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É necessário dizer que a autora, Rebeca Serle, possui uma escrita viciante conseguindo tratar assuntos importantes de forma que te cativa. Além de "Um Verão Italiano" também li "Daqui a Cinco Anos" e "Prazos de Validade" (do qual esse último é o meu favorito dos três).
"Um Verão Italiano" dividiu muito minha opinião durante o decorrer da história (e estou começando a achar que isso é um padrão na escrita de Rebeca). Essa é uma história sobre como seguir em frente depois da perda de um ente querido. É um encontro de gerações e uma visita ao passado, onde é possível conhecer diversas perspectiva de uma mesma pessoa. Fazendo nossa protagonista descobrir que nem tudo é preto no branco e que algumas tomadas de decisões não são tão simples quanto parecem ser e que não fazer nada também é uma escolha.
Katy é uma personagem muito complexa, em alguns momentos é egoísta demais e em outros parece completamente perdida. Mas acredito que isso é o que a torna real, como se eu tivesse assistindo ao desenrolar da vida de uma amiga passar e não uma personagem fictícia.
Posso dizer que a leitura valeu a pena, mesmo tendo algumas ressalvas sobre a primeira cena hot e também ao plot final.
❝E quando se trata de amor… Quem é que sabe alguma coisa a respeito?❞
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Katy está devastada! Nossa protagonista acabou de perder sua mãe e simplesmente não vê motivos para viver. O grande amor da sua vida se foi, e logo ela se pergunta sobre o que é realmente importante em sua vida.
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Katy então decide abrir mão de seu casamento e ir conhecer Positano, cidade italiana que sua mãe amava e que sempre falava com carinho. Nossa protagonista via essa viagem como uma forma de se aproximar um pouco da mãe.
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Chegando em Positano, nossa protagonista se encantou com o local, mas o que mais a impressionou foi conhecer a própria mãe quando ainda tinha 30 anos de idade.
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Tudo é muito confuso, mas ao mesmo tempo ela aproveita a oportunidade de conhecer uma parte da mãe que ela ainda não tinha conhecimento, e as duas acabam cultivando uma amizade em poucos dias.
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O livro é envolvente, porém é mal desenvolvido. A história não me convenceu muito e não vi um real sentido para tudo isso. A intenção da autora era mesmo mostrar apenas quem era a Carol do passado, ou trabalhar o luto de uma filha?
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Por fim, não se trata de um livro ruim, mas ao mesmo tempo não é uma leitura marcante. Para quem tem vontade de conhecer a escrita da autora, sem muitas expectativas, acredito que seja uma boa porta.
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Ah, um elogio que faço é a ambientação incrível que o livro tem. Simplesmente ficou impossível não querer conhecer Positano e suas belezas também.
Rebecca Serle, foi um achado para mim, esse foi o segundo livro da autora que li, mas, não vou mentir com a expectativa altíssima, pois, Daqui a Cinco, foi um livro que me fez chorar horrores. Li a sinopse desse livro e pensei, esse tem tudo para ser tão bom quanto o outro, será que ela consegue fazer gostar de mais um livro dela ou vou me frustrar?
Preciso exaltar a qualidade da escrita da Rebecca, ela desenvolve toda a história de forma muito gostosa, a leitura do livro foi muito fluida para mim, gostei bastante que a história meio que tem camadas, que vão sendo desvendadas com o passar da história e isso fez uma diferença muito grande para a minha conexão com a narrativa. Eu adoro a forma como ela utiliza os artifícios de viagem no tempo em suas narrativas, — o que não é exatamente comum em romances Chick Lit—, isso torna a leitura ainda mais atrativa para mim que adoro um toque de fantasia, mesmo que de leve, nas histórias
Não vou mentir, achei a Katy um pouco chata no começo da leitura, além de, achá-la bem codependente em relação à mãe, mas, com o passar da história eu fui tomando gosto pela protagonista, principalmente por suas descobertas e vivências dentro da história, achei o desenvolvimento de Katy muito interessante, pois, terminei a leitura com uma perspectiva e visão totalmente da que tinha quando iniciei, ainda que sim, eu continuo afirmando que ela era codependente da mãe e isso não era culpa da mãe ao meu ver.
