, gostei desse detalhe, e o encerramento da história foi no mínimo frustrante e infelizmente mais um ponto que enxerguei bem coisa que aconteceria na vida real! Os detalhes gerais da narrativa são bem legais, temos uma boa trama de drama, e o centro da trama ser essa amizade tóxica, tem seus méritos.
“Acho que eu gostava de ter sido a primeira a encontrar o amor. Sinto-me de falar isso agora, porque parece tão idiota, tão infantil, mas é a verdade...”
É um livro de thriller/suspense leve, existe sim uma pequena parte que envolve a investigação em si, mas é bem pequena, a história realmente gira em torno das divagações de Jane e sobre suas mentiras e emoções.
Teria gostado mais se a Jane fosse uma protagonista mais interessante, com alguma fagulha de luz e não apenas alguém que achei horrível e um desperdício de oxigênio!
Alerta de gatilho: violência emocional.
Espero que gostem e até a próxima.
Jane e Marnie são melhores amigas desde a infância. Elas sempre foram honestas uma com a outra, até que Jane mentiu a primeira vez. Uma mentira se transformou em sete e agora o marido de Marnie está morto. Mas será que se Jane tivesse dito a verdade desde o início, ele ainda estaria vivo?
Narrado por Jane, em Sete Mentiras vamos acompanhar o quanto essa mulher sempre foi obcecada por Marnie. Em alguns momentos eu não sabia dizer se seria amor reprimido, obsessão, inveja ou tudo junto. Jane não consegue conceber a ideia de Marnie ter uma vida em que ela não esteja presente ali do lado de qualquer maneira que seja e isso é bem presente durante toda a narração, mesmo que ela não seja a típica narradora não confiável.
Por ser narrado apenas por Jane, não sabemos muito bem se essa amizade tóxica parte também de Marnie. Só sei que eu finalizei esse livro e não entendi bem essa obsessão de Jane por uma mulher que tem a profundidade de um pires. Todo tempo Jane repetia que Marnie era luz e ela era a escuridão, e o que eu via era só uma mulher tóxica dependente de atenção que achava a luz de vela da Marnie a própria Aurora Boreal da sua vida.
A autora tinha um bom conceito em mãos, mas a história se torna bastante repetitiva e ela divaga demais. Mais ou menos com 50% acontece o grande fato da morte do marido de Marnie e a história dá uma esquentada, mas depois volta pro morno. Há a promessa de uma personagem secundária abalar a vida das duas, e fica somente nisso. Inclusive, essa personagem em si, se fosse retirada da história, não faria a menor falta.
A história narrada por Jane é ela contando sobre sua vida com Marnie para alguém. Não foi muito difícil adivinhar para quem ela estava confessando seus segredos. Nos últimos capítulos somos revelados a identidade do ouvinte, assim como é acontece o grande conflito entre as duas. Particularmente eu achei essa solução um tanto preguiçosa, mas é esse tipo de desfecho que sempre me frusta nos livros do gênero e aqui não foi diferente.
Um livro com um título destes já faz o leitor desconfiar que nada é de fato confiável na história. Sete Mentiras, um dos mais recentes thrillers lançados pela Suma, é neste estilo e faz o leitor ficar preso em sua trama até as últimas páginas.
Sete Mentiras é um thriller psicológico perturbador, cheio de manipulação e obsessão. Eu todo o tempo fiquei imaginando onde as personagens chegariam. Se as mentiras seriam desvendadas ou se aquela relação estranha de amizade iria durar. Fica tudo mais interessante quando surge na história uma jornalista disposta a desmascarar Jane, pois parece que entramos em uma contagem regressiva para algo grande.
Foi uma leitura interessante. Ainda que o desfecho tenha sido menos impactante do que esperei, a história em si me fez cativa durante todo o tempo e gostei da tensão que senti ao acompanhar Jane e como ela me fez pensar sobre relacionamentos em geral.
“Sete Mentiras” chegou como um raio pra mim: a minha vontade de ler era tanta que passei o livro na frente de todos outros (vocês sabem, eu sou a louca do suspense/thriller, então foi natural isso). A história toda se passa com Jane, a narradora, contando em primeira pessoa para alguém (que você só descobre no final da trama quem é) as tais sete únicas mentiras que ela contou, em toda sua vida, para Marnie, sua melhor amiga.
