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essa é umas das minhas autoras contemporâneas preferidas. Esse é um ensaio curto falando sobre o processo de luto vivido pela autora na perda do pai. É bem curto, fácil de ler e com alguns trechos bem interessantes. Esperava um pouco mais (mas não sei se isso é um problema do livro ou das minhas expectativas sobre o livro), o fato é que me parece que foram coisas que ela escreveu mais para ela elaborar o luto do que para o publico e alguém pediu pra publicar.

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“A notícia é como um desenraizamento cruel. Ela me arranca do mundo que conheço desde a infância.”

É redundante dizer que o luto é sentido de diferentes formas pelas pessoas. Nos últimos quase três anos, uma quantidade imensa da população mundial teve que enfrentar esse sentimento que provoca reações tão adversas. Mas serei redundante: cada um vivencia o luto à sua maneira. Porém, de certa forma, é reconfortante ver que alguém teve reações semelhantes às suas nessa situação.

Chimamanda Ngozi Adichie, feminista e escritora renomada, conhecida por seus posicionamentos fortes e serenos ao mesmo tempo, perdeu o pai em junho de 2020 e sua reação, acredito eu, não foi a esperada para uma pessoa serena. Saber disso foi justamente o que me confortou e, creio eu novamente, confortou a tantos. Sua reação foi de raiva, inconformidade, tristeza profunda e questionamentos. Sua reação foi a de um ser humano que sente a perda de uma pessoa muito amada.

Em Notas sobre o luto, Chimamanda abre o coração para falar de como recebeu a notícia da morte do pai, em uma época em que o contato era feito por telas. Relembra o modo carinho como ele a chamava, imagina como seria vê-lo mais velhinho e como tudo parecia injusto, já que pessoas mais velhas que ele viviam saudáveis e ele, que era saudável, morreu tão logo. Além disso, questionava como o mundo poderia seguir adiante enquanto o mundo dela ruía.

Foi inevitável não lembrar de meu pai, por diversos motivos. A morte repentina, a ira e os por quês, a irrelevância dos pêsames, como se tudo fosse muito raso perto da dimensão da perda. O pai da Chimamanda morreu em 10 de junho. Meu pai aniversaria em 11 de junho, outra quase coincidência. Mais semelhanças estão na recordação dos conselhos e no riso da família ao lembrar do pai, mesmo no velório, o que justifica uma das lições deste livro-desabafo: a dor é a celebração do amor. Só sente a dor da perda em nível inimaginável quem ama e recebe igual amor.

Para mim, o livro foi um abraço, por compartilhar das mesmas emoções. Fez com que eu não me sentisse sozinha. Pode fazer o mesmo por você.

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Chimamanda é uma escritora incrível. Mesmo sentindo tanta dor frente à morte do pai, consegue colocar isso no papel e nos fazer sentir, chorar junto.

Esse livrinho, onde ela reuniu passagens do luto após a morte do pai, é uma forma de homenagem ao homem que ele foi, aos importância na Nigéria e tudo que ensinou aos filhos. Eu entendo quando ela diz que não é possível que o mundo continue a funcionar depois que alguém tão querido vai embora. Meu pai morreu há 22 anos (já?!), mas eu lembro exatamente dessa sensação.

Como tudo que Chimamanda escreve, essa leitura vale a pena, apesar de ser triste. Eu adiei um pouco a leitura para uma fase mais leve da vida, e acho que se você puder, faça o mesmo - mas leia.

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A única certeza que temos na vida é a morte e ainda assim, uma das maiores dificuldades do ser humano é lidar com perda de alguém que se ama.

Quando soube do lançamento desse livro, não tinha conhecimento de que a autora abordaria os sentimentos descobertos por um luto tão recente, que foi a perda do pai em junho de 2020. Confesso a vocês que só por aí a admirei ainda mais!

Eu sou uma pessoa que tem muita dificuldade de lidar com a morte de pessoas que amo e sequer me imaginaria falando sobre esse sentimento tão complexo, que é a fase de luto, em um período tão curto de tempo. No entanto, é a Chimamanda, não é mesmo? E ela é capaz, sem dúvidas, de externalizar o que ela quiser através das palavras.