O SABOR que foi essa leitura minha gente, eu não consegui largar e devorei a leitura numa velocidade que não fazia há muito tempo, Rebecca me botou no chinelo, mostrou que não havia motivos para me preocupar se ela iria me decepcionar nessa nova leitura, por que eu simplesmente amei, não chorei como no outro livro, mas, nossa eu fiquei tão satisfeito com o que foi entregue nesse, mal , posso esperar para ler uma nova obra da autora.
Esse é um livro com leitura bem fluída, apesar de tratar de temas pesados, como a dor do luto, é uma leitura bem envolvente. As descrições dos cenários são muito vividas, até parece que estamos em cada um daqueles lugares, esse ano, uma blogueira que sigo, visitou a mesma cidade e as imagens eram praticamente as mesmas descritas no livro, nem preciso dizer que a cidade está na minha lista de lugares para visitar um dia.
"Ainda sou incapaz de conceber um mundo sem minha mãe. Como seria isso? Quem sou eu na ausência dela? Não consigo aceitar..."
O livro começa com o luto de Katy, ela fica devastada com a morte da sua mãe, perdida, como se nada na vida houvesse mais sentido sem a companhia da sua mãe, ao sentir-se assim ela decide fazer uma viagem para a Itália, um lugar pelo qual a mãe sempre falava e gostaria de retornar, e que iriam em breve. Ao chegar no hotel, no mesmo hotel que sua mãe havia se hospedado, Katy encontra a sua mãe, anos mais novas! Esse reencontro, traz à tona muitos sentimentos e uma versão da Carol, desconhecida para Katy. Elas vivem aventuras incríveis juntas, e ali, Katy também se apaixonada por aquela versão da sua mãe, tão livre e bela.
"Quero ver o que ela viu, o que ela amou antes de me amar. Quero ver para onde ela sempre quis voltar, esse lugar mágico que aparecia com tanta força em suas lembranças"
A mistura entre o luto e saudade com a felicidade de reencontrá-la novamente, traz um sentimento feliz a leitura, lhe fazendo encantar com cada passo na história.
A forma como Katy trata o luto, é muito dramática, e em alguns momentos, a achei até infantil, mas talvez eu sinta isso, pois nunca perdi alguém tão ligada assim a mim, e não sei como reagiria, e em muitos momentos, me retirou lágrimas justamente por isso.
Adoro muito esse tema, adoro livros com viagens no tempo, foi muito boa a premissa, bem envolvente, entretanto, achei um pouco ruim o desenvolvimento, a explicação, o motivo, e como ocorreu exatamente, mas não acho que isso interferiu muito na leitura, pois as vezes, nem tudo deve ser explicado em um livro de romance. O desenvolvimento da Katy é notório, a sua evolução desde a tratativa com a memória da sua mãe até a sua relação com o seu casamento, trazendo uma paixão pela vida, antes inexistente e acobertada pelo luto. Esse é um livro que nos faz refletir muito como a forma como o luto é tratada, e o reencontro de nós mesmos.
"E se eu entendi tudo errado? E se o sentido do casamento não fosse o pertencimento, mas se sentir transportada? E se nunca chegamos aonde queríamos ir porque estávamos confortáveis demais onde estávamos?"
O plot do livro, era algo que eu realmente não esperava, e de certo modo me doeu, pois, a Katy via a Carol como uma heroína, como se não errasse nunca e neste momento, é possível vê Carol como um ser humano normal, que também comete erros e possui desejos.
O final, chegou a ser um pouco confuso, sem explicação para a viagem no tempo, mas foi um ótimo final, onde ela pode finalmente se reencontrar.
"Nos afastamos das pedras e voltamos para Positano. Em alguns dias, Eric e eu vamos para casa. Voltaremos à nossa antiga vida, que agora é nova. A um futuro que ainda não sabemos como viver"
☀️ Em “Um verão italiano” acompanhamos uma trama sobre luto e amor fraternal. Uma obra que tinha tudo pra me conquistar mas que infelizmente, não funcionou pra mim.
☀️Katy era muito apegada a sua mãe, Carol. Porém quando Carol morre, Katy fica se sentindo perdida e sem rumo na vida. Semanas se passam sem que Katy consiga encontrar alguma razão para viver e embora já seja uma mulher adulta, casada e com uma vida pela frente, ela sente que sem sua mãe, tudo perdeu o sentido.
