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"Você não é Invisível" é o segundo livro que leio do Lázaro Ramos, o primeiro foi "Na Minha Pele". Enquanto em "Na Minha Pele" temos uma abordagem autobiográfica, em "Você não é Invisível" o leitor encontra uma narrativa ficcional, mais voltada para o público infantojuvenil. E, mais uma vez, gostei muito da forma de Lázaro contar uma história.

Neste livro, vamos acompanhar os irmãos Carlos e Vitória, com a narrativa sob o ponto de vista de Carlos. É pandemia e os irmãos se veem presos em casa enquanto o pai passa o dia fora trabalhando.

Após ver um tweet despretencioso ter um alcance que não esperava, Carlos cria novas redes sociais, sob um pseudônimo e sem rosto e passa a falar sobre seu dia-a-dia e coisas que o incomodam na realidade. Sob o anonimato, Carlos vai ganhando confiança e seguidores, entre eles fãs e haters.

Enquanto Carlos vê nas redes uma forma de se sentir visto, Vitória se expressa no papel, criando contos de fadas em um velho caderno de sua mãe.

Apesar da proximidade, os irmãos se sentem muitas vezes sozinhos e precisam encontrar formas de se reconectarem.

É uma leitura que fala muito sobre as inseguranças de ser jovem, de querer ser validado e de aprender a se expressar e reconhecer seu valor.

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Carlos é um adolescente de 16 anos que mora com o pai e sua irmã Vitória, os dois só encontram o homem apenas no final do dia, pois ele possuí dois empregos. O livro é narrado por Carlos que é bastante ativo nas redes sociais, costuma fazer lives e todo esse cenário se passa na pandemia do coronavírus.
O livro aborda um pai que está em um momento vulnerável, pois se vê em dois empregos enquanto outras pessoas podem usufruir da segurança de seus lares nesse momento difícil de pandemia e uma mãe que apesar de estar vivendo a vida estudando mundo afora, sua família sofre de forma dolorosa com sua ausência.

Com uma linguagem acessível, vamos conhecendo a rotina dessa família, suas dores, seus medos e preocupações. Carlos evita falar com a mãe por uma série de fatores, ele tenta procurar seu lugar no mundo e muitas vezes invade o espaço pessoal da irmã ao roubar o diário pessoal dela para ler em suas lives.
Carlos faz muitas brincadeiras de mal gosto e por muitas vezes é impossível suportar a leitura, confesso que ele foi o motivo principal de não ter gostado da história, apesar dos temas interessantes que a trama aborda.

Muitos temas bons foram abordados nesse livro, mas todos de forma superficial e sem o devido aprofundamento, acredito que por ser uma leitura um pouco mais leve o autor quis apenas levantar alguns questionamentos para reflexões, mas de qualquer forma ficou tudo muito jogado e sem o devido foco.
A irmã de Carlos (Vitória) é interessante, criativa e sonhadora. Talvez se o livro fosse narrado por ela eu teria me conectado mais com a história! Inclusive Carlos fala muitas gírias, o que não seria nenhum problema se fosse algo natural, mas as falas dele parecem forçadas e até mesmo datadas, o que causa certa estranheza devido à época em que se passa a leitura.

Li o livro em um único dia e apesar de todos os pontos interessantes, foi uma leitura muito difícil de fazer, extremamente chata, rasa e confusa. Eu até tento entender que por ser uma leitura curta algumas coisas não irão ser muito trabalhadas, mas a chatice e a confusão ganharam, e infelizmente a história não funcionou nenhum pouco para mim.
Vale lembrar que apesar da nota negativa muitas pessoas gostaram da leitura, então se você está interessado em ler: leia e tire suas próprias conclusões!

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Estamos na quarentena e os irmãos Carlos e Vitória tentam entender seus lugares no mundo. Cada um do seu jeito, tentam driblar o confinamento, ele gravando vídeos e áudios sobre si mesmo ou postando nas redes sociais, ela escreve um diário e inventa contos de fadas num caderno antigo que era de sua mãe. São formas que os dois encontram de encarar os percalços da vida e se comunicarem para que não se sintam invisíveis.

