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O livro, acima de tudo, foi um lembrete pra mim de como a vida passa em segundos e que só sentimos falta das pequenas coisas quando não as temos mais. Neste livro, a Djamila conta sobre a sua jornada e sua vida para a avó que já faleceu, dona Antônia. Fala de momentos em que sofreu racismo e das conquistas ao longo dos anos, entrelaçando a sua vida com a de sua mãe e a da avó.

Nisso, ela se utilizará de cartas para manter uma conversa íntima com a avó – conversa essa que somos presenteados ao observá-la. São palavras calorosas, mas também doloridas.

Ler "Cartas para minha avó" me trouxe sentimentos que não imaginava. Lembrar da minha própria avó paterna foi um deles, e isso me desequilibrou em grande parte da leitura, pois as dúvidas que Djamila sentia em torno da vida de sua avó são as mesmas que eu comecei a sentir após a leitura.

Mas, diferente da Djamila, nunca conversei diretamente com a minha avó, nunca criei um laço com ela antes de perdê-la, e isso fez com que o livro se tornasse ainda mais um peso; um peso daqueles que machuca o peito e nos deixa sem respirar, sufocados demais até para falar. Talvez também por causa disso esse tenha se tornado o meu livro preferido da autora e um dos favoritos da minha vida. Gostaria muito de ler trechos dele para minha avó, de mostrar que ciclos podem ser quebrados e que sua vivência ficará marcada em todos nós.

Djamila usou de palavras intensas e momentos íntimos, cartas que ferem e cartas que emocionam e alegram. Ela soube me deixar ávida pela próxima página, pela próxima carta. Me fez interessada em sua jornada, em sua vivência. Sei que minha avó não poderá ler esse livro, mas mantenho a esperança de que vocês irão. Independentemente da sua relação com livros de não-ficção, esse se torna obrigatório para qualquer leitor que deseja se conectar com suas raízes e consigo mesmo.

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“Cartas para minha avó” é uma coletânea de cartas escritas por Djamila Ribeiro para a sua querida avó, Antônia.

Por meio destas cartas, conheceremos de forma mais íntima sobre a família de Djamila e sobre todo o seu caminho até os dias de hoje. Neste livro você não irá conhecer a filósofa, e sim a neta, a filha e a mãe.

Fico impressionada como é difícil falar sobre um livro que amamos, ainda mais quando é um livro de não ficção. Eu já era fã da autora, mas depois deste livro virei uma admiradora. Por diversas vezes senti meu coração apertado, pois me vi muitas vezes em seu lugar, principalmente quando ela relata sobre a própria infância.

Se prepare para conhecer o pedacinho de todas as etapas da vida de Djamila, seja na infância, na escola, o seu primeiro amor, sua primeira decepção em vários campos da vida, as dores por crescer em um país racista e machista, as conquistas no meio acadêmico e toda a sua relevância até os dias de hoje.

A forma que as cartas são escritas para a senhora Antônia consegue nos transparecer todo o carinho e amor que Djamila sente por ela, por seus pais, filha e amigas.

“Cartas para minha avó” é um livro emocionante, doloroso, mas que trás uma esperança de um futuro melhor. Recomendo muito o livro para os leitores da autora, pois foge um pouco dos seus outros trabalhos, e também para aqueles que ainda não leu nada dela.

Um livro forte, sensível, emocionante e que toca na alma.

Djamila, agradeço pela sua coragem e por nos permitir te conhecer tão intimamente. Depois de ler “Cartas para minha avó” me sinto uma amiga próxima.

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A autora constrói uma espécie de biografia familiar, passando pelas experiências de sua infância e o conhecimento que tem da vivência das mulheres de sua família, em um tom bastante intimista, diria até confessional, como se a autora se transbordasse em confidências.

Antes de mais nada, preciso dizer que minha leitura é a de uma mulher branca, cuja vivência difere completamente da autora e, portanto, que toma conhecimento dessas histórias apenas pelo olhar do outro e por análises mais robustas de especialistas e militantes. Assim, para uma visão mais profunda da obra e dos temas abordados por ela, recomendo a leitura de pessoas que se dedicam a esses temas, além, é claro, da obra em si e das demais publicadas por Djamila Ribeiro.

A partir das cartas, conhecemos episódios muito importantes da vida da autora, em que a convivência familiar, nem sempre fácil, e muitas outras relações humanas são permeadas, muitas vezes, por questões raciais e de gênero. Muitos dos acontecimentos são marcados por dor e preconceitos, e outros tantos, por amor e compreensão.

