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Carrie Soto Está de Volta traz a história de Carrie, uma tenista que se aposentou no auge da carreira, quando conseguiu o recorde de vinte grand slams. Ela é a GOAT (greatest of all time, ou "melhor de todos os tempos"), como a Serena Williams, por exemplo.

Só que 5 anos depois dessa aposentadoria, uma outra tenista, Nicki Chan, simplesmente bate o recorde de Carrie e ela não sabe lidar muito com isso. Ela sente que perdeu o seu legado no esporte. Com 37 anos, Carrie decide voltar para o tênis, com intuito de ter seu recorde de volta.

Eu vou ser honesta com vocês, nunca li Daisy Jones & The Six e nem Malibu Renasce — a Carrie é mencionada nesse segundo livro como a amante do marido da protagonista, Nina Riva, que por sua vez é filha do Mick Riva, que é citado em Daisy Jones e Evelyn Hugo. É o Taylorverso, mores. Os outros trabalhos de Taylor, sim, esses eu li. E parte de eu ter uma certa trava com a autora é o medo da decepção hahaha.

Mas Taylor conseguiu o mesmo efeito de Os Sete Maridos de Evelyn Hugo com Carrie Soto em mim. Ela tem uma habilidade de escrever personagens que não são queridas dentro dos livros — muitas vezes por cenários misóginos, já que ela escreve mulheres ambiciosas (que não é uma coisa ruim) e que sabem o que querem — mas que o leitor decide abraçar. Isso é algo muito complicado, a maioria dos autores acaba apenas criando personagens insuportáveis que você gostaria de dar um tapa.

Carrie não é assim.

No meio do esporte, ela tem fãs, mas tem dificuldade de interagir com eles. Ela não sabe perder, ela fala mais que a boca... E aí ela vê uma competidora mais nova e precisa ser a melhor novamente pra conseguir seu recorde de volta, mas tudo na mentalidade dela diz "eu não me sinto mais a melhor". É interessantíssimo acompanhar essa jornada de Carrie em ser treinada pelo pai, como "nos velhos tempos" e até ser encarada com um treinamento vindo de alguém que ela tentou confiar no passado.

É uma história muito bonita sobre a relação entre uma filha e um pai e também sobre como é difícil ser mulher no esporte. Eu não sou uma pessoa que acompanha esporte, o único que eu sigo religiosamente é a Fórmula 1 e toda santa semana algo misógino acontece (a primeira delas é simplesmente não aceitarem mulheres na categoria). Somos questionadas trabalhando com esporte e até gostando de esportes, então, sim, nós passamos raiva nesse livro porque os recordes e conquistas de Carrie são constantemente diminuídos em relação aos dos homens. E claro, existe toda a questão de "ela é capaz de voltar a ser a melhor?" e os próprios questionamentos de Carrie sobre sua capacidade de superação e resistência que são colocados em cheque

A ficção abraça a realidade aqui porque se você conhece um pouco de Serena Williams, sabe que ela, que é literalmente a melhor tenista do Universo, teve seu comportamento milimetricamente analisado em toda partida. Ela olhava feio pra alguém? Não sabe controlar emoções, ela celebrou sua vitória? "Noooooossa que metida". Mas vamos ignorar O tenista que quase quebrou a cara do juiz em uma competição, isso aí é só viver o esporte intensamente.

Enfim, eu indico a escrita da Taylor Jenkins Reid de olhos fechados, mesmo precisando ler Daisy Jones e Malibu Renasce, rs. Ela escreve mulheres com profundidade, coisa que falta e muito no mundo literário.

Resenha por @aquelemqueana

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Carrie Soto Break-points!

Daisy Jones and the Six passaram por maus bocados – e para o 2° lugar do meu ranking de favoritos da Taylor Jenkins Reid – depois que concluí a leitura de Carrie Soto está de volta.

Como eu não leio sinopses antes de começar um livro, a única coisa que eu sabia era o nome da personagem e que ela jogava tênis. E que tênis!

Desde que naceu Carrie já estava inserida no mundo do tênis, a vida inteira dela foi viver para o tênis. A escola foi deixada de lado para melhorar no tênis, a infância e os sorvetes deram lugar a treinos e mais treinos. As conversas? Estratégias de tênis; Pontos fracos das adversárias; Como posicionar os pés; Como vencer na quadra de saibro e na de grama. Ela jogava tênis, pensava sobre o tênis, dormia e acordava pelo tênis.

É completamente compreensível que ela ficasse irada quando não alcançava seus objetivos, já que todos os caminho que ela trilhou foram para estar exatamente no topo, topo esse que começou a ser ameaçado tirando Carrie Soto da zona de conforto que tinha se enfiado por anos.

Então com isso ela decide fazer alguma coisa, ela não pode perder seu recorde, não pode deixar que outra pessoa faça isso quando ela ainda sente que ainda tem muito o que mostrar, tem tanto o que dar ao esporte, e que a sua aposentadoria aconteceu depois de uma sucessão de quedas que deixaram-na insatisfeita. Então ela reage como o esperado: retorna às quadras.

Pode parecer que acompanhar cada parte da trajetória dela, incluindo regras, repasses, jogos e tudo o que acompanha uma tenista tenha sido massante e que a única vontade era dizer: acaba pelo amor de Deus. Mas não foi isso que aconteceu.

Desde que ela decidiu e começou a se preparar, mais eu queria saber, mais eu queria aprender, mais eu queria que ela contasse. Mesmo que fossem questões técnicas, pontos fortes e fracos, e análises de jogo. Eu queria saber!

Taylor Jenkins Reid foi cirúrgica em construir essa narrativa porque cada vez que eu virava uma página ficava ávida para virar outra e mais outra e só parasse quando a Taylor tivesse colocado o ponto final da história.

