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Essa aventura no espaço me surpreendeu bastante. Um livro bem escrito e uma história cativante. Amei acompanhar os desdobramentos da história. Fiquei muito feliz em ser uma história única (não aguento mais entrar em esquema de pirâmide literária). Everina Maxwell tem grandes chances de entrar para o hall de minhas escritoras favoritas. Já quero ler mais coisa dessa autora.

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Eu gosto muito de livros com tramas políticas, e é o que me motivou a pegar este livro. Fiquei um pouco decepcionada com este aspecto, pois achei que poderia ter sido mais aprofundado, podia ter focado um pouco mais em desenvolver essa trama política complexa entre planetas. porém, o que vimos da política interplanetária, achei interessante.

Há também um foco relativamente grande no romance. Gostei do casal, mas achei que o problema entre eles poderia ter sido resolvido bem antes se simplesmente tivessem se comunicado melhor, embora entenda que era uma situação um tanto quanto estranha entre eles.

No geral, gostei dos personagens, foi bem divertido acompanhar os protagonistas e torcer por eles;.

Recomendo o livro, desde que saiba que tem certo foco no romance e que a trama política não é tão aprofundada assim.

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Órbita de Inverno, escrito por Everina Maxwell, é uma história que tem romance, política e ficção científica na medida certa. O livro narra a história de Jainan e Kiem, que formam um casal adorável e cujo romance slow burn foi construído de forma muito delicada. A autora soube dosar muito bem a parte política e a do mistério, sem pesar demais em uma parte ou outra. A inclusão da questão da não binariedade na trama foi um acerto da autora, que não colocou essa temática como o foco da história, mas inseriu de forma muito natural e relevante. Além disso, a parte política da história é o que mais se destaca, com intrigas, corrupção e outros aspectos que deixam o enredo ainda mais interessante. O desenvolvimento do relacionamento entre os personagens Jainan e Kiem é cativante e envolvente, e a forma como a autora os faz abrir e se permitir é muito bem trabalhada. Apesar de um dos leitores ter tido problemas de imersão na história, eu, particularmente, não senti isso. O livro é muito bem escrito e estruturado, com uma trama envolvente e personagens cativantes. Órbita de Inverno é um livro que vale a pena ser lido, especialmente para aqueles que gostam de romance, política e ficção científica combinados de forma magistral.

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O que mais me prendeu na história foi a trama política, às vezes tão complexa que eu até me perdia um pouco, mas em nenhum momento meu interesse pelos acontecimentos diminuiu. A forma que as intrigas políticas são construídas é de outro mundo (literalmente!).
Por mais que as questões políticas tenham sido a minha parte favorita da história, eu não posso deixar de comentar sobre o casalzão Kiem e Jainan, para os fãs de slow burn eles entregam tudo! A construção deles é impecável, ao longo das páginas fui descobrindo mais sobre o passado de cada um e vendo como isso implicava nas atitudes que eles tinham.
E um ponto muuuuito positivo é os protagonistas serem um casal gay, já que ainda é um pouco incomum no mundo da ficção científica essa representatividade (principalmente nos livros publicados por editoras, obrigada por ser incrível @editorasuma).
A ambientação da história é outra coisa que me conquistou, a forma que ela foi feita é imersiva e diversas vezes me peguei imaginando os elementos com base nas descrições que apareciam.
O começo da história é um pouco lento, eu acredito que seja por conta da inserção de um novo universo, mas com o passar das páginas a história vai fluindo. Para quem tem vontade de começar a ler ficção científica, esse livro pode ser a porta de entrada para esse gênero literário.
O único comentário não muito positivo que eu tenho sobre a história é que em alguns momentos achei a organização da sociedade difícil de entender, a autora poderia ter explorado um pouco mais a estrutura social.

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❤️ PONTOS POSITIVOS

📌 DIVERSIDADE: o que mais chama atenção no livro é que a sexualidade e gênero são tratados de forma super natural (como deveria ser de verdade, aliás). É muito interessante ver que o gênero é identificado através de ornamentos específicos, ou a falta deles, e ninguém pressupõe e nem questiona nada. Um sonho!

