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A Longa Marcha é o primeiro livro de King que leio escrito sob o pseudônimo de Richard Bachman e independente do nome que conste na capa, King consegue criar uma história que assusta de alguma forma e deixa o seu leitor fiel angustiado.
O que senti de diferente nesse livro, comparado aos que ele assina como Stephen King, foram os detalhes. A história desta obra é mais ativa do que descritiva e você vai ter que entender o cenário, a realidade e a mecânica das coisas conforme vai lendo.
A história é ambientada em um mundo distópico, onde cem jovens são colocados em uma prova de resistência conhecida como Longa Marcha. Eles vão caminhando por várias cidades americanas sem parar, sem poder diminuir o ritmo e quem ousar tomar uma dessas atitudes, é fuzilado pelo exército que os escolta em todo o trajeto. Aquele que chegar no final será o vencedor e receberá um grande prêmio.
Ray Garraty é o protagonista e um dos participantes e seguimos com ele nessa caminhada. De começo não entendemos bem como tudo funciona, mas conforme a marcha avança e vamos conhecendo Ray e os competidores, as respostas das perguntas chegam para o leitor.
Claro que ser executado por si só é chocante, mas mais chocante que isso é ver o estado físico e mental de cada um daqueles garotos se deteriorando. É angustiante ver como cada um deles começa firme e forte e vai desabando. A execução deles nem choca tanto quanto o estado que eles ficam antes deste momento. Lembrem que não é permitido para por nada, então imaginem passar dia e noite caminhando sem trégua, comendo enquanto anda, se aliviando, adoecendo, surtando, fazendo amizades, desabafando e tentando entender a vida... É uma tortura.
E King ou Bachman, como você preferir, mostra a verdade nua e crua desse trajeto, mexendo com os nervos dos competidores e com os nossos.
É um livro que prende fácil. Você segue querendo saber quem vai sobreviver e o que vai acontecer no trajeto. Quer conhecer mais dos personagens e o que os motivou a ir marchar. Em cada página o ser humano surpreende o leitor, seja pela plateia ensandecida que vibra com uma competição absurda que tira vidas, seja com cada competidor indo além de suas forças para seguir em frente. É uma prova de fogo e de vida.
King é um homem de ideias insanas, fico aqui imaginando se ele sonha essas histórias malucas ou se as cria em pleno juízo e acordado. Seja como for, outro livro com história envolvente e que me prendeu até o final. Quero ler outras histórias de Richard Bachman.
Em geral sou grande fã do king, mas este livro não funcionou muito para mim.
Acompanhamos Garraty ao longa da Longa Marcha (e bota longa nisso), assim como vamos tendo vislumbres dos demais competiodores. Os personagens são todos jovens e muitas vezes tinham conversas e pensamentos bem típicos de adolescentes, que achei um tanto quanto cansativo de acompanhar. Ao longo do caminho isso muda, em especial no fim, mas aí já era tarde demais para ser cativada pelos personagens e o pouco que ficamos sabendo de suas vidas antes dessa empreitada.
Boa parte do livro pode se resumir em: pessoas andaram e pessoas morreram.
O mundo em que se passa a história parece interessante, mas não tem como afirmar isso, uma vez que não temos desenvolvimento quase nenhum sobre ele, em sobre o tão famoso e temido Major.
Achei o final condizente com a história e até intrigante, foi uma das coisas que mais gostei nele..
Sob o pseudônimo de Bachman, Stephen King colocou no papel uma história com um pé na distopia e outro no horror. Expondo os limites do ser humano o autor constrói um traçado para quem tem estomago forte. "A longa marcha" tem uma premissa até certo ponto simples: uma competição que reúne cem garotos em uma caminhada, o objetivo é sobreviver ao longo percurso, aos desistentes a morte é certa. O vencedor será o último sobrevivente de pé.
Protagonizado por Garraty temos um perspectiva de dentro da competição, sentimos junto aos personagens o crescente desespero que se instaura no trajeto. King abusa das descrições grotescas o que caracteriza bem os seus livros escritos sob este pseudônimo.