Em Cartas para Minha Avó, Djamila discute o estereótipo que se criou em nossa sociedade, que sempre coloca a mulher negra em um de dois extremos: a mulher subalternizada ou uma deusa, ambas afastando sua condição de humanidade, dizendo-lhe que ela deve sempre ser forte, nunca chorar ou sentir dor, nunca mostrar-se vulnerável.

É evidente, em cada linha, o abismo entre as realidades branca e negra, em detalhes que muitas vezes passam despercebidos aos nossos olhos privilegiados, como a forma de se comportar diante da polícia, a exclusão em ambientes sociais e acadêmicos, a sensação de não pertencimento reforçada a cada situação racista.

Por conta dessa realidade bruta, Djamila julga que sua criação fora mais enérgica do que seria a de crianças brancas: por um lado, sua família tinha a intenção de para prepará-la e aos irmãos para a vida que se apresentaria sem misericórdia e, por outro, porque seus pais também eram frutos dessa violência.

É interessante observar na obra um destaque para a intersecção entre questões raciais e de gênero, demonstrado no livro através do relacionamento entre os pais de Djamila e de seus próprios. A forma como a mulher negra ainda é vista pela sociedade é fora de padrões estéticos "aceitáveis" para ser amada, porém um objeto para saciar os desejos masculinos. Quando em um relacionamento, à mulher estaria destinado o lugar de mãe, esposa e dona de casa, totalmente submissa e objeto de posse do marido.

Claro que existem também as questões intrínsecas aos relacionamentos humanos em geral, como desentendimentos familiares, como o fato de, por ter uma vida de menor escassez que o resto da família, o núcleo de Djamila era alvo das fofocas dos parentes, o que custou muito à sua mãe. Além, é claro, dos relacionamentos dentro do núcleo familiar, que nem sempre são tranquilos. Porém, com uma boa dose de compreensão com o comportamento e a história da família, a relação de Djamila com a mãe mudou bastante, permitindo mesmo que a esta se abrisse mais com sua caçula.

Cartas para Minha Avó pode ser lido em diversas camadas. Aqui, optei por evidenciar a camada das questões raciais, passando brevemente pelas questões de gênero, bandeiras levantadas pela autora. Porém, a camada das relações familiares, especialmente no que se refere à ancestralidade e às mulheres que vieram antes de nós também dá muito o que pensar.

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Eu sempre gostei muito de cartas, desde minha infância e acho isso foi a coisa que primeiro me atraiu ao escolher essa leitura, que foi uma das mais intensas que já experimentei, pela grande carga emocional que carrega.
A autora traz relatos extremamente pessoais de sua trajetória, desde a infância até os dias de hoje. E com suas palavras sentimos um misto de sentimentos, o que me levou as lágrimas em diversos momentos de tão tocado foi meu coração. E é bastante complicado colocar no papel toda emoção que senti durante a leitura.
Em forma de cartas, Djamila mostra como o racismo e machismo fizeram parte de seu contexto familiar e o quanto isso impactou em sua vida. Ela ainda aborda questões sobre o luto, a maternidade, a ancestralidade e a vida profissional. E, principalmente, sobre o amor.
As cartas são destinada à sua avó, mas é como fosse para nós. Proporcionando assim, um sentimento acolhedor e a certeza de que nossas ações podem sim, mudar o mundo.
Recomendo demais essa leitura.

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Resenha Sandra Martins

Todes nós vemos diários bem mais comumente do que um livro com cartas. Esse ano, Djamila Ribeiro lançou o tocante e excelente “cartas para minha avó”, um relato emocionante sobre a grande matriarca de sua família. A mulher que foi o alicerce e a inspiração.

É com esse livro que Djamila presta uma homenagem belíssima à sua avó, Dona Antônia. E através das cartas, Djamila conta um pouco de sua história e da história de sua avó.

Nas suas cartas, a autora dialoga com a mulher Antônia, não somente com a pessoa que é a sua avó. Ela busca entender o contexto em que a avó vivia, a luta pela preservação dos costumes do ancestrais, seu posicionamento com visões feministas (resguardada a época) e a peleja contra o racismo.

Mas cartas também descobrimos a mulher Djamila. A que é a filha modelo, inteligente, posicionada, assertiva, amorosa. A mulher que decidiu fazer uma faculdade numa cidade diferente pra recomeçar a vida acadêmica. A mulher que se tornou referência na causa antirracista e uma grande filósofa.

Essa foi minha segunda e mais uma vez, excelente leitura das palavras de Djamila Ribeiro. Seus livros são ensinamentos e recomendo demais!

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Cartas para minha avó é um livro sensível e que sua leitura fluí de maneira rápida, porém, as reflexões que nos desperta não são passageiras. Djamila ao contar sua história através das cartas para a avó nos evoca um sentimento de nostalgia, ainda que em muitos momentos sua história seja tão diferente dá nossa. E é exatamente nessas diferenças que ela aborda temas como racismo, feminismo, machismo, sexualidade e outros temas que apesar dos avanços recentes ainda são tratadas com tabu.

