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⠀⠀⠀Olá, leitores!
⠀⠀⠀Hoje vamos apresentar para vocês mais detalhes do livro escrito por Luke Jennings.
⠀⠀⠀Esse é o segundo volume da famosa trilogia de espionagem que deu origem à série "Killing Eve". Em "Não Existe Amanhã", Villanelle e Eve se preparam para um confronto inesquecível.
⠀⠀⠀Em um quarto de hotel em Veneza, onde acabou de concluir um assassinato de rotina, Villanelle recebe um telefonema tarde da noite.
Eve Polastri, a funcionária do governo inglês que está em seu encalço há meses, conseguiu rastrear um oficial do MI5 a serviço dos Doze e está prestes a levá-lo a interrogatório. Enquanto Eve se prepara para procurar respostas, tentando desesperadamente encaixar as peças de um terrível quebra-cabeça, Villanelle avança para o abate.
⠀⠀⠀O duelo entre as duas mulheres se intensifica, assim como sua obsessão mútua, com a ação passando dos altos picos do Tirol até o coração da Rússia. Eve enfim começa a desvendar o enigma da identidade de sua adversária, e Villanelle se pega correndo riscos cada vez maiores para se aproximar da mulher que pode ser sua ruína.
⠀⠀⠀Um thriller cheio de descrições chocantes e também sensuais, "Não existe amanhã" é brilhante ao narrar a mente psicótica de uma assassina e a caçada apaixonada de sua nêmesis, aproximando duas rivais a ponto de não saberem mais se estão uma contra a outra... ou mais unidas do que nunca.
⠀⠀⠀Lançado em 2021, a obra tem 240 páginas e foi lançada pela Editora Suma.
⠀⠀⠀Para quem curte histórias com muita ação e adrenalina, esse livro é uma ótima opção.
⠀⠀⠀"E, por um instante, ela inveja essa capacidade. Essa habilidade de compartilhar da felicidade de outra pessoa, sofrer com as dores, voar nas asas de emoções verdadeiras em vez de passar a vida fingindo. Mas que perigo, que falta de controle e, em última análise, que trivial. É muito melhor ocupar a cidadela pura e glacial da individualidade."
Eu adorei esse segundo! Tô muito animada pro terceiro!
Esse é bem mais fluido que o primeiro e bem mais insano e corrido, eu adorei demais esse segundo livro!!
A história fisga fácil por desejarmos saber onde as personagens vão chegar. Afirmo que não torço pela queda de Villanelle, mas sim por ver todo o impacto que ela ainda vai causar na vida de Eve.
Até pouco mais de 80% da leitura, eu achei que a história não fosse ter grandes acontecimentos, que fosse ser mais um volume exploratório de sentimentos e emoções de ambas e fui surpreendida positivamente por dois aspectos.
O primeiro é a mudança vertiginosa que se opera em Villanelle. Ela deixa de ser tão insensível, não, a palavra certa seria fria e passa a ser mais inconsequente. Seus desejos a levam a desconsiderar todo o treinamento que teve para ser uma profissional na arte de matar.
E o segundo ponto que surpreendeu e me fez terminar o livro ansiosa demais para ter em mãos o desfecho da trilogia, foi saber que há alguém que é pior que Villanelle nesta história. A virada que a vida dela e de Eve deu, o que aconteceu quando ambas ficaram frente a frente, foi incrível e só posso afirmar que fechou este volume com chave de ouro.
Eve teve um grande desenvolvimento como personagem, mas é Villanelle quem continua roubando a cena e ficando melhor a cada capítulo. Ela é insana, mas se não fosse, esta história perderia toda a graça.
A série é muito empolgante de ler, as duas personagens são fascinantes de seguir, mas Villanelle segue sendo minha favorita da trama.
Um thriller cheio de descrições chocantes e também sensuais, é brilhante ao narrar a mente psicótica de uma assassina.
