Member Reviews
Depois dos acontecimentos do livro anterior, Eve e Villanelle partem de forma clandestina em direção à Rússia. O que vão fazer por lá ainda é incerto, o que não muda em nada o modo “viva o momento” de Villanelle, mas aterroriza demais Eve.
Ao chegarem lá, as coisas vão de mal a pior e o que parecia uma oportunidade para uma nova vida, acaba virando uma armadilha que pode jogar as duas no pior cenário possível, sem perspectiva de saída.
Para quem não lembra de nada, o livro começa fazendo uma retrospectiva de toda a história em seu primeiro capítulo, o que é bem interessante para quem passou muito tempo desde que leu o volume anterior, mas assim como eu comentei na resenha do volume 2, continuo frisando nesse… leia os três livros na sequência.
Se você fizer assim, irá encontrar um primeiro livro mais introdutório, onde os personagens são apresentados ao público e você conhece a personalidade de cada um. No segundo vamos ver as consequências do encontro entre as duas protagonistas e a relação entre ambas, com muita ação e reviravolta. E por fim, nesse terceiro, vamos encontrar a resolução de tudo, onde as duas já estão em um relacionamento, tentando entender como a outra funciona e fazer isso dar certo.
Apesar de começar parecendo que a história vai tomar uma proporção de um novo caso, ela acaba eventualmente se conectando aos eventos anteriores. A diferença é que nesse terceiro livro, o autor eleva o humor, deixando ele como o maior destaque da obra. Ironias, diálogos engraçados, situações sem noção, tudo isso acaba fazendo o leitor rir alto algumas vezes.
Tudo bem que talvez isso não funcione para todos, até porque algumas situações podem ser realmente meio sem noção, mas acredito que alguma coisa com certeza vá tirar um sorriso em algum momento.
Outro ponto positivo é a questão da representatividade, não só pelo casal Eve e Villanelle, como também por algumas outras questões, como o uso do pronome neutro e de certas reflexões em relação ao feminismo e ao preconceito sofrido por mulheres em profissões “de homens”. Tudo bem que isso é feito com humor e algumas vezes sem noção, pois é a estética do livro, mas ele está lá.
O livro pode ser considerado mais fraco que o segundo, mas eu acho que ele acaba tendo uma abordagem diferente. Separado, os três não funcionam; mas, juntos, acabam entregando uma história descompromissada e divertida, que faz com que o leitor possa aproveitar momentos de ação e diversão, com personagens memoráveis (pelo menos a Villanelle) e que serve para alternar entre leituras mais pesadas.
Recomendo a trilogia, mas não recomendo separado
“Vou fazê-la sentir meu amor, mesmo que morra tentando.”
Hoje a minha indicação de leitura é o encerramento de uma trilogia de suspense criminal com altas doses de romance.
Estou falando do último livro da trilogia Killing Eve, escrita pelo autor Luke Jennings, publicada no Brasil pela Suma.
A trilogia inspirou a série de sucesso homônima com Sandra Oh e Jodie Comer, com quatro temporadas. Temos uma resenha da série aqui! Para lerem basta clicar na imagem abaixo:
“As pessoas acham que existe uma fronteira bem definida entre a vida é a morte. Mas não é nada disso. Tem toda uma região no meio. É fascinante.”
Por ser um livro que encerra uma história essa resenha vai ser bem breve na parte que fala do livro e vou me ater a minha experiência de leitura.
Contudo, pode conter spoilers dos dois primeiros livros.
Morra por mim, começa já nos entregando o que aconteceu com Eve e Villanelle ao final do segundo livro.
E para alegria de quem leu eles um tempão atrás, Eve faz uma leve recapitulação de tudo o que houve na vida dela e que a levou a estar dentro de um contêiner escondida a caminho da Rússia.
Eve Polastri era uma agente britânica que tinha um cargo burocrático e tedioso, uma marido ótimo e carinhoso e como hobby ficava especulando quem estaria por trás de vários assassinatos misteriosos. Ela acreditava que era uma assassina profissional e ficou obcecada por descobrir quem é ela.
Acabou que essa obsessão a jogou no caminho de Villanelle, que sim é a assassina mesmo e um jogo de gato e rato entre elas se inicia.
Muitos coisa aconteceu, Eve se dedicou a encontrar Villanelle, está sempre um passo à frente e a obsessão se tornou algo mais entre elas.