Amei acompanhar cada partezinha, os altos, o baixos e os fundos do poço. Acompanhar o desenvolvimento da personagem foi satisfatório e no final você entende perfeitamente porque ela precisava voltar às quadras. Era jogando que ela se entendia, que ela se encontrava; e era jogando que ela precisava descobrir a pecinha que ainda faltava girar dentro dela para que tudo enfim fizesse sentido e ela pudesse seguir em frente.

Sem dúvidas Carrie Soto Está de Volta se tornou o meu favorito da Taylor Jenkins Reid, devorei ele como uma pessoa que passa dias no deserto e finalmente encontra um oásis para saciar a sua sede. Foi incrível acompanhar a trajetória dela.

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Árvore Inexplicável foi uma das minhas melhores experiências literárias esse ano, foi um livro que fui com MUITA expectativa e não me decepcionei, desde as primeiras páginas fiquei presa na história, no final não queria terminar o livro para não precisar me despedir dos personagens, principalmente da Diana.
A ambientação da história entregou tudo! Conseguia visualizar os lugares descritos e imaginar todos os toques de fantasia que a Carol adicionou, como se eles fizessem parte do ambiente de São Paulo desde sempre e a gente que nunca viu hahahaha.
O mistério que rodeia a história me pegou o livro inteiro e, além dele, o plot twist me destruiu! Foi algo muito fora do que eu tinha imaginado, me pegando de surpresa e me deixando abismada, mas também trazendo reflexões bem legais sobre o preço que estamos dispostos a pagar por nossas decisões.
Um outro motivo que ganhou meu coração foi a presença de personagens biólogos que foram muito bem construídos, trazendo um pouquinho da realidade brasileira na ciência e sobre as preocupações relacionadas a preservação ambiental, além de falar um pouco sobre a pandemia com muita responsabilidade.
Árvore Inexplicável é mais uma história da Carol que a representatividade está presente e é abordada de uma forma natural, para quem leu Porém Bruxa deve lembrar de como ela constrói os personagens e dessa vez não foi diferente.

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Os sete maridos de Evelyn Hugo é um dos meus xódos da vida e eu adoro vários outros livros da Taylor Jenkins Reid e pretendo continuar a ler obras dela porque essa autora tem uma escrita deliciosa e cativante, mas Carrie Soto não deu pra mim.

Foi muito difícil gostar de um livro que 80% é só partida de tênis com os movimentos certos, técnicas, estratégias, narração das partidas, expressão das jogadoras e 20% só é o plot com romance, cultura latina, conflitos familiares, críticas sociais a respeito de sexismo, mulheres no esporte e o ambiente competitivo dos atletas no geral. Muita coisa pra um espaço tão pequeno, ou seja? Falta desenvolvimento.

Eu não tenho problema nenhum com personagens difíceis de gostar, pelo contrário, muitas vezes elas acabam sendo minhas favoritas, eu amo personagens femininas fortes e que enfrentam tudo para conseguir o que querem, mas a Carrie Soto... como posso explicar? Ela é intragável. Ela é forte sim e uma excelente atleta, mas também é uma pessoa horrível e como o livro é quase o tempo todo tênis, senti que muitas atitudes da personagem ficaram muito gratuitas e aleatórias.

E outras coisas ficaram muito corridas como as últimas cenas da Carrie com o pai dela nesse livro e até o próprio romance, tudo é só um detalhe no mar de tênis e competições que tem aqui. Eu entendo a mensagem de força, perseverança e aceitação que a Taylor quis passar, mas não foi uma história que me envolveu, infelizmente.

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Mais um romance de Taylor Jenkins Reid. Mais uma heroína forte, dessa vez no mundo dos esportes. Mais do mesmo?
Não.
Quando se acha que a autora vai repetir a fórmula do que a tornou conhecida com Evelyn Hugo, ela nos dá uma raquetada. Literalmente.
Carrie Soto é uma grande heroína e recordista do tênis, campeã dos Abertos da Austrália, França e Estados Unidos. Recordista de Wimbledon.
Quando, já aposentada, vê seu recorde ameaçado por uma jogadora mais jovem, resolve voltar às quadras.
Carrie cresceu no mundo do tênis sendo treinada pelo pai, Javier, ídolo também desse esporte, e com ele vai retornar a esse mundo. Mas agora vai ter que crescer também nos relacionamentos pessoais e amadurecer seu jogo dentro e fora das quadras.
Taylor volta nos trazendo, através das raquetadas de Carrie Soto, mais um pouco do seu inegável talento para tocar os alicerces do leitor.

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Carrie Soto é a tenista feminina com maior numero de vitórias em um determinado tipo de torneio e acreditava que para sempre seria a única neste posto, mas aos 37 anos vê uma tenista mais jovem se igualar e prestes a ser ainda melhor do que ela. Com isso Carrie resolve voltar as quadras para manter seu reinado.

A luta de uma mulher mais velha, não mais em plena forma, para retomar seu lugar no mundo dos esportes é uma jornada dura, ainda mais por Carrie não ser uma pessoa que esbanja simpatia e nem fez muitos amigos. Ele lida agora com o preço da arrogância que sempre demonstrou, mas ainda que ela seja tão geniosa, ela é uma potência em determinação, força e talento. Você que acha que não ia gostar dela, se vê torcendo por Soto.

Eu nem imaginava que diria isso, mas virei fã dessa mulher. Não há como deixar de admirar alguém que luta com tanta garra por seus sonhos, que se sacrifica pelo que quer alcançar com tanta coragem e brilho. Carrie é genial, Carrie não fingia nada para agradar os outros. Ela foi leal ao que acreditava do começo ao fim. Eu amo gente de opinião, que não se deixa levar.

