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Jane Eyre é uma obra que encanta. A trajetória de Jane, uma órfã resiliente que enfrenta adversidades com coragem e integridade, é inspiradora. Sua história de amor com o enigmático Sr. Rochester é complexa e envolvente, desafiando as convenções sociais da época. A escrita cativante de Brontë e a forte personalidade de Jane fazem deste livro uma leitura especial, ressoando com temas de independência, moralidade e paixão.

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Livro dificil de falar a respeito - a protagonista, Jane Eyre foge um tanto dos padrões da época por acreditar que homem e mulher são iguais e portanto ela não deveria se submeter a ser tratada como alguém inferior.
Apesar de o livro ser muito conhecido pela sua mensagem feminista e à frente de seu tempo, acredito que as reviews e estudiosos sobre ele não avaliam o fato de Jane também ser um pouco "quebrada" e portando, alguém abusiva.

O livro me ganhou aos poucos por conta de seus elementos góticos que puxam mais para o horror, mas o romance eu acho fraco.

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Jane Eyre é um romance de formação, onde acompanhamos nossa protagonista que não teve uma infância fácil e ao perder os pais e se tornar órfã, ela precisou ir morar com alguns parentes que não nutriam qualquer empatia pela garota. Até ela ser enviada para um colégio interno
.
Jane possui o desejo de ser independente e isso causa estranheza às pessoas devido aos costumes da época. Quando se torna adulta, ela aceita a oferta de emprego em uma mansão, como governanta.

O tempo vai passando e Jane vai conhecendo o misterioso proprietário da mansão, o Sr Edward Rochester. E assim, ela acaba nutrindo uma paixão. Porém, Jane compreende que seu padrão é dono de um comportamento rude e distante e há algo de estranho ali.

Jane é uma personagem que me cativou, ela fortificou sua inteligência com livros, e se preparou para lidar com o mundo através do senso crítico adquirido com eles. Sua jornada não é nada fácil, com todo sofrimento que podemos pensar, ela é uma sobrevivente.

Uma leitura intensa e perturbadora que segura o leitor a cada página. A autora mostra questões fortes e importantes pertinentes à época e que, infelizmente são bem atuais também.

Um livro poderoso.

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Jane ficou órfã e foi parar em Gateshead Hall, na casa dos tios. Porém seu tio falece. Sobrando a tia e os primos que não a suportam. Tornando curta sua temporada nessa casa.

Sendo enviada então, para Lowood aos 11 anos, um colégio interno onde passa 8 anos de sua vida. Sendo dois deles como professora. Um lugar que mais uma vez ela comeu o pão que o diabo amassou ( como diria minha mãe rsrsrs )

Porém após algumas tragédias e despedidas ela percebe que chegou a hora de sair dali e enfrentar o mundo por conta própria.

E foi aí que ela foi parar em Thornfield Hall , na propriedade de Mister Rochester como preceptora de uma garotinha

Mister Rochester é um homem de feições brutas (feio rsrsrs ) mas que irá conquistar o coração de Jane. Porem seus mistérios á colocará em uma situação constrangedora. Mudando toda sua trajetória mais uma vez.

É uma grande verdade: “a beleza está nos olhos de quem olha.”

Que livro, senhores e senhoras. Um clássico com mais de 500 páginas, mas que você devora rapidamente. E com um linguagem que achei bem menos complicada que de Jane Austen.

Em uma história que nos faz ter raiva, dó e por diversas vezes vontade de abraçar a personagem. Com críticas pontuais sobre o tratamento que é dado as mulheres da época.

Têm-se as mulheres como entes passivos; e elas, todavia, sentem tanto quanto os homens. Tanto quanto os seus irmãos, necessitam de campo onde exercitem as suas faculdades. As mulheres penam nos constrangimentos exagerados, na inércia absoluta, precisamente como os homens sofreriam nas mesmas condições. E é pobreza de espírito dos seus privilegiados companheiros dizer que elas devem limitar-se a fazer pudins, cerzir meias, tocar piano e bordar almofadas. Condená-las, ou ridicularizá-las se agem ou aprendem mais do que o preconceito permite ao seu sexo — constitui uma insensatez.”

Em Reviravoltas que são uma verdadeira montanha russa de sentimentos.

Jane Eyre é uma personagem formidável e com uma resiliência muito grande. Que mesmo nas dificuldades não se deixou abater, nem trair suas convicções e perder sua fé.

Com certeza uma mocinha que entra para meu ranking de favoritas da vida.

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O livro é um clássico de uma autora internacionalmente conhecida que ultrapassa décadas.
Interessei-me em ler Jane Austen por conta dos elogios de Virginia Woolf, e acredito que para julgar esse livro é preciso considerar todo o contexto e a pessoa por quem ele foi escrito.
É incrível que uma mulher tenha tido "um teto todo seu" em um período tao problemático e misógino para desenvolver essa obra que é inegavelmente um clássico muitíssimo bem elaborado.