A longa marcha é vista nessa sociedade como entretenimento, um meio de alienar a população. Não importa quão absurdo os acontecimentos se sucedam, tudo será usado como manobra de manipulação social. O maior questionamento se volta para os participante: qual o motivo que os fizeram participar desta competição? Será que eles não tem nada a perder?
A construção da narrativa se engrandece ao passo que a história avança, as nuances dos competidores e desse lugar distópico em que estão inseridos nos obriga a pensar, o autor leva ao extremo os meios para um objetivo incerto. Esta é uma história perturbadora que prende o leitor pela distorção da persistência.
So sorry, I couldn’t actually read this as I can only read English. I didn’t noticed when I downloaded it
Thanks though
Que livro doentio! Por muitas vezes me perguntei que tipo de mente concebe uma trama como a de A Longa Marcha! Que fique claro: eu amei o livro. Mas isso não apaga o fato de ser uma trama bizarra.
Em A Longa Marcha, de Stephen King, escrito sob o pseudônimo de Richard Bachman, acompanhamos cem jovens em uma caminhada que passa por diversas cidades. De início, o leitor não sabe bem o porquê dos jovens estarem nessa caminhada, ou qual o objetivo disso. Mas, quando o primeiro participante recebe o terceiro aviso e, com isso, o bilhete, é impossível não ficar em choque.
Conforme ia sabendo mais sobre cada personagem, a raiva por eles terem entrado na marcha crescia hehehe e ao longo da leitura perguntas sobre o que levaria uma pessoa a entrar em uma competição assim não paravam de surgir.
Olá praticantes de Livroterapia.
“Viver um pouco mais. Viver um pouco mais. Viver um pouco mais.”
Prontos para a nossa dose de Stephen King do mês?
E dessa vez é uma dose levemente diferente.
Eu trago o super lançamento da Editora Suma, A Longa Marcha, que é o primeiro livro da nova coleção da editora, que estará lançando em novas edições, com direito a traduções novas, novos projetos gráficos, todos os livros do Mestre Stephen King, que ele assinou e publicou sob o pseudônimo de Richard Bachman, nome que o mestre usou entre os anos 1977 a 1985, para publicar livros que ele mesmo definiu como histórias angustiantes e surpreendentes e por alguns motivos editoriais, porém, que ao ser descoberto a ligação do pseudônimo com o mesmo, King, “matou” Bachmam.
“King: Repito, que bom que não matei ninguém, hummm?”
A longa Marcha foi publicado originalmente em 1979, cinco anos após Carrie, que já era um sucesso, e foi essa notoriedade um dos motivos que fez King escolher um pseudônimo para seus livros.
A nova edição da SUMA está impecável, lindo projeto gráfico, letras confortáveis, e tradução de Regiane Winarski, que é a responsável pelas traduções do King para a editora, e tem um dos melhores trabalhos de tradução dele que já li.
Essa nova série está sendo entregue como: Os livros de Bachman: A Longa Marcha.
A história está dividida em 03 partes: Começando, Seguindo pela Estrada e O Coelho.
E acompanha um grupo de 100 jovens, que se inscrevem na Longa Marcha, uma tradição anual que consiste em este grupo, que após a inscrição são sorteados de forma aleatória para marchar pelas estradas, sem parar... E quando digo sem parar, é mesmo sem parar para nada, alimentação, necessidades fisiológicas devem ser tudo realizadas andando, quem dormir é bom que durma andando, pois se parar a marchar por mais de dois minutos, nunca mais vai levantar...
“... Eu entrei nessa merda de Longa Marcha como os caras entravam na Legião Estrangeira. Nas palavras do grande poeta do Rock ‘n’roll, eu dei meu coração a ela, e ela o destruiu, e quem se importa?”
