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Ler autora Nordestina tem um sabor especial, não posso negar, principalmente quando se trata de um um livro bem escrito como esse que em poucas páginas entrega um drama imersivo e marcante.

Tenho certa queda por enredos que envolvem gerações, e ver algo tão sufocante, potente e que carrega uma verdade forte que é quase palpável.

Um livro fantástico, bem escrito, inesquecível.

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amandinha e sua história destroça qualquer um. como mulheres quebradas criam filhas quebradas, somente um cataclisma pode acabar com esse ciclo de violência. é também perceber que mães foram as melhores que conseguiram e viram como ser.

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⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️ + 🤍

Eu não sei como lidar com essa leitura, é um livro curto, porém seu potencial é imenso. Ele é maior do que as palavras cravadas nas páginas. É uma literatura que poucos sonham em alcançar e menos ainda conseguem tal façanha.

Amanda narra sua história como alguém pedindo socorro, um paciente no consultório da psicóloga ou um amigo em mensagens confusas na madrugada. Sabe onde começa, mas não tem ideia de onde termina. Sua história mergulha no mar da passividade inconsequente de tal forma que suas ações param de ser controladas por suas verdades e sim por uma voz que, utilizando da crença, apego e memória, controla seu estado a ponto de não ser reconhecível a Amanda antes em face da Amanda de depois.

Sua vida segue tal mar de passividade até que sua alma pede socorro e seu Corpo Desfeito procura uma saída da prisão mental e física que lhe é imposta de forma a machucar não só o corpo mas a integridade e o mais grave, sua noção de ser.

Existir não faz mais sentido e viver parece um castigo disfarçado de profecia que, proferida supostamente pela alma que doou a alma por ela, é utilizada para, ironicamente, tirar sua vida da forma mais lenta e dolorosa.

Amanda amava essa alma e essa alma consumida pela cegueira da fé e necessidade de controle de sua própria vida não a amava e, como Taylor Swift brilhantemente disse, "Você sabe que existe muitas formas de matar alguém que você ama, e a forma mais lenta de fazer isso é não os amando o suficiente."

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“Era como tornar mais vazia, e oca, e murcha, uma menina de doze anos que já se sentia cheia de buracos.”

Corpo desfeito é um livro de sentimentos cortantes. Uma vida que não é muito vida, uma violência que começou há tantas gerações que já não se sabe mais de onde o mal se originou. Dor herdada é dor que continuará sendo herança.

Foi doloroso ler a história de Amanda, querer entrar no livro e libertá-la de tanta gente ruim, mas também foi uma experiência repleta de reflexões. Jarid Arraes me acertou em cheio com essa escrita.

Recomendadíssimo!

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Livro maravilho da Jarid Arraes, uma cearense. História de uma menina que se vê orfã de mãe e sozinha agora com uma avó extremamente radical. A avó sonha com a filha já morta pedindo alguns sacrificios para que sua filha faça, como usar roupas exageradamente comportada e assim a jovem se vê sozinha e ainda por cima repreendida por sua avó. História situada em uma cidade do interior do Ceará. Muito bem escrito

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Assim que o lançamento de 'Corpo Desfeito' foi anunciado fiquei automaticamente curiosa para fazer a leitura pois gostei muito do que tinha lido da autora anteriormente. E para minha surpresa e felicidade a editora o disponibilizou no site Netgalley, então não perdi tempo e fui correndo fazer a solicitação.

Eu só não esperava o tanto de "desgraceira" que encontrei nessa leitura; a Jarid sempre escreve sobre a realidade do povo sofrido do nordeste, mas aqui ela toca mais fundo ainda.

São tantos os gatilhos encontrados aqui que é até difícil numera-los; mas são principalmente violência doméstica e maus tratos infantil. É de embrulhar o estômago. 

A escrita da autora é crua e detalhista. Me vi enojada e sem fôlego do começo ao fim da leitura com tantos detalhes sendo narrados tão minuciosamente, porém não consegui tirar os olhos dela por muito tempo.

Muitas das perguntas que me fiz durante ela ficaram sem respostas, mas criei uma história paralela para preencher essas lacunas produzidas por mim mesma (risos).

Os únicos momentos de "refresco" eram quando a Amanda e sua melhor amiga, Jéssica, apareciam juntas; mas eles eram raros e rápidos.

Gostaria que o desfecho tivesse sido um pouco mais elaborado... seria pedir demais uma continuação feliz? rs

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O lançamento mais aguardado do ano (pelo menos por mim), que saiu exatamente no dia do meu aniversário, passou por mim como um furacão de emoções muitas vezes conflitantes e que me arrebataram do começo ao fim da história. Algumas coisas de forma mais pessoal, como o nome da avó é exatamente o nome da minha, que faleceu em 2016, por mais que minha avó tenha tido uma personalidade diametralmente oposta ao da escrita no livro. Mas o que (sempre) me pega na escrita da Jarid é como ela consegue descrever as coisas mais simples de forma tão linda e poética. Marquei um bocado de coisa, chorei em diversos momentos, um romance que trata sobre abusos familiares levados ao extremo, mas escrito de uma maneira que a gente consegue abrir um sorriso no meio de uma crise de choro do jeito que só a Jarid consegue fazer. A comparação com a obra da autora é inevitável, e aí eu digo que não consegue superar o surreal de bom Redemoinho em dia quente, mas ainda assim um livrão!

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Terminei a leitura agora e estou, completamente, impactada!
Não conhecia a escrita da autora e já quero ler tudo que ela já produziu.
Essa é daquelas obras que não devemos nos deixar enganar pelo tamanho. Um livro de pouco mais de 100 páginas, mas que ficará em mim por muito e muito tempo!
Uma história cruel, dura de ser lida, e impossível de se largar até a última frase.

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