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Em As Horas o leitor é apresentado a três histórias, que se passam em épocas e lugares diferentes. A primeira é da autora Virginia Woolf, em 1923, quando está escrevendo um dos seus livros mais famosos, Mrs. Dalloway. A segunda é da dona de casa Laura Brown, em 1949, que está enfrentando diversos dilemas relacionados à maternidade e ao seu casamento. O terceiro é de Clarissa Vaughan, em 1990, que está preparando uma festa para seu amigo, que ganhou um prêmio literário.

O livro aborda diversos assuntos importantes, relacionados ao universo feminino, como, por exemplo, sobre os papéis e expectativas impostos às mulheres e sobre como isso afeta a saúde mental delas. O livro possui diversas menções ao trabalho de Virginia Woolf, em especial, ao livro Mrs. Dalloway, além da própria ser uma personagem do livro.

O livro é narrado através de fluxo de consciência, que aliado a alternância entre pontos de vista, tornou a leitura um pouco confusa e difícil, em alguns momentos, para mim. Gostei muito do desfecho do livro. Me surpreendeu. Não imaginei que o livro terminaria da forma como terminou. O autor soube interligar as três histórias de uma forma incrível! Recomendo a leitura. Vale ressaltar que o livro aborda o tema do suicídio, que é um tema sensível para algumas pessoas.

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"As Horas" finalmente foi reeditado! Era um livro que praticamente só se encontrava em sebos. Famoso pela adaptação cinematográfica com um grande elenco, As Horas é um livro engenhoso que brinca e homenageia Virgínia Woolf e seu livro "Mrs. Dalloway". Bem escrito, criativo, com referências inteligentes, é uma obra recomendada tanto pra quem deseja adentrar no universo woolfiano quanto para quem já admira a autora. As Horas não tenta emular uma Virgínia Woolf. E isso torna a história corajosa, curiosa, ousada.

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