E é isso que posso falar da trama, pois vocês precisam ler, para entender a angustia que é essa leitura. Eu não li, eu participei da marcha, eu me conectei com a vida desses jovens, com o destino deles, com o absurdo que é a marcha, e eu precisava de respostas, o livro inteiro, King, como sempre vai soltando informações sobre a Longa Marcha, o que faz os jovens a se inscreverem, os prêmios, dinheiro, tudo o que desejarem? Existe algum contexto fantástico para o premio?
E temos Garraty, um garoto do Maine, um dos concorrentes, e através de quem marchamos pela leitura. Seus desejos, sonhos, tristezas e desilusões, é ele quem nos apresenta os demais competidores, amamos e os odiamos, pelo ponto de vista dele.
Ah, esqueci de dizer, você não pode parar de marchar, e marcha até só sobrar um...
Ai está o terror mordaz dessa leitura, pois sabemos que de 100 personagens, apenas 1, termina o livro vivo, quem será? Iremos ver o final da marcha? Ou teremos mais um livro de King de final aberto, quando nosso narrador, não agüentar e parar...
Deixo esses detalhes para vocês, espero que leiam, pois realmente foi um livro que me pegou de jeito.
“- Por que você não me ajuda a decidir?
- Claro. Qual é o tema da decisão?
- Quem está na jaula? Nós ou eles?”
Temos uma narrativa bem descritiva, acompanhamos as dores físicas, emocionais e o desmoronamento desses jovens competidores, vemos favoritos enlouquecerem, vemos desconhecidos aguentarem mais do que eles mesmos imaginavam, e tudo isso, temos vislumbres de uma sociedade doentia. King, tem suas criticas a sociedade, a reality shows (já em 1979), a fome do publico em acompanhar tragédias e assassinatos, tudo isso muito bem mesclado a uma trama, poderosa e densa.
Achei um livro muito bem escrito, com uma narrativa que precisa sim, ser lida com calma e absorvida e uma história de pessoas comuns, que tiveram uma péssima escolha de atividade física.
A Longa Marcha, já se encontra em algumas livrarias físicas e em pré-venda. Sua data oficial de lançamento é 13 de janeiro, sim, a primeira sexta-feira 13 do ano, e é um livro distópico com um terror pessoal, que recomendo para todos, os fãs do gênero, e aqueles que gostariam de começar a ler.
Porque digo terror pessoal? Não temos nenhum vilão, toda a história é sobre um terror, e cada perda, tiro, alguém parando de andar, é o vilão deste livro!
Espero que tenham gostado da indicação e até a próxima.
O adolescente Ray Garraty resolve participar da Longa Marcha, uma competição com cem adolescentes que devem caminhar por tanto tempo quanto conseguirem. Se pararem ou reduzirem a velocidade, recebem uma advertência, e três advertências levam ao "bilhete azul", eliminando o concorrente. Ao vencedor, promete-se um grande prêmio.
O livro é a epítome do ditado "o que importa é a jornada". Acompanhamos Garraty e vários dos participantes, sofremos e nos cansamos com eles, e ganhamos vários questionamentos ao final. A história é dramática e por vezes deprimente. O suicídio é um subtexto permanente.
King escreveu "A Longa Marcha" aos 18 anos. É seu primeiro livro, embora não o primeiro a ser publicado (que foi "Carrie", em 1974). "A Longa Marcha" foi publicada em 1979 sob o pseudônimo de Richard Bachman, mas estão lá vários dos elementos que marcam a escrita do rei, como a construção detalhada de personagens e o Maine como pano de fundo.
Antes de saber que era um relançamento, eu jurei que esse livro era um dos últimos escritos pelo King! É que a premissa dele é a cara dos battle royales que foram lançados nos últimos anos: uma espécie de reality show acompanhando vários jovens que literalmente morrem para alcançar um determinado prêmio. Fala a verdade, só por isso não parece um Jogos Vorazes??
E no que consiste esse livro afinal? A longa marcha se situa em uma espécie de futuro distópico, que é bem interessante aliás, mas que infelizmente o autor fala muito pouco sobre. Uma pena, porque eu fiquei muito curiosa para entender mais a respeito da organização e leis (ou falta delas).