Leitura rápida, de apenas 112 páginas, mas que tem força nas palavras. Lázaro conseguiu abordar um pouco de drama familiar, a procura de uma identidade e o sentimento de isolamento. Vários momentos para reflexão, de diversão e emoção. As referências culturais e muito atuais são bem interessantes e acredito que muitos jovens irão se identificar. Muito válida a forma que o autor aborda que não somos invisíveis e que sempre vale a pena sermos protagonistas de nossa própria história.

"Mentimos todos os dias. Na maior parte das vezes, fazemos isso por insegurança pessoal. A mentira pode ser uma arma de defesa, mas carregá-la nas costas tem um custo."

Narrativa fluida e ilustrações muito bacanas que conversam bastante com a história. Em cada capítulo, tem uma playlist. Bom demais fazer essa leitura ouvindo as músicas.
Reflexiva e muito convidativa. Terminei querendo mais.
Foi o primeiro livro de Ramos para os jovens. Acredito que já pode nos presentear com outros.

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"Alô! Eu tenho dezesseis anos, não tenho grana pra fazer o que eu quero, posso morrer só por ser quem eu sou e tomei um pé na bunda uma semana antes dessa droga de isolamento. Tá falando do que e com quem , irmão? Só um desabafo rápido. Fui."

Este é Carlos, carinhosamente chamado de Carrinho, que começa a fazer videos pela Internet para tentar burlar a solidão causada pelo isolamento durante a pandemia.
Ele vive com sua irmã Vitória, 2 anos mais jovem e com o pai, que faz parte do grupo "que não pôde parar" e mantém seus 2 empregos. A avó também mora com eles, mas, para se preservar dos riscos da Covid, está na casa de uma parenta.
A mãe está longe, realizando uma série de viagens de trabalho/estudo e vai demorar alguns meses para retornar.

E assim é a rotina destes jovens, como foi a de muitos durante este período.
Carrinho usa como válvula de escape os videos na internet, de olho no número de seguidores, que lhe passam a falsa impressão de amizade, enquanto Vitória prefere escrever, inventar estórias e registrar seus sonhos e impressões sobre o mundo a seu redor. Ela encontrou um antigo caderno da mãe, onde esta registrava as próprias impressões e, como havia muitas páginas em branco, resolveu completá-lo com seus escritos.

A ausência da mãe, que causa tristeza em Vitória e revolta em Carrinho, o isolamento, aliado a impasses tipicos da adolescência, agravados pelos parcos recursos e pelo preconceito racial permeiam a vida dos dois irmãos.
Eles pouco se falam, cada um no seu quarto, na sua vibe e pouco conhecem um do outro.
Assim como se sentem invisíveis perante a sociedade, eles vivem uma invisibilidade dentro da própria casa.

Uma escrita muito sensível do Lázaro, com várias mensagens aos jovens, especialmente jovens negros, reafirmando a existência de muitas opções para enfrentar as dificuldades e elevar a auto estima e amor próprio destes jovens, bem como a necessidade de olhar para o outro como forma também de auto conhecimento, sempre de forma ética.

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O período da última pandemia que assolou o globo terrestre não foi fácil para ninguém. Rotinas foram modificadas, famílias perderam pessoas queridas, empregos, fé... Outras pessoas usaram a internet para se manterem vivas, para manter um pouco de sanidade.

E nesse pequeno e grandioso livro, o ator e escritor Lázaro Ramos, apresenta a rotina de Carlos e sua família.

Sua mãe está viajando pelo mundo e trabalhando num projeto de doutorado, enquanto isso, Carlos e sua irmã Vitória ficaram aos cuidados do pai que não pôde parar de trabalhar e da avó, essa que foi passar o período de isolamento na casa de uma amiga.