📌 O ROMANCE: a construção do casal principal é muito boa. Eles são personagens que se funcionam muito bem em separado, quando estão juntos a química é ótima. O desenvolvimento deles acontece de maneira bem lenta, principalmente porque Jainan carrega muitos fantasmas do seu casamento anterior, mas é tudo trabalhado de maneira muito sensível pela autora.

📌 KIEM E BEL: é impossível não gostar do protagonista. Seu humor cativante me conquistou logo nas primeiras páginas. E as melhores partes são quando ele interage com a sua “secretária”, a Bel, outra personagem carismática que rouba o holofote em vários momentos.

💔 PONTOS NEGATIVOS

📌 AMBIENTAÇÃO: para mim, o universo não é muito bem construído. Boa parte da história se passa em um mesmo mundo, e mesmo assim sabemos pouquíssimo sobre ele. As características citadas são poucas, e não foram aprofundadas.

📌 O PLOT: infelizmente a política é bem confusa. Os protagonistas são jogados num turbilhão de tratados que me deixaram perdida, e eu sinceramente não entendi o significado da maioria. Diversas vezes senti que eles eram descartáveis.

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Príncipe Kiem, um jovem um tanto rebelde, que gosta de desafiar as regras e está sempre nas manchetes dos tablóides, se vê obrigado a casar com um jovem que acabou de se tornar viúvo de seu primo. Tudo isso para selar o bom relacionamento de seu planeta e de Conde Jainam (o jovem viúvo). Os dois, desconhecidos um ao outro, procuram manter boas relações entre eles, a fim de servir o bem maior.

Esse é apenas o início do livro, a seguir o leitor se vê em meio a tramas políticas, traições, muitas reviravoltas e um tantinho de romance. O livro tem toda cara de fanfic e é muito divertido!

Meu ponto negativo, é que poderia ser mais curto, em alguns momentos achei cansativo e me perdi nas subtramas. Mas vibrei com o romance e torci pelo crescimento de Kiem dentro da trama.

Destaque para a Bel, secretaria de Kiem que me conquistou (não posso dizer mais do que isso para não dar spoiler).

Outro ponto que preciso destacar é a forma como a autora tratou um tema pesado: relacionamento abusivo. Ela mostrou a gravidade das situações, de uma forma realista e responsável.

Uma leitura leve e gostosinha, daquelas que a gente se pega com um sorriso bobo no rosto.

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Poderia ter sido um pouco mais curto, mas compensa pelo carisma. Gostei de como a autora apresentou esse universo, apesar de demorar a entender exatamente o que era o que e como funcionavam as coisas. Demora, mas se encaixa. A trama é bem construída, complexa na medida certa, e tem umas boas doses de romance para equilibrar com as questões políticas e a vibe de sci-fi. E amei a representatividade NB e a forma como a linguagem neutra foi empregada na história.

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📚 Livro da vez: "Órbita de Inverno", de Everina Maxwell.

💍 Kiem, um dos vários príncipes da família real de Iskat, é obrigado a se casar com Jainan, um diplomata de Thea, após a morte de Taam, primeiro marido de Jainan. O arranjo é fundamental para a manutenção do tratado entre os dois planetas e para a estabilidade de várias outras alianças planetárias. Contudo, mesmo após a união a paz e a segurança desse sistema é posta em risco.

🤨 Quase abandonei o livro nos primeiros 20%. A ambientação é fraca, bem fraca. A ficção científica é mero pano de fundo, um pano tão fino que é praticamente uma gaze e seria melhor nem existir. Além disso, a tradução me incomodou muito (coisa rara, não costumo me irritar com traduções). Então, segui os conselhos da @soterradaporlivros: peguei o texto original e passei a ler sem levar a história a sério. Aí a coisa funcionou.

💞" Órbita de Inverno" é um romance, no fim das contas, no sentido estrito. Ficção científica passou longe. A construção do universo ficcional é pobre. O que importa mesmo é o relacionamento entre Kiem e Jainan e os benefícios que esse casamento forçado pode trazer não só para o sistema planetário, mas principalmente para os dois, amadurecendo-os e ajudando-os a superar traumas. De quebra, temos Bel, assistente de Kiem e a melhor personagem do livro (além de funcionar como alívio cômico).