Nesse universo, todo ano 100 adolescentes são escolhidos para caminhar sem parar até que só sobre um. Ao vencedor, tudo o que ele desejar estará ao seu alcance. Aos perdedores, literalmente a morte os espera.
Aqui é um belo ponto para começar a questionar a sanidade dessa galera, porque eles simplesmente se voluntariam para passar por uma tortura como essa.
E não bastasse essa loucura por si só, em vários trechos, seja na cidade ou na estrada mesmo, as pessoas param para acompanhar os jovens se arrastando e torcem para que alguns morram na frente deles (qualquer semelhança com o twitter é mera coincidência rsrs)
Como podem ver, esse livro não se trata de história de terror. É simplesmente sobre jovens em uma situação extrema, e a interação entre eles o livro todo. Aos poucos, vemos a confiança deles desmoronar, e o desespero tomar conta. É curioso notar que eles começam a questionar o sentido da vida e as motivações que os levaram a se inscrever na marcha.
A construção dos personagens é muito boa, e a atmosfera sombria me prendeu do começo ao fim. Eu sinceramente não me apeguei a ninguém, mas a curiosidade acerca de quem ia vencer era minha maior motivação para continuar. Minha decepção foi mesmo com o final, mas sendo um livro do King, nem fiquei surpresa com isso.
Apesar de não contar com nada de surpreendente, a narrativa é super ágil e fluída. Não é um livro que inventa a roda, mas cumpre seu propósito de diversão rápida.
Foi minha terceira leitura desse livro e num período péssimo onde eu tava com a concentração péssima e ler um livro tão pesado nesse momento não foi uma boa ideia. Mas dessa vez era uma LC então não tinha escapatória.
Segue sendo meu livro preferido do King, mesmo se quem escreveu foi o Bachman, e mesmo eu achando que não é o melhor livro dele.
Mas a história me assusta (ela é muito diferente do que acontece nos reality shows atuais? Eles só não terminam com a morte dos competidores) e ao mesmo tempo me emociona. Pobres meninos...
Esse livro prende o leitor desde o começo. Aterrador, desesperador e profundamente triste, acompanhamos os cem garotos escolhidos para a marcha. Até sobrar apenas um. Amizades são feitas, alianças breves surgem e apoios são oferecidos, mas no final, só pode sobrar um de pé, andando, andando, e andando. Stephen King sabe o que faz com as palavras, e sabe criar personagens jovens muito bons. Neste livro, não é diferente.
Livro genial, extremamente imersivo na cabeça do protagonista, no sofrimento, no declinio mental. É uma historia muito fechada e introspectiva. Amo demais.
Esse é aquele tipo de livro que não te deixa em paz enquanto você não termina a leitura !!!
Vamos acompanhar alguns garotos por uma caminhada pelos estados unidos, .as não é uma simples caminhada eles vão precisar se manter acordados, manter o ritmo e não podem parar por nada, caso recebam advertência por desrespeitar algumas das regras eles ainda terão mais duas chances, mas na terceira advertência eles são mortos ali mesmo, na frente dos outros meninos, sem nenhuma chance de implorar pela vida.
E tudo isso apenas pra fazer um pedido, eles podem pedir o que quiserem, mas somente um vai ganhar essa disputa !
Hoje vamos falar de King! Dessa vez será com seu pseudônimo, Richard Bachman, usado entre 1977 e 1985 com a finalidade de publicar histórias angustiantes e surpreendentes.
A criação do pseudônimo se deu por duas razões: no início da sua carreira, os editores acreditavam que o fato de King publicar vários livros no mesmo ano poderia saturar o mercado com seu nome, deixando os leitores cansados de sempre ler e ver o nome do escritor estampado nas capas. Outro fator também seria para responder ao questionamento se o sucesso dele se deu em virtude do talento que possui ou se o fator predominante foi sorte. Desnecessário, eu sei – parece uma busca por autoafirmação de que ele é badass.