A jornada de retorno dela é de tirar o folego. Não sabemos qual será o resultado e cada página virada faz o coração acelerar na expectativa de ver Carrie ganhar mais um jogo, derrotar mais uma rival.

Neste caminho ela passa a limpo sua vida, seus relacionamentos e as interações dela com outras pessoas foram muito emocionantes, em especial na relação com o pai e com o tenista Bowe.

Carrie não é real, mas assim como outras personagens de Reid, se tornou real para mim durante a leitura. A autora conseguiu outra vez criar uma trama onde a história sai das páginas, ganha vida e se fortalece como parte de nós.

Carrie Soto Esta de Volta é a história da tenista conhecida como Machadinha de Guerra, de uma mulher que lutou para se firmar no cenário do tênis, mesmo indo contra os tais padrões que as pessoas estabeleciam. Ela derrubou barreiras, recordes, limites e se consagrou como a melhor e maior em diversos aspectos, sem neste tempo deixar de lado o que acreditava e se vender. Carrie foi honesta, intensa, uma rainha para ser coroada.

Este livro é incrível, com uma história para sorrir, chorar e vibrar. Eu amei!

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Carrie Soto inicialmente apareceu no Taylorverso em Malibu Renasce como amante do marido da Nina Riva. Agora é a sua vez de ter sua própria história. (Chega de representatividade corna, agora é a vez das amantes).

Carrie Soto fez carreira no tênis e após uma lesão no joelho, decidiu se aposentar. Porém, ao ver seu recorde de premiações ser ameaçado pela nova estrela do esporte Nicki Chan, aos trinta e sete anos ela decide voltar às quadras para defendê-lo.

Sendo sincera, eu achei bem aleatória esse protagonismo da Carrie. Talvez a Taylor queira dar uma redenção a ela por se envolver com homem casado e também ser trocada? Não sei... só sei que TJR entregou uma boa história (e sem aparições do Mick Riva ou chifres, devo ressaltar).

Carrie é uma protagonista que você demora a gostar. Ela é boa no que faz, ela sabe disso e faz questão de sempre ressaltar. E por conta disso ela não é bem vista pela mídia e nem muito popular entre os esportistas. Sabemos que a sociedade nunca aceita de bom grado mulheres que não tem cerimônia em não se diminuir ao ser muito boa no que faz e Carrie Soto é um exemplo disso durante toda a história.

Pela história se passar demais no ambiente do tênis, temos muitos termos técnicos e descrições da partidas. A autora até que explica brevemente como funciona o sistema de pontuação e tudo mais, mas é nas descrições das partidas que ela te ganha porque é impossível você não torcer por Carrie. Pela narração ser em primeira pessoa, vivenciamos suas emoções, seja dentro ou fora da quadra.

Temos bastante foco na relação de Carrie e seu pai, principalmente como o fato dele ter sido seu treinador influenciou na relação pai e filha. Temos também o relacionamento entre Carrie e Bowe, um antigo caso seu. Eu gostei demais do companheirismo que nasceu entre os dois, já que Bowe voltou na vida de Carrie para ajuda-la a voltar a forma para os campeonatos. Os dois se ajudam mutualmente, mas principalmente Bowe ajuda a tenista a ver situações por outros ângulos. Eu só queria um pouco mais de destaque dele, mas tudo bem.

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Fazia um tempo que eu não lia nada da Taylor Jenkins Reid. Aí apareceu Carrie Soto está de volta, e eu solicitei em cortesia da Editora Paralela. Mais um do universo de famosos que a TJR criou, dessa vez explorando a vida da polêmica tenista.

A história começa nos apresentando Carrie Soto, enquanto assiste uma partida de tênis da estrela do momento: Nicki Chan. Carrie e o pai estão conversando sobre a carreira dela, e sobre a ameaça de Nicki em conquistar o recorde que pertencia à Carrie.

Aposentada depois de uma cirurgia no joelho, Carrie está com 37 anos e uma ânsia por garantir o seu recorde. E é por isso que ela decide voltar para quatro competições; para provar que ainda é a maior tenista que já existiu.

Carrie Soto está de volta não me atraiu muito, a princípio, porque eu nem me lembrava dessa personagem no universo da TJR, e não gosto de esportes. Mas a saudade de ler alguma coisa da autora bateu, e eu pensei: ah, não custa nada tentar, né? E acabei me surpreendendo bastante com a história.

A trama gira em torno, primeiramente, em nos apresentar quem é Carrie Soto. De onde ela veio, por que essa paixão e obsessão pelo tênis surgiu em sua vida. Sua relação com o pai, Javier - um grande nome do esporte lá na Argentina - é um dos pontos centrais e, ouso dizer, o mais importante do livro todo.

Foi Javier quem criou Carrie para o esporte. Depois de perceber que a filha tinha inclinação ao tênis, Javier passou de incentivador a treinador. A obsessão veio, primeiramente, do pai; mas passou tão fácil para a filha que é certo dizer que Carrie Soto estava sim destinada a ser uma grande estrela do esporte.

TJR tem uma mão para escrever personagens imperfeitos, e eu admiro muito ela por isso. Muita gente detesta a Daisy Jones porque ela é uma pessoa difícil (ignorando que, dentro da sua história, é uma personalidade totalmente verossímil e real), e Carrie Soto não é diferente.

É aqui que eu preciso fazer uma crítica, porque, como eu disse, a TJR tem essa mão para personagens complicados. Mas pesou demais a mão quando foi escrever essa protagonista. Eu digo isso porque, até a metade do livro, estava animada com tudo que a Carrie oferecia pra história.