Diferente do Pequeno Manual Antirracista, Cartas para minha avó nos apresenta o ser humano e não apenas a filósofa, professora e militante feminista e antirracista que Djamila é. Ao conhecemos um pouco da sua origem através da sua análise de 4 gerações de mulheres da sua família é notável de onde vem a garra, resiliência e a paixão por defender aquilo que ela acredite, e ainda que você não conheça o trabalho da autora, este livro é uma ótima maneira de começar.

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Hoje vai ser lançado esse livro incrível, no qual a autora Djamila Ribeiro, relata em primeira mão sua relação de afeto com sua avó, além da sua experiência com o racismo estrutural, que vítima de forma física e emocional, diversas pessoas em nosso país.

Djamila era criança, e já notava que o tratamento que suas professoras davam para suas colegas brancas era diferente do direcionado a ela.

O que amenizava a dor, dessa injustiça, era o afeto que sua avó lhe dedicava. Criando nela memórias afetivas intensas, que sobreviveram ao tempo e as provações que ainda estavam por vir.

Foi interessante perceber, como o tratamento adocicado que sua vó lhe dedicava era diferente do tratamento rígido com que criou os próprios filhos.

Esse é um livro potente, que aborda diversos assuntos importantes, de uma forma direta, porém sensível. Em muitos momentos me emocionei, com as passagens, cada lembrança vivida que a autora tinha ali relatado.

Vale muito a pena a leitura, recomendo demais.
Vocês já leram algo da autora?

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Até hoje, eu só havia lido um livro da Djamila. Agora quero ler todos os que ela já publicou. Fiquei encantada com a forma com que ela narra fatos tão delicados de sua vida, de maneira envolvente e encantadora.

Em alguns momentos parecia que eu já fazia parte de sua família, de tão próximo que ficamos de tudo que ela nos conta.

Uma escrita deliciosa e carregada de temas tão importantes, como antirracismo, ancestralidade e feminismo.

Amei.

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Djamila Ribeiro é uma escritora que se tornou conhecida escrevendo textos mais próximos da linha acadêmica, falando sobre feminismo e racismo. “Cartas para a minha avó” é um relato autobiográfico que não foge dos temas que a fizeram conhecida e ao mesmo tempo envolve os leitores em sua jornada.


O título do livro é literal, Djamila escreve cartas para sua avó, já falecida, contando sobre sua juventude, sua vida adulta, as diversas formas de violência que viveu por ser negra, por ser mulher e por ser mulher negra. São relatos que mostram a realidade racista e misógina brasileira, tema dos outros livros de Djamila, e ao mesmo tempo reverenciam a ancestralidade.

É uma leitura que transborda saudade. A falta e a importância da avó e também dos pais na sua formação, como suas lições e proteções formaram a mulher e escritora que ela é. É impossível ler as páginas e não pensar em nossa própria ancestralidade, em como nossa historia moldou quem somos, nos apontou caminhos e, muitas vezes, nos protegeu dos perigos.
“Cartas para minha avó” nos faz acompanhar Djamila em uma jornada que a transformou em escritora referencia. Nos aproxima dela e deixa seus textos anteriores ainda mais potentes, como se conhecendo a jornada os livros anteriores ganhassem ainda mais força.

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Esse livro me deu um quentinho no coração... nossa, amei demais. Djamila Ribeiro perdeu a avó muito cedo, aos treze anos, e resolveu contar a história da sua própria vida como se estivesse enviando cartas para a avó, contando todos os momentos importantes que ela gostaria de ter dividido com a avó. Me identifiquei muito porque tive duas avós maravilhosas e muito importantes na minha vida, que certamente ajudaram na formação de quem eu sou. Duas mulheres que lutaram muito, cada uma a sua maneira, contra as noções arcaicas e machistas de que mulher não podia fazer um monte de coisas. Duas leitoras, que me indicavam muitos livros e gostavam de conversar sobre as leituras depois. Mas eu convivi bastante com elas - uma morreu quando eu tinha 27 anos, a outra quando eu tinha 32.
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E aí Djamila resolveu contar a sua história para a avó. E que história bonita, e ao mesmo tempo quanta luta! Ela fala muito sobre o quanto o racismo sempre esteve presente na vida dela, desde pequena. Que cruel isso. Do quanto precisou provar tantas e tantas vezes que podia estudar, podia trabalhar, mesmo tendo uma filha pequena - juro que passei e ainda passo por isso. Como é difícil ser mulher, negra, e ainda por cima mãe! Temos que provar o tempo todo pra sociedade que somos capazes. Por ser em formato de cartas para a avó, a escrita tem um tom bem intimista, bem acolhedor. Muito gostoso de ler.
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Da mesma autora, já tinha lido "Quem tem medo do feminismo negro?", mas os dois livros são bem diferentes. Que mulher interessante, inteligente, e que escreve com tanta sensibilidade! Sério, foi muito gostoso ler esse livro, leiam também.