Acontece também muita coisa na parte do enredo de espionagem e assassinato, uma organização secreta que visa mudar o equilíbrio de poder no mundo, chamado Os Dozes, era o contratante de Villanelle e resolve que Eve deveria morrer, mas não contavam que sua assassina preferida agora queria Eve ao lado dela.
O que nos leva ao último livro e as duas fugindo para a Rússia.
A trama é pelo ponto de vista de Eve, e ela passa um bom tempo tentando entender ou justificar seus sentimentos e seu relacionamento com Villanelle se torna o ponto principal da vida de Eve, impulsiona suas ações e a abre seus olhos para o fato de que ela deseja muito mais do que a vida que tinha antes.
O livro vai acompanhar esse relacionamento entre elas enquanto precisam fugir dos Os Dozes, e em dado momento a ação de espionagem, assassinato e tramas de vida e morte voltam ao foco de certa maneira.
É o fim de um ciclo para as protagonistas e tudo o que elas são as levaram aquele ponto. Mas resta saber se vão sair vivas dessa aventura e se ainda vão estar juntas!
O que sentem será o suficiente para as fazer escolher o destino certo?
É um livro bem rápido e fluido. Gostei mais do que o primeiro, apesar do foco no relacionamento ter sido cheio de altos e baixos, até porque a dinâmica entre os personagens não é o padrão de romance saudável que esperamos!
No que tange a ação do livro, encerrou até que bem o plano macro que viemos acompanhando desde o primeiro livro, e não me surpreendeu o final, era bem o que eu imaginei que seria.
Uma indicação para quem goste do gênero romance de espionagem e tramas rápidas.
Agora que li todos os livros, verei se me empolgo de voltar a assistir a série, mas acho que pelo que li a série está bem diferente! Veremos!
Espero que tenham gostado da minha indicação e até a próxima.
“Vou fazê-la sentir meu amor, mesmo que morra tentando.”
Olá praticantes de Livroterapia.
Hoje a minha indicação de leitura é o encerramento de uma trilogia de suspense criminal com altas doses de romance.
Estou falando do último livro da trilogia Killing Eve, escrita pelo autor Luke Jennings, publicada no Brasil pela Suma.
A trilogia inspirou a série de sucesso homônima com Sandra Oh e Jodie Comer, com quatro temporadas. Temos uma resenha da série aqui! Para lerem basta clicar na imagem abaixo:
“As pessoas acham que existe uma fronteira bem definida entre a vida é a morte. Mas não é nada disso. Tem toda uma região no meio. É fascinante.”
Por ser um livro que encerra uma história essa resenha vai ser bem breve na parte que fala do livro e vou me ater a minha experiência de leitura.
Contudo, pode conter spoilers dos dois primeiros livros.
Morra por mim, começa já nos entregando o que aconteceu com Eve e Villanelle ao final do segundo livro.
E para alegria de quem leu eles um tempão atrás, Eve faz uma leve recapitulação de tudo o que houve na vida dela e que a levou a estar dentro de um contêiner escondida a caminho da Rússia.
Eve Polastri era uma agente britânica que tinha um cargo burocrático e tedioso, uma marido ótimo e carinhoso e como hobby ficava especulando quem estaria por trás de vários assassinatos misteriosos. Ela acreditava que era uma assassina profissional e ficou obcecada por descobrir quem é ela.
Acabou que essa obsessão a jogou no caminho de Villanelle, que sim é a assassina mesmo e um jogo de gato e rato entre elas se inicia.
Muitos coisa aconteceu, Eve se dedicou a encontrar Villanelle, está sempre um passo à frente e a obsessão se tornou algo mais entre elas.
Acontece também muita coisa na parte do enredo de espionagem e assassinato, uma organização secreta que visa mudar o equilíbrio de poder no mundo, chamado Os Dozes, era o contratante de Villanelle e resolve que Eve deveria morrer, mas não contavam que sua assassina preferida agora queria Eve ao lado dela.
O que nos leva ao último livro e as duas fugindo para a Rússia.
A trama é pelo ponto de vista de Eve, e ela passa um bom tempo tentando entender ou justificar seus sentimentos e seu relacionamento com Villanelle se torna o ponto principal da vida de Eve, impulsiona suas ações e a abre seus olhos para o fato de que ela deseja muito mais do que a vida que tinha antes.