Em meio a todo esse desgaste emocional, Carlos que passa o dia inteiro apenas na companhia de sua irmã, resolve usar as redes sociais como uma válvula de escape; mas como mostrar seus áudios, vídeos e escritos não estava dando certo, ele resolve criar um perfil falso, colocar um saco de papel na cabeça e fazer lives.

A ideia bomba na internet, e Carlos começa a ganhar muitos seguidores e supostos amigos. "Carrinho", como carinhosamente sua irmã lhe chama, percebe a ilusão de tudo aquilo, afinal as pessoas não o amam pelo que é, mas pelo que apresenta na internet.

Então, quando resolve mostrar sua verdadeira identidade e apenas uma pessoa fica até o final para lhe prestigiar. Pessoa essa que o ama independente de qualquer coisa.

✨"Mentimos todos os dias. Na maior parte das vezes fazemos isso por insegurança pessoal. A mentira pode ser uma arma de defesa, mas carregá-la nas costas tem um custo."

Quando iniciamos a leitura de "Você não é invisível", imaginamos ser apenas uma história sobre adolescentes em meio ao período de isolamento, mas tem muito mais coisas entremeadas na história.

O autor aborda relações familiares, a influência das redes sociais em nossas vidas, crise de identidade, formação de caráter, entre outros assuntos pertinentes e necessários.

Ah, e não posso deixar de falar sobre essa edição lindíssima, que possui ilustrações que dão ainda mais vida a obra. Um encanto!

Sou uma grande admiradora do trabalho de Lázaro Ramos, e é um prazer poder ter seus livros em minhas mãos!

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Esta é a história de uma família em quarentena. Carlos e Vitória são irmãos e moram com o pai, mas só o encontram no fim do dia. Muito diferentes um do outro, se expressam cada um a seu modo. Porém, possuem uma mesma motivação: entender seu lugar no mundo.
Carlos vive trancado no quarto, gravando vídeos e áudios sobre si mesmo ou postando nas redes sociais. Já Vitória é mais do papel, escreve um diário e inventa contos de fadas num caderno antigo que era de sua mãe. Mesmo confinados, os irmãos vão trilhando seus caminhos com os recursos e instrumentos que possuem.

▪️Opinião : Ainda não conhecia a escrita do
@olazaroramos mas achei muito fluida e
um tanto melancólica. Os personagens sao apaixonantes. Cada um a sua maneira. E que aos poucos vão revelando seus sonhos e medos.
São apenas 110 páginas, mas que me vi completamente mergulhada no enredo e ainda terminei com aquele gostinho de quero mais. Espero que o autor traga mais livros com esses personagens.
Isso sem contar com as ilustrações que estão demais. Em uma edição simplesmente perfeita.

🗣Arrasou @

“Não se deve chamar ninguém de escravo, que é uma condição. O certo é dizer que a pessoa foi escravizada, o que indica que algo interrompeu o fluxo natural da vida dela.”

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Uma história que você embarca com zero expectativa e recebe muito, um livro curto, rápido de ler, que te faz sentir vários sentimentos diferentes.
A história se passa no meio da pandemia, nele conhecemos Carlos e Vitória dois irmãos que com o passar dos dias vão se conhecendo e se descobrindo, os dois moram com o pai, que tem dois empregos e chega super tarde em casa, enquanto sua mãe está viajando pelo mundo, liga todos os dias e envia cartões postais para os dois.
Carlos expõe seus sentimos e pensamentos na internet disfarçado, até o momento que um desconhecido que entra em sua live se comove com sua história e envia uma camiseta e um celular novo para seu endereço, naquele momento bate um choque de realidade nele, que começa a se aceitar e mostrar sua face, sem piadinhas sem filtro, seu eu verdadeiro.
Já Vitória prefere escrever como foi seu dia e criar contos de fadas, até o dia em que Vitória começa a escrever no caderno de sua mãe, no começo ela se sente mal, mas com o passar do tempo ela aceita, o que ela não sabe é que sempre quando dorme seu irmão Carlos lê tudo o que ela escreve. Carlos o mais velho conforme invade a privacidade da irmã lendo seu caderno percebe que que a irmã sente falta dele, um irmão carinhoso e brincalhão que ele era antes da mãe viajar, os dois não imaginavam o quanto isso afetaria o dia a dia deles, Carlos trancou seu coração e ficou grosso com sua irmã.
Até que finalmente os dois conversam e vêm que o sentimentos deles de saudade pela mãe é igual, e os dois entendem que daquela maneira só iriam se afastar cada vez mais, nessa linda história os dois aprendem a ser entender como irmãos e se fortalecerem como família, seja em um dia bom ou ruim, um dia triste ou alegre, um dia chuvoso ou ensolarado. ❤️❤️❤️❤️
Realmente um história linda, que deixa o coração da gente bem quentinho.

