Member Reviews
Carol, como sempre, consegue ser excelente em criar um universo de fantasia - mas muito perto do real - de forma envolvente, com personagens falhos e críveis e que conquistam o leitor e ainda insere um toque de romance (ou a expectativa de um romance) sem ser cafona.
Os contos extras ajudam na construção do mundo e dos personagens, mudando o ponto de vista da história e ainda assim se mantendo fiel ao que se propõe. Bom demais.
Há tempo uma amiga me diz para ler esse livro. Comecei a ler de forma despretensiosa tentando não chegar com expectativas que pudessem ser quebradas no meio do caminho, mas confesso que esse livro foi perfeito do começo ao fim ao incluir a diversidade cultura brasileira em seu enredo. Estou completamente apaixonada pela escrita da Carol. Já quero ler mais livros dela. E com toda a certeza quero mais livros desse universo.
Gostei muito deste livro, apesar de ter as bruxas e tal, coisa que eu não leio muito, mesmo gostando....
4,5 estrelas + favoritado!
Ísis Rossetti é uma bruxa e monitora toda a cidade de São Paulo, para que nada desse universo sobrenatural possa causar algum dano nos comuns, pessoas não bruxas. Ísis sabe essas pessoas não podem saber da existência da magia, mas seus amigos mais próximos conhecem seu segredo, pois ela também ajuda eles, de vez em quando, com alguns casos mundanos.
Quando dois casos de comuns chamam a sua atenção, ela também recebe uma mensagem de uma divindade, e precisa resolver tudo isso sem chamar atenção do Conselho, e muito menos do seu Corregedor.
Essa é uma sinopse bem reduzida, acho que quanto menos souber, melhor vai ser a experiencia desse livro. Eu não sabia nadinha e tudo o que foi abordado pela Carol aqui me deixou chocado!
Tenho uma sensação tão boa em ler livros brasileiros e realmente me sentir no Brasil, principalmente uma fantasia tão rica em detalhes. É mencionado muitos pontos de São Paulo, o que ajudou bastante na ambientação.
Mas aqui, a autora conseguiu trabalhar todos os elementos místicos e sobrenaturais muito bem. Todo o universo mágico, as crenças e religiões abordadas, foram bem construídas, mesmo que no começo eu tenha ficado um pouco confuso, mas as informações foram aparecendo conforme a história fluía.
A escrita da Carol é muito boa. Aquele tipo de escrita poética, mas fácil de ler, que flui e te prende no que está acontecendo ali, também apresenta um senso de humor muito bom. Da para sentir as emoções dos personagens, o desespero no caso, o cansaço deles.
Os personagens são bem únicos e reais, com personalidades marcantes e fáceis de simpatizar. Adorei o Victor e a Helena, pois são bem debochados, assim como a Ísis!
Esse livro aborda temáticas importantes de uma forma bem sutil. São acontecimentos que aparecem no meio da história e fica claro a mensagem que a autora quer passar. Também deu para perceber a pesquisa que ela fez para descrever tudo que é abordado, tanto religião, respeitando todo tipo de crença, quanto nos assuntos mais sérios.
O clima de investigação foi o que mais me chamou atenção aqui, não esperava isso e fui pego de surpresa. Acabei ficando muito instigado com os casos, marcando todas as pistas e tentando descobrir tudo junto com a personagem.
Essa edição possui dois contos, "Apesar de Telepata" e "Agora Diplomata", que se passam durante a trama e depois que o livro termina. Os dois são narrados pelo ponto de vista de outro personagem e agregaram bastante na história oficial. Foi muito bom ver os acontecimentos por outra perspectiva e conhecer mais do universo mágico deles.
Carol Chiovatto é uma autora brasileira que todo mundo precisa ficar de olho e conhecer todas as obras. Digo isso tento lido apenas uma (por enquanto), pois sei que uma pessoa com esse potencial de escrita não pode passar despercebida. Esse universo criado por ela me fisgou de um jeito que logo no começo já sabia que seria um livro favoritado. E já tem uma sequência vindo aí!