O livro vai acompanhar esse relacionamento entre elas enquanto precisam fugir dos Os Dozes, e em dado momento a ação de espionagem, assassinato e tramas de vida e morte voltam ao foco de certa maneira.
É o fim de um ciclo para as protagonistas e tudo o que elas são as levaram aquele ponto. Mas resta saber se vão sair vivas dessa aventura e se ainda vão estar juntas!
O que sentem será o suficiente para as fazer escolher o destino certo?
É um livro bem rápido e fluido. Gostei mais do que o primeiro, apesar do foco no relacionamento ter sido cheio de altos e baixos, até porque a dinâmica entre os personagens não é o padrão de romance saudável que esperamos!
No que tange a ação do livro, encerrou até que bem o plano macro que viemos acompanhando desde o primeiro livro, e não me surpreendeu o final, era bem o que eu imaginei que seria.
Uma indicação para quem goste do gênero romance de espionagem e tramas rápidas.
Agora que li todos os livros, verei se me empolgo de voltar a assistir a série, mas acho que pelo que li a série está bem diferente! Veremos!
Espero que tenham gostado da minha indicação e até a próxima.
Morra Por Mim encerra a trilogia Killing Eve, de Luke Jennings, publicada no Brasil pela Suma. A série de livros inspirou o seriado de TV de mesmo nome e nesta história temos uma assassina que mata em nome de uma organização misteriosa e uma agente secreta que faz de tudo para captura-la.
Essa história já teve muitas reviravoltas, mas nenhuma tão grande quanto a do final do livro anterior, que colocou as duas personagens principais, até então inimigas, de um mesmo lado. Eu fiquei bem surpresa com o desfecho de Não Existe Amanhã e estava ansiosa para saber como a história ia seguir dali em diante.
Eve e Villanelle, até então caçadora e caça, são agora aliadas de maneira bem profunda e intensa. Quem diria que a relação entre elas chegou onde chegou e nós ficamos meio que olhando e não acreditando no que aconteceu. No entanto, apesar de o foco deste volume ser o desenvolvimento desta relação, o autor não perde a oportunidade de acrescentar um grande plano de assassinato politico tramado pela organização que emprega Villanelle, Os Doze.
Esta missão traz momentos tensos para a trama e permite que a última grande reviravolta nos seja apresentada, levando para o desfecho de um excelente jogo de gato e rato que foi a relação de Eve e Villanelle.
Eu gostei bastante da série, da forma como estas duas interagiram durante toda esta jornada e como ambas foram mudando no decorrer da mesma. A Eve e Villanelle do primeiro volume são bem diferentes das que encontramos aqui e posso dizer que a versão final delas é bem melhor.
Eu apenas queria que Os Doze tivessem sido mais explorados neste último volume, que o foco pudesse ter sido dividido entre a relação delas e mais explicações sobre a organização criminosa. Ainda assim, esse detalhe não tira o brilho do final e nem nos faz apreciar menos uma história onde uma vilã é capaz de cativar o leitor e você acaba até torcendo por ela no final. Leitura rápida, envolvente e cheia de boas surpresas. Eu recomendo!
De quando terminei de ler “Morra por mim”, tudo que fiz foi pensar em como iria estruturar essa resenha por vários motivos: claro que sendo o 3º e último volume da série, eu teria de falar sobre os outros 2 livros (que são, em ordem: “Codinome Villanelle” e “Não existe amanhã”, que já resenhei) porque é quase impossível falar sobre esse livro sem falar sobre a construção das duas principais personagens – Eve e Villanelle, mas também pela própria trama que agora as empurra para viajar por diversos lugares (isso está na sinopse, não é spoiler!) e o outro grande motivo é a série de TV. Apesar de ter me enrolado na vida e não ter assistido como prometi que faria, eu soube que muitos fãs da série ficaram frustrados com o desfecho. Claro que fui procurar spoilers e sei todos os pontos pelos quais existiram reclamações e é aqui que entra meu problema que é simplesmente como não comparar o desfecho a série de livros com a da série de TV?