Sobre “A longa marcha”, o livro foi publicado em 1979 e agora, em 2023, a Suma inaugura a sua nova coleção que reúne os livros do autor como Richard Bachman. Aqui, vamos ser apresentados a uma narrativa distópica sobre uma competição em que os participantes não têm mais nada a perder, além da própria vida.
Nosso personagem, o jovem Ray Garraty, contrariando a própria mãe (que não fez como Will Domiêncio, haha. Eu não poderia perder essa piada nunquinha) decide participar da famosa prova de resistência conhecida como A longa Marcha. O vencedor é presenteado com “O prêmio” – e com isso pode-se divagar e desejar o que quiser ter pelo resto da vida.
No entanto, nem tudo são flores. A prova é difícil de ser cumprida, e ser derrotado lhe custará a própria vida. Afinal, o percurso é longo, e os cem participantes precisam percorrer as rodovias e estradas dos Estados Unidos, mas não é simplesmente caminhar bebendo Bourbon ou comendo Donuts com Coca-Cola.
Os participantes precisam seguir numa velocidade mínima estabelecida, não podem diminuir o ritmo e nem parar para as necessidades básicas. Precisam ter constância ou acabarão morrendo antes de chegar no “final”. Qualquer infração que cometerem é motivo para sofrer advertência e, se acumular três penalidades, o jogador é eliminado.
Pela descrição já dá pra perceber que é uma história interessante e instigante, certo? Com uma pegada bem de Round 6. No entanto, diferente dessa série que citei, a história do livro aqui se tornou um problema para mim. Enquanto estamos lendo, a gente não sente empatia pelos personagens. São jovens que não conhecemos suas histórias, seus objetivos, não entendemos como foram parar lá e por qual razão. Enquanto eles percorrem os caminhos para sobreviver, ficam falando de coisas fúteis, piadas preconceituosas e que incomodam a vítima e o leitor. Pelo menos foi o que aconteceu comigo, a experiência pode ser diferente com você.
Eu gostei da premissa, mas não senti conexão com os personagens – e isso pra mim foi um problema, porque a cada morte a gente ficava se perguntando onde tudo aquilo iria dar. É claro que há um diálogo por trás mais profundo e reflexivo, sobre como as pessoas estão dispostas a arriscarem as suas vidas para tentar vencer e ganhar algo. Vale a pena o esforço? Vale a pena nadar e morrer na praia?
Independente de trazer os pontos negativos no meu ponto de vista, os positivos existem e são perspectivas diferentes – o que pode ter sido um ponto ruim para mim pode ser diferente para você. Então, leia e me conte a sua opinião depois.
A edição da Suma está linda, impecável! E não vejo a hora de ler mais um livro do autor como Bachman.
http://www.revelandosentimentos.com.br/2023/02/livro-longa-marcha.html
O jovem Ray Garraty foi um dos selecionados para entrar na chamada Longa Marcha, na qual cem jovens marcham sem rumo dia e noite numa velocidade específica. Se você parar, desacelerar ou sair da marcha? Você morre! A marcha só acaba quando o último homem estiver de pé. O prêmio? Tudo que você quiser até o fim da vida. Quando a marcha começa, Garraty se pergunta se vale a pena.
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Eu já perdi a quantidade de livros que eu li do King atrás de um que eu consiga realmente gostar. E eu juro que eu pensei que esse fosse ser ele, o livro que eu ia recomendar do King, mas não foi dessa vez.
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Com uma narrativa extremamente incômoda, que chega a agoniar e que te transporta para a mente de jovens que perdem o rumo, a esperança e os planos conforme a marcha avança. E a todo momento eu ficava pensando "eu tô perdendo a grande metáfora desse livro pq não é possível" e aí eu fui lendo e o livro foi se desenvolvendo e só o incômodo que ele me causou pra mim já tava dando um cheirinho de indicação.
