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É um livro que encanta a partir da história de um homem naufragado em uma ilha deserta. A jornada de Crusoé para sobreviver, construir uma nova vida e enfrentar seus medos é inspiradora. O livro não só narra sua luta pela sobrevivência, mas também faz pensar sobre temas como solidão, fé e nossa conexão com a natureza. É uma leitura que nos faz refletir sobre o que realmente importa.

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O QUE VOCÊ FARIA SE FICASSE PRESO EM UMA ILHA DESERTA?

É essa a premissa de Robinson Crusoé (1719), de Daniel Defoe, cujas aventuras são conhecidas por muitos através de filmes e desenhos.

Apesar da situação de vida confortável na Inglaterra, Robinson decide abandonar tudo e ir atrás do seu próprio destino. É aí que suas desaventuras começam: desde um naufrágio até se tornar senhor de engenho no Brasil. Ao invés de se acomodar no país, Robinson decide capturar escravos para seu engenho na Guiné e uma tempestade atinge o barco, fazendo com que apenas Robinson sobreviva em uma ilha do Caribe.
Esses são os 3 primeiros capítulos do livro, os quais eu me diverti muito lendo pelo ritmo rápido e pelo tanto de situações pelas quais o personagem passa. A partir do momento em que ele se estabelece na ilha, o ritmo diminuiu muuito para mim, pois a narrativa fica bem técnica, detalhando tudo o que Robinson fez — desde plantações até uma moradia — para sobreviver.
Ponto positivo: já sei o que fazer se um dia eu ficar presa em uma ilha isolada.
Depois de 23 anos sozinho, um dia Robinson encontra uma pegada misteriosa na areia. Então todas as suas fantasias paranoicas, de que “selvagens canibais” moravam na ilha, voltam à superfície. Um elemento que eu teria amado se o autor tivesse explorado seria a loucura/paranoia de Crusoé. Mas, apesar de ficar mais de 20 anos sem conversar com outro ser humano, ele mantém a sanidade. Ah, se Poe tivesse escrito essa premissa a execução seria bem diferente... (e eu teria amado bem mais).
Ponto negativo: Crusoé é um retrato da mentalidade do seu país na época, ou seja, quando a pegada se revela pertencer a um nativo, o protagonista decide “domesticá-lo” e converter-lhe ao cristianismo. Sua relação com Sexta-Feira é exatamente como a relação da Inglaterra com suas colônias, uma relação de poder e desigualdade. Além do mais, a visão do autor sobre os territórios para além da Europa, principalmente no hemisfério sul, é extremamente preconceituosa, já que ele considera todos os outros povos “selvagens canibais”.
Apesar disso, tento entender a época; o meu problema principal foi que realmente ele não me prendeu pela maior parte, e terminei empurrando com a barriga.
Essa edição da Zahar está lindíssima e a tradução ajudou muito com a fluidez! O livro também conta com ilustrações.

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O livro é muito bom foi uma surpresa, super recomendo, agora quero um físico na estante. Se querer uma leitura rápida, esse é o livro.

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