😍 A trama tem o ritmo e o descompromisso de uma fanfic. Aliás, lendo os agradecimentos finais a gente descobre que o livro nasceu no AO3, maior/melhor reduto de fanfics das interwebs. Se for lida com essa leveza, a história compensa e coloca um sorriso na cara do leitor em vários momentos (e é bem mais divertido que "Justiça Ancilar", livro pretensioso com que "Órbita de Inverno" volta e meia é comparado).

❗ Indico para quem procura uma leitura ligeira, de férias/praia.

✨ Estrelinhas no caderno: ⭐⭐⭐

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#resenhaVDB
360 páginas
Editora Suma
Ficção Científica | Fantasia | LGBTQIA+
Classificação: +16 anos

Hoje, venho trazer a resenha do livro "Órbita de Inverno", ficção científica espacial da autora Everina Maxwell.

Kiem, príncipe de Iskat, levava uma vida boêmia até ser escalado para cumprir deveres imperiais: casar-se com o conde Jainan, que é um representante do planeta vassalo Thea, com o objetivo de impedir uma rebelião contra o império.

O problema é que Jainan era viúvo outro príncipe de Iskat, Taam, morto num trágico acidente, sendo necessário estabelecer outra relação matrimonial para garantir o elo entre o Império de Iskat e Thea.

Sim, é um romance espacial LGBTQIA+! Inclusive, sobre a questão de gênero em Iskat, aqui temos uma divisão bem interessante: quem se identifica com o gênero masculino, utiliza acessórios de madeira; já o feminino, utiliza ornamentos de sílex. Para quem é não-binário, usa acessórios de vidro ou nada.

Confesso que estava com receio de iniciar essa leitura, por ter uma desconfiança com esse gênero literário. Sempre fico com medo de ser complexo demais e ficar confuso. Mas, nesse caso, estava completamente equivocada.

Everina Maxwell construiu uma narrativa super envolvente, explicando os detalhes desse universo aos poucos, sem sobrecarregar o leitor com muitas informações. Também conseguiu equilibrar as doses de romance vs. intrigas políticas, extraindo o que há de melhor nesses pontos.

"Órbita de Inverno" me surpreendeu bastante, não apenas alcançando as minhas expectativas, como superando-as. Fiquei completamente fascinada por Kiem, Jainan e seus dramas. A autora trata de alguns temas delicados, mas com responsabilidade.

Indico essa leitura não apenas para os amantes de sci-fi, mas para os fãs de romance que estão buscando se aventurar pela ficção científica.

Lista de temas sensíveis: agre'ssão física, violênc1a doméstica, tortur4, m0rte, acidente de trânsito.

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PERFEITO! Mistura política, romance e ficção científica muito bem. Foi o tipo de leitura que te faz querer sempre mais.

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A sinopse desse livro me chamou muito a atenção, porém a escrita da autora não funcionou comigo. Adorei a construção do mundo feita pela autora, porém em diversos momentos a história se torna arrastada e monótona. Vi algumas pessoas reclamando da tradução, não posso afirmar se o problema foi realmente esse, uma vez que não tive acesso ao livro em inglês, ou se realmente a escrita da autora não é para mim. Além disso, o mistério contido na história foi bem morno para mim, tendo demorado muito para se desenrolar.

Apesar disso, o livro tem pontos positivos, que me agradaram. Acho que a autora soube equilibrar bem a parte do romance, com a parte política da história. O casal principal teve diversos momentos fofos, que me fizeram torcer para que eles se acertassem. Achei bastante criativo o mundo criado pela autora, que soube descrever muito todos os elementos desse mundo, o que muitas vezes não acontece em livros de ficção científica.

Outro ponto que gostei foi que o relacionamento do casal principal ocorreu de forma lenta e plausível para a situação de um casamento arranjado. De um interesse físico momentâneo, até o desenvolvimento de sentimentos mais profundos, a autora soube conduzir muito bem a história dos dois. Além disso, gostei bastante do desenvolvimento de alguns personagens secundários.