☀️As duas tinham planejado uma viagem para Positano, na Itália, aonde sua mãe já havia viajado antes de conhecer o pai de Katy. E mesmo enfrentando o luto, ela decide ir para a costa Amalfitana deixando tudo para trás, até que ao pisar na cidade Katy encontra ninguém mais, que sua mãe, jovem e cheia de vida.
💬Katy não sabe como tudo isso está acontecendo mas sabe que quer aproveitar cada segundo dessa cidade e da companhia de sua mãe.
💬”Um verão italiano” é uma obra tocante sobre luto. Katy tem uma dependência emocional muito grande de sua mãe e isso fez com que eu não conseguisse gostar da personagem, já que ela não se permitia enxergar nada além de si mesma e da história que viveu com a mãe, se esquecendo do luto de outras pessoas ao seu redor.
💬A ambientação está impecável. Realmente parece que estamos em Positano e eu fiquei apaixonada pela cidade. Se um dia visitar a Itália, com certeza Positano estará na minha rota.
✨”Um verão italiano” não me conquistou como eu gostaria mas ainda assim foi uma leitura rápida. Pretendo ler outras obras da autora mesmo assim.
Kate, está em luto.
O livro já inicia quando uma filha acaba de perder a sua mãe, Carol, e isso a deixou devastada. Ela sempre foi apaixonada pela mãe e elas tinham uma ligação muito forte de amizade e companheirismo.
Ao perder a sua pessoa favorita no mundo, a nossa protagonista se vê completamente quebrada e tudo em sua volta parece não fazer mais sentido, inclusive o seu casamento. No meio de toda essa confusão, Kate resolve realizar uma viagem que estava planejando junto com sua mãe. O destino é a costa Almafitana, na Itália. Lugar onde a sua mãe viveu um verão para nunca mais se esquecer.
Porém, ao chegar lá, ela encontra uma pessoa que jamais imaginou encontrar, e desse encontro, vários segredos do passado serão revelados.
Fiz essa leitura sem ter nem ideia do que esperar, e isso foi muito bom! Magia e realidade se misturam e juntos da personagem somos levados para o ano de 1992 e conseguimos conhecer mais da Carol com 30 anos de idade. Isso tinha tudo para dar errado, mas a autora traz a temática viagem no tempo de uma forma muito sutil e isso funciona MUITO bem!
Ter a sua mãe que faleceu recentemente de volta é algo muito bom, mas ao mesmo tempo é muito sofrido. Ao se aproximar da mãe, Kate cria uma conexão forte com ela, mas também descobre alguns segredos, erros e traços de sua personalidade, que sua filha não conhecia.
Em segundo plano, Kate conhece Adam e eles começam a se envolver. Confesso que achei que a relação dos dois aconteceu de uma forma bem rápida e um pouco superficial, mas nada que estragasse a leitura.
Esse livro é sobre luto, mas também sobre recomeços e esperança.
Mas, infelizmente, essa leitura não funcionou pra mim! A forma como Katy se sentia em relação a sua mãe é anormal, beirando à dependência emocional. Com isso, ela acaba sendo irresponsável com os sentimentos de outras pessoas, que também passam pelo processo de luto. Enfim, mesmo que a autora tenha pecado em muitos pontos, a ambientação está incrível. As partes que descrevem Positano e os pontos turístico são realmente muito boas para quem curte viagens e planeja conhecer o país um dia.
Um Verão Italiano #ResenhaCDM
Katy e sua mãe sempre foram grandes amigas, portanto quando a perde seu mundo vira de cabeça pra baixo. Ela não sabe como viver sem a mãe já que, sempre que precisou, a teve por perto, ajudando-a em decisões importantes e cuidando da família da melhor forma possível.
Lidando com essa enorme perda e com uma crise no casamento, Katy decide fazer uma das últimas vontades da mãe. As duas haviam se planejado para ir à Positano, na Itália, local onde sua mãe passou um verão inesquecível. E é em um dos seus passeios pelo local que Katy a vê pela primeira vez. Linda, saudável e jovem, sua mãe está ali, ao alcance de suas mãos. E ela terá a chance de conhecê-la de uma forma totalmente diferente.