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"De alguma forma, escrever para você me conectou ainda mais com minha ancestralidade. Hoje já não choro de dor. Sinto saudade, como não? E lembro com alegria dos momentos que tivemos."
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📖 Neste livro, a filósofa Djamila Ribeiro revisita sua infância e adolescência para discutir temas como ancestralidade negra e os desafios de criar filhos numa sociedade racista. O relato se dá na forma de cartas a sua saudosa avó Antônia – carinhosa e amorosa, conhecedora de ervas curativas e benzedeira muito requisitada.
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🗨️ Essa é a obra mais pessoal publicado pela autora de "Pequeno manual antirracista". Em "Cartas para minha avó", Djamila relembra momentos da sua vida em cartas dedicadas à sua avó já falecida. Imagino como deve ter sido emocionante para a autora resgatar momentos tão íntimos e registrá-los nas páginas de um livro, contar memórias para alguém que não está mais aqui, mas que você gostaria muito que estivesse. É um relato que proporciona também reflexões sobre ancestralidade, feminismo e antirracismo. É inevitável ler o livro e não pensar na nossa própria história, nas nossas origens e no aconchego que só um colo de uma avô é capaz de proporcionar.
Por @varlene.santos
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📋Ficha Técnica:
🔹Título: Cartas para minha avó
🔹Autora: Djamila Ribeiro
🔹Ano: 2021
🔹Editora: Companhia das Letras
🔹N° páginas: 200
🔹Avaliação: ⭐⭐⭐⭐

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Adoro a escrita da Djamila Ribeiro. Cartas para minha avó foi uma grata surpresa, pois foi o meu primeiro contato com sua escrita não teórica. Impossível não se emocionar com as cartas e histórias contadas para a avó; durante a leitura me identifiquei com algumas situações e, claro, lembrei de minhas avós. Um livro muito bonito, mal posso esperar para tê-lo em versão física.

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Foi impossível começar a leitura dessas cartas e não dar uma parada para divagar um pouco logo nas primeiras páginas e lembrar da minha vó Dorinha (avó paterna), que teve um papel especial na minha infância e adolescência.

A casa dos meus pais era quase em frente a casa dos meus avôs paternos e eu passava mais tempo lá do que em casa. Até que que aos poucos fui levando cada vez mais roupas e afins e me mudei de vez. E devo ter passado uns bons três ou quatro anos por lá. Na verdade morava nas duas casas, e era uma delícia.

Minha avó era aquela vó das histórias infantis, carinhosa, que fazia sempre comidas gostosas, contava muitas histórias e fazia renda de bilro numa ligeireza que me deixava fascinada com a facilidade em criar rendas lindíssimas pra enfeitar os meus vestidos.

Mas vamos ao livro, outro dia tive o privilégio de participar de um bate papo com a autora organizado pela Cia das Letras e fiquei encantada com a simpatia e facilidade que a autora tem em deixar todos envolvidos e interessados na conversa.

Ainda não conhecia a escrita dela e ao ouvir um pouco sobre este livro a vontade de ler foi imediata e assim que o tive em mãos li rapidamente.

Os relatos de uma vida vivida em meio ao preconceito, onde o cuidado com a aparência e o comportamento ainda na infância precisava ser redobrado, como explicar essas exigências necessárias a uma criança sem marcar negativamente?

Me doeu quando ela contou o episódio em que as coleguinhas da escola não deixaram que ela brincasse com suas bonecas porque ela sendo negra não poderia ser mãe de uma boneca branca.

O perigo do assédio, os xingamentos na escola e na rua, tudo contado com uma sensibilidade e delicadeza, mas que mesmo assim choca e causa um incômodo necessário de ser sentido.

Ela também fala da importância de manter a ancestralidade viva na sua trajetória e na educação de sua filha. A força da fé e da religião através dos momentos em que sentiu a proteção de seus ancestrais em momentos decisivos de sua trajetória.

Enfim, um livro lindo, tocante de poucas páginas, mas de conteúdo forte e profundo. Recomendo!

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Djamila narra nesse livro cartas que escreve para sua avó que ja faleceu, contando como está a sua vida e como sua avó e sua mãe fazem falta no decorrer da sua trajetória. Muito tocante o livro, emocionante o carinho da autora com as mulheres da sua família. Lindo o livro.

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