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Porém, mesmo depois de ter me acostumado ao jeito de Garraty e dos outros competidores, o final me decepcionou. Não tem como achar aquele final bom, na minha opinião.
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Enfim, não foi dessa vez.
A longa marcha de Stephen King é realmente um livro que mostra a habilidade do autor. Como pode um livro que conta apenas sobre uns rapazes andando uma caminhada mortal e sem acontecimentos sobrenaturais nem nada do tipo ser tão envolvente?
Stephen King é realmente muito bom quando se trata de criar personagens interessantes de se acompanhar mesmo que nada de muito agitado esteja acontecendo. Toda a história da Longa Marcha é muito curiosa e muito pouco explorada pelo autor na intenção de realmente focar no drama pessoal dos competidores. É uma leitura rápida e realmente muito interessante.
No livro acompanhamos um cenário distópico nos EUA, no qual existe uma competição anual chamada de Longa Marcha. Um grupo de 100 jovens deve caminhar, sem parar, por um percurso pré-estabelecido e acima de uma velocidade pré-definida, ao longo das estradas e rodovias estadunidenses. Aqueles que andarem abaixo da velocidade permitida recebem advertências. Após três advertências, o candidato é eliminado definitivamente, o que, segundo as regras da competição, significa a morte. O que sobreviver, ganha o grande prêmio, que é escolher qualquer coisa que desejar, pelo resto da vida.
Nesse livro Stephen King levanta alguns ótimos questionamentos sobre o comportamento humano. Todos sabemos que vamos morrer um dia, então pelo que vale morrer? Até onde iríamos pela nossa sobrevivência? Em várias passagens os jovens se questionam o motivo de estarem participando dessa competição, que pode acabar acarretando na própria morte. Além disso, outra ótima crítica é sobre a espetacularização do sofrimento alheio. A competição é transmitida nacionalmente e é um grande sucesso. Vários espectadores assistem, torcem e apostam no jovem de sua preferência, mesmo sabendo que vários deles irão morrer ao longo da competição.
Sobre a escrita, várias partes são bem interessantes, mas em diversos momentos a história se torna monótona. Há muitas descrições desnecessárias, além da história se tornar repetitiva em alguns momentos. No geral, achei uma boa história. Uma ótima dica para quem quer ler livros do autor que não sejam de terror. Recomendo a leitura!
Incrível e viseral !
Não consigo definir qual das duas palavras melhor define essa leitura.
Durante a narrativa, King nos obriga a refletir sobre os motivos que levariam meninos tão jovens a participar dessa espécie de pacto de suicídio coletivo a qual se resume a longa Marcha.
Também é possível refletir sobre como a iminência da morte afeta cada um. Enquanto alguns lutam contra ela, outros a aceitam de forma plácida, outros ainda enlouquecem quando cara a cara com ela.
Um dos livros mais cheios de possibilidades de interpretações, teorias e significados já escritos.
Ainda não sei muito bem como me sentir, mas já posso adiantar que recomendo a leitura, talvez não para todos, pois os gatilhos são inegáveis . Mas a todos aqueles que gostam de livros que permanecem como dores latejantes na nossa alma mesmo anos após a conclusão da leitura.
Olá praticantes de Livroterapia.
“Viver um pouco mais. Viver um pouco mais. Viver um pouco mais.”
Prontos para a nossa dose de Stephen King do mês?
E dessa vez é uma dose levemente diferente.
Eu trago o super lançamento da Editora Suma, A Longa Marcha, que é o primeiro livro da nova coleção da editora, que estará lançando em novas edições, com direito a traduções novas, novos projetos gráficos, todos os livros do Mestre Stephen King, que ele assinou e publicou sob o pseudônimo de Richard Bachman, nome que o mestre usou entre os anos 1977 a 1985, para publicar livros que ele mesmo definiu como histórias angustiantes e surpreendentes e por alguns motivos editoriais, porém, que ao ser descoberto a ligação do pseudônimo com o mesmo, King, “matou” Bachmam.