Atire a primeira pedra aquele leitor que nunca criou um forte apreço por algum autor/personagem de qualquer obra, ao ponto de sentir falta dos mesmos. Foi isso que aconteceu comigo ao conhecer Eve Polastri e Villanelle. Essas duas personagens me conquistaram de uma forma, que foi quase impossível não devorar esse segundo volume da série em uma rapidez incrível (considerando meu ritmo normal de leitura, é claro!).
Nesse segundo volume, temos a continuação do embate dessas duas personagens que me conquistaram. Como falei na resenha anterior, não temos nada de tão inovador em termos de trama ou originalidade das personagens, mas a escrita do autor faz toda a diferença. Ele cria toda uma atmosfera que faz com que o leitor torça até para a vilã da trama. Aliás, as perguntas que ficam são: A vilã é mesmo vilã? Quem está ao lado de Eve ou de Villanelle são confiáveis? Eve e Villanelle estão mesmo em lados opostos? Estou torcendo pelo lado certo? A cada página virada, esses questionamentos vão criando força em nossas mentes, até chegarmos a conclusão de que o melhor é relaxarmos e aproveitarmos essa trama ricamente desenvolvida.
“Em parte, é um anseio por respostas. Quem é a mulher anônima que deixou um rastro tão sangrento pelas partes obscuras do mundo da espionagem? Quem são seus empregadores, o que querem, e como obtiveram uma dimensão tão assustadora de poder e alcance? O mistério e a mulher no centro do enigma tocam uma parte de Eve que ela nunca explorou bem. Será que poderia se transformar em alguém que age como a mulher que é seu alvo? Alguém que mata sem hesitar ou sentir pena? E, se for o caso, o que a levaria a isso?” Posição 536
Apesar de achar que, em alguns pontos, o autor beira o clichê, não deixei esse fator atrapalhar o todo de minha leitura. Mais um ponto para o Luke Jennings. Sim! Vou querer conhecer outros trabalhos dele.
“Quando Lance a deixa em casa, Eve está exausta. Além de furiosa, apreensiva e ligeiramente enjoada pelo cheiro de nicotina no carro de Lance. Uma conversa horrorosa com Richard ainda a aguarda – ele marcou de aparecer no escritório às seis da noite –, mas a confissão mais vergonhosa que precisa fazer é para si mesma. Admitir a facilidade, a forma simples e desdenhosa com que foi enganada. A ingenuidade. A total e absoluta falta de profissionalismo.” Posição 754
Em relação a escrita, só posso dizer que é o ponto mais alto do livro. O autor tem, realmente, o dom de prender o leitor até nos momentos mais “brandos” da trama. E, quando chega em seu ápice, fica impossível largar a leitura até que tudo fique parcialmente resolvido. Outro ponto positivo foi a reviravolta próxima ao final desse volume. Foi algo ao qual não imaginei, sem falar na questão de abrir um enorme leque de possibilidades pra sua continuação (Inclusive já estou querendo pra ontem). Resumindo, fiquei muito feliz em constatar que “Não Existe Amanhã” não sofreu da síndrome do segundo volume, e manteve o mesmo nível do primeiro.
Em relação a parte gráfica, gostei. A capa segue o padrão da série, e não encontrei erros durante a leitura. Nota máxima nesse quesito.
Indico a leitura dessa série aos amantes de um bom thriller policial/investigativo, com pitadas de suspense e conspirações.
Esse é o segundo livro da trilogia Killing Eve. O primeiro foi bem mais introdutório e esse segundo foi bem melhor na parte da ação e da espionagem propriamente dita. E no primeiro a Villanelle chama muito mais a atenção do que a Eve e nesse temos um equilíbrio entre as duas. E o final deixa um gancho enorme para o próximo livro que eu fiquei de cara e preciso ler logo o terceiro. Não assisti a série então não vou fazer comparações.
Um surpresa, eu amei demais o livros a forma como foi abordados certos assuntos, pra quem gosta do gênero, um prato cheio, super indico, quero o físico também
“— E se você atirasse na mão, no pé ou em algum lugar bem doloroso, mas não letal, e dissesse que ia atirar de novo se ele não falasse?