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Foi uma grande surpresa ver a narrativa do Lázaro ao público mais jovem, porém a história é um pouco repetitiva e necessita de algum amadurecimento de narrativa, mas ela cumpre o seu papel e transmite a mensagem que deseja sem deixar de causar comoção.

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Esse livro foi uma novidade muito interessante, eu já conhecia algumas obras do Lázaro, mas, ainda não havia lido nada do que ele havia escrito e então esse livro surgiu com uma boa oportunidade, principalmente por ser de um gênero que geralmente prefiro ler.

Eu não sabia bem o que esperar dessa leitura, mesmo tendo lido a sinopse do livro, senti ela bem abstrata, como quem não queria entregar muito da história e isso foi bem legal, porque eu realmente gostei muito do desenvolvimento da história e dos personagens nela presente. Preciso também exaltar o quão gostosa e fluida é a escrita do Lázaro, fiquei totalmente envolvido com a história.

Não vou negar que iniciei a leitura achando o Carlos bem insuportável, mas, com o passar da história é perceptível que essa característica inicial do protagonista é proposital, primeiro porque sim ele tem motivos para agir de tal forma e segundo porque é necessário que ele seja assim para que ele receba o bom desenvolvimento que recebe na história. Mas tenho a necessidade de exaltar o quão maravilhosa Vitória é, a personagem simplesmente não faz esforço nenhum para ser um amor, uma querida que eu guardei comigo.

Eu gostei demais dessa leitura, ela foi uma surpresa realmente agradável, como disse não sabia o que esperar dela e sim o livro entrega muito mais do que a sinopse fala, ainda que eu tenha achado que alguns pontos poderiam ter sido um pouco melhor trabalhados ou explicados, isso não tira quase nada do brilho da história. O livro é curto e ainda assim ele conseguiu abordar com maestria temas como ancestralidade, cultura, família e seus laços, pandemia e ainda sobre redes sociais. Além de tudo isso, cada capítulo vem acompanhado de uma playlist que com certeza vale a pena conferir.

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Muito bonitinho, é literatura Infanto-juvenil. Um menino que é muito inteligente, porém solitário, busca o palco das redes sociais para interagir com outras pessoas durante a pandemia. Cria outra persona e, em pouco tempo, angaria vários seguidores. Mas as coisas saem do controle e ele precisa tomar uma decisão.
Também gostei da dualidade solidão / preferir não manter contato com a mãe viajante e com a irmã que está logo ali.
Enfim, uma graça o livro.

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uma história interessante sobre irmandade, autoconhecimento, raízes e o poder que temos com o que falamos, como falamos e para quem falamos. sobre a importância de ter voz e saber usá-la. embora um pouco curto demais - acabou bem quando tava mais interessante -, é uma leitura ótima e que teria sido muito mais aproveitada no meio da pandemia, mas que funciona agora também.

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Leitura leve e rápida, escrita por Laxato Ramos sobre duas pessoas que vivem em uma mesma casa, mas têm perspectivas distintas de como estão inseridos na sociedade.

Bonitinho, fácil de ler, carismático e acolhedor. Os dois jovens que protagonizam o livro têm maneiras diferentes de se comunicar e ainda assim se sentem incompreendidos, pouco ouvidos e precisam enfrentar seus medos para darem mais um passo no caminho da vida.

