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Thomas Mann é um excelente autor, sempre recomendável. Essa novela, de traços autobiográficos, é muito interessante. A história conta sobre férias de verão que logo se transformam em um desastre, e toda a tensão que envolve o acontecimento. Considero uma ótima entrada para a literatura do autor, porque é uma narrativa muito catártica e envolvente.
Publicada em 1930, essa obra de Thomas Mann pode ser considerada como uma das primeiras obras da literatura mundial a captar os aspectos fundamentais da mentalidade que ocasionou o fascismo no século XX.
A história se passa em Torre di Venere, na Itália, onde ocorre uma tragédia nas férias da família. Vemos o cenário sob a perspectiva do narrador, personagem que é um chefe de família.
A inquietação dos personagens aumentará pela presença do infausto Cipolla, um ilusionista cuja performance é aterrorizar e humilhar seu público, subjugando-o à sua própria revelia. Em um ataque direto à dignidade humana, a apresentação encontra sua vítima perfeita no garçom Mário, que deve se submeter às vontades do mágico sem restrições – até que uma tragédia se instaura.
Achei a história bem melancólica e reflexiva. Mas não achei uma leitura fácil durante todo o tempo. Sai da nossa bolha, da zona de conforto. Por vezes parece que estamos lendo uma autobiografia e isso causa um susto, se é que posso chamar assim.
É um livro pequeno, dá pra ler rapidinho. Mas sugiro ler aos poucos, divagando em cada parte dele. Acho que você irá gostar. Me surpreendi positivamente.
Obrigada, Netgalley e Companhia das Letras por cederem o livro para leitura.