Um Verão Italiano foi um livro que me conquistou aos poucos. Com uma narrativa um pouco mais lenta, mas nem por isso monótona, vamos sendo inseridos na história de Katy e percebendo o quanto a perda da mãe desestrurou sua vida. Carol era tudo para a filha e perdê-la fez com que tudo não fizesse mais sentido.
Não foi fácil gostar de Katy. Em muitos momentos eu a via como uma mulher que não se sentia prontanpra tomar suas próprias decisões e que sempre precisou da aprovação da mãe para tudo. Foi só com o decorrer da leitura que consegui me conectar e entendê-la melhor.
As descrições do local são precisas e apaixonantes. Me peguei diversas vezes desejando visitar Positano e viver um verão inesquecível naquela cidade tão linda. Amei o rumo que a história tomou porque fugiu totalmente do óbvio. Vi muitas pessoas criticando a trama por ser muito fantasiosa, mas para mim funcionou muito bem e esse foi um dos pontos que me fez amar o livro.
Terminei a leitura completamente apaixonada pela história, que é encantadora do início ao fim. As reflexões que a autora trouxe me tocaram fundo e não foram poucas as vezes que precisei parar para marcar uma passagem que me emocionou. Sem dúvidas, um dos melhores do ano! ❤️
A autora fez um ótimo trabalho na ambientação do livro, porque cada cena foi descrita com muitos detalhes sobre as cidades que a personagem principal visitou e gostei bastante disso. Apesar disso, achei que o grande plot twist do livro deveria ter sido melhor explicado e o desfecho achei muito corrido, mas no geral foi uma boa leitura e recomendo para quem gosta de histórias que tenham viagens e questões familiares como foco.
Ouch. Ler este livro já tendo perdido sua mãe é, sombra de dúvidas, uma das coisas mais dolorosas que um bookstan pode querer – e também uma das mais reconfortantes. Não há mistérios aqui nesta trama porque é exatamente o que a sinopse promete: uma filha em luto, devastada pela morte do amor de sua vida (porque sim, o amor da sua vida não é necessariamente um amor romântico) decide que irá honrar a memória de sua mãe e fazer a viagem que tinham planejado por tantos anos. O que ela não esperava era encontrar a mãe, viva e jovem, lá.
Eu sei, eu sei que pode parecer uma fantasia, e em partes é. Rebecca Serle está realmente criando enredos que misturam situações doloridas da vida cotidiana e “normal” e colocando um pouco de fantasia nisso. E, sinceramente, funciona. Funciona bem demais. Assim como seus outros dois livros, “Daqui a cinco anos” e “Lista de convidados”, temos uma narrativa guiada por um sentimento bastante mundano que ganha contornos um tanto quanto lúdicos com estes elementos impossíveis: ver o futuro dali a cinco anos, ter em seu jantar de aniversário pessoas que já morreram como Audrey Hepburn e, nesta trama, ter de volta sua mãe recém falecida depois de uma doença debilitante. Tudo muito simples, e, ao mesmo tempo, muito doloroso, porque quem não gostaria de ter de volta alguém que já se foi? Sim, esse livro é um livro sobre o luto, mas é também é sobre autodescoberta e amor.
Quando “Um verão italiano” começa, Katy está sem rumo porque acabou de perder a mãe. Com um casamento consolidado e aparentemente repleto de amor, seu marido Eric parece não conseguir mais se conectar com a esposa porque ela está em um lugar que ele não consegue alcançar – e é isto mesmo. Quando você dá de cara com a finitude da vida e a vulnerabilidade de estar neste lugar que parece que até respirar doí, não há como tentar explicar para qualquer outra pessoa, nem mesmo alguém que também está passando pelo luto. Sim, Eric também está sofrendo pela perda da sogra a qual ele amava, mas é em Katy que a perda da mãe realmente ressoa. Nem mesmo o pai de Katy, Chuck, parece entender o sofrimento da filha e isto é comprovado por uma passagem na qual a personagem deixa claro que por mais que seja apegada ao pai, era a mãe que realmente guiava seus sentimentos.
Decidida a honrar os anos que passaram planejando e não realizando esta viagem, até que, enfim, compraram as passagens para a viagem dos sonhos, Katy embarca para a Itália. Ela e a mãe começaram a planejar tudo antes do diagnóstico da mãe, e mesmo com o advento da doença, continuaram os planos em uma vã tentativa de imaginar um futuro que não chegou, no qual a mãe teria recuperado sua saúde. Tudo desmoronou com a morte de Carol, mas a emissão e envio das passagens de avião lembraram a filha enlutada tudo que estava já programado na Itália. E assim Katy deixa o marido incerto sobre o futuro do casamento de ambos, um pai enlutado e viaja.