— É uma opção mais inteligente, mas, se você quer a verdade, é melhor não submeter o indivíduo ao choque de um ferimento à bala. As pessoas falam coisas muito estranhas quando estão em choque. O negócio da história com veneno e antídoto é que ele assume a responsabilidade. Ele é que precisa tomar uma decisão difícil, não você. Ele pode acreditar ou não...”
Não existe Amanhã, é o segundo livro da trilogia Killing Eve do autor Luke Jennings que deu origem ao premiado seriado. Com lançamento pela Suma das Letras, é um delicioso livro de suspense e caça entre gatas! (Sim nada de ratos, só gatas por aqui!)
Já temos resenha do primeiro livro da trilogia: Codinome Villanelle aqui e para conhecer minha experiência de leitura, basta clicar na imagem abaixo:
Por se tratar de uma resenha de trilogia, pode conter spoilers do primeiro livro.
No primeiro livro, Luke se focou em nos apresentar Villanelle, seu passado em si teve mais destaque e brilho do que o embate entre ela e a outra protagonista Eve. Contudo o livro foi eficiente em fisgar minha atenção, gostei da escrita do autor e ainda mais do que ficou em aberto: Potencial!
Então agora no segundo livro, só digo uma coisa: EXISTE SIM UM AMANHÃ! Até porque temos a conclusão da trilogia vindo por aí, em um livro chamado Endgame!
Voltando a Não existe Amanhã, temos Eve Polastri seguindo em frente após perder um amigo na caçada a Villanelle, e começando a deixar sua obsessão por ela levar a prioridade em sua vida. Seu casamento, está não vou nem dizer segundo plano, porque tá bem abaixo! Está em um novo emprego, guardando segredo sobre ele e sobre o que faz de todos ao seu redor (achei isso extremamente egoista dela? Achei!), e só se importando em capturar sua assassina profissional! Já Villanelle está ainda mais deliciosa de se ler, treinando uma nova assassina (está que a conhece bem!), ela está a cada vez mais quebrando regras e indo de frente contra sua posição na organização secreta da qual ela é a assassina. Ela também está obcecada por Eve, mas senti que Villanelle tem mais consciência dos motivos dessa obsessão que Eve a princípio.
A trama é bem interessante, apesar de que senti que existe uma exploração ainda mais das personagens femininas de forma sexualizada, isso quando já existia essa exploração no primeiro livro, é que temos algumas cenas descritas para chocar, tanto em pontos sexuais, como violência e crueldade.
Só que isso não me incomodou muito, pois as descrições apesar de BEM gráficas não chegam aos pés do livros Darks que já li! Então, meio que não me chocou muito, contudo, deixo meu aviso de gatilhos!
Apesar de ser um livro de ligação, preparando o terreno para a conclusão no próximo livro, Não existe Amanhã foi bem escrito e a escrita é fluída, os personagens são cativantes. O que pelo menos para mim, foi difícil, pois Villanelle é uma assassina, mas sua complexidade e o modo como nos cativa, é impossível não torcer por ela em vários pontos! (Em vários pontos eu precisei me lembrar: ela é a Vilã! Não tem que dar certo os planos dela!).
“ [...] por um instante, ela inveja essa capacidade. Essa habilidade de compartilhar da felicidade de outra pessoa, sofrer com as dores, voar nas asas de emoções verdadeiras em vez de passar a vida fingindo. Mas que perigo, que falta de controle e, em última análise, que trivial. É muito melhor ocupar a cidadela pura e glacial da individualidade”
Eve senti que apesar de ainda ser uma personagem inteligente e cativante, teve seu brilho ofuscado, principalmente, pelas escolhas dúbias dela e pelo modo como trata o marido. Não é fácil simpatizar com ela em boa parte do livro. Contudo, gostei muito de como foi explorado aos poucos, suas dúvidas e como ela refletiu sobre si mesma e seus desejos durante o livro.
