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O corpo de um empresário é encontrado em um carro na chuva, um cenário que remete aos filmes policiais do início do século passado, porém em uma rua do Rio de Janeiro. Espinosa um detetive com ares noir vive refletindo sobre a vida sentado nos bancos da Praça Mauá. Ele é um pensador, um filósofo, quase nada que o caracterize como um detetive, a não se ter que descobrir quem é o assassino..

O desenvolvimento do livro é bom, ainda que o final e a descoberta do assassino tenham sido meio mornas. Mas, o que importa é o percurso e ele é delicioso.

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<i>Obrigada à Companhia das Letras e ao Netgalley pela cópia para resenha do livro!</i>

O Silêncio da Chuva começa com um estouro: de cara, uma cena de suicídio, desorientando o leitor, que espera homicídios em romances policiais. A partir daí, a trama toma rumos inesperados por cerca de um terço do livro, mas a execução das diferentes linhas narrativas é, infelizmente, frustrante e insatisfatória.
Se, por um lado, é interessante a forma com que o Inspetor Espinosa se deixa levar por devaneios acerca das circunstâncias do crime - certamente em referência tanto ao autor, professor de Filosofia, quanto ao sobrenome do personagem -, por outro é difícil crer que certas possibilidades óbvias escapem a um suposto profissional com anos na polícia. Com menos da metade da leitura, já me parecia óbvio quem era o assassino, o que me deixou intrigada para saber como os demais personagens estariam envolvidos no desenrolar da história: como uma arma de Tchekhov, espera-se que, uma vez introduzido um elemento, ele venha a ter relevância posterior. Ledo engano: vários personagens são usados como distração pouco efetiva, mas abandonados sem nenhuma resolução com o desfecho da trama. Para completar, as referências a Bartleby, o Escrivão, de Melville, são soltas aqui e ali também sem qualquer reflexo real na história.
O clima noir e a ambientação no Rio de Janeiro dão charme à narrativa, mas é difícil fechar os olhos a uma série de problemas, como a cansativa caracterização das mulheres - todas, sem exceção, retratadas como objetos de atração sexual, mesmo a inteligência sendo mero fator extra de sedução -, as atitudes pouco realistas dos personagens e a bizarra conclusão do caso, com uma das cenas mais absurdas que já li num suspense. Uma pena que um livro que comece de forma tão promissora seja tão decepcionante.
Para quem tiver interesse em ler um noir realmente envolvente e inteligente, recomendo O Jardim de Bronze, do argentino Gustavo Malajovich.

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O livro é muito bom foi uma surpresa, super recomendo, agora quero um físico na estante. Se querer uma leitura rápida, esse é o livro.

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O Silêncio da Chuva é um clássico livro de romance policial, com o benefício para os leitores brasileiros que sua trama se passa no Rio de Janeiro, e a escrita fluida do autor nos leva a bairros famosos e torna a trama muito próxima de nossa realidade. O autor opta por trazer uma narrativa mais focada nos dramas pessoais dos personagens e a investigações estão com foco no desafio mental.



O personagem principal é o Inspetor de Polícia Espinoza, ele não é um detetive gênio, introspectivo ou galante como normalmente lemos por aí, ele é aquele personagem que espelha um homem comum, que trabalha duro, que se esforça e usa sua inteligência muito mais do que força pra solucionar seus casos. E principalmente, ele luta para permanecer incorruptível em meio a muita coisa errada. E para torná-lo ainda mais legal, ele ama livros e passeia pelos sebos, sendo gente como a gente!
Então além da narrativa central do crime a ser desvendado, notei sim, uma crítica pontual é muito bem feita as forças policiais, aos métodos de investigação utilizados é algo famoso “jeitinho brasileiro”, por isso provavelmente, gostei tanto do livro.

Aqui temos uma narrativa que o leitor sabe mais do que os personagens, ao início já sabemos que houve um crime, quando Espinosa, vai navegando em meios a pistas e N possíveis desdobramentos do caso, sem falar em suas próprias divagações, seus relacionamentos com os possíveis suspeitos, etc. Pelo autor ter escolhido criar um personagem que precisa se emprenhar para descobrir tudo (fora do espectro que muitos autores adoram utilizar em seus detetives de genialidade), me diverti vendo ele errar um bocado, antes de seguir o caminho correto. Existem vários personagens e cada interação com eles existe uma nova luz (ou não) sobre o caso.

