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Desde as primeiras páginas Lupin vai sendo enganado. E não apenas por uma pessoa e sim por várias. Eu nunca imaginei ver o ardiloso ladrão de casaca em uma situação tão fora de seu controle.
Conforme vamos vendo tombo atrás de tombo do protagonista, a história vai apresentando vários pequenos enigmas. Primeiro você quer saber o motivo de os parceiros o terem enganado, afinal a relação deles sempre foi de muita lealdade e confiança. A seguir queremos saber o que é o estranho objeto que lhe entregaram e logo foi roubado. Na verdade sabemos que é uma rolha de cristal, o que não sabemos é a real importância de algo que parece ser tão simples. E claro que também queremos saber quem conseguiu roubar o maior ladrão de todos os tempos.
A maré de azar que o cerca é inacreditável. Todos, e digo, TODOS os seus planos sem exceção, são derrubados por uma pessoa muito esperta, impiedosa e sem escrúpulos. Dá um desespero enorme ver o protagonista sendo derrotado. Nós pensamos que dessa vez não vai ter jeito, mas por outro lado a garra que ele possui e a força para se reerguer, são tão contagiantes, que seguimos lendo e torcendo para que o grande ladrão resolva todos os problemas.
É uma trama muito dinâmica, que atiça a curiosidade do leitor a cada reviravolta e não nos deixa saber se o final vai ser alegre ou uma grande tragédia. Eu apreciei demais ver um personagem tido como imbatível ser colocado na lona e seguir com ele na busca por uma forma de superar quem o superava.
Lupin se mostra melhor a cada página, por sua força e determinação. Ele é imbatível, sim, na coragem para lutar pelo que acredita ser certo e na força para não desistir.
A Rolha de Cristal traz uma história que é, literalmente, uma corrida louca contra o tempo. É uma jornada de altos e baixos onde o leitor teme que pela primeira vez o grande ladrão de casaca vá ser derrotado. Será que foi? Leiam e descubram.