Porém Bruxa foi uma leitura maravilhosa, me prendeu do começo ao fim, me levou para uma cidade até então desconhecida, com personagens tão incríveis que é impossível não se sentir íntima, amei minha experiência, foi deliciosa, um surto a cada página, li tão rápido que fiquei feliz quando terminei a obra e descobri que a edição ainda constava com dois contos do mesmo universo narrados por meu crush preferido do livro! Simplesmente recomendo demais!
Carol Chiovatto me causou uma ótima impressão logo no primeiro livro dela que li, por isso, iniciei a leitura de “Porém Bruxa” bastante animado, mas, ao mesmo tempo, com um certo receio de que minhas altas expectativas não fossem alcançadas. E, que bom que elas não foram apenas alcançadas, como também, superadas. Agora a autora está enrascada, pois o sarrafo aumentou muito. (risos)
Em “Porém Bruxa”, temos Ísis Rossetti como protagonista, uma bruxa responsável por investigar crimes com características sobrenaturais na região de São Paulo. Ela possui uma rede de amigos “normais” que qualquer pessoa gostaria de ter, além de um “chefe” com o qual possui uma relação um pouco estranha.
Um dos grandes problemas de Ísis é sua mania de ultrapassar os limites de suas atuações, quando se envolve em investigações de crimes cometidos pelos comuns, prática que é terminantemente proibida. Mas fica impossível não torcer por ela, mesmo burlando essas regras.
“Era o certo, eu sabia. Mesmo se os bruxos decidissem intervir no cotidiano dos comuns, deveria haver regras e limites, ou nos tornaríamos tiranos (e, nesse caso, a Terra nos arrancaria o poder). Ainda assim, ver a moça assustada na delegacia fazia meu sangue ferver. E se ela viesse a integrar as estatísticas de feminicídio? Eu culparia minha indolência, meu instinto de autopreservação, minha racionalidade.” Posição 522
Uma das características que mais gosto nos livros da autora é a forma como ela estrutura suas histórias: Temos uma trama de magia/fantasia ambientada em um cenário real e bem próximo a nós (São Paulo), além de abordar temas atuais (assédio moral/sexual, intolerância e alienação religiosas, violência doméstica, entre outros), sem ser forçada, nem didática demais. Esses temas são inseridos naturalmente, de uma maneira que só faz enriquecer nossa leitura.
Como falei na resenha do “Árvore Inexplicável”, a parte da realidade é tão forte, que passamos até a imaginar que tudo o que lemos é real, inclusive quando envolve a magia/fantasia. A cereja do bolo foi ser a primeira vez que leio uma trama em que divindades e religiões de matriz africana fazem parte do enredo.
“O terreiro não era exatamente longe, mas também não ficava perto o suficiente para que eu chegasse rápido a pé. Margarete de Xangô, mãe de santo, era uma das pessoas mais próximas de minha falecida mãe, e Fernanda, sua neta e minha amiga mais antiga, tinha sido iniciada no Candomblé quando ainda éramos crianças. Nossos colegas de escola haviam ficado com medo ou tirado sarro quando ela apareceu com as vestes brancas e o turbante. Aquilo nos aproximou ainda mais; eu conhecia sua crença, e ela, minha real natureza.” Posição 277
Outro ponto positivo que destaco na Carol é seu dom em criar personagens bem delineados. Comigo não existiu o “meio termo”: ou eu gostei, ou odiei. Sem falar em sua narrativa, que é ágil e fluída.
Em relação a parte gráfica, a Suma mandou bem. A capa é bonita, e a diagramação interna é agradável aos olhos. Nessa edição, o leitor é presenteado com mais dois contos extras, onde um deles é contado sob a visão de Victor, o corregedor “chefe” de Ísis.
Finalizo a resenha indicando aos amantes de tramas de magia/fantasia ágeis e que abordam temas reais, que nos fazem refletir sobre a realidade atual.