Se você, que está lendo esta resenha, assistiu a série e ficou profundamente decepcionado com o rumo que a série tomou e, principalmente, como terminou, eu te indico a ler os livros. Imagino que a série tenha muito mais material do que os livros, que são relativamente pequenos, mas que entregam um final que acredito que seja mais digno a quem se tornou obcecada como eu por essas personagens. E isto é tudo de comparação que farei porque, sinceramente, não é minha intenção dizer que um material é melhor do que o outro porque eu sequer assisti a série de TV (mas confio plenamente nas atuações da Sandra Oh como Eve e Jodie Comer como Villanelle e peguei bastante spoilers, o que não é a mesma coisa de assistir) e também porque eu sei que são materiais completamente diferentes. Enfim, eu tenho a sensação de que quem vá ler os livros depois da série de TV pode ficar com a velha e conhecida sensação de “O livro é sempre melhor do que o livro”. Dito isso, vamos a trama complicada, intrínseca e rocambolesca de “Morra por mim”!
Pegando um pouco depois de onde o 2º livro, “Não existe amanhã” termina, temos Eve dada como morta depois de um ótimo plano criado por Villanelle e que elevou o patamar do final da trama para as alturas. Em um trem, procurando ficarem seguras, as duas enfim deixam seus sentimentos bastante claros uma para a outra com direito a tudo que os fãs do casal tanto esperaram.
Mas é claro que isso não vai durar por muito tempo e logo os Doze, o grupo que é o grande vilão da série, entende o que está acontecendo. Com a ajuda de Lara (pasmem, a personagem volta e tem uma determinada importância nesse livro), Eve e Villanelle começam, mais uma vez, um jogo de gato e rato, agora para tentarem salvar uma a outra, mesmo que isso significa que elas vão mentir e se enganarem, tudo isso enquanto tentam manter o relacionamento (ou seja lá o que aquilo seja) entre elas. Não espere momentos parados ou barrigas nesse livro: é ação sem parar, mentiras em cima de mentiras, traições em cima de traições, tudo levando a acreditar que não tem como as personagens fugirem porque o circo está se fechando em torno delas. Mas calma, estamos falando de duas personagens incrivelmente inteligentes, sagazes e capazes de coisas dignas de qualquer heroína de filme de ação, então a esperança sempre fica em nosso coração, mesmo quando Villanelle faz algo horrível com Eve, e Eve toma uma decisão que sabemos que dará muito, muito errado.
No meio disso tudo, eu sei que alguns podem se perguntar o que realmente funciona no livro, e a resposta é fácil e rápida: A química entre as personagens é tão real, mas tão real, que mesmo depois de 2 livros elas simplesmente tomando as páginas como uma explosão. Confesso que depois de ler as duas se perseguindo e agindo como gato-e-rato, como qualquer fã do casal, fiquei preocupada se elas funcionariam juntas, coisa que logo de cara ficou bem clara com um belo de FUNCIONAM SIM em caps. Todas as cenas das duas durante o livro são, sem a menor sombra de dúvidas, o ponto alto da narrativa, sempre, coisa que já estava clara para mim desde o 1º livro.
Completando ainda as coisas que funcionam demais e de uma forma bastante orgânica nesse livro, que é uma conclusão, é justamente o desenvolvimento dos personagens. Ao mesmo tempo que muitos parecem estarem batendo cabeças, no final das contas, há sim, muito o que aprender e isso carrega um amadurecimento forte, principalmente para as duas personagens principais – mas hey, vou parar de falar porque não quero dar nenhum spoiler porque acho que quem for ler, merece ter a experiência mais pura de ver essas personagens crescerem.
Tendo deixado claro o que funciona demais no livro pra mim, vamos para a parte que não funciona de jeito nenhum e é – pasmem – o relacionamento delas duas. Calma que vou explicar porque sei que ficou confuso: as personagens funcionam fugindo uma da outra, funcionam em cenas juntas, mas temos aqui uma pessoa como Oxana (nome real de Villanelle, lembra?), que é psicopata. Não esperem que ela se torne uma pessoa mais simples e fácil só porque assumiu que está apaxonada por Eve porque isso não acontece. Acho que vai até um pouco na direção contrária, na verdade, porque Villanelle quer provar para si mesma que não vai mudar ou ceder por nada e nem ninguém, nem mesmo por Eve. Confesso que enquanto lia as duas juntas, fugindo, funcionando como um casal, eu pensei várias vezes que a Eve estava em uma furada sem fim porque ela estava se machucando mais e mais. Foi difícil entender como a dinâmica delas era e o motivo pelo qual poderiam funcionar, até que o livro vai se aproximando do final e você compreende muitas coisas da trama porque – reviravolta! – uma das duas não é lá muito confiável. Resta você ler e tentar entender o que aconteceu ali porque faz muito, muito sentido sim.