No passado que conhecemos, ela se estabeleceu como essa figura ranzinza, sem sorrisos para dar ao público, sem simpatia para suas adversárias; ela queria os recordes, as vitórias, os troféus, e era isso. Carrie nunca se curvou ao que a mídia esperava dela, e é maravilhoso como a Taylor Jenkins Reid tece essa personalidade e o julgamento que vem de fora por causa disso.

Para a mídia, Carrie deveria ser gentil, deveria ser simpática, deveria ser arrumadinha e adorável. E ela não é. É um modo bastante escrachado e bem-vindo de mostrar como as mulheres são tratadas como objeto, independente de onde estejam; no cinema, nas ruas, numa quadra de tênis. Em nenhum momento os comentaristas comentam sobre a falta de tato de um colega homem da Carrie, mas, para ela, é sempre a palavra "vaca".

Carrie Soto está de volta segue num ritmo bom quando nos leva aos anos 90, quando ela decide voltar a jogar. Já com 37 anos, o que é um ponto de vista interessante e muito bem trabalhado pela autora, mais uma vez. Agora, temos uma veterena. Com problemas no joelho, no corpo; a idade cobra seu preço, e Carrie sabe que não está em forma para enfrentar as adversárias jovens.

Mas não desiste. Se fortifica. E por isso é tão impressionante acompanhar sua jornada.

O que nos leva de volta ao problema que eu ia comentar: a personalidade dela. Eu sou do time "deixe seu personagem ser o quanto babaca quiser, contanto que funcione na história" e, para Carrie, parou de funcionar. A pirraça dela mais parecia de uma adolescente do que de uma mulher com quase 40 anos, e muita experiência de vida.

Ela passou a tratar esse retorno como uma obsessão, e até certo ponto os surtos e indignações dela eram compreensíveis. Mas o modo como ela via suas adversárias como grandes inimigas patéticas, que não chegavam à sua sombra, me irritou com o passar do tempo. Ela prometia a si mesma uma coisa, e agia como uma adolescente birrenta em seguida. Ela cometia um erro, e a culpa era dela e do mundo todo. O pai tentava colocar um pouco de juízo na sua cabeça, e era o apocalipse.

Carrie Soto está de volta, mas precisava mesmo era estar na terapia.

E, como eu disse, é um vai-e-volta. Eu não senti evolução alguma na protagonista, em todo o livro - talvez só nas páginas finais. Acontece uma coisa que vira seu mundo de cabeça para baixo, e daí a Carrie decide virar gente. Olha... Uma cavalona de 37 anos fazendo pirraça igual adolescente eu não sou obrigada a aguentar não, viu?

Ignorando isso, o livro ainda assim conseguiu ser muito bom. Não é nenhum Os Sete Maridos de Evelyn Hugo da vida, mas traz seu drama, desenvolve seus coadjuvantes, apresenta competições interessantes que me fisgaram. Em resumo, é um bom título da TJR.

Sobre os coadjuvantes, eu gostei demais do Javier, e queria ter visto mais da Nicki Chan. Como treinador, Javier é excelente; e dá para ver que, no passado, ele era muito mais isso do que um pai, e talvez tenha contribuído para a personalidade pirracenta da filha. Mas, atualmente, ele está muito mais "aproveite a vida e o que ela tem a oferecer" e "aproveite o jogo porque você o ama" e sinceramente?

Que baita personagem. Que evolução notável em seus diálogos e postura durante a trama.

Nicki Chan poderia ter oferecido mais pra história, mas ainda é legal como ela permanece nesse enigma de adversária. Outro coadjuvante que ganha destaque no decorrer do livro é o Bowe. Que oferece mais crescimento, mais uma vez, do que a protagonista dessa história. Ele é o jogador mais velho que também voltou para competir; um antigo amante da Carrie com quem as coisas terminaram abruptamente.

Eu não esperava nada da Bowe, e acabei gostando muito do que foi o seu plot. Consistente, com uma nítida evolução de postura e personagem. A TJR gastou tanto tempo com ele e com o Javier que acabou esquecendo que era a Carrie quem precisava parar de ser uma criança chorona.

A edição da Paralela ficou bem bonita, com uma ótima tradução de Alexandre Boide. Essa capa acabou não caindo na maldição de capas feias da Taylor Jenkins Reid, apesar da tipografia nela não me agradar muito.

Em resumo, Carrie Soto está de volta é um bom livro da autora. Oferece drama, tensão e críticas sobre o mundo do esporte. É marcado por diálogos rápidos e passagens marcantes e, apesar da sua protagonista complicada, é um que emociona para jornada.

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A tenista profissional Carrie Soto se aposentou após atingir a marca história de vinte Grand Slams conquistados. Cinco anos depois, porém, ela vê seu recorde ser ameaçado por uma jogadora mais jovem: a potente Nicki Chan. Para impedir que isso aconteça, Carrie decide contar com a ajuda de seu pai e treinador Javier para retornar às quadras e voltar ao topo.

Você já deve ter ouvido que, em uma entrevista de emprego, por exemplo, não é recomendável se descrever como perfeccionista, porque essa característica pode representar tanto uma qualidade quanto um defeito. Carrie Soto é a definição disso: por um lado, ela é atenta e focada e sua determinação resulta em sucesso; por outro, a cobrança excessiva sobre ela mesma afeta sua saúde emocional e sua relação com as outras pessoas. E é essa dualidade que torna essa personagem tão real.

Do mesmo modo, durante a leitura, você fica na corda bamba entre torcer por Carrie Soto ou torcer o nariz pra tudo o que ela faz. Seja qual for o sentimento, o fato é que conhecer Carrie Soto vale a pena.

Mais uma vez, fiquei impressionada com a capacidade de Taylor Jenkins Reid de construir personagens tão verdadeiros que parece que existem. Mesmo já tendo lido tudo dela, a autora conseguiu me surpreender. Nunca imaginei que um livro tão focado no tênis fosse me atrair e me emocionar tanto. Mas isso é porque, entre uma partida e outra, existe muito sobre a vida. Adorei!