Como Jane muito bem define, ela é a escuridão enquanto Marnie é a luz. Amigas desde a infância, Jane é quase uma sombra na vivacidade que Marnie irradia para todos ao redor delas. Sempre parecendo estar um passo atrás de sua melhor amiga, Jane é contemplada ao conhecer Jonathan, o amor de sua vida. O casamento e a vida alegre que se inicia em seguida parece que irá perdurar a vida inteira e ela deseja o mesmo para Marnie, que conhece Charles, um cara bem-sucedido, bonito, rico e com um futuro brilhante pela frente. E claro que o cara é um cretino porque é isso que podemos esperar do personagem, o que fica claro desde sua primeira aparição.
O começo da história é maravilhoso porque abre caminhos para você criar suas próprias teorias (o que não foi tão bom para mim no final das contas, e logo mais você irá entender o motivo). Enquanto a vida de Jane parece se desintegrar, a vida de Marnie começa a desabrochar mais e mais. Jane despreza Charles, mas Marnie parece não enxergar e foi ai que o livro perdeu o encanto pra mim: enquanto crianças e adolescentes, a forma como elas se apoiaram e estiveram lá uma para a outra pareceu deixar de existir por causa de um homem. Claro, já vimos essa história na vida real, mas, sinceramente, desejei do fundo do meu coração que não fosse o caso aqui.
Jane, como personagem principal, já como dá a voz a qual seguimos na narrativa, é uma personagem que desperta pena porque ela claramente está obcecada com a vida de sua melhor amiga, levando o relacionamento delas para o mais puro suco de toxicidade. Não entendo bem como ela podia continuar investindo em algo que claramente não poderia terminar bem, mas encontrei alento em pensar que ela provavelmente estava passando por um momento bem ruim de sua vida por conta de uma tragédia (a qual obviamente não podei comentar por motivos óbvios de spoilers), mas ai culpei a Marnei por sequer ver a dor que sua melhor amiga passava e não dar a atenção que ela precisava, e cheguei a conclusão que as duas eram ruins uma para a outra e isso me incomodou bastante porque hoje em dia vejo mais atrativo ler enredos com mulheres fortes se apoiando do que mulheres se afastando dessa forma.
A coisa desanda de um jeito que culmina no dia do casamento de Marnie com o seu príncipe encantado (que de encantado não tem nada) e tudo que eu gritava mentalmente enquanto eu lia era: POR QUE VOCÊ NÃO CONVERSA COM A MARNIE, JANE?. E eu entendo, entendo mesmo, o medo que Jane tinha de perder a melhor e mais antiga amiga, a pessoa que realmente a entendia, mas não dá pra ficar frustrada com o rumo que Jane decide lidar com aquela situação. Lá pelo meio do livro, eu comecei a criar uma teoria que era tão boa, mas tão boa (sem falsa modéstia) que eu queria demais que fosse o que acontecesse, mas, infelizmente, o livro vai pelo caminho mais simples e fácil de todos. Se é para resumir as coisas como eu vi no final, digo que uma das personagens é uma cretina e a outra uma idiota.
A narrativa vai em uma crescente de desencontros, desconfianças e falta de dialogo que lá pelas tantas eu só queria que a Jane largasse mão de tudo e fosse cuidar de sua própria vida, mas, para meu desespero, o livro entrega um dos piores finais que li esse ano (o 2º pior, pra ser sincera). O final me frustrou tanto que quase me arrependi de ter lido o livro, mas, lembrando da trama para escrever essa resenha, eu me lembrei do quanto me diverti no começo da leitura, cheia das teorias e isso terminou “salvando” alguma coisa para mim.
