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Nem sei por onde começar!

"O passado nem sempre permanece enterrado."

Bom, vamos começar pelas resenhas anteriores, pois sinto que terei que reler todas elas para entender certas coisas que aconteceram neste livro, para relembrar sabe, pois aconteceram coisas aqui que simplesmente não é possível!

Realmente, reli as minhas resenhas, todas elas, para ver o que eu estava deixando passar. Nada! Saga Bauer entrou na trama no quarto livro, O Homem de Areia e eu rapidamente simpatizei com ela. Terminei Lázaro detestando esta mulher!

Mas deixa eu explicar as coisas aqui. Lá atrás, Joona era perseguido por um serial killer muito perigoso, pra lá de ardiloso e com a inteligência acima da média. Além de ser um soldado muito bem treinado desde criança.

Por causa deste cara, Joona mudou sua vida, ficou anos afastado da mulher e da filha e sozinho. Bom, o cara fugiu, ele e a então parceira Saga o perseguiram e o mataram, a vida deveria voltar ao normal, ele reencontrou a filha e a esposa que já estava muito doente e viveram felizes enquanto deu.

"Um dia, tudo isso não passará de lembranças, ela diz a si mesma. Lembranças dolorosas, mas que ano após ano vão desaparecer aos poucos."

Na verdade, Joona matou o irmão gêmeo do cara e Saga matou o próprio assassino, só que não!


Dois anos se passaram e começaram a acontecer alguns assassinatos pela Europa ligando de alguma forma ao nome de Joona. Desesperado e com a certeza de que seu antigo rival não estava morto coisa nenhuma, ele pirou. Ou era o único certo, vai saber!

O fato é que ele tinha um plano de fuga para ele próprio e a filha...e quem mais quisesse fugir junto. Foi ao encontro da então namorada, que não quis fugir com ele por achar que não corria perigo ou somente por ser teimosa mesmo. Joona então foi atrás de Saga tentando convencê-la a fugir com ele e nesse ponto ela começou a perder a minha simpatia...

Saga foi extremamente arrogante. Afirmou que matou sim o cara e que Joona estava paranoico, não quis fugir com ele. Ele só queria se esconder com aqueles que amava e deixar a polícia capturar o cara, só isso, pois ela só faltou debochar dele. E isso que ele a considera uma irmã!

Bom, ele vai embora quase escorraçado por ela, mas lhe dá várias dicas de como se proteger, de como falar com o tal assassino que com certeza irá atrás dela. Pede que ela investigue as mortes e que envie proteção para a sua namorada, que ficou em casa. Nada disso é levado em conta. A namorada não tem proteção, Saga trata os assassinatos como se fosse outro assassino e não investiga por onde Joona instruiu, resultado...um rastro de sangue envolvendo amigos, agentes, policiais, família, amigos, namorada...enfim, Joona sempre teve razão e Saga, assim como todo o resto da polícia demoraram tempo demais para acreditar nele e mesmo depois de perceber que ele estava certo, a quantidade de besteira que ela faz e a quantidade de gente que morre porque ela fez burrada atrás de burrada é algo impressionante.

Minha nossa gente, se vocês acham que eu falei demais, saibam que eu não falei foi nada! Perceberam que eu não falei o nome do assassino né? Lá nas resenhas anteriores eu digo o nome dele, aqui eu resolvi deixar no ar de propósito mesmo! Claro que um cara malvado assim consegue alguns cúmplices, e ele acaba tendo ajuda e foi por isso que no início ninguém acreditou no Joona, mas ele estava certo e por ter insistido nas suas certezas, conseguiu salvar algumas poucas pessoas, além de si próprio!

Fazia tempo que eu tinha lido os livros anteriores e precisei dar uma relida neles para lembrar de algumas coisas e alguns personagens e pra entender o comportamento idiota da Saga, que no final conseguiu fazer a besteira maior de todas! Só não sei se vai ter como desfazer, mas enfim, isso fica para o próximo livro que espero que venha logo, porque caramba, fiquei curiosa com vários detalhezinhos do fim deste livro. Desta vez o assassino morreu mesmo, mas será que Joona vai ter paz, enfim? A mim pareceu que não! Mas para entender você vai ter que ler as últimas páginas deste livro!

"Ele é humano e comete erros...alguns desses erros são armadilhas, mas outros são portas..."

De todos, este foi o mais tenso, o mais complicado e o melhor! O negócio foi cheio de adrenalina quase o tempo todo. Somos apresentados aos personagens, simpatizamos com eles e logo em seguida os vemos morrer! Negócio sinistro viu!

Uma leitura super recomendada!

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Confesso que estou faz um bom tempo aqui na frente do documento aberto pensando em como diabos eu vou começar essa resenha e como vou fazer para falar desse livro. Acho que o mais importante é começar do básico “Joona Linna” é uma série de livros que segue o detetive Joona (dã!), apesar de muitas vezes nos apresentar a mais vasta gama de personagens recorrentes. É escrita pelo casal sueco Alexander e Alexandra Ahndoril, com o pseudônimo de Lars Kepler, e eles já lançaram ao todo 8 livros desse detetive, sendo que o 7º livro “Lázaro” acabou de ser lançado aqui no Brasil e, meus amigos, que livro!