“King: Repito, que bom que não matei ninguém, hummm?”
A longa Marcha foi publicado originalmente em 1979, cinco anos após Carrie, que já era um sucesso, e foi essa notoriedade um dos motivos que fez King escolher um pseudônimo para seus livros.
A nova edição da SUMA está impecável, lindo projeto gráfico, letras confortáveis, e tradução de Regiane Winarski, que é a responsável pelas traduções do King para a editora, e tem um dos melhores trabalhos de tradução dele que já li.
Essa nova série está sendo entregue como: Os livros de Bachman: A Longa Marcha.
A história está dividida em 03 partes: Começando, Seguindo pela Estrada e O Coelho.
E acompanha um grupo de 100 jovens, que se inscrevem na Longa Marcha, uma tradição anual que consiste em este grupo, que após a inscrição são sorteados de forma aleatória para marchar pelas estradas, sem parar... E quando digo sem parar, é mesmo sem parar para nada, alimentação, necessidades fisiológicas devem ser tudo realizadas andando, quem dormir é bom que durma andando, pois se parar a marchar por mais de dois minutos, nunca mais vai levantar...
“... Eu entrei nessa merda de Longa Marcha como os caras entravam na Legião Estrangeira. Nas palavras do grande poeta do Rock ‘n’roll, eu dei meu coração a ela, e ela o destruiu, e quem se importa?”
E é isso que posso falar da trama, pois vocês precisam ler, para entender a angustia que é essa leitura. Eu não li, eu participei da marcha, eu me conectei com a vida desses jovens, com o destino deles, com o absurdo que é a marcha, e eu precisava de respostas, o livro inteiro, King, como sempre vai soltando informações sobre a Longa Marcha, o que faz os jovens a se inscreverem, os prêmios, dinheiro, tudo o que desejarem? Existe algum contexto fantástico para o premio?
E temos Garraty, um garoto do Maine, um dos concorrentes, e através de quem marchamos pela leitura. Seus desejos, sonhos, tristezas e desilusões, é ele quem nos apresenta os demais competidores, amamos e os odiamos, pelo ponto de vista dele.
Ah, esqueci de dizer, você não pode parar de marchar, e marcha até só sobrar um...
Ai está o terror mordaz dessa leitura, pois sabemos que de 100 personagens, apenas 1, termina o livro vivo, quem será? Iremos ver o final da marcha? Ou teremos mais um livro de King de final aberto, quando nosso narrador, não agüentar e parar...
Deixo esses detalhes para vocês, espero que leiam, pois realmente foi um livro que me pegou de jeito.
“- Por que você não me ajuda a decidir?
- Claro. Qual é o tema da decisão?
- Quem está na jaula? Nós ou eles?”
Temos uma narrativa bem descritiva, acompanhamos as dores físicas, emocionais e o desmoronamento desses jovens competidores, vemos favoritos enlouquecerem, vemos desconhecidos aguentarem mais do que eles mesmos imaginavam, e tudo isso, temos vislumbres de uma sociedade doentia. King, tem suas criticas a sociedade, a reality shows (já em 1979), a fome do publico em acompanhar tragédias e assassinatos, tudo isso muito bem mesclado a uma trama, poderosa e densa.
Achei um livro muito bem escrito, com uma narrativa que precisa sim, ser lida com calma e absorvida e uma história de pessoas comuns, que tiveram uma péssima escolha de atividade física.
A Longa Marcha, já se encontra em algumas livrarias físicas e em pré-venda. Sua data oficial de lançamento é 13 de janeiro, sim, a primeira sexta-feira 13 do ano, e é um livro distópico com um terror pessoal, que recomendo para todos, os fãs do gênero, e aqueles que gostariam de começar a ler.
Porque digo terror pessoal? Não temos nenhum vilão, toda a história é sobre um terror, e cada perda, tiro, alguém parando de andar, é o vilão deste livro!