“- Porque está tão afetada por essa mulher perigosamente é letal? Porque as palavras delam a abalam tanto? Aquele V enigmático não é à toa. É um nome, mesmo que não por inteiro. É um presente, assim como a pulseira. Um gesto ao mesmo tempo íntimo, sensual e profundamente hostil. Se me perguntar, eu respondo. Se me chamar, eu vou.”
O final do livro foi eletrizante (e aqui preciso avisar de gatilhos com violência novamente), eu simplesmente preciso do Endgame para ontem! Quero saber como será fechada a trama dessas duas mulheres que o destino e as profissões colocaram como inimigas, mas que ambas se marcaram como algo mais uma para outra.
“- Então você vai morrer. Mais cedo ou mais tarde, a inglesa vai te encontrar.
— Eve Polastri? Quero que ela me encontre. Quero me divertir com ela. Quero prendê-la debaixo da minha pata que nem uma gata brincando com um rato. Quero espetá-la com minhas garras.
— Você é doida.
— Não sou doida. Eu gosto do jogo. E gosto de vencer. Polastri também é uma jogadora, e é por isso que gosto dela.”
Indico o livro para que gosta de um bom suspense, uma trama de caçada internacional entre gatos ferais que acham que a outra é o rato da caçada!
Ps: achei esse livro mais parecido com a série do que o primeiro, mas nem tanto! Ainda não vi as duas últimas temporadas e depois de ler não sei se espero ler o último ou continuo assistindo. Quero ser surpreendida com o livro final... oh dúvida cruel!
Até a próxima!
#ResenhaCDM
E finalmente veio aí a continuação de Codinome Villanelle, livro que li ano passado e que por mais que não tenha superado minhas expectativas, deixou aquela curiosidade no ar. Não sei vocês, mas quando a história termina sem mostrar a que veio fico naquele misto de vontade de ler o próximo e, ao mesmo tempo, querendo jogar pro alto. Dessa vez a vontade de saber o que aconteceria falou mais alto e vim contar o vocês o que achei.
Nesse segundo volume temos uma trama mais empolgante e com muito mais ação do que o primeiro. Eve continua sua caçada à assassina misteriosa e agora está cada vez mais perto de descobrir sua verdadeira identidade. Seguindo as pistas dos assassinatos anteriores em busca de respostas, ela vai acabar descobrindo segredos que colocarão sua vida ainda mais em risco.
Já Villanelle continua cumprindo as ordens que lhe são dadas, mas com uma certa insatisfação. Sua obsessão por Eve é tão grande que nem o trabalho, que antes era tão prazeroso, consegue fazer com que sinta aquela antiga emoção. Ela quer mais, mas como conseguir isso se em sua cabeça é Eve que vem sempre em primeiro lugar?
Não há muito o que falar dessa história sem correr o risco de contar mais do que deveria e estragar a experiência de quem está lendo essa resenha. Portanto, vou me ater apenas ao básico e falar da minha experiência de leitura.
Assim como o primeiro livro, essa também é uma história rápida só que muito mais empolgante. Em Codinome Villanelle achei tudo muito parado e passei a leitura toda esperando o embate das duas. Quando as coisas finalmente começaram a acontecer, o livro simplesmente acabou e deixou aquela sensação de final abrupto.
Em Não Existe Amanhã temos mais ação e dinamismo, coisas que faltaram no primeiro livro. A história tomou um rumo novo e se tornou mais envolvente, com segredos sendo revelados e situações bem inusitadas. Foi uma leitura que entregou muito mais do que eu esperava e surpreendeu.
A única coisa que continua me incomodando é o excesso de descrições que são, em sua maioria, desnecessárias. Elas não quebram o ritmo da leitura, mas eu sou uma pessoa que gosta de ir direto ao ponto, portanto não tenho interesse em saber qual roupa Eve usou ou como é o formato de determinado brinco. Sim, sou chata! Hahahaha
Não Existe Amanhã foi uma continuação muito boa e que me deixou ansiosa pelo próximo livro, principalmente por conta das cenas finais. Fica aqui a minha torcida para que não demore tanto a ser lançado e que seja tão bom quanto esse.