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Você não é invisível é um livro de ficção escrito pelo autor Lázaro Ramos, corresponde a Editora Objetiva sendo de literatura nacional e foi ilustrado pelo Oga Mendonça. Eu recebi o livro com marcador mais um bloquinho em parceria com a editora. Quando eu recebi o livro e marquei o autor, o ilustrador e a editora. Depois de um tempo a editora e o ilustrador repostaram e me desejaram ótima leitura.

"Partiu pedindo biscoito para o mundo." p.13

Essa história se passa na quarentena, com os personagens que são irmãos: Carlos e Vitória. Carlos vive trancado no quarto gravando áudios e vídeos, fazendo lives... enquanto Vitória fica escrevendo em seu diário. Esse livro possui representatividade negra e é muito interessante ele passar na quarentena um momento que muitos de nós passamos. Gostei que não final tem cartas e uma receita no livro. O autor nos mostra porque ninguém deve se sentir invisível.

"Ele gargalha explosivamente." p.34

As ilustrações são muito lindas, em algumas partes do livro tem QR Codes com playlists de músicas que combinam com a parte do livro que eu indico ouvir enquanto lê. É um livro muito rápido e fácil de ler, por ele possui apenas 112 páginas é um livro que dá para terminar no mesmo dia que começou a ler. Os personagens são ótimos e a escrita bem envolvente.

"Seu maior amigo. Ou melhor, seu pior inimigo." p.35

Portanto eu gostei desse livro, não foi dos meus favoritos desse mês mas não achei um livro ruim muito pelo contrário. Espero que o Lázaro Ramos continue escrevendo livros pois tem seu potencial de escrita. Foi meu primeiro livro físico que eu li em parceria com essa editora, foi uma excelente experiência. Li na Corrida das Páginas apesar de não ter colocado na TBR pois chegou depois da postagem. É um ótimo livro e eu indico.

"Naquele momento eles entenderam sobre irmandade. Aquela que nasce independente do sangue, aquela que faz com que as pessoas marchem juntas, se acolham, sorriam às vezes pelos motivos mais bobos. Pessoas que em alguns momentos estão só escutando, perto , oferecendo um olhar interessado. E sem máscaras." orelha do livro

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Em primeiro lugar agradeço ao Netgalley e à Companhia das Letras pela cópia digital da obra em troca de uma opinião sincera.

A história nos fala sobre uma família em quarentena, aqui representada por dois irmãos que exteriorizam as suas questões sobre a vida e os seus sentimentos de formas distintas: enquanto um recorre ao digital, o outro prefere debitar as suas preocupações, os seus pensamentos, num caderno antigo, já usado.

E é assim, nas mensagens trocadas com seguidores, nos textos escritos (ainda) em papel (e por vezes lidos às escondidas) ou nos curtos encontros pela casa que estes irmãos tentam entender o próprio caminho, administrar os seus sentimentos e principalmente, compreender que não estão sozinhos e que ninguém deve se sentir invisível.

Uma leitura com uma linguagem bastante atual, muito voltada para o público juvenil que certamente acabará por se identificar com as questões abordadas pelo autor.

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Você não é invisível é meu primeiro contato com a escrita do Lázaro Ramos e achei bem interessante a escolha da forma em que a história é contada.

Carlos e Vitória não poderiam sem mais diferentes e ainda assim eles se apoiam cada um à sua maneira. O pai que passa boa parte do dia fora trabalhando em dois empregos tenta de alguma forma se manter presente na vida dos filhos e compartilhando com eles dados importantes sobre a história da família. A mãe está ausente e durante a trama é nítido como isso afeta os filhos, porém apesar da distância ela encontrar formas de se fazer presente e se conectar com eles.

É uma leitura rápida que traz várias referências culturais, e situações que muitos jovens negros poderão se identificar, principalmente no sentido de se sentirem invisíveis dentro da própria casa, na sociedade. Lázaro mostra como conhecer mais das próprias raízes ajuda a encontrarmos nosso lugar no mundo e assumirmos nosso protagonismo.

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