"O luto é uma forma cruel de aprendizado. Você aprende como ele pode ser pouco suave, raivoso. Aprende como os pêsames podem soar rasos. Aprende quanto do luto tem a ver com palavras, com a derrota das palavras e com a busca das palavras."

Neste livro tão curto, de 139 páginas, Chimamanda vai compartilhar com seus leitores seus sentimentos com a perda do pai durante a pandemia de Covid no ano de 2020. Seu pai não morreu da doença, mas os aeroportos fechados e o período de distanciamento só fizeram piorar todas as sensações e sentimentos advindos com a perda.

Aqui ela compartilha cada uma das fases do luto: o sentimento de perda, a sensação de perder a pessoa amada com tanto ainda por compartilhar, as memórias que invadem a mente, o vazio por não ter mais aquela pessoa do seu lado, a incapacidade de se viver novas lembranças, o momento do sepultamento, a necessidade de uma despedida final, dentre vários outros aspectos que esse momento acaba trazendo consigo.


"Nós não sabemos como será o nosso luto até o nosso luto acontecer."


Se você já perdeu alguém próximo, que amava, principalmente se foi de uma forma abrupta, é impossível não se identificar com diversas fases do luto que Chimamanda viveu e com a forma como ela coloca toda dor, toda saudade e sentimento de impotência em palavras.

Esse foi um livro que mexeu muito comigo. Escrito de uma forma simples, direta, crua e emocionante, é o tipo de livro curto para se ler aos poucos, sentindo cada uma das mensagens que este carrega em suas páginas.


Esta foi uma daquelas leituras que trouxe muitos sentimentos, que me fez revisitar memórias e sentimentos, trazendo acalento ao final da experiência e é por isso que recomendo hoje esta leitura a todos vocês.

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Parece estranho ter que dar nota a um livro de um relato tão pessoal como o da perda de um pai, mas a Chimamanda consegue em uma obra tão pequena condensar tantos sentimentos e passá-los para quem está lendo. Um pedaço necessário de cultura, luto em tempos de pandemia e ideais familiares.

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Este é um livro que é uma joia profundamente tocada. A autora perde o pai por doença renal em meio a uma pandemia cobiçosa, por não ter podido ficar com ele por muito tempo; sua dor e raiva são palpáveis, suas memórias de seu notável pai são amáveis e amorosas. Também tendo perdido meu pai durante a pandemia, apenas com vergonha de ser vacinado e ter a chance de visitá-lo novamente em pessoa, este livro falou comigo de uma maneira muito pessoal - quando ela escreveu que seu pai era um homem gentil e um cavalheiro Lamento ter lido essa parte do livro durante meu intervalo no trabalho - pois foi exatamente assim que descrevi meu pai no obituário que escrevi sobre ele, e o eco dela me fez chorar. Essas palavras não foram incluídas na versão final de seu obituário, mas serão verdadeiras para sempre. Desculpe ser tão pessoal em uma resenha, mas foi assim que eu experimentei o livro; não importa suas circunstâncias, este é um ótimo texto

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“Uma erosão, uma terrível tromba-d’água que deixou nossa família para sempre deformada. As camadas da perda fazem eu me sentir fina como um papel.”

Desde o final de 2019, poucos meses antes do início da pandemia, tenho convivido de perto com a morte de uma maneira que jamais imaginei ser possível. Nunca perdi tantas pessoas queridas nem nunca vi tantos amigos próximos vivendo essa mesma dor, e por isso quis muito ler Notas sobre o luto para absorver um pouco da sabedoria da Chimamanda.

A necessidade de falar sobre a dor da perda de seu próprio pai em 2020 foi o evento motivador para que a autora escrevesse esse livro curtinho mas tão impactante. Mesmo não tenho morrido por covid, a pandemia fez com que a grande parte dos planos e rituais de luto tradicionais da cultura de sua família fossem alteradas.

"Meu pai se foi. Minha loucura agora vai se revelar.”
O livro traz as fases pelas quais a autora passou começando pela dor da perda, a não-aceitação da ausência, a culpa pela distância, o temor de não poder se despedir por causa das restrições impostas pela pandemia que fechou aeroportos em todo o mundo. E, em meio a tudo isso, ainda aprendemos um pouco da cultura nigeriana e como esse povo lida com seus mortos.