Não vou terminar a resenha sem falar sobre uma coisa que se repetiu aqui e que me incomodou bastante no 2º livro: algumas cenas desnecessárias que o autor inclui e que dá a sensação de que é somente para chocar ou talvez para justamente satisfazer a curiosidade sobre uma personagem psicopata e mostrar que ela não se importa realmente com nada e nenhuma regra. Enfim, isso não tira o meu prazer da série, mas me incomoda a ponto de me perguntar: “pra que?”
O final de uma trilogia tem sempre uma regra: decepcionar alguém, em algum ponto, porque muitos querem o final que tem sua cabeça porque acreditam que será o melhor, e muitas vezes os personagens insistem em quererem coisas diferentes (Eles se tornam pessoas reais para os autores. Eu acredito nisso), mas confesso que não imagino um final diferente do que aconteceu aqui. O final pode parecer sombrio para alguns, porém pensando friamente, não há como se fugir de determinadas coisas, principalmente se são tão mais poderosas do que quem luta contra a tal coisa. Eu já falei várias vezes que não tenho problemas com finais agridoces e eu achei o final desse livro longe de ser agridoce, apesar de gostar da palavra “sombrio” – talvez essa palavra seja melhor porque há sim, certas sombras que pairaram e caem no final, mas tudo embalado em um ritmo frenético que não para, em uma crescente que vai prendendo o leitor até o ponto que você simplesmente desiste de tentar parar de ler o livro e terminar a leitura o mais rápido possível para saber como que a trama vai terminar porque você está com medo pelas personagens.
E dai você se questiona sobre o que realmente importa: E Eve e Villanelle, elas conseguiram superar todos obstáculos e encontraram seu final feliz? Os fãs ficarão felizes e terão o que eles esperavam e que a série de TV tão atrozmente se negou a entregar? Eu não vou te responder isso, é claro, afinal, é um grande spoiler, mas eu digo novamente que a alma e coração dessa série são essas duas personagens, e se você ficou triste com o final da série, se lembre de que você sempre, sempre terá os livros para lê-los e lê-los novamente quando desejar. Eu vou sentir falta delas em minhas leituras porque elas são incríveis. Fortes. Inteligentes. E ah, um conselho: fiquei até a última página porque claro que essas duas mulheres fortes e inteligentes não iriam sair em um grande de um “BUM”. Acredite em mim, não em tudo que você lê nesse livro.
Morra por Mim #ResenhaCDM
E chegamos ao final dessa trilogia que divide opiniões. Não vou mentir: estava curiosa pra saber qual o desfecho esperava essas duas. Porém, também estava meio receosa a respeito da história.
Em Morra por Mim encontramos Eve e Villanelle em meio a uma fuga, indo para a Rússia presas em um container e tendo que conviver uma com a outra. É a primeira vez que ambas ficam tanto tempo juntas e, obviamente, as diferenças entre elas ficam muito evidentes, assim como a crescente tensão sexual. Mas elas estão prontas para viver algo novo.
Porém, a nova vida não será fácil, já que os perigos estão sempre à espreita, e os fantasmas do passado estão prontos para assombrá-las.
Antes de começar a falar da minha opinião, quero deixar claro que ainda não tenho uma opinião formada a respeito desse livro. Na minha opinião, ele foi cheio de altos e baixos, com momentos memoráveis e outros pontos que, na minha opinião, foram difíceis de "engolir".
A história começa fazendo um resumo de tudo que aconteceu nos livros anteriores, o que é uma forma bacana de relembrar os acontecimentos passados. Achei um pouco arrastada esse primeiro capítulo? Sim, mas entendi a estratégia do autor e, apesar da quebra, foi muito bom relembrar a história.
O tom desse livro é muito mais leve do que os anteriores e algumas cenas são bem divertidas. Porém existiram algumas passagens que achei um tanto desnecessárias e que, embora tivessem o intuito de ser divertidas, não funcionaram bem pra mim.
Eu gosto da relação Eve e Villanelle, acho que elas possuem uma química bacana e, embora sejam muito diferentes uma da outra, funcionam bem juntas. Foi muito bom acompanhar a evolução das duas, mas senti que a personalidade delas foi modificada em alguns momentos e tiveram coisas ali que não condiziam com o que o autor vinha trabalhando nos livros anteriores.