Chegando a Itália, Katy vê os lugares que tanto ouviu sua mãe falar, já como Carol sempre contava que tinha estado lá antes de conhecer Chuck e de ficar grávida da filha. Ao mesmo tempo que é bom realizar aquele sonho, Katy sente que não há como continuar aquela viagem – e é bem ai que vê sua mãe, jovem, com algo em torno dos 30 anos e saudável. Parecendo um tanto quanto perdida, Carol e Katy se conectam rapidamente, já como a filha sabe tudo sobre a mãe, mesmo que a mãe não saiba quem Katy é. A conexão delas parece ser tão real e fácil que o leitor entende como Katy criou tanta conexão com a mulher, que era, sem sombras de dúvidas, alguém que qualquer pessoa gostaria de ser amiga.
Mas Carol é uma pessoa com sua personalidade, erros e segredos, e é justamente o que esse verão vai ensinar a Katy: a mãe também pode ter feito escolhas erradas que nunca foram contados a filha, refletindo em certos conselhos que deu durante a vida. Isto significa que Carol não amava Katy? Isto significa que Carol não merece seu amor? Isto significa que o relacionamento delas era uma mentira? Claro que tudo isto será respondido na própria narrativa, mas acredito que você, leitor, já entendeu que a resposta para tudo isto é um sonoro “não”: todos nós erramos e aprendemos diariamente a sermos pessoas diferentes, melhores, com visões que não tínhamos antes. E este é um dos sentidos da vida (pelo menos para mim).
Me demorei tanto falando sobre o relacionamento de Katy e Carol porque acredito que é o verdadeiro coração do livro e de toda trama que lemos aqui, mas há mais: Katy, mesmo casada (lembrem-se que o casamento dela basicamente em um “tempo”, enfrentando uma crise forte pelo luto que ela enfrenta), conhece Adam, alguém que tem seu propósito na pequena cidade. E, por algum motivo que não compreendi (o apresentado não me convenceu), Katy começa a se envolver com o homem, terminando em um romance que parece estar destinado a mudar o caminho dela e seus pensamentos. Confesso que esta foi, de longe, a pior parte do livro pra mim pela falta de profundidade do casal. Eu firmemente acredito que não preciso ler romance em todo livro que leio e me fez tirar meio ponto da minha nota final do livro e não o ter como um dos favoritos do ano, mesmo ainda estando em março.
Ainda quero ressaltar para quem vai se aventurar e dar uma chance ao livro que tenha em mente que o luto é algo muito, muito egoísta, então dê um desconto para algumas atitudes de Katy e não esperem coerência. Em determinador momentos o leitor tem vontade de sacolejar a personagem, mas não podemos (e nem devemos) julgar as decisões de alguém que está em um luto tão profundo assim.
Por fim, deixo claro que a trama é, sem sombras de dúvidas, delicada ao tratar de algo tão triste. Refrescante na forma como conduz a trama de maneira bastante simples e satisfatória, a medida que a narrativa vai se encerrando, o leitor já tem todas as respostas que precisa, principalmente como algo assim poderia estar acontecendo, já como Katy está convivendo com a mãe.
E há sim, um questionamento sobre como isto é possível, mas entenda algo sobre a escrita de Rebecca Serle: algumas coisas que não entendemos acontecem e isto não significa que não aconteceu. Confesso que normalmente não compraria essa ideia vaga de que há mesmo mais coisas do que entendem a nossa vã filosofia, mas também sou contra explicações demasiadas porque a vida não para para lhe dar um manual de instruções explicando para qual caminho seguir quando um desastre acontece. Não tente racionalizar em determinados pontos de sua vida, e também não tente racionalizar aqui: “Um verão italiano” é uma leitura leitura delicada, rápida, melancólica e repleta de esperança, então afirmo para os que embarcarem que não haverá nenhum arrependimento de passar algumas horas aprendendo que o luto é sim, paralisador, egoísta e extremamente difícil, mas que aprendemos a viver com a falta de quem amamos e reaprendemos a amar. E a viver.
