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Pinóquio é uma dessas histórias cheia de memórias afetivas para mim.
Edição lindíssima da Zahar e super completa, com notas de rodapé e tudo. Adorei conhecer essa versão original, a linguagem é simples mas a mensagem é forte. Apesar do protagonista não ser dos meus preferidos, recomendo muito a leitura.

Obrigada NetGalley e Companhia das Letras por ceder a cópia.

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Pinóquio é um pedaço de madeira falante e transformado em um boneco por Gepeto, sendo esse, um homem muito pobre e bondoso. Tirando até de si mesmo para fornecer o necessário para que o Pinóquio não tenha fome e possa estudar.
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A questão é o Pinóquio é o retrato da criança extremamente desagradável! Ele é preguiçoso, mentiroso, vagabundo e birrento. É perceptível que todas essas características negativas e a estrutura do livro era feita para outras crianças lerem isso e repudiarem tal comportamento. Já que por conta disso o boneco de madeira passa por situações tristes, complicadas e sinistras.
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Há momentos que são bem bizarros e que podem dar medo em algumas crianças, mas é explícito que o objetivo era ensinar as crianças da época a serem obedientes aos pais, estudarem, não confiar em estranhos e valorizarem o trabalho e o sacrifício que os pais fazem para o bem estar dos filhos.
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Obviamente não criamos crianças hoje em dia baseado no medo, mas precisamos lembrar que as maneiras de educar daquele período eram bem diferentes. E por mais que não seja a forma ideal de educar crianças, tenho certeza que elas aprenderam. Eu mesma, se fosse uma criança de 1880, jamais faltaria a escola por medo de me tornar uma burra como Pinóquio.
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Mesmo sabendo de tais objetivos da obra, me irritei bastante com o Pinóquio. Como falei, ele é uma criança detestável e por vários momentos cometia os mesmos erros, mesmo já tendo passado por situações assustadoras que o ensinavam a não fazer aquilo, necessitando de novas chance para realmente conseguir aprender e modificar seu comportamento. Essa repetição parecia ser uma estratégia para fixar a ideia “do que não fazer” para as crianças da época.
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Como uma mulher adulta lendo essa história infantil, confesso que não conseguia me sensibilizar com as lágrimas do Pinóquio. Na verdade, eu me preocupava e me comovia mais com o Gepeto, a Fada Azul e o Grilo Falante. Só o que eu conseguia pensar era “é muito castigo ter que aturar uma criança dessa”. Eles representam a paciência, as dores e as lutas do que é tentar educar uma criança.
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Apesar de ter passado por essa irritação com o protagonista, gostei e recomendo a história. O livro possui uma linguagem simples e fluida e é sempre interessante conhecer o original porque mesmo que a gente vá com a ideia de “já conheço a história” por conta das versões mais atuais, quando chegamos lá vemos que há MUITOS acontecimentos diferentes.

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Toda criança já ouviu a história de Pinóquio. Na escolinha em que eu estudava ela era contada sempre e sempre ficava me perguntando o porquê dos meus coleguinhas gostarem tanto dela.

Nesse ponto eu preciso contar que tinha pavor desse livro. E olha que eu nem mesmo sabia de tudo que envolvia essa história, mas mesmo assim não gostava. O tempo passou, eu cresci e me mantive distante. Até o lançamento dessa coisinha linda da foto. Eu amo as edições da Zahar e, por causa dela, resolvi dar uma chance ao livro. E não me arrependi!

A história de Pinóquio, o boneco de madeira criado por Geppeto, é passada de geração em geração e milhares de crianças a conhecem. Quem nunca ouviu a célebre frase "seu nariz vai crescer se contar uma mentira"? Acho que esse é o ponto mais marcante pra todo mundo, porém está longe de ser o que rege essa história. A trajetória de Pinóquio, suas aventuras e encontros inusitados são divertidas, as vezes tristes e emocionantes.

Pinóquio é teimoso, desobediente e em alguns momentos sua história se torna pesada, o que explica as modificações que ela teve ao ser adaptada para o público infantil. A leitura flui muito bem e os capítulos curtos deixam a trama ainda mais ágil.

Eu gostei bastante da leitura, muito embora não tenha me apaixonado. É muito legal acompanhar as aventuras de Pinóquio e ir percebendo as mudanças sutis em seu comportamento. Foi uma leitura que me surpreendeu bastante e que eu não poderia deixar de recomendar.

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A nova edição com as clássicas aventuras de Pinóquio traz uma versão bem mais completa do que aquela já conhecida pelo nosso público infantil.
O clássico italiano traz notas de rodapé (que enriquecem a narrativa com expressões traduzidas da língua original) e mostra como o boneco de madeira luta para se tornar um menino de carne e osso. Nós, como leitores, somos levados a conhecer todo o amadurecimento que chega a duras penas através de suas aventuras.
Pinóquio precisa superar seu egoísmo infantil para merecer se tornar um garoto de verdade. As lições são aprendidas através de diferentes aventuras, não sendo, porém apresentadas de forma maçante ou enfadonha.
Dessa forma, se torna uma leitura interessante tanto para os pequenos quanto para os adultos.

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