Logo na capa a primeira informação que a gente recebe é: “O passado nem sempre permanece enterrado”, mas ok, isso poderia significar várias coisas, certo? Então, apesar de ler a sinopse direitinha, apesar desse aviso, ainda assim nada no mundo me prepararia para o que ia acontecer nas páginas daquele livro. Fazia tempo em que eu não sentia esse frenesi alucinante que não me deixava colocar o livro de lado nem ao menos pra respirar e que me deixava absurdamente sem fôlego a cada nova reviravolta.

Sem entrar em muitos detalhes sobre a trama principal – porque acredite, isso acabaria com toda a graça do livro -, Joona começa a receber recados não muito sutis de que alguém do passado dele está de volta. Então, quando Joona enfim entende a gravidade de tudo, o que ele faz é lutar para proteger a sua filha, a única família que ainda lhe resta, porque é a única coisa que pode o machucar verdadeiramente.

Enquanto isso ele avisa Saga, que não acredita muito no que o nosso querido detetive acredita, por isso ela resolve ficar para trás e tentar descobrir quem está por trás dessas mensagens e porque essa pessoa está firme em deixar Joona apavorado pensando que um inimigo do passado voltou. Porém, quando Saga enfim se dá conta do que está acontecendo, pode ser um pouco tarde demais.

No início do livro, eu confesso que, assim como Saga, eu estava bem cética (apesar de ter minhas dúvidas porque o princípio básico da leitura de livros policiais é que se não tem corpo, não existe morte verdadeiramente), mas parte de mim queria acreditar apenas que Joona enfim tinha chegado naquele precipício e enlouquecido de vez: absolutamente todo policial, seja em filme, seja em livros (veja só, até o Sherlock Holmes tem) tem o seu arqui-inimigo, aquele nemesis que, muitas vezes, nem existe mais, mas fica lá rondando como uma sombra antiga do passado.

Mas, às vezes, esse passado volta para um último susto.

Conforme a trama foi se desenrolando, ficava cada vez mais óbvio pra mim que não teria como sair um final feliz daquilo ali. Era uma coisa acontecendo atrás da outra, ação atrás de ação. E um vilão sem o menor escrúpulo sobre quem iria machucar ou o que teria que fazer para conseguir a sua vingança contra aqueles a quem ele culpava: Joona e também a própria Saga.

Não é segredo pra ninguém que desde que eu li “Homem de Areia”, Saga se tornou uma das minhas personagens favoritas. Ela é badass, é inteligente e tudo mais. Mas também, é fácil entender como a gente se perde quando a vida de quem amamos está na linha (já dizia Dr. House: nosso cérebro para de funcionar quando achamos que vamos perder quem amamos), então pra mim foi fácil entender vários pontos em que eu sabia que ela estava errando, apesar de ser difícil de ler isso acontecendo. Era como se estivesse vendo um trem descarrilhando sem conseguir fazer absolutamente nada para impedir.

E também Joona, que já vi muita gente reclamando sobre a mudança que ele teve quanto ao que fazer entre ficar e lutar e fugir e sobreviver, mas era o esperado também. Joona não queria só sobreviver. Ele queria garantir que sua filha, de quem ele abriu mão tantos anos atrás, ficaria viva para ver um novo dia. Não era realmente uma escolha fácil a ser feita, mas ele fez. Se eu acho que muito do que aconteceu foi devido ao fato de ele não estar ali? Acho sim, nem vou mentir. Mas também, como eu falei, eu consigo entender porque ele fez as escolhas que ele fez.

Nós vemos nesse livro também alguns outros personagens conhecidos: Nate e Nills, que trabalham junto com eles. E é claro, nosso vilão. Nós já o conhecemos, já o vimos antes e, meu Deus, ele está absurdamente ASSUSTADOR nesse livro. Não vou nem mentir.

Vale dizer que, apesar de ser uma série, não é obrigatório ler os livros anteriores. Eu, por exemplo, comecei a ler essa saga pelo livro “Homem de Areia” e depois pulei um e o seguinte que eu li foi “O Caçador”. Várias coisas sobre o passado são explicadas conforme as páginas vão passando e é possível entender exatamente porque estão acontecendo as coisas que estão acontecendo ali, é tudo bem detalhado.

Agora, acreditem em mim quando eu digo que “Lázaro” é um livro BRUTAL. Ele simplesmente não te dá tempo para respirar do início ao fim. Quando você pensa que vai ter um descanso, acontece outra coisa que te deixa absurdamente chocada e você mal tem tempo de registrar isso quando outra coisa ainda pior acontece. Dito isto, eu recomendo esse livro? É CLARO QUE SIM. Esse é o tipo de livro que vai te deixar de cabelo em pé e desejando por mais.

Lars Kepler sabe muito bem como criar um vilão e um suspense em torno desse vilão. E sabe mais ainda como concluir uma história de uma forma que te deixa tensa e esperando por mais terror ainda, mesmo quando as páginas do livro acabaram.

Mal posso esperar pela continuação, que eu espero que venha diretamente de onde parou, porque do jeito que terminou… Foi pra arrancar o coração de todo mundo que ama tanto esses personagens. Não foi um final feliz, mas eu espero que não seja um final definitivo para uma determinada pessoa.

Apenas uma pequena observação: esse livro tem cenas bem gráficas de violência e até de tentativa de suicidio, então se isso é algum tipo de gatilho pra você, fica o alerta 🙂

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