Enfim, apesar de não ter funcionado para mim, ainda assim, recomendo a leitura, pois como eu disse a escrita da autora não funcionou para mim, mas pode funcionar para outro leitor. Além disso, o livro tem vários pontos positivos, como descritos na resenha.

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Queria tanto gostar desse livro, queria mesmo. Mas é dolorosamente entediante. As partes de ficção científica não são interessantes, são chatas, longas, e faz tudo ser apenas maçante. Especialmente porque a autora não te dá tempo de assimilar nada. Os personagens também nada carismáticos, especialmente Jainan. Ficava indo em círculos sobre a mesma coisa.

Não deu para mim, não consegui ver tudo isso que os outros que deram 5 estrelas viram. Chato..

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Esse ano eu tive umas boas leituras de livros que se passam no espaço e que foquem bastante no romance e foi essa a razão para eu ter ficado bem empolgada com o lançamento de Órbita de Inverno, mas acabou que fiquei satisfeita com poucas coisas durante a leitura.

O Príncipe Kiem foi jogado para um casamento arranjado com o conde Jainan, que está lidando com um luto recente por ter perdido seu marido há poucos dias (que inclusive é parente de Kiem!), tudo isso por conta da busca da Imperadora em manter uma boa relação com Thea. De cara muitas coisas dão errado, seja a falta de sintonia dos recém casados, a burocracia para aceitação da união dos planetas com esse casamento e a investigação do que rolou com Taam, o primeiro marido de Jainan.

Geralmente eu gosto bastante de histórias que tenham um foco na política (seja do reino/da cidade/do planeta e etc), Órbita de Inverno foca bem nisso, já que começa com a proposta de um casamento político, mas eu nem estava muito ligada nesse ponto, não estava me importando em nada com as consequências do casamento não ser aceito e começar uma guerra, o máximo de interesse que eu tinha nesse ponto era descobrir o que é que aconteceu com Taam.

Dos dois personagens principais de Órbita de Inverno só me importei com o Kiem em quase todo o livro (se eu for mais exata talvez eu só tenha me importado com o Jainan só em 2% do livro??), Kiem é bem habilidoso com as pessoas e não consegue enxergar o seu valor, enquanto Jainan é um personagem preso e introvertido, em que poderia ser usado os capítulos focados nele para ter uma noção do que passa na sua cabeça - já que é difícil para ele usar as palavras - mas isso rola muito pouco, ele só fica soltinho em tipo 2% do livro e se isso tivesse ocorrido um pouco antes teria dado um bom refresco na leitura.

Talvez o ponto alto para mim nesse livro, seja o modo que o mundo foi criado para ser visto com naturalidade na sociedade deles um casamento com propósito político que fosse aquileano (entre dois personagens masculinos, não é dito com todas as letras se eles são gays, bissexuais ou pansexuais), não há pressão alguma na imprensa ou entre políticos e por consequência não há nenhum gatilho de homofobia em Órbita de Inverno, há também o ponto das pessoas indicarem qual o seu gênero à partir de acessórios para não acontecerem confusões e até aparece mais de um personagem não-binário nas reuniões políticas.

Órbita de Inverno foi uma leitura meio chata que quebrou a minha onda de leituras empolgantes que se passam no espaço com um bom foco no romance, mas pelo menos ainda consegui aproveitar algumas coisas.

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Esperava bem mais desse. Fui com grandes expectativas e infelizmente nenhuma se concretizou. A história seguiu seu caminho como foi propostas desde o inicio, porém, tem algo na narrativa que me incomodou TREMENDAMENTE. Foi apontado, por pessoas que leram o original e tiveram contato com a tradução, que ela foi feita de forma incoerente com a linguagem e teor do livro. Não posso afirmar, eu mesmo não fiz essa comparação, porém, noto pela leitura que algo está fora do lugar.

De qualquer forma, é uma história com potencial para agradar os leitores que forem em busca de uma aventura nova. Nada muito memorável, apenas algo para passar o tempo.

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Em geral, gostei da obra, mas algumas coisas me impediram de achar incrível.

