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Abandonar um gato O que falo quando falo do meu pai é um não-ficção escrito pelo autor Haruki Murakami, corresponde a Editora Alfaguara, traduzido pela Rita Kohl. Eu peguei esse livro em parceria com a editora na plataforma Netgalley, e é meu primeira leitura com esse escritor. Um dia pretendo ler desse escritor Kafka à Beira Mar e Homens sem mulheres. Esse escritor é japonês, sou descendente me interessa muito obras desse escritor e o Nifrido gosta muito de Kafka a Beira Mar.

"Como eu não tinha irmãos, livros e gatos eram os meus melhores amigos."

Esse livro é dividido em sumário, capítulos nomeados com conteúdo, posfácio, sobre a autor , sobre a ilustradora e os créditos. Ilustrações: Adriana Komura. Capa: Alceu Chisorin Nunes, Projeto gráfico: Samantha Rodrigues Monteiro, preparação: Gustavo Azambuja Feix, Revisão: Jane Pesseo e Angela das Neves.

"Tenho muitas memórias do meu pai, é claro."

Essa obra Haruki Murakami como não-ficção se recorda de memórias e lembranças do passado do pai dele, com detalhes passa mensagens e lições fundamentais, o escritor é japonês ele descreve o passado dele de uma excelente forma, ele explica o título do livro que acabou abandonando um gato. Os relatos dele são ótimos de ler e com certeza lerei mais dele.

"Meu avô teve seis filho (nenhuma filha) e vendia saúde."

Eu gostei muito desse livro, eu li na MLI Maratona Literária de Inverno organizada pelo Victor Almeida no desafio de um autor não-branco mas também se encaixava não sei nada sobre o livro mas tudo bem. Gostei de como ele falou de gatos e livros eram melhores amigos dele pois não tinha irmãos. Esse livro eu li muito rápido devido a quantidade de páginas e a leitura fluiu muito bem. Eu super indico esse livro que superou minhas expectativas. E ele está disponível na Amazon, no site da editora e em outras lojas.

"Tenho outra memória de infância sobre um gato."

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Não conhecia nada do Haruki Murakami, mas acredito que outros livros sejam melhores do que esse.
Não achei nada de diferente ou empolgante na escrita, apenas um conjunto de contos a respeito de um pai.

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Venho pensando muito sobre essa leitura desde quando a comecei. É uma leitura para poucos e mesmo assim necessária a muitos. Haruki Murakami se propõe a escrever suas memórias sobre seu pai em um ato quase desesperado de encontrar respostas e conforto em suas memórias, o que, ao finalizar esse curto texto, não foi concluído. O autor nos entrega em poucas palavras uma grandiosa lição sobre tempo, espaço, memória e sobre perdão. Não existe nada como uma boa reflexão para soterrar algumas dúvidas e criar muitas outras, não é mesmo?

“A história é isso: uma única realidade, inflexível, que prevaleceu entre incontáveis possibilidades. A história não está no passado. Ela existe no interior da nossa consciência, ou do nosso inconsciente, corre como sangue vivo e, querendo ou não, é transmitida para as próximas gerações”

Murakami nasceu em janeiro de 1949, uma época muito diferente da nossa e uma cultura muito diferente da minha. Seu pai, ainda muito mais divergente em cultura, se viu em diversas encruzilhadas do destino, e por sua infelicidade, as decisões não foram tomadas por ele, pelo menos não todas. E é sobre isso o livro, sobre princípio, sobre meio, sobre fim e como todas essas etapas estão conectadas por uma única coisa, a decisão. São pequenos detalhes, são pequenos fragmentos, um completo multiverso da loucura e são esses os mais belos fragmentos, os pingos de uma grande chuva.

Avassaladora e grandiosa. Uma leitura simples assim.

“Passamos a vida olhando fatos que são fruto de mera casualidade como se fossem a única realidade possível. Em outras palavras, cada um de nós não passa de uma entre incontáveis gotas de chuva que caem sobre a vastidão da terra. Gotas únicas, é verdade, mas perfeitamente substituíveis. Ainda assim, cada uma dessas gotas de chuva tem as suas próprias ideias. Cada uma tem sua história e também a obrigação de levar adiante essa história. Não podemos nos esquecer disso. Mesmo que cada gota logo seja absorvida, perca o contorno individual e desapareça como parte de um coletivo maior. Ou melhor: justamente porque vai desaparecer como parte de um coletivo maior.”

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“Abandonar um gato: O que falo quando falo do meu pai”, foi publicado aqui no Brasil em 2022, pela Alfaguara (selo da Companhia das Letras) e tive a oportunidade de realizar essa leitura em e-book através da parceria com a editora.

O livro é um relato sobre a relação de um escritor japonês com seu pai e a história de seu país.
Essa foi a minha primeira experiência lendo um livro biográfico sobre um autor, que apenar de ser considerado um dos maiores escritores da atualidade, ainda não conheço suas obras. Por conta disso, estava bem preocupada em iniciar essa leitura e não me envolver por ela. Mas, felizmente, aconteceu o oposto!

Aqui, Murakami irá lembrar de cenas corriqueiras da sua infância e juventude e discutirá sobre o período de guerra, sobre a sua formação como escritor, mas também de relações familiares complexas e dolorosas.

É um relato honesto e tocante! Onde é perceptível os sentimentos do autor referentes a tais lembranças. Temos suas impressões sobre o pai, o como houve períodos em que se preocupou por não suprir as expectativas do pai. Ele nos mostra através dessa leitura a frustração do seu pai por ter desejado uma vida tranquila e acadêmica, mas como foi impedido de tê-la pelo andar violento da história do país. Murakami mostra como o fato dele e o pai crescerem em épocas e ambientes diferentes os fazia pensar e ver o mundo de formas distintas, algo que gerava alguns conflitos entre os dois. E também fala sobre o quão profundamente a experiência de guerra pode transformar a vida e o espírito de uma pessoa.

Sei que muitas pessoas, para se interessar em ler uma biografia, precisam ter algum conhecimento prévio sobre aquela pessoa retratada ou sobre os feitos dela, mas “Abandonar um gato” é sensível ao ponto de dispensar a necessidade de tal sentimento. Sendo assim uma leitura interessante, tocante e que vale a pena ser lida por todos.

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