De uma maneira geral, foi um livro que me satisfez em partes. Alguns detalhes não me agradaram, mas citá-los aqui seria um grande spoiler. Valeu muito a experiência de conhecer a série, principalmente porque eu adoro Villanelle, que é uma personagem muito interessante. É uma história envolvente, com ação e um clima de tensão. Vale a pena conhecer!
Se tem algo que deixa o leitor bastante feliz, é ter em mãos a continuação de uma série que o cativou. E, como Eve Polastri e Villanelle me conquistaram a tal ponto, tive que “burlar” minha programação de leituras pendentes, para acompanhar o desfecho dessa jornada.
“Morra por Mim” é o terceiro e último (assim espero) volume da trilogia, que traz o embate dessas duas personagens peculiares. Ao iniciar esse desfecho, o leitor é “convidado” a desconstruir todo o seu juízo de valor em relação ao certo ou errado; a quem é vilã ou mocinha; ou até saber se você está torcendo pelo lado certo. Outros questionamentos são: Uma pessoa nasce ou torna-se psicopata? É possível um indivíduo ter alguns comportamentos psicopatas, mas continuar sendo considerado “normal”? Enfim, temáticas para reflexões são o que não faltam.
“Ela sempre começa se gabando. Adora descrever suas vinganças contra quem a subestimou (uma lista extensa de pessoas) e a facilidade com que superou todo mundo que tentou capturá-la.
Devido a sua tendência de ficcionar sua própria vida, é difícil para mim estabelecer uma história definitiva, mas já sei dos fatos básicos e, aos poucos, vou juntando as peças.” Posição 335
Algo que precisa ser destacado é a narrativa do autor. É fluida, simples e dinâmica. As reviravoltas apresentadas nessa trama foram também um dos pontos altos. Confesso que fui pego de surpresa constantemente. Em um determinado ponto, eu, como leitor, não via mais outra saída a não ser a morte de nossas protagonistas. E o desfecho, achei satisfatório. E, sinceramente, espero que o autor resolva não revisitar esse universo. A cereja do bolo fica a cargo de uma personagem que já existia no enredo, mas se descobriu não-binária. Então, temos o uso de pronomes neutros em algumas passagens.
“Depois eu viria a descobrir que Villanelle sentia a mesma coisa. Que, embora atuar como a melhor assassina dos Doze tivesse seus benefícios profissionais e materiais, ela começara a almejar uma empolgação que os assassinatos políticos de rotina não proporcionavam. Ela havia desenvolvido um apetite pelo perigo. Queria atrair uma perseguidora para ficar em seu encalço, alguém que fosse digna de enfrentá-la. Ela queria dançar no fio da navalha. Ela me queria.” Posição 89
Algo que me incomodou um pouco nesse volume, foi a relação de amor e ódio que tive com nossas protagonistas. Algumas atitudes de Villanelle ainda consegui aguentar, afinal, ela é uma psicopata, mas as de Polastri, foi difícil de engolir. Mas, ao final, o resultado foi positivo. Ela tinha créditos comigo.
Alerto também que algumas passagens são bastante violentas e existe o uso de palavrões. Portanto, essa leitura não é indicada para leitores mais jovens. Em relação a parte gráfica, a editora está de parabéns. A capa é bonita e segue o padrão da série. Não encontrei erros.
Indico a leitura para os amantes de um bom thriller policial, e que apreciem uma narrativa rápida e cheia de reviravoltas.
O melhor desfecho possível esta aqui! Em uma escrita rápida e que prende do início ao fim, o autor, que começou com um jogo de obsessão que evolui de forma ousada, deixa o leitor obsessivo por acompanhar mais esse capítulo, tão diferente, de nossa dupla. Que saudade que eu estava de Eve e Vilanelle. Confesso que esse livro foi mais do que eu esperava, depois do desfecho do anterior, que coincide com a última temporada, aliás, da série, eu simplesmente não sabia o que ia rolar, eu só tinha uma torcida, mas o desenrolar dessa trama superou minhas expectativas e me deixou apaixonada por esse final. Vilanelle é magnética, seja isso certo ou errado, torcemos por ela, e o autor brinca com nossa torcida. Já Eve aqui revela que esconde bem mais dentro de si do que imaginamos de inicio. Em mais uma trama política genial, as estratégias não são o que parecem a primeira vista, dando ênfase a complexidade dos jogos que se desenrolam nos bastidores do mundo. Uma mistura de tirar o fôlego, que causa apreensão, empolgação e quentinhos peculiares.