Eu achei a abordagem das questões de gênero na sociedade interessante, mas considerei a frequente repetição de elementos explicativos a respeito desnecessária, como quando dizia que a pessoa usava tal acessório e assim demarcava qual o seu gênero, um detalhe que é mencionado com muita frequência e que qualquer leitor já entendeu na primeira vez que foi explicado.

Outra coisa, e aqui não sei como está no original para comparar, mas eu notava ambiguidade em alguns trechos quando se referia a dois personagens, por exemplo, Fulano olhou para Ciclano. Ele disse.... Ele quem?

A parte política para mim foi bem confusa também em alguns momentos, e algumas descrições de elementos fora do comum eram difíceis de imaginar.

Os personagens são interessantes, mas senti que faltava alguma comunicação entre os principais. Entendo os motivos, mas, como estamos lidando com adultos, mesmo que ainda jovens, eu sempre espero um pouco mais de diálogo.

O romance é interessante, o universo criado também, e a leitura é bastante agradável, mas passa a sensação de que falta uma lapidada para realmente ser muito bom.

Agradeço ao NetGalley e à editora por disponibilizarem a leitura da cópia antecipada em troca de uma resenha honesta.

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Esse livro foi uma surpresa imensa! Eu não costumo ler muitos livros do gênero mas adorei essa primeira experiência, achei que o universo é muito bem construído e todas as fofocas políticas me deixaram surtada, adorei cada segundo da leitura!

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Para principe Kiem a vida não passava de uma grande festa o tempo todo. Como não tinha “compromissos”, ele levava a vida numa boa, apenas participando de festas da realeza, conversando e encantando todo mundo, até o dia em que foi chamado pela imperadora para fazer um papel que nunca sequer imaginou para si: se casar pelo reino com Jainan para manter uma aliança com Thea, já como o dia de renovar a Resolução estava chegando e era a única forma de garantir que os planetas não se rebelassem e não começaria uma guerra.

Sem ter muita escolha além de honrar o planeta em que morava, Kiem acabou relutantemente aceitou essa missão que foi dada a ele, tendo a certeza absoluta de que o casamento estava fadado ao fracasso, já como Jainan tinha acabado de ficar viúvo. Então estava, cada um de um lado, aceitando algo que pudesse manter o planeta deles em paz.

O que ele sequer imaginava é que essa briga política iria muito mais além do que um simples casamento diplomático: graças ao casamento, ele começou a descobrir muitas coisas pelas quais ele não se interessava antes – e na verdade, na condição que se encontrava, ele nem sequer precisava se preocupar.

Um relacionamento que, por si só, já era complicado, fica ainda mais quando sentimentos começam a ser envolvidos no meio e deixam eles sem saber se conseguiriam seguir adiante da forma que estavam – e mais ainda, se conseguiriam pelo menos sobreviver as coisas que estavam sendo jogadas sobre eles e as pessoas que não queriam que aquele casamento – e aquela aliança entre os planetas – desse certo.

“Órbita de Inverno” é um livro que realmente prende. Do momento que eu peguei ele em minhas mãos, eu sabia que não ia conseguir parar até terminar e assim foi. Principalmente pelo fato de que o livro, apesar de ser vendido como um romance, é muito mais sobre a sobrevivência não só do casal, mas de toda uma galáxia.

É absurdamente difícil para Kiem, no início compreender o tamanho daquilo que ele está enfrentando e nós vemos, conforme o livro vai passando, o amadurecimento pelo qual ele passa, onde ele aprende que ações têm reações e não só a boa vida que ele vivia, mas que tem muitas coisas em jogo por ali – e nisso entra Jainan porque uma das coisas em jogo, o tempo todo, é ele.

Tudo que Jainan sempre soube e sempre almejou foi poder manter a família e o povo dele a salvo e durante o livro nós vemos que tem MUITAS coisas que ele precisa fazer para garantir que tudo continue assim. Teve um plot em especial com ele que, no momento em que fomos apresentados a ele, eu já imaginei que fosse assim, mas ainda assim foi meio doloroso assistir o desenrolar (e eu não posso falar porque é um spoiler meio grande).