Esse é o segundo volume da trilogia que deu origem a série Killing Eve. Confesso a vocês que não li ainda o primeiro volume, nas isso em nada interferiu na minha experiência de leitura.
A história tem início em um quarto de hotel em nada menos do que Veneza, onde Vilkanelle acabou de assassinar mais um alvo.
Fica claro nesse volume o interesse que ela tem por Eve, ao ponto de protege-la da organização para a qual trabalha.
As duas sentem uma forte atração, algo que as une, mas que ainda não fica claro se é amor, ou se o perigo da situação exerce influência sobre essa relação que se inicia.
Eu amei saber quem estava por trás dos assassinatos, e como as duas foram manipuladas desde o início. Mas a inteligência de ambas combinadas, acabou por prevalecer.
Agora é esperar a reação do serviço dos Doze e do próprio MI5. Só sei que estou torcendo para as duas, espero que elas derrubem ambas as instituições.
Esse é o segundo livro da trilogia “Killing Eve” – sim, os livros que inspiraram a série homônima de bastante sucesso e que aqui no Brasil você encontra no GloboPlay. Já resenhei o livro 1, que se chama “Codinome Villanelle”. O 3º livro se chama “Endgame” em inglês e ainda não foi publicado em português. Os livros foram publicados originalmente em inglês e respectivamente nos anos 2017, 2018 e 2020.
Este é o 2º livro da série e é tido por muitos como o melhor da trilogia, com maior nota no Goodreads e melhores reviews, mas confesso que tive um problema com o meio do enredo – mas calma, já chego lá, vamos do começo: pegamos com Eve lidando com as consequências de tudo que aconteceu no 1º livro e a morte de Simon, seu colega de trabalho e amigo. Seu casamento está cada vez com mais problemas e ela está cada vez mais envolvida com seu “novo” emprego, mas, acima de tudo, ela está cada vez mais obcecada por sua nêmesis: Villanelle.
A trama não é nada mirabolante: Villanelle está fazendo mais um dos seus trabalhos (leia-se: “matar alguém”) e você vê a personagem em seu pleno esplendor, enganando seu alvo de um jeito delicioso e torcendo pela morte dele (porque é isto mesmo que você faz quando está no ponto de vista da personagem: torcendo por seu sucesso, e isto significa matar pessoas. Eu sei, eu sei, inversão de valores, mas é a verdade!), que agora está acompanhada de Lara, a personagem que sabe seu nome verdadeiro e quem ela realmente era.
Tudo parece estar correndo exatamente como a trama do 1º livro: há mentiras por cima de mentiras, agentes duplos, traições, mortes encomendas, mas temos o grande trunfo destes livros: os personagens. Como já falei em diversas outras resenhas, não adianta nada a construção de um mundo incrível e consistente e não haver personagens que te façam vibrar por eles naquela trama, que te faça torcer e sofrer por eles, que você os tenha em seu coração. Aqui, para ser bem sincera, você sabe que há toda uma trama de agências de inteligência e que há um lado dos “mocinhos”, mas você está mesmo é torcendo por Eve e Villanelle: você torce para elas se encontrarem outras vezes, você torce para o jogo de gato-e-rato deles pegar mais fogo ainda, você torce pra tudo pegar fogo com elas no centro.
Entretanto as duas personagens estão cada dia mais e mais próximas uma da outra, tanto fisicamente quanto psicologicamente. O jogo entre elas está escalando rapidamente até o ponto que começamos a entender que os sentimentos delas extrapolaram aquela caçada continua de uma pela outra – Villanelle parece ter mais consciência do que quer de Eve antes desta, mas está ficando cada vez mais claro que as duas estão começando a atravessar aquela velha linha da tensão que está se transformando em outra coisa (e que sabemos muito bem o que é). E, mais uma vez, somos jogados simplesmente no fato de que gostamos e nos importamos tanto com estas personagens que o livro simplesmente funciona. Tanto Eve quanto Villanelle são extremamente inteligentes e aceitam seus destinos com certa facilidade, abraçando quem são e o que querem para si, então se torna natural e fácil para o leitor desejar mais as duas juntas, em todos sentidos.