Sempre acho complicado resenhar livros que amei, como é o caso “Porém Bruxa”: tenho a irritante mania de falar e escrever demais, mas não tenho como falar pouco desta trama e de uma autora que tenho o prazer de acompanhar, não só por ser uma mulher inteligentíssima, mas também por ter entregue outra fantasia urbana ambientada em São Paulo que gostei bastante – “Árvore Inexplicável”. Eu já estava realmente vendida a ideia de ler tudo da Carol simplesmente porque sim, mas confesso que não esperava gostar tanto assim dessa trama que traz tudo que gosto: magia, fantasia, um romance lento e bem construído, personagens que mostram a que vieram, diversidade e ainda uma escrita rápida que te prende.
Aqui temos Ísis, que é uma bruxa que trabalha como monitora das atividades mágicas na cidade, mas o livro não se trata “só” de magia: com uma personagem feminina forte no centro que sofre de transtorno de estresse pós-traumático e com amigos “comuns” (como são chamados os que não tem magia) que tem personalidades maravilhosas (alô, Helena, te amo!), a trama te transporta para um universo que pode e deve enriquecer no próximo livro. Aqui a magia aqui é uma mistura de tudo que você já viu e pode conhecer, uma coisa bem brasileira. Não espere palavras em latim para a realização de feitiços, não espere só dividades gregas – aqui temos algo novo, criado e que me encantou de todas as formas.
É assim, com esta quote, que o 1º capitulo do livro começa (antes há o prologo!) e confesso que foi ai que a trama me ganhou, simples assim. Como se não bastasse, já havia sido apresentada a Ísis no prólogo e já deu pra entender que ela tem quase tolerância zero e uma personalidade bastante sarcástica, o que também me ganhou. Apesar de claramente ser uma pessoa forte, não demora para você entender que há muito mais por baixo da força e personalidade que a mulher usa como escudo – e ah, um aviso aqui: é um livro adulto, com assuntos adultos e também com a personagem principal agindo como tal. Muito é discutido e não há nenhuma cena gráfica aqui, e não há como esperar um comportamento diferente da bruxa porque ela é uma adulta e mesmo com escolhas erradas, ela aceita e se impõe como tal. Mantenha isso em mente.
Não foi nada difícil começar a trama já envolvida assim com a personagem principal, mas também a trama acelera e logo de cara Ísis está envolvida em 3 casos de uma única vez: atendendo um chamado de sua amiga Fernanda, onde recebe um recado de Exú, já como um terreiro foi destruído; há também o caso de Valentina, uma criança sequestrada na porta do colégio que ativou a intuição de Ísis de que havia magia envolvida e ainda um jovem adolescente chamado Pedro que denuncia o desaparecimento de sua mãe, indicando que a culpa pode ser de seu padrasto, caso qual se envolve a pedido de sua amiga Helena. Tudo a princípio parece muito disperso e nada ligado – e quando é somente assunto dos “comuns”, sem nada mágico, Ísis sabe que não pode se envolver, apesar de nem sempre seguir esta regra. Só que a medida que a trama vai andando, vamos entendemos que sim, está tudo ligado em uma trama muito maior do que esperado, tanto pela personagem quanto pelo leitor.
Enquanto vai investigando tudo e tentando juntar o quebra-cabeças que claramente é bastante intrínseco, Ísis vai contando com a ajuda de seus amigos comuns – e aqui eu abro um parêntese para falar sobre cada um: Temos Helena, uma delegada responsável por uma Delegacia da Mulher e que já contou com a ajuda da bruxa em outros casos; Murilo, o amigo advogado que ajuda em pesquisa, suporte emocional para Ísis e está em um relacionamento aberto; Fernanda, uma doutoranda que cresceu com a religião de matiz africana e que é uma das melhores amigas de Ísis, mais do que disposta a ajudar; e, por fim, mas não menos importante, Dulce, uma assistente social travesti maravilhosa que se preocupa em ajudar toda a população em situação de rua, nem que coloque a sua própria vida em risco. O grupo é eclético e quando se juntam, o leitor tem a certeza de que a rede de apoio que Ísis tem é real e forte, tudo que ela precisava, principalmente entendendo o trauma do qual ela tenta se recuperar, mesmo que seja fingindo que não está lidando com aquilo. Cada um vai ajudando como pode, entregando as pequenas peças na mão da bruxa, que vai juntando e encaixando tudo, ainda mais com a chegada de seu Corregedor, Victor Spencer.