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De quando li este livro, há 2 meses, (porque a Companhia das Letras generosamente me conseguiu um eARC, então agradeço a confiança da Editora que mora em meu coração!) tudo que consegui falar sobre foi: O mundo não está preparado para Carrie Soto. Reli o livro semana passada, agora em português, para escrever essa resenha, e me permita dizer de novo, com força: O mundo não está preparado para Carrie Soto. Eu realmente sinto que isto é um fato e que, infelizmente, não há nada que ninguém possa fazer sobre isto porque precisamos de mulheres como Carrie Soto em nossas vidas e na sociedade, mas também entendo que a mulher que ela é foge de todas as expectativas que podem colocar em uma figura feminina e isto assusta. Simples assim.

Para os que não lembram, Carrie Soto foi mencionada em “Malibu Renasce” como a mulher que teve um caso com Brandon Randall, marido de Nina Riva, a personagem principal do livro. O caso foi tão sério que o casamento da personagem acabou – não só pelo caso, mas por todo um conjunto de coisas –, então quando a noticia de que a Taylor estava escrevendo um livro sobre a amante, eu tenho certeza que muitos tiveram a reação que tive: “Como que vou gostar desta mulher?”. E, meus amigos, me permita ser bem clara: Taylor Jenkins Reid fez de novo. E fez tão bem feito, mas tão maravilhosamente bem feito, que Carrie Soto se tornou uma das melhores, mais fortes e mais bem construídas personagens que já tive o prazer de ler em minha vida. E por mais que a sinopse te leve a acreditar que o centro do livro é o retorno de Carrie as quadras de tênis, vou te mostrar nesta resenha que o centro deste livro não é o esporte, não é a vida amorosa de Carrie, mas sim a figura que ela presenta e as expectativas que a sociedade impõe as mulheres. “Carrie Soto está de volta” é um hino de livro, com o poder feminino em seu mais puro estado em cada página, e eu sou bem feliz de ter lido este livro, e você deve ficar também.

A narrativa começa no ano de 1995 com Carrie e seu pai assistindo o jogo da tenista Nicki Chan no Aberto dos Estados unidos, que está prestes a empatar com seu record de vitórias, até ali o maior de todos os tempos. Levando quase que como um desafio, Carrie não está disposta a perder seu titulo de maior tenista de todos os tempos, e o leitor se questiona o que a levou até ali. Claro que quem já leu qualquer livro da Taylor, já está familiarizado com a autora mostrar diversas passagens do passado das personagens em diversas décadas de suas vidas (aqui temos uma narrativa que vai de 1955 até 1996), explicando bastante sobre como suas personalidades se formaram, e neste livro não é diferente: A história de Carolina “Carrie” Soto começa com seu pai, Javier “el Jaguar” Soto, indo da Argentina para os Estados Unidos para jogar tênis – mas então ele conhece Alicia, uma professa de dança que logo lhe rouba o coração. Alicia parecia ser uma mulher com os pés no chão, afirmando que não precisava de muito além de ter Javier com ela para ser feliz, mas ele tinha grandes sonhos para a família que estava formando com sua esposa. Entretanto, o destino termina tirando Alicia de seu marido e sua filha ainda bebê em um atropelamento, deixando a casa sempre com a sensação de que estava mais vazia do que deveria, como a própria Carrie deixa claro em determinadas passagens do livro. Crescendo só com o pai que amava o esporte, Carrie logo começa a acreditar que um dia será a melhor tenista do mundo, se dedicando duro para isto, treinando com Javier em qualquer momento livre que tinha, se privando de viver diversas experiências para conseguir chegar ao jogo que acredita ser perfeito.

À medida que vai crescendo, Carrie já vai mostrando a personalidade forte que ela mesma carrega consigo, um traço que é presente nas pequenas coisas e decisões da garotinha, como quando, na escola, ela faz uma coleguinha chorar depois de ser provocada e é punida por assumir o que falou, enquanto a outra nega que provocou Carrie. Claro que sua personalidade também é afetada pela criação solo do seu pai, que sempre via um potencial imenso em sua filha para se tornar uma grande tenista. A medida que foi crescendo e se tornando uma jovem adulta, Carrie colocava uma pressão em si para sempre ser a melhor porque era isso que via que o pai queria e Javier demonstrava isso bastante. Mas, ao mesmo tempo, fica claro para o leitor, que por mais que o pai de Carrie a levasse ao extremo em treinos e competições, ele a amava acima do tênis, o que vai causando uma certa aflição porque fica claro que eventualmente aquele relacionamento pode ruir devido a pressão do meio atlético.

Estreando no circuito profissional, Carrie não muda sua personalidade em nada, e é aqui que o livro se torna a perfeição que ele é, porque há diversas e diversas passagens de Carrie questionando o fato dela ser uma das melhores em sua profissão, mas, ainda assim, não ter tantos patrocinadores e nem sequer fazer publicidade como as outras tenistas. A narrativa esta na década de 1980 e apesar do mundo ser outro, nós, mulheres, ainda sofremos com a mesma pressão imposta para todas nós: como assim uma mulher pode ser direta e falar o que pensa livremente, sem pudor? Como pode uma mulher colocar a carreira profissional acima do desejo de construir uma família e ter um marido para chamar de seu? Como alguém pode amar uma mulher que só pensa em trabalho? – e eu te desafio a me responder se estas perguntas também recaem sobre qualquer homem porque sabemos a resposta: não. Não há uma pressão sobre os atletas masculinos sobre quando eles formarão família ou por qual motivo eles não sorriem mais (sim), enquanto Carrie, dentro da trama, passa por tudo isso – e sabemos que na vida é assim também.