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E voltamos aos clássicos que tanto amamos! Já fazia um tempo que queria ler este livro, um romance e também uma referência ao feminismo para alguns. Um livro intimista e profundo que pensa e ao mesmo tempo crítica aspectos de sua sociedade. Um romance excitante e provocador que encanta e prende desde o início. Todas as expectativas que tinha foram superadas, não é à toa que o clássica transcendeu as gerações e impacta até hoje. Minha vontade era de entrar e viver a história, pois não bastava ser abraçada por ela através das páginas. É uma leitura longa, mas vale a pena, caso não esteja acostumado reserve um tempo a mais para este, recomendo os clássicos e este se tornou um dos meus favoritos!
Keila Alves
Leituras S.A.

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Após ler O Morro dos Ventos Uivantes, eu não poderia deixar de me aventurar agora na outra irmã Brontë. Com uma narrativa bem diferente, a autora nos entrega um livro que conta toda a história de Jane Eyre, uma órfã que lutou para buscar o seu espaço nesse mundo.

O início do livro mostra Jane com apenas dez anos. Nós entendemos seu círculo familiar, seus impulsos e as marcas que ela carregou por causa do seu passado. Praticamente expulsa e largada em um colégio para garotas, a protagonista tenta traçar uma nova vida, uma em que o peso dos estigmas não estivessem sobre ela. Lá Jane cresce, faz amigos, passa por dificuldades e aprende sobre o luto.

Essa primeira parte da história é mais lenta e tive um pouco de dificuldade para engrenar a leitura. Contudo, após a passagem de tempo, temos uma Jane Eyre adulta, pronta para se aventurar no mundo, trabalhar e conhecer novas pessoas. É no seu novo emprego que ela se apaixona pela primeira vez, enfrenta novos dilemas e é confrontada contra seus próprios princípios.

Assim como sua irmã, Charlotte Bronte não nos entrega um romance fofo ou bonito. A história é cheio de arestas onde você se pega em dúvida em relação aos seus sentimentos, ao curso da história de Jane e aos personagens que aparecem, principalmente tratando-se do interesse amorosos dela. Apesar de mais leve que O morro dos ventos uivantes, Jane Eyre também vem para nos confrontar e nos dividir. Mas, mais do que isso, essa protagonista vem para nos ensinar e inspirar - acredito que essa seja a maior diferença. É impossível não nos energizar com a força de Jane Eyre, mesmo em vivendo em um tempo onde mulheres não tinham voz e estavam à mercê dos homens ou empregadores. Ela é uma protagonista além do seu tempo, feminista e que luta por seus princípios ao invés de ceder ao que querem impor a ela.

Isso não significa que a jornada de Jane Eyre é fácil, mas nos mostra que vale a pena não abrirmos mão de quem nós somos, nem mesmo por um amor.

O livro é uma história fora da caixinha e cheia de reviravoltas. Apesar do final "conto de fadas", acredito que a mensagem que Jane passa é muito maior do que qualquer conclusão que a história tenha tomado. Sinto-me grata por ter a oportunidade de passar por essa experiência de leitura.

E, tratando-se da edição, não poderia deixar de elogiar as discussões inclusas pela editora. Recomendo muito.

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O livro segue a história de Jane Eyre, uma jovem órfã que teve uma infância difícil, e agora, na vida adulta, se muda para trabalhar em Thornfield Hall como preceptora de uma menina chamada Adèle. Entretanto, um segredo sombrio sobre essa família irá mudar os rumos da vida de Jane da forma mais inesperada.

Jane Eyre se tornou o meu livro clássico favorito. É impossível não se emocionar e nem sentir empatia pela história de Jane: sua infância difícil, a família que a detestava (em especial a esposa do tio), os maus tratos na escola, e os desafios que Jane enfrenta buscando sua independência financeira na vida adulta.

Um dos pontos em comum nos desafios que Jane enfrenta na vida adulta, além da busca pela independência financeira, é o desejo de escapar do controle dos homens. Em Thornfield Hall, Jane escapa da proposta de casamento do Sr. Rochester, pois ele é um homem rico e ela sabe que, caso aceite casar-se com ele, estará para sempre fadada a um relacionamento "desigual", devido a grande discrepância entre a condição social dos dois (além das questões relacionadas ao segredo do Sr. Rochester). Já em Marsh End, Jane escapa de uma segunda proposta de casamento, dessa vez de John Rivers, homem este que deseja ter Jane não só como esposa mas como um objeto de absoluto controle, que obedeça todas as suas ordens e acate todos os seus desejos.

Em resumo, Jane Eyre narra a história de uma mulher que busca a liberdade em todos os âmbitos de sua vida: liberdade financeira, intelectual e emocional Esse livro nada mais é do que a história de uma mulher que não se contentou com as condições impostas à ela desde pequena, uma mulher que não se conforma e que luta até conseguir o que quer, que é se soltar das amarras que a sociedade tenta lhe laçar. Jane Eyre é temperamental, corajosa e admirável, e uma das personagens mais marcantes da literatura.

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