E não me entenda errado, mas este é o tipo de resenha que eu detesto fazer. Prefiro muito mais fazer uma resenha morrendo de amores pelo livro do que essa sensação gigantesca de decepção que estou sentindo. E o pior é que eu sei e entendo que a culpa foi toda minha: eu criei expectativas demais em cima desse livro. Falei dele na coluna de lançamentos literários do mês de abril e não menti, eu realmente queria demais ler este livro, e assim que pude colocar minhas mãos em cima dele, cai como uma louca na leitura. Fiz teorias, imaginei, criei caminhos e, no final, me senti traída pela minha expectativa. Talvez você leia e não se sinta como eu me senti, já como cada leitura é uma experiência individual e sentida solitariamente, então comenta comigo se você leu e o que achou do livro!
Jane e Marnie são melhores amigas desde que tinham 11 anos de idade. Enquanto Jane tem uma família que ruiu (com um pai que saiu de casa, uma mãe com demência que nunca lhe deu muita atenção e uma irmã com uma doença terminal), Marnie nunca teve a presença familiar como uma constante (já que tanto seus pais quanto seu irmão são bastante ausentes). Elas encontram uma na outra o apoio, a alegria e o consolo que precisam, até que um elemento importante se coloca entre as duas: o amor romântico, especialmente o de Marnie. Quando ela se apaixona pelo arrogante Charles, Jane passa a odiá-lo da forma mais intensa que podia, e é devido a esse ódio que um novo hábito se inicia entre as duas: as mentiras de Jane.
O livro já nos revela que Charles está morto, e Jane (nossa narradora em primeira pessoa) começa a contar para o leitor tudo que os levou até aquele momento. Ou seja, quem morre não é o mistério da obra, mas como tudo se desenrola para este destino e, posteriormente, os desdobramentos da morte de Charles. Enquanto intercala os acontecimentos em torno da morte, Jane também vai revelando mais sobre si mesma, sobre sua família e sobre sua relação com Marnie. A própria protagonista já viveu um amor como o da amiga, ao se apaixonar e se casar com Jonathan, seu falecido marido. Viver com Jonathan foi o período mais feliz da vida de Jane, mas ele se foi cedo demais, morrendo ao ser atropelado por um motorista alcoolizado. São nesses momentos da leitura que conseguimos sentir empatia por Jane e desejar que as coisas tivessem sido diferentes pra ela. Mas só aí mesmo.
Porque Jane é uma personagem profundamente egoísta e obcecada pela amiga. Ela narra desde o início da história o quanto a conexão das duas é profunda, o quanto esse amor é inabalável e o quanto elas podem se comunicar sem nada precisar ser dito. O problema é que, conforme as páginas avançam, o leitor deixa de acreditar nessa relação, porque não parece ser bem assim. Quanto mais eu lia, mais eu achava que essa amizade tinha um quê de unilateral, alimentada pela obsessão de Jane de ser amada por alguém (já que foi a filha preterida e, quando finalmente encontrou o amor romântico, ela o perdeu). Isso fica mais evidente na forma como Marnie trata Jane, sempre pedindo favores e dando uma sensação de “se aproveitar” da devoção que Jane lhe dedica.
E já que comecei a falar de Marnie, devo dizer que ela é rasa como um pires, tornando impossível pra mim entender a obsessão de Jane. A personagem tem pouquíssima participação ativa na história, sendo descrita apenas pelo olhar enviesado da narradora, e nem sob essa lente encantada eu pude me afeiçoar a Marnie. E o fato dela parecer tirar um certo grau de vantagem da dedicação de Jane também me irritou, mais um elemento que corrobora o quanto essa relação de “amizade” é disfuncional. O terceiro elemento desse “trisal”, Charles, também tem pouquíssimo espaço na trama, e é sempre mostrado pelas lentes de Jane. Ele parece ser um homem bem irritante, de fato, mas não a ponto de merecer o destino que teve. E eu evito ao máximo desacreditar a fala de uma mulher, porque sabemos o quanto a sociedade tenta fazer isso com a gente, mas nesse caso é impossível não ter um receio de que Jane tenha construído uma imagem muito pior dele do que a realidade mostraria, considerando a obsessão dela por Marnie. Quando a vida dos dois se entrelaça por um momento fatal, eu fiquei chocada. Até aquele momento, eu imaginava uma cena acidental e passional, mas o que é revelado é uma frieza inesperada.