Não tiro da equação o fato da personalidade forte de Carrie afastar as pessoas dela. Há muita coisa que ela diz e fala que beira a grosseira, mas, ao mesmo tempo, é quem ela é e ela não deveria mudar porque os outros querem que ela mude. Claro que ninguém é obrigado a conviver com alguém assim, mas ela também não deveria mudar. Meu medo da personagem perder a personalidade forte crescia a medida que ia lendo a história de Carrie, e após uma aposentadoria forçada depois de ganhar 20 Grand Slams (que são títulos dos quatro eventos anuais mais importantes do tênis, que acontecem na ordem: o Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e o Aberto dos Estados Unidos), ela resolve voltar a ativa depois da vitória de Nicki Chan que abre o livro, disposta a desempatar a conta das vitórias para seu lado. Carrie volta a treinar com seu pai e um tenista que também está prestes a se aposentar, chamado Bowe Huntley (que vem a ser um ex-alguma-coisa que Carrie teve anos atrás) e ai estava meu medo: algumas pessoas mudam quando se apaixonam, e deixo claro que está tudo bem ser assim, mas Carrie, até ali, já tinha provado quem era e o que queria da vida. Eu, leitora, torcia por ela continuar sendo quem era, evoluindo e aprendendo, se tornando uma pessoa melhor, mas não se dobrando ao que esperavam dela. Ela, assim como toda mulher do mundo, tem o direito de ser quem é sem ser tachada de “bitch” ou “sem coração”, e Carrie bate o pé e mostra que quem quer estar na vida dela precisa aceitar quem ela é porque ela está acostumada (mesmo que com dificuldade) a ficar sozinha. Sempre acreditei nisso, para qualquer pessoa, mas especialmente para mulheres, principalmente por ter crescido em uma casa só com figuras femininas. Que alívio que é ler sobre Carrie, sério.

Seguindo a trama, avançamos para o Aberto dos Estados Unidos de 1995, um retorno que pode significar tudo para Carrie, mas também pode mostrar que ela não deveria ter voltado a ativa, opinião que muitos jornalistas parecem ter. Carrie está mudada, mas não porque estão esperando que ela seja diferente de quem sempre foi: ela está mudada porque está amadurecendo, entendendo coisas sobre si e seu relacionamento com seu pai, que é o relacionamento central do livro. Na verdade, Carrie preenche cada página do livro: Carrie é o centro da história, é o coração e é a dona de todos erros e acertos nesta jornada. A medida que os jogos de tênis vão acontecendo, o leitor vão torcendo pela tenista, e se você se pergunta como você vai torcer por uma personagem em um esporte que você não entende nada (como foi meu caso porque entendo zero sobre tênis), eu digo para você não se preocupar porque é Taylor Jenkins Reid fazendo o que ela faz de melhor: transmitindo emoção, te fazendo ter raiva de personagens, te fazendo torcer por eles e te fazendo sofrer porque é assim que autora funciona em todos seus livros, e aqui não seria diferente. Carrie Soto é a personagem principal em cada pagina deste livro, assim como Evenlyn Hugo era a personagem principal do seu livro mesmo que os 7 maridos fossem mencionados. Carrie está em cada página deste livro de uma forma tão forte que ela se torna maior a cada passagem, trazendo todas as emoções reais de uma pessoa que convive conosco: amamos, odiamos, aprendemos com a personagem, bem como aconteceu com a nossa velha amiga Evelyn – e porque é assim que tem que ser quando lemos algo que nos impacta.

A medida que a história de Carrie vai chegando ao fim, você está esperando e torcendo muito para ela conquistar tudo que ela merece porque Carrie foi dona de sua história e merece tudo que ela quer – e, principalmente, ela merece tudo que ela precisa, mesmo que nem ela mesma entenda ainda o que seria esse “tudo”. Confesso que estava preocupada porque não parecia haver um final que honrasse a jornada da protagonista, mas minha fé na autora continua intacta, e quando o livro termina, você entende bem que Carrie realmente teve o final mais perfeito que poderia ter, deixando meu coração de leitora aliviado e repleto de orgulho depois de uma história que me fez ter raiva, pena e bastante amor por uma mulher que decidiu arriscar sem nunca deixar de ser quem era.

E sim, “Carrie Soto está de volta” se passa no mesmo universo dos livros “Os Sete maridos de Evelyn Hugo”, “Daisy Jones and The Six”, “Malibu Renasce” e da novela “Evidências de uma traição”. Como já mencionei, Carrie vem de uma participação (apesar de não realmente aparecer) em “Malibu Renasce”, então é claro que a história dela está inserida neste universo da autora. Já resenhei 3 dos títulos acima de você pode encontrar as resenhas aqui no site ou você ainda pode vir na tag da autora aqui no site e ler tudo que já falamos e resenhamos sobre ela, inclusive temos um post sobre todas as adaptações que estão sendo feitas dos livros dela, tanto em formato de filme quanto de série.

Talvez Carrie Soto não caia nas graças dos leitores e isso me deixa um tanto quanto triste. Talvez ela te lembre um pouco Evelyn Hugo na determinação em seu trabalho, mas o fato é que Evelyn seria capaz lidar com a imprensa de um jeito que Carrie nunca aprendeu – ou quis. Como já falei acima, essa é a história de uma mulher que tem metas, sonhos, uma personalidade forte e que não cede mesmo quando está quebrada, nem mesmo por amor, que erra e que nunca parece ser capaz de desistir, que tem medo e não se deixa parar, e por isso, merece uma chance de ser amada por todos nós, leitores, por ser quem é. A própria Taylor Jenkins Reid já falou que está curiosa para saber como os leitores reagirão a personagem (clique AQUI para ler). Mas eu, como mulher, sendo cobrada para seguir sempre um script que muitos esperam de todas as mulheres, admirei Carrie por quem ela é e sua jornada de reencontro com quem ela quer ser e o que ela queria, além de sua evolução. Carrie Soto está de volta, mas não só isso: ela chegou em nossas vidas. Ainda bem.