“O luto é uma forma cruel de aprendizado. Você aprende como ele pode ser pouco suave, raivoso. Aprende como os pêsames podem soar rasos. Aprende quanto do luto tem a ver com palavras, com a derrota das palavras e com a busca das palavras. Por que sinto tanta dor e tanto desconforto nas laterais do corpo? É de tanto chorar, dizem. Não sabia que a gente chorava com os músculos”.

Uma leitura que te faz refletir sobre a fugacidade da vida e sobre como lidar com a dor da perda e a certeza da ausência, que mostra o quando somos frágeis e vulneráveis a essa certeza e torna óbvio que precisamos falar sobre o luto, vivê-lo, para depois seguir em frente.

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Esse livro foi uma daquelas leituras para a qual eu precisei me preparar. Ao ler os dois primeiros capítulos me senti entristecida, talvez por à pouco tempo ter visto amigos e conhecidos perderem seus entes queridos.

Entretanto, resolvi retomar sua leitura nesse feriado passado e me encantei com tanta sensibilidade para falar sobre a dor da morte naqueles que ficam. Além disso as reflexões sobre como lidar com a ausência de rituais de despedida afetam o emocional de quem sofre pela morte de um ente querido.

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Um livro curto no qual Chimamanda divide a experiência do luto pela perda do pai de forma direta e honesta.

Há três anos, passei pela primeira vez durante a minha vida adulta pela perda de uma pessoa amada, minha avó, e várias observações da autora ressoaram muito em mim.

Acredito que no atual momento em que vivemos, no qual o mundo inteiro perdeu tantas vidas, ainda mais pessoas possam se encontrar nas páginas desse livro e, talvez, sentir algum conforto nos sentimentos e reações nele representados.

Foi uma leitura fluida e rápida, mas acredito que pode funcionar muito bem ler um pouquinho todo dia também.

Agradeço à Companhia das Letras e ao NetGalley pela leitura da cópia digital antecipada em troca desta resenha sincera.

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Chimamanda parece que nunca irá decepcionar. Esse é mais uma de suas obras impecáveis, que ficará marcada para sempre na memória.

Ela conseguiu imprimir, em um livro curto e fluido, toda a dor e sensibilidade de uma grande perda familiar. Partindo de uma problemática mundial (pandemia, quarentena...), trouxe suas memórias individuais e, assim, conseguiu alcançar nós, leitores, de uma forma muito única.

Amei muito!

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A escrita de Chimamanda e a maneira como ela conta histórias é incrível. Notas sobre o luto relata momentos pessoas da vida da autora, mas que, ainda assim, é possível vincular à nossa própria vida e experiências. Um livro belíssimo.

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Em 2020, Chimamanda viveu a terrível experiência de perder seu pai subitamente em pleno período de isolamento social. O falecimento não teve relação com o Covid-19, mas esse contexto foi crucial no processo de luto da autora, já que sua família foi privada de qualquer tipo de ritual de despedida, e ela própria não pôde estar com seus entes queridos. Ao longo dos capítulos, Chimamanda discorre sobre como foram os primeiros dias e meses depois dessa experiência ao mesmo tempo que rememora fatos importantes sobre o que viveu com seu pai.

Notas Sobre o Luto é um livro que fala, obviamente, sobre o luto. Mas não é só sobre isso: é também sobre a sensação de impotência. A impotência de não ser capaz de impedir a partida, a impotência de não saber lidar com o vazio no peito, a impotência de não poder voltar no tempo. Só quem já viveu essa experiência sabe o quanto um evento assim pode ser transformador, especialmente quando existe uma relação tão próxima e amorosa quanto a que Chimamanda nitidamente tinha com seu pai. A situação por si só já é desoladora, e ter que enfrentar isso “parcialmente sozinha” (nesse caso, me refiro a não poder estar junto da mãe e dos irmãos), faz com que ler sobre o luto de Chimamanda seja profundamente tocante.

Tem uma frase que mexeu muito comigo ao longo da leitura: “nós não sabemos como será o nosso luto até o nosso luto acontecer”. As pessoas podem ficar deprimidas, podem tentar fingir que estão bem, podem ficar agressivas e reativas, podem tentar manter o sorriso no rosto pelo bem dos familiares… há uma infinidade de reações possíveis. Por isso é tão importante respeitar o próprio processo e também o do próximo quando algo assim acontece em uma família. [...]