Sete Mentiras peca também ao manter o interesse no mistério. Lá pela metade da obra o ponto de virada acontece, mas a trama não consegue manter o ritmo. Achei o livro extremamente lento, enrolado, e não conseguiu me instigar nem me manter absorta na leitura. Além do ritmo cansativo, Sete Mentiras ainda insere uma nova personagem: Valerie, uma jornalista que se propõe a investigar Jane e descobrir seus segredos. O problema é que, assim como ela chega, ela se vai, e não entendemos suas motivações nem os motivos pelos quais ela entra na história. Em relação ao final, gostei de saber com quem Jane estava conversando, mas esse clímax é abrupto e as coisas se desenrolam rápido demais nas últimas páginas, deixando várias pontas soltas.
Como ponto positivo, tem uma discussão que foi abordada muito timidamente na obra, mas que gostei que estivesse lá: a questão de como priorizamos determinados tipos de amor. Para Jane, o amor entre Marnie e ela é enorme, profundo, bem sedimentado – até que o amor romântico chega “para atrapalhar”. Claro, Jane deturpa completamente os limites da relação, mas acho interessante a problematização da personagem de que nós sempre damos mais espaço e importância para o amor romântico, colocando os outros tipos em espaços menores dentro de nossas vidas (seja o amor familiar ou o amor pelos amigos). E especialmente nós, mulheres, somos muuuito incentivadas a colocar nossa energia em encontrar nosso par ideal, em casar e ter filhos, então acho sempre válido quando uma obra nos coloca a questionar esse status quo.
Sete Mentiras fez uma promessa que não cumpriu. As mentiras não são tão relevantes assim e, na minha opinião, não são a causa de tudo que acontece na trama. O mistério não instiga, as personagens são difíceis de engolir e não há nada que realmente te convença sobre aquilo que você está lendo. Pra mim não foi uma experiência tão legal, mas espero que quem opte por ler goste mais do que eu. =)
Não gostei.
Parado, chato e personagens zero empatia por eles.
Não recomendo, amei a ideia mas se perde em detalhes demais.
O que você faria se sua melhor amiga fosse obcecada por você?
Elizabeth Kay @editorasuma
Eu não sabia o que esperar desse livro. Também não sabia que iria gostar dele, ao mesmo tempo em que não gostei. Talvez por isso minha nota não tenha sido 4⭐.
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💬 "–A morte dura mesmo muito tempo, não é?"
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📑 Jane e Marnie se conheceram na escola e são melhores amigas até a vida adulta. Jane agora é viúva e Marnie mora com Charlie. Quando Charlie morre de repente, algumas mentiras de Jane precisam ser reveladas.
Eu devorei cada página desse thriller, que é lançamento da Editora Suma. E a cada página, cada capítulo, cada mentira revelada, eu ficava mais interessada pela história de Jane.
Sete Mentiras é narrado por Jane, que nos conta as sete mentiras que disse para Marnie durante os anos de amizade delas. E já adianto, você com certeza vai se revoltar com algumas coisas que ela conta.
Ela nos conta a versão dela de como era a amizade das duas até a morte de Charlie e o que aconteceu quando ele morreu. Mas não se engane, ninguém aqui é confiável e nós só temos o ponto de vista de Jane.
Um dos pontos que me chamou a atenção durante a leitura foi como a autora conseguiu fazer com que Jane, que é a vilã da história, gerasse empatia no leitor, e eu me peguei algumas vezes desejando que ela conseguisse o que queria apesar de saber que algo ali estava muito errado.
As mentiras inicialmente parecem bobas, mas quando juntas no mesmo contexto, a morte de Charlie, trazem consequências perigosas para quem está a volta de Marnie, além de colocar a vista a obsessão de Jane pela amiga.
Esse é um livro que você não vai conseguir largar até descobrir quais são as sete mentiras. Mas, já adianto que, apesar de toda a história ser ótima, eu não gostei do final, achei que faltou um desfecho melhor para tudo.
Outro ponto que me incomodou foi que em alguns momentos a história se arrastou e não teve aquela tensão que os thrillers tem. Isso pode fazer com que leitores mais experientes no gênero não gostem do livro.
Livro cedido pelo @netgalley
E agora me fala, você já leu Sete Mentiras?