E, não só os dois personagens tem um grande desenvolvimento individual, mas como um casal eles também tem: o grande apelo do romance deles, pra mim, foi o slow burn. Não foi algo apressado, tudo seguiu seu curso calmamente até chegar ao ponto em que eles entenderam o que sentiam um pelo outro e que era muito além de um casamento de fachada.

A outra personagem mais importante dessa história é Bel, que é assistente de Kiem. Com um humor bem ácido e umas tiradas maravilhosas, ela não demorou em nada para se transformar numa das minhas personagens favoritas.

Eu não podia deixar de mencionar também que eu achei MUITO interessante no livro como não só a sexualidade das pessoas como também o gênero que se identificam, não é algo cheio de questões: é levado de uma forma natural, como deveria acontecer em um mundo ideal. A única coisa que difere é: quem se identifica como mulher, usa ornamentos silex. Quem se identifica como homem, usa ornamentos de madeira. E quem se identifica como não-binário, usa vidro ou nada. E pronto. Sem grandes questionamentos, nem estranheza da parte de ninguém. E é magnífico.

E nisso eu gostaria de parabenizar a editora Suma por ter tido o cuidado de, ao fazer a tradução, usar pronomes neutros para identificar não-binários. Mais uma vez mostrando porque a editora é a melhor de todas.

Eu não vi absolutamente nada para não se gostar em “Órbita de Inverno”. É um livro que tem de tudo: tem ação, tem drama, tem sci-fi, tem romance, tem comédia e tem representatividade. É MUITO completo em todos os aspectos e ele tomou cada pedacinho do meu coração pra si.

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Demorou um pouquinho pra uma coisa emocionante acontecer de fato, porém depois q aconteceu a história engatou de uma forma mto boa q foi me prendendo a cada capítulo. No começo o Jainan não me cativou mto, achava ele irritando pq era todo sofrido sabe, ou burro mesmo, mas no final junto com o plot foi desenvolvendo o passado dele e eu adorei a forma q ele prestou mais atenção na forma q o Kiem tratava ele.

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A órbita de inverno é um daqueles livros completos: tem mistério, tem diversidade de gênero, tem romance meio Star Wars, tem cenário intergaláctico, tem cenas boas de ação.
Everina Maxwell conseguiu condensar tudo isso em um livro que tem leveza e muito diferencial. A começar pelo casal protagonista, Kiem e Jainan. O primeiro, neto da imperadora de Iskat; o segundo, representante de Thea, um planeta vassalo. O casamento arranjado entre os dois representa a união de um tratado para evitar uma rebelião contra o império. Só que a questão é que Jainan é viúvo do primo de Kiem, Taam, que morreu de forma misteriosa.
A investigação sobre a morte de Taam traz todo o mistério do livro, não só pela própria pessoa de Taam, mas pelo seu relacionamento com Jainan, que à época era seu parceiro.
Eu particularmente gostei bastante da história.
Primeiro porque a questão LGBTQI+ aparece de maneira muito natural no livro, não há uma problematização sobre isso, porque a realidade intergaláctica que os personagens estão situados não leva identidade de gênero como um problema social: as pessoas simplesmente são o que são e ponto. Gosto de livros que naturalizam isso, passa a impressão que evoluímos socialmente.
Segundo, porque há mistério e os personagens são bem construídos. Você vai conhecendo eles ao decorrer do livro; desconfia de um deles, depois para de desconfiar, e assim vai.
E, por fim, o desfecho é bom.
Faria apenas duas observações em relação à narrativa. Não curti muito o fato dos capítulos serem grandes, o que me deixou um pouco cansada, em alguns momentos. E tive dificuldade em imaginar alguns cenários descritos, em relação ao mundo a que se tratava.
No mais, um bom livro. Merece quatro estrelinhas.

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O livro estreia de Everina Maxwell equilibra perfeitamente política, romance e ficção científica.

Ao mesmo tempo que a história evolui com as investigações e grandes revelações, nossos protagonistas vão se aproximando e esse desenrolar é simplesmente impecável de acompanhar. A escrita é refinadíssima e a trama política extremamente inteligente, muito embedada na nossa realidade.

Órbita de Inverno é sobre acertos do começo ao fim.

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