O que posso afirmar é que Notas Sobre o Luto é um livro curto, mas emocionante e sensível, sobre uma das emoções mais complexas que todos nós vamos viver um dia. Acho que não há nada sobre o qual Chimamanda Ngozi Adichie não consiga escrever, e foi muito bonito poder me sentir próxima da autora mesmo num momento tão delicado. Leitura mais do que recomendada, é claro!

A resenha completa tá lá no blog Infinitas Vidas! ♥

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De certa forma, NOTAS SOBRE O LUTO, é uma bonita homenagem que a escritora faz ao seu pai e, a mesma emociona o leitor, pois todos nós já perdemos alguém (direta ou indiretamente próximo) e já lidamos ou lidaremos com o luto, então o que Chimamanda escreve nesse volume é muito real e pujante.

Recentemente (em junho, 2021) perdi minha avó e foi como perder o chão, o rumo e senti que essa perda desestabilizou toda a nossa família, então poder ler NOTAS SOBRE O LUTO e ver algumas similaridades de sentimentos, mesmo que sejam culturas diferentes e que individualmente temos uma forma particular de lidar com o luto foi bastante emocionante.
É interessante que NOTAS SOBRE O LUTO vai falar sobre a experiência da autora, falar sobre a morte do pai dela, mas ao mesmo tento é um livro de memórias, pois a escritora vai relembrando cenas, histórias, falas e situações que viveu ao lado do pai e é exatamente isso o luto: uma memória de que tudo o que passamos com a pessoa não irá mais se repetir, que fica o vazio e talvez nem sequer tenhamos com quem compartilhar todas aquelas lembranças.

Em contrapartida, Chimamanda nos mostra que o mundo não para para nos ouvir chorar, não parar porque nosso "mundo" se despedaçou e a dor está nos consumido, pois as coisas, o cotidiano continua acontecendo e, de forma automática, também nos vemos movendo as engrenagens e fazendo tudo o que nossa rotina espera.
É difícil nos darmos conta que alguém que nos conhece não está mais entre nós, que nunca mais teremos a presença física dessa pessoa, não ouviremos sua voz, seus conselhos, sua risada e que o mundo ficou realmente mais triste por essa perda, só que ninguém se dá conta disso.

NOTAS SOBRE O LUTO é um livro bonito porque é uma homenagem e uma memória, mas para quem acabou de perder alguém da família (e sabemos que muita gente passa por isso em decorrência do corona vírus e outras enfermidades e acidentes) pode apresentar gatinhos, mas também pode ajudar a superar ou dar os primeiros passos para a aceitação da perda e lidar com o luto da sua maneira.

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Gostei muito do relato da autora, contando um pouco sobre vida dela, a relação que ela tinha com pai. No livro ela conta como ela lidou com luto depois que o pai dela faleceu. Me trouxe muitas emoções, no final só sabemos a extensão desse sentimento de perda, quem passa por isso.
Tenho muitos sentimentos em relação a esse livro, que não consigo nem explicar em palavras, mas resumindo gostei muito do livro e recomendo.

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Imagina perder um ente amado como seu pai, em pleno começo de uma pandemia. Onde todos os aeroportos estavam fechados por conta da quarentena e você sem poder visitar seus parentes num momento como uma perda. Ou sem poder ir ao velório. Esse claro, foi a realidade de muitas pessoas desde que essa pandemia começou. E foi exatamente isso que aconteceu com a Chimamanda.
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Aqui, encontramos relatos crus de uma pessoa que está enfrentando um luto por uma das pessoas que mais ama. Todos nós que já perdemos um ente muito querido na vida, consegue identificar com os relatos dela. Me lembrei exatamente de como me sentia quando perdi minha avó, mas nunca consegui explicar e nem expressar em palavras o tamanho dessa dor.
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Esse foi o meu primeiro contato com a autora e não poderia ter sido um livro mais poderoso que esse para conhecer. Inclusive pode parecer estranho, mas ao longo da leitura me senti lisonjeada pôr a autora ter nos compartilhado relatos tão pessoais de sua vida e de sua família em momento de tamanha dor para ela. Parecia que ela estava se abrindo com o leitor. Que estava ali em pessoa desabafando comigo. E isso pra mim tornou uma leitura super realista , profunda e tocante.
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Não acho que é um livro para todo o público, afinal de contas aqui ela relata a nossa realidade até hoje, de uma pandemia. E principalmente para quem perdeu entes queridos tanto para a doença ou não. É um livro difícil e sem preâmbulos, mas também de tamanha grandeza!

