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O autor famosíssimo por seu conhecimento e amor pela leitura faz digressões, reflexões sobre livros e a cultura acumulada por eles enquanto conta a história pessoal dele encaixotando seus livros numa casa na França e indo para mais outra mudança. Algo que já fiz com os meus mais de 2000 livros, quando me mudei duas vezes. Um sentimento sui generis que o autor descreve em palavras e temas de sua biblioteca indisciplinada, como são as bibliotecas dos grandes bibliófilos. Recomendo, neste ensejo, a leitura dos livros de José Mindlin, nosso maior bibliófilo.

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Sabe aqueles livros que a gente quer grifar quase todas as linhas dele? Assim foi a vontade que tive ao ler Encaixotando minha biblioteca, do bibliófilo argentino Alberto Manguel.

Alberto Manguel é um grande escritor argentino que tem uma paixão pelo mundo dos livros. Já escreveu diversos títulos sobre a temática e o mundo dos livros, da leitura, das bibliotecas e do ser leitor. É um escritor erudito, com um conhecimento vasto de mundo e um grande colecionador de obras.

Encaixotando a biblioteca: 10 digressões e uma elegia é um livro que irá contar as reflexões do autor sobre o processo que teve ao ter que desmontar e encaixotar a sua biblioteca na casa em que vivia na França quando estava de mudança para morar no Canadá.

Sua biblioteca montada em um espaço anexo a casa possui mais de 35 mil exemplares. Eu fiquei de cara que Manguel tem a mesma quantidade de livros que a biblioteca onde trabalho. É muito livro, gente!

Não tem como uma pessoa que não ame tanto livros e bibliotecas não gostar desse livro. Eu queria grifar todas as falas e percepções do autor. Acho que teria grifado o livro todo.

O livro é curto, não há nada muito elaborado na escrita apesar do grande conhecimento que Manguel possui ao longo de sua vida. Eu me senti representada em diversas passagens do livro, principalmente sobre bibliotecas. Compartilho de boa parte de suas opiniões e posições sobre elas.

Encaixotando minha biblioteca foi o primeiro livro do autor que realmente li. Aqui na estante tenho os livros Uma história da leitura e também O leitor como metáfora: O viajante, a torre e a traça e sou louca para ler A biblioteca à noite (que não tenho). Apesar dos livros na estante, nunca tinha tempo necessário para ler, mas aí com esse lançamento mais recente a curiosidade foi bem maior e acabei me aventurando na leitura (e amando, por sinal).

Encaixotando minha biblioteca é o tipo de livro que todos os amantes de livros, bibliotecas e de leitura em si precisam ler e talvez, quem sabe, até ter na estante. É presente para aqueles que possuem uma relação muito afetuosa com as obras literárias e as palavras que ali estão. Se você é um apaixonado por livros que falam desse amor, esse é o seu livro. E ainda aproveito e deixo aqui a minha indicação de leitura de outros livros do Alberto Manguel. Garanto que não se arrependerá.

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Gostei bastante. É uma conversa sobre livros e sobre memórias, o que com certeza me encantou e fez devorar a leitura numa única tarde. É uma narrativa fluída, como se fosse uma conversa com o autor. Indispensável para quem assim como eu, trabalham e apreciam livros.

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Um livro escrito por um apaixonado por literatura e perfeito para quem também aprecia a arte de colecionar e conhecer livros. O autor segue a narrativa de sua vida, da sedução pelo amor à leitura à construção e descontrução de sua biblioteca em Paris até seu trabalho como Diretor Geral da Biblioteca Pública de Buenos Aires, usando esses diferentes momentos como ponto de partida para diversas digressões sobre os mais diversos temas ligados à leitura e à escrita, desde a análise filosófica do significado da linguagem até a importância das bibliotecas como repositórios da moral popular. Ao se perder em suas tangentes - o próprio autor admite que não tem um plano de escrita, apenas se entregando às reflexões -, o livro emula uma biblioteca particular: caótico e personalíssimo.

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Um livro maduro e muito reflexivo sobre a nossa relação com os livros, com a palavra escrita, que apesar de curtinho, foi capaz de me deixar com muitos ensinamentos.
O impacto de uma casa com livros é tão grande na nossa memoria e formação individual , e não consigo imaginar o que seria de mim sem eles. O autor descreve com propriedade como o livro se encaixa na rotina, na memoria, em como a palavra constrói o nosso mundo. As estantes se tornam extensões da mente, da nossa existência, e foi especial poder compreender, por meio d autor, a minha própria experiência com a minha estante

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