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Os sofrimentos do jovem Werther, de Goethe.
“Quando sentimos falta de nós mesmos, todo o resto nos faz falta.”
Clássico marcado pela onda de suicídios que “causou” à época da publicação, a obra narra, sobretudo por meio de cartas, o amor arrebatador de um jovem por outra jovem. Conhecemos Werther em sua mentalidade e doçura que, muito rápido, deturpa-se e adoece.
Reflexiva e curta, a história logo nos enlaça em uma teia de associações que na mente de um romântico que se isola em seu afeto, confunde a leveza do amor com o aprisionamento do ideal - este, abrindo margem para um distanciamento doentio da realidade. Apresenta claramente os riscos dos parâmetros distorcidos de amor numa mente imatura e frágil.
Em se tratando de um livro que discorre sobre temáticas delicadas, é importante escolhê-lo nos momentos certos; simpatizar com Werther não deveria atravessar a linha da identificação com ele e por isso, faz-se necessário o cuidado com a leitura. É, por outro lado, um retrato declarado da importância de dar ouvidos aos gestos e falas que apontam para o risco do suicídio e como fazer pouco caso destes sinais pode ser fatal.
Com escrita belíssima, um dos pontos altos [em minha concepção] é a demonstração dos males causados por “amores” unilaterais: tão idealizados e bonitos em teoria, porém tão perigosos em termos concretos.
“Os sofrimentos do jovem Werther” é um livro bonito, que pode nos envolver em nossas próprias fragilidades; acaba sendo uma experiência de análise de si e de mundo: É, portando, altamente indicada, embora sempre com cuidado e a percepção dos momentos certos para leituras específicas.
Um dos clássicos mais bem conhecidos, pela história controversa que o livro carrega e pela moção causada na época de seu lançamento.
Foi uma experiência e tanto finalmente poder ler.
Comunica bem com a forma como podemos nos colocar em lugares escuros por nos deixar levar por sentimentos.
A edição tem excelentes textos de apoio, sem falar na tradução bem trabalhada.
Depois de ler esse clássico,pude entender o por que de ser um clássico. Realemnte um livro muito bem escrito, que faz jus a seu sucesso. Fiquei surpresa ao me deparar com o formato epistolar. Um romance alemão que deixa a gente com gostinho de quero mais.