Estão vendo que não estou falando muito da trama em si, pois como todo suspense, prefiro que todos tenham a mesma experiência de leitura que eu, e se surpreendam.
Mas não esperem algo muito rebuscado, não tem muito mistério o livro e a escrita é bem direta e fluida. Aqui mais do que crimes mirabolantes temos personagens interessantes em meio a momentos trágicos, o autor também não enrola muito para nos dar respostas. Seria 5 estrelas se eu tivesse gostado do final, não me agradou, mas puxa, nem King sempre me agrada 🤣🤣🤣🤣


O livro é o primeiro de uma série e serviu ao seu propósito, me fazer desejar ler os próximos.
Deixo aqui a lista de livros caso fiquem curiosos também:

📚- O silêncio da Chuva (1996)
📚- Achados e Perdidos (1998)
📚- Vento Sudoeste (1999)
📚- Uma Janela em Copacabana (2001)
📚- Perseguido (2004)
📚- Berenice procura (2005)
📚- Espinosa sem saída (2006)
📚- Na multidão (2007)
📚- Céu de origamis (2009)
📚 - Fantasma (2012)
📚- Um lugar perigoso (2014)
📚- A última mulher (2019)

Indico para todos que gostam de um bom suspense e romance policial, para quem gosta de livros nacionais é mais do que indicado!

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Romances policiais sempre estiveram entre meus gêneros literários preferidos, e, assim que li a sinopse desse livro, não hesitei. A felicidade foi maior, quando constatei que trata-se de um autor nacional, e o cenário utilizado ser o Rio de Janeiro. Então, quase impossível não sentir proximidade com toda a atmosfera criada por Garcia-Roza.

“O Silêncio da Chuva” já tem início com um grande mistério. O corpo de um empresário é encontrado em um edifício garagem, morto com um único tiro. A partir desse momento, uma cadeia de tramas e suposições vai criando forma, fazendo o inspetor Espinosa (nosso protagonista) perder o sono. Como solucionar o assassinato de um homem acima de qualquer suspeita? Qual linha de investigação seguir sem informação alguma sobre o acontecido? Essas e outras questões vão tomando formas a cada personagem que vai surgindo de acordo com o desenrolar das investigações. Atrelado a isso, um segundo assassinato e desaparecimentos misteriosos vão aumentando ainda mais essa teia. Espinosa precisará de muita esperteza e sorte para conseguir desatar todos esses nós. E, posso garantir que o cara é bom nisso.

“O segundo telefonema desfez a dúvida que ainda poderia restar quanto ao desconhecido. Não era telefonema de um assassino, mas de um oportunista. Certamente um oportunista inescrupuloso.” Posição 1233

Um dos grandes pontos positivos é a narrativa do autor. É dinâmica, envolvente e descritiva na medida certa. A cada página virada, o leitor vai ficando ainda mais preso a trama. O desenvolvimento das personagens também merece destaque. Tirando Espinosa (que tem a índole bem definida), todas as outras personalidades carregam um clima de mistério em volta de seus caráteres. Em um determinado ponto da trama, minhas suspeitas aumentaram em relação a uma pessoa, e, confesso que torci muito para que elas não se confirmassem, mas, infelizmente, eu estava certo.

“Saí dali refletindo sobre o paradoxo de confiar na informação que me seria dada por marginais do jogo do bicho e não confiar que essa informação fosse dada aos meus colegas de delegacia policial. O pior é que eu sequer sabia ao certo a extensão da minha desconfiança, mas uma das coisas que a vida na polícia me ensinou foi a desconfiar de policial.” Posição 2304

Já o ponto negativo fica por conta do desfecho. Achei frustrante o final de quem cometeu todos esses crimes. Mas, no geral, não faltou emoção.

Uma informação interessante é que esse livro foi adaptado para o cinema, sob direção de Daniel Filho. Para quem gosta de ter a experiência de ler e assistir, é um prato cheio. Outro fato importante é que esse é apenas o primeiro volume de uma série protagonizada pelo Inspetor Espinosa, ou seja, mais tentativas de bancarmos os detetives não faltarão (risos).

Finalizo a resenha indicando para os amantes de um bom romance policial, cheio de reviravoltas e com um ritmo de trama equilibrado.

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Agradeço ao Netgalley e à Companhia das Letras pela cópia digital do livro em troca de minha opinião honesta.

Adicionei esse livro a minha lista de leitura anos atrás, mas acabei nunca pegando. Agora com o lançamento do filme ele voltou a ser comentado e decidi finalmente ler.

No começo não estava entendendo bem para onde a história ia, pois o leitor sabe desde o início que foi um suicídio. Porém aos poucos a trama vai se complicando e fica cada vez mais envolvente.

O que me tirou um pouco da leitura foram os interesses amorosos do detetive, que passa um bom tempo pensando e comparando elas, o que achei chato.

Consegui adivinhar quem era o vilão aqui (o que é raro, eu normalmente erro feio essas coisas). A gama de suspeitos vai diminuindo e alguns personagens vão perdendo o foco, então acaba ficando fácil acertar.

Mas o que realmente me incomodou aqui foi o final. Achei uma coisas que acontece aqui no mínimo ridícula e bizarra.

Ao longo do livro o personagem passa e menciona várias ruas e lugares da cidade do Rio de Janeiro, o que acho que vai ser um bônus para quem está familiarizado com a cidade (o que não é meu caso).

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