Mais um lugar que preciso conhecer: Positano
Li esse livro tem quase um mês, fiquei refletindo a história para trazer uma resenha que pudesse ir além do que senti.
Quando sua mãe morre, Katy fica devastada. Carol era seu tudo, seu porto seguro, sua melhor amiga, sua válvula de escape, quem sempre a socorria nos momentos mais tristes e quem desfrutava dos seus momentos mais felizes. Ela era o alicerce para a vida da Katy. Nada poderia acontecer com Carol, mas infelizmente acontece e Katy precisa abrir os olhos para a realidade.
Mãe e filha planejaram uma viagem para Positano, na Itália. Uma cidade mágica onde Carol passou o verão antes de conhecer o pai de Katy. Quando soube da doença, elas decidiram viajar para aproveitarem seus dias juntas. Mas não deu tempo. Carol partiu e levou toda a alegria que sua filha sentia quando estavam lado a lado. Katy decide viajar sozinha, ela precisa desse momento para si, sem o marido. Somente ela e as memórias da mãe.
Como se tudo resolvesse cair com ímpeto, Katy se sentiu vazia. Sem a presença da mãe, com problemas no casamento e prestes a pedir o divórcio... Tudo parecia oco e sem vida. Ao chegar em Positano, ela conhece pessoas agradáveis, funcionários e hóspedes. São formidáveis e fazem com que Katy se sinta menos sozinha – mas é algo que acontece que realmente tira a sensação de solidão, e deixa o leitor imerso na história...
Quando estava dentro da Costa Amalfitana, Katy a encontra. Sim, é ela. Carol está em sua frente, carne e osso; com seus trinta anos, saudável e feliz. É claro que não dá pra acreditar no que vê. O que está acontecendo ali? Mas, afinal, pra ela, isso não importa tanto. Tudo o que importa é que, de algum jeito, sua mãe está de volta – e agora ela só quer aproveitar esse momento e fazer tudo o que fariam juntas.
Nesse longo verão italiano, Katy passa a conhecer Carol, não como sua mãe, mas como a jovem que ela um dia foi.
Vou confessar a vocês que esse livro mexeu com meu psicológico. Fiquei naquela vontade de chorar, de abraçar, de gritar. É um livro fácil de ler, mas ao mesmo tempo tão complexo. Vi gente comentando que a personagem era uma chata e que precisava deixar a mãe em paz. E eu confesso que isso passou pela minha cabeça quando resolvi ler a sinopse. Mas a profundidade que a autora escreveu isso foi bem real. Me senti como filha, me senti perdendo minha mãe, me senti sozinha no meio de um dos lugares mais bonitos do mundo sem a beleza que mais importa.
Esse livro mexeu comigo, e enquanto escrevo a resenha percebo que só sei chorar. É incrível que não chorei enquanto li, mas ele me tocou; e agora, enquanto resenho, ele ainda mexe com meus sentimentos de outra forma – muito mais pura, me fazendo ser Katy por alguns momentos. E se você fosse a Katy? Será que você seria somente a garota mimada que não sabe perder a mãe, que precisa aceitar uma perda; ou você seria alguém que ama tanto outra pessoa a ponto de não aguentar perder? Será que isso te torna uma pessoa chata? Não acredito nisso. Acredito que essas dores te tornam mais humano. É claro que devemos deixar a pessoa partir, mas é impossível não sentir um vazio ao vê-la partindo...
Finalizo essa resenha dizendo que precisei voltar o capítulo 29 para ter certeza do que estava lendo. Senti o desfecho abrupto, mas me senti leve ao finalizar a leitura. Senti como se tivesse deixando um pedaço de mim naquelas páginas. E levei um pouquinho da Katy comigo.
Curiosidade:
Ao final do livro, a autora nos conta que o Hotel Poseidon realmente existe, e percebemos que a simpatia dos funcionários também.
O livro trata do luto, mas de um luto além da perda de uma pessoa amada, mas da perda de você mesmo naquela pessoa e a perda daquilo que você nem sabia da outra pessoa e sempre esteve presente na relação.