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Esse é o terceiro livro que leio da autora, e acredito que ela se supera a cada obra. A ambientação, a forma que a trama construída e as camadas da própria Carrie Soto me fazem questionar se a história é fictícia mesmo ou se Carrie Soto realmente existiu. Sinceramente eu espero que a Taylor não pare de escrever sobre pessoas famosas!

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Mais um livrinho da Taylor Jenkins Reid pra conta! Gosto de ler principalmente quando estou precisando de algo mais levinho, e é bem o caso desse.

Carrie Soto é uma tenista aposentada que resolve voltar para as quadras para evitar que seu recorde de grand slams seja batido por uma tenista mais nova. O livro discute essa nossa necessidade de mostrar que somos melhores a qualquer custo - no caso, desgaste físico e mental da atleta. Além disso, Carrie tem sérias dificuldades de relacionamento, tanto nas amizades quanto no amor, justamente por ser tão obcecada pela vitória.

Vi algumas resenhas reclamando do excesso de descrições dos jogos de tênis, detalhamento de jogadas, campeonatos, etc. A mim não incomodou, mas eu sou uma pessoa que gosta e acompanha o tênis. Se você não gosta do esporte, pode ser que também te incomode. No mais, é um romance levinho, gostoso de ler e que encaixou bem nessa fase de ansiedade eleitoral.

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Maravilhoso!
Já li os outros três livros da Taylor Jenkins Reid protagonizados por pessoas famosas e esse foi um dos meus preferidos. A forma com que a autora cria personagens extremamente reais, com defeitos e qualidades reais e o desenvolvimento deles ao longo do livro é com certeza o diferencial de todos os livros dela.
O leitor é completamente transportado para o universo do livro, mesmo sem ter nenhum conhecimento sobre tênis, e se emociona e torce junto com a protagonista.

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Carrie Soto, mais uma estrela do TJRverso, aparece novamente e com um livro só seu, da sua história. Conhecida por nós anteriormente como a amante do marido de Nina Riva, agora esse título não é nada. Nada mesmo, perto de quem Carrie realmente é: a maior tenista de todos os tempos.

Criada pelo pai Javier Soto, com exigência e fundamentos rigorosos no tênis, ela cresce nas quadras e se torna uma exímia jogadora. Mas se aposenta antes do tempo.

A sua volta às quadras é para defender o seu título e recorde da nova tenista Nicki Chan.

O livro é muito bom, mas a parte do tênis 🎾 ainda me deixou meio entediada. É eletrizante, mas se eu entendesse minimamente do assunto talvez fosse melhor, então essa é minha experiência.

Entre idas e vindas entre quadras no mundo todo, acompanhamos não só seus jogos, mas sua relação pai e filha e de um novo relacionamento que surge desde o passado, com Bowe Hentley.

Taylor também trabalha temas de gênero e raça, apesar de ser bem sutil nisso, com algumas frases de efeito.

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Vim falar para você hoje sobre minha última leitura concluída: Carrie Soto está de volta.
Nossa amada Taylor resolveu dar voz a uma personagem que fez uma passagem rápida e polêmica em Malibu Renasce, mas vale lembrar que eles não são sequência tá ?
Nesse livro vamos conhecer Carrie Soto , uma das maiores tenistas da época.
Aviso logo que Carrie não é uma personagem fácil e talvez você não irá gostar dela logo de cara, mas ao longo livro ela vai te conquistar.
Aqui vamos acompanhar a trajetória da personagem desde que era criança e como ela foi influenciada pelo pai a praticar tênis e se apaixonar por esse esporte. A mãe de Carrie faleceu muito cedo e então eram só Carrie e Javier. E é lindo de ver essa relação de pai e filha entre os dois, principalmente porque além de pai ele também é seu treinar e o maior fã.
Ao longo livro vamos acompanha a trajetória de Carrie e ver de perto o seu crescimento como pessoa e como profissional. Vamos acompanhar os treinos diários, os torneios e claro, suas vitórias e derrotas . E é nesses momentos que vamos conhecer verdadeiramente quem é Carrie , conhecida como machadinha de guerra.
Carrie é dura , arrogante e fechada, um prato cheio para imprensa que vive falando mal dela nos jornais e revistas. Mas para a gente que está conhecendo ela de perto sabe o quanto ela é esforçada, dedicada , perseverante e acima de tudo apaixonada pelo pai. Mas tem um detalhe, Carrie é péssima em encarar uma derrota e a gente vai ver as consequências disso ao longo da leitura.
No começo do livro estranhei alguns termos técnicos usados durante a narração dos jogos e treinos, mas depois a gente se acostuma .
Para mim foi uma leitura incrível , a escrita da Taylor nos leva para dentro da quadra e a cada passe que Carrie dá nosso coração acelera e a cada comemoração dela, comemoramos junto.
O crescimento da protagonista é uma coisa linda de se ver e a reta do final do livro nos leva ás lágrimas.