Espero que tenham gostado da indicação e até a próxima.
A longa marcha pertence ao grupo de livros escritos sob o pseudônimo de Richard Bachman, fazendo parte do acervo de Stephen King conhecido como The Bachman Books.
Esgotado no Brasil e republicado agora pela editora Suma, A Longa Marcha traz para os leitores brasileiros toda a agonia da corrida de mesmo nome. The Long Walk é um “entretenimento” brutal, um reality show mortal, uma competição na qual os eliminados pagam com a vida.
Raymond Garraty, nosso garoto protagonista, inicia a marcha como adolescente e segue a estrada percebendo a verdadeira brutalidade do evento. O prêmio? O último homem a resistir em pé pode escolher o que quiser. Tudo que seu coração desejar.
Razões para se entrar no jogo? As mais diversas possíveis. Os sobreviventes da jornada expõem seus sonhos, suas angústias e suas mortes em público. “Somos ratos em uma ratoeira.” Com certeza o pior lugar para sentimentos de amizades que vão surgindo.
O major, figura máxima e emblemática do evento, estará presente em alguns momentos da jornada/ batalha. Um entretenimento no qual se aposta a própria vida. A integridade física e sua sanidade.
E o leitor? Com certeza apostando sua integridade mental junto! A angústia atinge níveis nunca esperados para um livro no qual “os personagens somente andam por cinco dias seguidos”. Isso mesmo. Andam até seus pés estarem “com dor de cabeça e enxaquecas horríveis”. Possível imaginar tal nível de esgotamento? É disso que se trata a Longa Marcha.
Nota: 3.5
Ray Garraty está prestes a participar da famosa prova de resistência chamada A Longa Marcha, 100 competidores são escolhidos e apenas um deles será o vencedor. O evento acontece uma vez por ano e reúne milhares de expectadores ao longo do percurso, o caminho passa por diversas cidades e não importa se está chovendo granizo ou fazendo um sol de matar, o competidor não pode parar de caminhar e o último que restar vivo ganha o que ele quiser pelo resto de sua vida.
O personagem que iremos acompanhar é Ray, ele é o competidor 47 e contrariando a vontade da mãe, Ray decidi ir mesmo assim (ele poderia desistir se quisesse), mas existe algo tentador em participar dessa caminhada.
Existem diversas dificuldades ao longo do caminho, como fome e cansaço, caso você diminua o ritmo recebe uma advertência, ao chegar ao limite das advertências você recebe o bilhete de saída que nada mais é do que ser executado a tiros de fuzil. Mas, vale lembrar que suas advertências podem zerar sob determinadas condições.
A maioria dos competidores nem sabe ao certo porque está competido e ao passar as páginas vamos vendo todo o lado psicológico dos competidores sendo mostrando e aos poucos ir desmoronando a medida que eles vão caminhando. Alguns começam a surtar, ficar agressivos e até mesmo se arrependem de ter entrado na competição; vemos o pior lado do ser humano ao ser colocado em situações extremas, chega a ser humilhante algumas situações e despertam diversos sentimentos no leitor.
A medida que você vai lendo sente o desespero dos personagens, é uma leitura bem tensa e envolvente na medida do possível. Vale lembrar que o livro foi escrito em 79, por isso algumas coisas podem gerar desconforto visto que estamos em uma época que os personagens do King era bem misóginos.
No mais foi uma leitura muito fluída, o mundo distópico é bem interessante, mas é pouco descrito e isso me deixou muito curiosa do começo ao fim. É uma história muito reflexiva e vemos o quanto as pessoas ficam empolgadas ao ver o sofrimento/degradação dos outros.
Foi um livro que eu gostei muito de ler, mas como citei: ele foi escrito faz algum tempo e algumas coisas incomodam um pouco.
Eu gostei demais da capa e a diagramação como um todo está de parabéns, a tradução ficou maravilhosa e o final com certeza acerta o leitor em cheio, visto que estamos desesperados para saber se alguém irá resistir A longa marcha.