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Sempre me impressiono com a capacidade que Chimamanda Ngozi Adichie tem de impactar, sabem? Apesar que Notas Sobre o Luto é naturalmente impactante, pois se qualquer pessoa que o leia tiver perdido um ente querido, vai se identificar. Eu, por exemplo, perdi meu avô em 2014 e às vezes ainda sinto sua morte, ainda que o sentimento de saudade prevaleça sobre o da dor.

Acredito que existam dois extremos em relação ao conteúdo no geral:
1. Pode servir como gatilho para quem está vivendo o luto, ou
2. Pode tocar profundamente e acalmar o coração de quem perdeu alguém recentemente, na mesma proporção.

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Confesso que eu estava esperando mais, mas ao mesmo tempo não sei como eu poderia esperar mais da dor de uma pessoa, da pra entender?

Chimamanda expõe um de seus lados mais vulneráveis nessas notas e isso é algo que eu admiro demais, porém penso que essas notas só sirvam de algo realmente caso a pessoa esteja em luto (¿). Eu perdi duas pessoas próximas em menos de um mês e acho que se tivesse lido quando elas morreram talvez acabasse aproveitando mais a leitura, mas agora mesmo me emocionando demais eu acabo vendo essas notas mais como uma homenagem a quem o pai dela foi do que realmente algo que eu deveria ter lido. Me parece tão particular.

De qualquer modo, o sentimento de Chimamanda é real e esse foi o modo que ela precisou encontrar para sentir ele da forma que precisava, não vou e nem posso julgar isso. Minha nota reflete mais o que eu senti do que realmente o que foi escrito, não sei se isso ficou compreensível.

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O livro reflete a proposta do título, onde a autora toma notas sobre seu luto enquanto o experiencia na perda do pai; tudo no contexto pandêmico do covid-19. A leitura é rápida e pessoal, relembrando momentos importantes da autora com seu pai e retornando à dor de sua perda.

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Esse foi meu primeiro contato com a Chimamanda e eu não esperava um baque tão grande desse que me ocorreu. Chimamanda escreve de forma primorosa sobre o luto e a perda do pai no meio de uma pandemia, e mesmo assim ela consegue acalentar os nossos corações com a sua escrita. Para quem nunca conheceu seu pai, sai com uma dor no peito como se tivesse conhecido. É um livro doloroso.

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A Chimamanda tem uma das minhas escritas preferidas. Ela sempre tem um livro, um texto, uma palestra com algum tema que vai te tocar e não é diferente com Notas sobre o luto.

As habilidades da autora em passar os sentimentos nunca falha e a dor que ela expressa dá para sentir, eu fiquei bastante tocada. A injustiça dos anos privados ao lado de quem amamos, as condolências que não fazem sentido, até a faceta mais leve do luto é colocada na frente do leitor, num relato que mistura cura e homenagem, mas também confusão diante de uma vida que sempre terá alguém faltando.

Chimamanda tem uma escrita maravilhosa e neste livro tão particular ela expõe suas dores de maneira única, ao mesmo tempo que reflete sentimentos comuns a quem sofreu uma perda. Em tempos de pandemia, creio que essa identificação, infelizmente, é imediata e acho difícil não sair abalada em algum nível após a leitura. Mas também saímos confortados porque sabemos que alguém entende o que sentimos e torna menos solitária a dor.

Notas sobre o luto é um livro que detém vários sentimentos, enfatiza o poder da memória e da família, reforça as ligações afetivas e é um bálsamo necessário em tempos difíceis. Não poderia ter escolhido livro melhor para a #LeituraPreta de maio.

Post original: http://afabricadiversaoearte.blogspot.com/2021/06/resenha-notas-sobre-o-luto.html

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