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Carrie soto é apenas uma pessoa. Porém não se engane quando digo "apenas uma pessoa", todos temos uma Carrie soto dentro de nós e somente nos resta dar ou não liberdade a nossa Carrie pessoal..
Taylor Jenkins Reid tem um dom inigualável para criar personalidades "famosas" e nos colocar tal mente e esse dom não é em nada desperdiçado nesse ilustre livro. Esperava-se uma Evelyn Hugo ou até mesmo uma Daisy em Carrie, porém, se as datas fossem diferentes, podemos dizer que Carrie é tudo que Evelyn e Daisy tem em comum incorporado em mente predestinado ao sucesso, ao êxito e a gloria. Não se engane quando digo que Carrie estaca predestinada, apenas sua mente estava com um molde perfeito para tal feito e nada, repito, nada poderia dar mais certo (e errado) com uma predestinação tão evidente, não é?

Essa leitura foi um deleite pra mim, realmente não poderia pedir por mais. Recebi todo tipo de gatilho - não vou entrar em detalhe - e não pude deixar de me envolver profundamente com essa história. É tocante, emocionante, revoltante e animador. Recomendo a todos essa experiencia e ainda mais para aqueles que almejam algo ou já conquistaram um posto e pretendem manter o ja conquistado a todo custo.

Preste atenção não somente nas consequências dos problemas de Carrie mas sim na sua raiz. A mãe desses problemas é a mão de várias soluções, só precisamos encontrar o caminho. Ela encontrou.

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Não vai ser pra todo mundo: ou você vai terminar a leitura querendo comprar uma raquete de tênis, ou vai achar um tédio por ter descrições demais de partidas de tênis. Fiquei mais perto do primeiro grupo. Não sei se eu escolheria esse livro como o favorito da Taylor, mas senti que ficou à altura de todo o resto do TaylorJenkinsVerso.

Sinto uma conexão forte com a personalidade perfeccionista, por vezes agressiva, da Carrie, embora não tenha a autoconfiança/arrogância da nossa protagonista. Na real, vai ser tão fácil pra maioria dos leitores desgostar da Carrie que só comprova, pra mim, como precisamos do ponto de vista de mais mulheres como ela. Mas essa é uma história sobre superar limites e barreiras, tanto os nossos quanto os impostos pelos outros, e foi MUITO inspirador acompanhar o retorno às quadras da maior tenista de todos os tempos.

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Carrie Soto é uma tenista que se aposentou das quadras. O seu nome é um dos maiores destaques mundiais do esporte, e tudo o que ela conquistou foi por meio de muita garra e esforço.

Cinco anos após ela anunciar sua aposentadoria, uma tenista excepcional começa a brilhar e ameaçar todos os recordes de Carrie. Temendo perder o título de "maior tenista de todos os tempos", nossa protagonista resolve voltar às quadras.

Quero começar as minhas considerações pontuando que eu não gosto da Carrie Soto desde que li "Malibu Renasce". Carrie não me passou uma boa impressão e ela se manteve ao longo de todo o livro. Ela se mostrou uma pessoa rude com as adversárias, e de vez em quando até com o próprio pai (temos aqui o melhor personagem do livro).

É claro que não posso deixar de admirar todo o empenho, toda a força e dedicação que ela teve ao longo da carreira para ser quem ela é, mas na minha humilde opinião, tudo o que é demais, passa do ponto. Muitas vezes eu tinha vontade de bater nela.

Carrie é uma mulher que se privou de muita coisa na vida e acabou se transformando em uma pessoa amargurada, mas a volta às quadras, vai trazer à tona uma mulher que nem ela imaginou que vivesse dentro dela.

Não posso negar que a escrita da Taylor é impecável, e mais uma vez tenho a impressão de que Carrie é uma pessoa real. Toda a adrenalina que uma partida de tênis trás foi colocada nas páginas de uma forma surreal.

Fiquei muito feliz e satisfeita com essa leitura, além de ter sido mais um livro que reafirma o meu amor pela Taylor Jenkins Reid. Super recomendo o livro, mesmo eu não gostando tanto assim dessa protagonista.

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Mais uma vez a Taylor acertou demais trazendo uma personagem tão real, e como todo ser humano, cheia de defeitos e qualidades.

Não sou nem um pouco fã do esporte em si, e apesar de ter achado as partes esportivas bem repetitivas, não fiquei entediada. Gostei muito da relação pai e filha, celebridade e mídia, e da relação entre adversárias de jogo.

Carrie Soto é mais uma personagem da Taylor que muitas vezes você quer dar um tapa, e daqui a pouco se pega torcendo por ela e querendo dar um abraço.

Não gostei muito do desfecho, queria que tivesse sido mais desenvolvido, queria saber mais. Esse é mais um ótimo livro da autora, mas não entrou para os meus preferidos.

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É tão engraçado quando um livro totalmente aleatório te prende a cada página. A experiência de ler "Carrie Soto está de volta" foi bem diferente do que eu esperava, já que não gosto nada de livros com esportes, no caso, o tênis, algo que nunca nem vi uma partida na vida! Só que super funcionou e eu só tenho elogios.

Ok, Carrie foge totalmente dos padrões: ela é arrogante, egoísta, perfeccionista ao extremo, mas que me trouxe um pouco de reconhecimento. Mesmo que me custe a admitir, eu não consigo lidar bem com meus erros e as frustrações da vida assim como Carrie. Não que eu seja arrogante e mal educada como a protagonista é, eu apenas sofro e choro. Mas com certeza, a leitura se torna um aprendizado. Nem as regras e as divagações sobre tênis me incomodaram, eu saí da leitura pronta para assistir ao Torneio de Wimbledon! rs

Confesso que o final em si já era o que eu esperava, então não tive surpresas com o desfecho de Carrie, só que o plot do 'pai e filha' foi o que realmente me derrubou. Eu me emocionei e acho que foi bonito ver essa 'construção' dos dois. Taylor Jenkins Reid nunca passa um livro sem algo que destroce meu coração, já é uma lei: ler TJR e ir direto pra terapia. Ah, isso é um elogio, tá? Eu amooooo demaaaaais!

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