E aqui preciso falar do Victor. Como explicar Victor Spencer? Eu realmente gostei do personagem, de sua integridade e da forma como lidou ao descobrir o trauma de Ísis: ele simplesmente foi sincero. Deixou claro que ajudaria a bruxa pelos motivos certos e que havia algo mais que precisava contar para que ela não pensasse no futuro que ele a ajudou por este motivo – acho que você já deve estar desconfiando o tal motivo dele. Confesso que ver um relacionamento ser construído em verdades é algo que atualmente me agrada muito, e aqui temos tudo com calma, respeitando o tempo e os traumas de Ísis, sem nada corrido somente para entregar algo para o leitor, até porque o foco do livro é realmente a investigação e resolução da trama magica que está acontecendo em São Paulo, que vai escalando de forma forte a cada desenvolvimento e descoberta.
O grande trunfo de “Porém Bruxa” é realmente apresentar uma trama nacional de magia, uma fantasia com cara e selo nacional, com momentos que sabemos que acontece em uma grande metrópole como São Paulo, mas com pitadas de todas as pessoas que estão presentes em nosso país, assim como todo tipo de fé existente – e o vilão, ah, o vilão! Carol construiu uma trama que mistura fantasia e realidade, com crimes que estão presentes no cotidiano do brasileiro (como violência doméstica e contra pessoas em situação de rua), além de mostrar mais do bem e do mal que há dentro de nós. Há uma passagem de ação na trama, em um prédio em chamas, que foi de prender a atenção de qualquer leitor, principalmente quando entendemos que alguns personagens estão dispostos a perderem a vida por algo que acreditam que é o certo e o que precisavam fazer. É sempre bom entender que mesmo no meio de tanta gente, há pessoas dispostas a lutar pelo corretor – e se você me falar que isto foi na ficção e não na vida real, eu te respondo que a vida imita a arte.
O momento no qual entendemos o que aconteceu com Ísis no passado e o motivo dela ter tanto medo de enfrentar o “novo” Corregedor é de partir o coração. Não quero e não vou dar spoilers nenhum, mas acho que toda mulher adulta que já passou por algum tipo de momento envolvendo abuso fica com o coração apertado com a trama. E, por mais que Ísis esteja enfrentando isso em uma trama de fantasia, sabemos que muitas mulheres passam por momentos de abuso com seus chefes em diversos formatos. Gostaria de falar bem mais sobre toda situação, mas qualquer coisa que eu fale a partir daqui será, sem sombras de dúvidas, spoiler, então me limito a dar os parabéns a Carol pela forma com a qual tratou o tema: sem esconder nada e com a delicadeza necessária.
Não vou dizer que não gostaria de mais detalhes sobre a Cidade dos Nobres – a cidade onde parte dos bruxos de classe “mais alta” moram ou ainda sobre os próprios limites e criação da magia que o universo pede e exige e que acho uma falha da trama não apresentar mais de tudo isso, mas, como falei no começo desta resenha, tenho certeza absoluta que muito mais vem ai neste universo, já como a continuação é esperada. E aqui assinalo que esta é a segunda Edição de “Porém Bruxa”, agora sendo publicado pela Editora Suma, com uma edição com 2 contos: um inédito, “Agora Diplomata”, e também “Apesar de telepata”, já enviado pela newsletter da Carol, sendo que os dois são pelo ponto de vista de Victor. O primeiro conto se passa após os eventos do livro e o segundo mostra o que Victor fez enquanto estava sumido dentro da narrativa do livro, acompanhando suas ações para tentar ajudar Ísis.