Mas… eu falei que tive problemas com o “meio” do livro, não foi? Todo o meio do livro, a “reviravolta”, a traição, o que aconteceu, parece uma repetição sim, de “Codinome Villanelle”. E, pior ainda, existiu certa parte do livro que me incomodou fisicamente mesmo: o autor escreveu uma certa parte para chocar – pelo menos foi a sensação que me passou –, e olha que eu não estou falando da morte espetacular que Villanelle faz quase no final do livro. Essa morte é gráfica, muito gráfica, e se você tem problemas com cenas de corpos em pedaços e afins, você ficará incomodado. Só que eu falo mesmo de uma cena com Villanelle que me pareceu simplesmente dispensável e criada só para mostrar que ela quebra as regras, coisa que já sabemos desde sempre. Não havia motivos para mostrar a excitação da personagem desta forma, e me peguei pensando se não havia um certo problema com isto. Gostaria muito que alguém que leu o livro viesse conversa comigo sobre ele para ver se minha visão está toda errada ou não.
E dai você pode ficar surpreso: “Como assim o meio do livro teve problemas tão marcantes e este é considerado o melhor livro da trilogia?” e eu te respondo bem simples: por causa do quarto final do livro. Meus amigos, que final. Eu estou escrevendo isso e ainda vibrando com as páginas finais deste livro porque estou imaginando o que vai acontecer no próximo (e último) livro. E eu sei, parece um argumento tão bobo falar que um livro vale a pena pela reviravolta do final do livro, mas foi algo bastante genial do autor, e, sinceramente, quanto mais eu penso, mais genial eu acho que foi porque… eu não posso falar o que eu gostaria de falar porque daria pistas do que acontece, mas eu afirmo que está nas nossas caras, desde começo. Quando isto aconteceu, eu gargalhei, porque eu estava tão “morna” com o meio do livro, então chegou este final e… BUM. Na minha cara.
E, de novo, no meio disto tudo, você se pega torcendo por Villanelle e Eve com todo seu coração. Eu ainda não vi a série, mas, sinceramente, depois deste livro e desse enredo, eu quero muito ver como foi feita a transição para a tela pequena (e confesso que tenho medo porque já me decepcionei tanto com seriados, mas essa reviravolta seria deliciosa demais de se assistir). Definitivamente há um amanhã sim, e eu quero muito estar nele para saber como a história desta duas mulheres fortes irá se encerrar – e eu torço, do fundo do meu coração, que sejam juntas, explodindo o mundo, ricas e tomando champanhe em qualquer lugar do mundo.
Acredito que esse livro não faz meu estilo, solicitei e não curti muito...
Desejo boas leituras aos leitores, comigo não funcionou :(
Reencontrar Eve e Vilanelle foi uma delicia. Eu, sinceramente, amo livros que envolvem espionagem, mas aqui temos ainda mais, a começar pelas ambientações maravilhosas que nos fazem viajar pelo continente Europeu, em locais como Itália, Inglaterra, Áustria e um pulinho na Rússia, até a relação entre as duas personagens, pelas quais, contra todo bom senso moral, torcemos, por ser, simplesmente, inevitável não fazê-lo. Numa fluidez maravilhosa, descobrimos segredos, tramas políticas e atividades que escapam ao olhar dos relês mortais. Embora o sangue seja parte da trama, as cenas não são feitas para forte impacto, o que torna os livros possíveis para um público mais amplo. Nossas personagens, em sua oposição, também nos mostram a importância de admitirmos quem somos, em totalidade, e os momentos de total perspectiva pelos quais passamos na vida.