Entre tantos elogios que teci aqui a trama e aos personagens do livro, não deixo de assinalar a escolha do nome da protagonista – Ísis, uma divindade do Egito Antigo que aqui se materializa em é uma mulher forte, independente e moderna, porém bruxa, que nos apresenta uma trama incrível e que merece ser lida por você, portanto, bookstan.
Thank you Netgalley and the publisher for providing me with a copy of this book for review, all opinions are my own
Eu já imaginava que iria gostar desse livro mas estou feliz que gostei mesmo. Sinto que a Carol vai se tornar uma das minhas novas autoras favoritas.
A escrita dela é maravilhosa, eu amo como ela consegue escrever uma história que mistura tudo de uma forma tão incrível.
Tem magia, ciência, romance, amizade, mistério, investigação, cotidiano e temas super atuais e relevantes.
É uma história super gostosa de se ler, rápida e divertida até, você não consegue parar de ler, pois quer saber o que vai acontecer e o que está acontecendo, você fica pensando nesse livro o tempo todo enquanto não está lendo.
Eu recomendo demais esse livro, e não vejo a hora de ler mais nesse mundo.
Esse foi o meu primeiro, mas não último, contato com Carol Chiovatto. O reconhecimento de autores nacionais por editoras grandes, como a companhia, sempre me deixa muito empolgada. Há muitas obras obras no nosso meio nacional e Porém, Bruxa é uma delas. O livro trás a dose certa de romance e aventura, com uma protagonista diferente do que estamos acostumados ao ler livros estado unidenses. Isis é forte e brasileira, dá pra sentir isso nas primeiras páginas e como é bom ver personagens assim tão parecidas com nós e com os que conhecemos.
O ambiente de São Paulo cria vida e se transforma durante a narrativa. Isis é a representação da bruxa que precisávamos. O restante dos personagens são muito cativantes. O enredo sempre leva a história para um lugar mais interessante.
Mesmo tendo amado o livro ouve momentos que não me conectei tão bem com a história, pode ser o momento que eu estava lendo ou a falta daquela conexão natural que se tem com um livro e que nunca se sabe quando ela vai rolar ou não. Acredito que a autora ainda tenha no que evoluir, mas seu primeiro trabalho já é fenomenal.
Carol Chiovatto é uma autora que tem um potencial incrível e que estarei sempre de olho nos próximos trabalhos.
“São Paulo esconde um mistério em cada esquina”
Primeiro livro de Carol Chiovatto, Porém Bruxa é agora reeditado com o acréscimo de dois novos contos ( e que contos!!!), Apesar de telepata e Agora diplomata.
Em Porém Bruxa, conhecemos Ísis, bruxa monitora responsável por todas as ocorrências da cidade de São Paulo. Muita atividade para uma pessoa só, mas perfeitamente executada. (“o fato é que consigo passar despercebida quando me interessa e certamente pareço inofensiva na maior parte do tempo. Ledo engano.”)
Ísis é a personagem tão bem construída que se torna uma amiga, alguém por quem torcemos. Com questões para lidar no Conselho e um Corregedor para prestar contas, ela ainda consegue ajudar a polícia em casos de difícil solução. Da mesma forma, recebe ajuda de “comuns”, pessoas que trabalham em áreas diversas e trazem toda a diversidade da cidade para dentro do livro.
Nessa fantasia urbana, Ísis vai se envolver em um mistério policial que vai trazer à tona o fanatismo religioso, feminicídio, preconceito e discriminação entre outros tópicos; envolvendo o leitor de tal forma que se torna impossível deixar o livro de lado. Os personagens secundários são perfeitos, e também contribuem para isso!
A jornada de Ísis no universo bruxo é repleta de traumas e flashbacks, e os contos inéditos dessa edição trazem um gostinho de quero mais. Uma torcida para a publicação de um segundo livro nesse universo tão rico e diverso.
Aqui estou para falar de mais um livro da Carol Chiovatto, depois de ler Árvore Inexplicável eu fiquei bem curioso para ler Porém Bruxa, ouvi muito comentário positivo sobre o livro, então fiquei realmente animado que o recebi da Companhia das Letras, não pensei duas vezes e furei a fila de leitura.
A escrita da Carol é simplesmente impecável, fluida, intrigante, me deixou totalmente imerso na leitura, eu amei todo o universo que autora criou para esse livro, eu adorei o desenvolvimento da história e como ela é repleta de reviravoltas, é um eita atrás de eita, emoção pura sem descanso para respirar e como não amar um livro assim?
Eu adorei a Ísis, mais uma protagonista maravilhosa escrita pela autora, eu simplesmente não conseguia deixar de admirar o quão generosa, forte e especial ela é, o sentimento que eu tive foi de querer ser amigo de Ísis e como não amar uma protagonista dessas. Eu gostei de Victor, principalmente, por ele começar como um grande mistério e um possível empecilho para Ísis, mas com o passar da história ele se mostra um grande aliado e uma peça importante para os acontecimentos da história. Eu nem preciso falar o quanto eu gostei dos personagens secundários, os amigos de Ísis são simplesmente incríveis e essenciais para a história.
Preciso também comentar os dois contos presente no livro Apesar e Agora Diplomata, ambos protagonizados por Victor, ele trazem uma nova perspectiva sobre o personagem que eu simplesmente passei a amar, sobre o desenvolvimento da história, sobre os nobreanos, além de servir muito bem como um prelúdio do que está por vir no próximo livro que já estou muito ansioso para conferir.
Mais uma vez fiquei rendido a Carol Chiovatto, é simplesmente impossível não querer panfletar esse livro maravilhoso. Eu amo o fato dos trabalhos dela trazerem representatividade de forma leve e humana, eu terminei a leitura em completo êxtase, sedento por mais, mal posso esperar pelo lançamento do segundo livro e descobrir um pouco mais sobre esse universo e sobre as novas emoções e façanhas que Ísis irá viver!
Porém Bruxa é uma fantasia urbana que se passa em São Paulo e, mesmo com o lado fantástico, eu achei tudo completamente plausível e que poderia acontecer na vida real. A forma como a Carol une as diferentes religiões e tipos de fé acontecendo tudo de maneira conjunta e interligada pra mim é incrível! Eu vejo isso como um retrato do Brasil: na minha vó que ia na sessão e na missa, na minha mãe fazendo a defumação anual da casa e pedindo proteção para o anjo da guarda.
Na trama, temos uma bruxa (Ísis) que recorre a fé indígena, a religião católica e a umbanda como forma de encontrar respostas para os problemas com que está lidando e esse foi meu ponto favorito no livro. E com isso ressalto apenas um dos pontos! E, claro, quando se fala em fé, a intolerância religiosa também entra em pauta e a autora soube explorar isso muito bem.
Os personagens são outro ponto alto! Ísis e seu grupo de amigos são pessoas bem diferentes entre si e que possuem uma dinâmica tão única e bonita entre si que faz com que a gente sinta vontade de fazer parte daquele grupo.
Já foi anunciada a continuação de Porém Bruxa e já estou feliz que vou poder voltar a esse universo em breve.
Se ainda não leu nada da Carol, recomendo demais.
Eu sou apaixonada por esses personagens e Carol Chiovatto conseguiu que eu amasse eles ainda mais com esses extras! Porém Bruxa é um livro muito bem feito e criativo, com um sistema de fantasia que é bem divertido de conhecer. Além de tudo, essa nova edição está belíssima!
Eu já li Porém bruxa duas vezes então eu acho que já posso deixar um feedback né? Requisitei o ebook por causa dos extras mas pretendo comprar essa edição (mesmo tendo a antiga que saiu por outra editora.
A Carol tem um jeito envolvente de escrever e Porém bruxa é um livro incrível. Fantasia urbana, bruxa brasileira, inserção de mitologia brasileira com origen indígena e africana, além de um grupo de personagens com muita diversidade.
Além disso tudo a história tem num ritmo maravilhoso e a Carol sabe escrever diálogos como ninguém fazendo com que as conversas pareçam reais.