A Katy é uma personagem com muitas marcas na sua relação com Eric, o seu marido, e ao perder a mãe, a primeira atitude dela é se distanciar dele e do pai e viajar para Positano, para onde ela iria com a mãe antes dessa viagem. Por alguma razão, explicada brevemente "pela magia da cidade" ela acaba conhecendo Carol, a versão de 30 anos da sua mãe de quando ela esteve na cidade pela primeira vez. Se antes, Katy caminhava na cidade buscando reviver as experiências da mãe, ela agora fazia isso na companhia da mãe.
Eu senti por muitos momentos que a história dá umas rodadas em círculo: nos dando esses encontros com a mãe dela com interações bem rasas sem grandes desenvolvimentos ou informações. Eu esperava talvez mais profundidade nesses encontros e recebi conversas um tanto simples, comuns até. Uma quebra de expectativa que não estraga o contexto da história. Em seguida, sempre tem um questionamento dos eventos do passado e as suas ações por parte de Katy que nos dá um pouco da sua narrativa.
Eu tive dois problemas na história: primeiro, é a falta de descrição. A história se passa em três momentos: no passado e presente de Positano e em Los Angeles. A narradora não nos descreve nada além de escadarias extensas, caminhos para chegar a algum lugar, água e sol. A gente sabe que do lado do quarto dela tem um estande livros para pegar emprestado, mas como é esse quarto, o corredor desse hotel, as pessoas que ela esbarra, as roupas que elas vestem e como elas falam... ela não descreve, e sinceramente, no normal eu sentiria falta disso, mas nesse livro é primordial essas descrições para compararmos com o presente. Até por que a protagonista só vai questionar em que ano está NO FINAL do livro, o que é claramente uma tentativa da autora de enrolar o óbvio para se ter uma revelação surpreendente. A mulher está sozinha em um país que não domina o idioma e encontra a cópia da mãe e ela fica de boas?????? É pedir demais da nossa quebra de realidade. E você percebe que a autora segurou essa informação por SÓ NO FIM ela descrever os ambientes e as pessoas. DIAS se passaram, não foram horas.
Um outro problema para mim foi Adam. Compreendo que ele estava ali para despertar o amor da Katy por ela, pela vida, pelo marido até, mas por mais que a falta de química entre eles é justificada, isso atrapalha na nossa imersão na construção deles, até por que, depois que eles ficam juntos, ela retorna do nada para o presente, encontra o marido e PUF... ADAM SOME. Ela questiona sobre ele, mas fica por isso, ela não tem um pensamento sobre ele, sobre o tempo deles juntos e o que ela tirou disso. Não sei, para mim, pareceu que ele ocupou um espaço que poderia ser do Erik facilmente.
Tirando esses por menores, eu daria 5 estrelas para essa história pelo tema ter sido muito bem construída, a protagonista te prende e a Carol é fascinante. A escrita da Rebecca é fantástica e ela continua uma das minhas autoras favoritas. No entanto, darei 4 estrelas aqui por conta dessa questão da descrição e o desenvolvimento do Adam, que poderia ter sido explorado na edição do texto.
Recebi esse livro pelo Net Galley, muito obrigada para a editora Paralela por ter me considerado para resenhar o material.
Como vocês viram, semana passada recebi um pacotinho da @editoraparalela com o novo lançamento da @rebecca_serle e não poderia estar mais agradecida pela oportunidade de leitura que me foi proporcionada ♥️
Rebecca, também autora de "Daqui cinco anos" e "A lista de convidados", me conquistou de vez ao contar a história de Katy, uma mulher que após a perda da mãe se vê perdida e sem rumo, afinal, fora a mãe que sempre teve todas as respostas que ela buscava.
Ao embarcar em uma viagem planejada para as duas, Katy esperava fugir da realidade dolorosa em que se encontrava, mas não poderia imaginar que encontraria com a própria mãe, trinta anos antes, andando pelas paradisíacas ruas de Positano, na Costa Amalfitana da Itália.
Com cenários paradisíacos, escrita envolvente e mágica e personagens extremamente humanos, Serle nos presenteia com um história sobre a busca eterna por respostas, sobre o poder do amor, a importância de vermos os outros como indivíduos únicos e dotados de desejos, sobre o luto, sobre recomeços, sobre perdão ...
Um livro lindo, cheio de mensagens importantes e necessárias, que nos tira da zona de conforto e faz questionar o quanto de Katy há em nós, e o quanto de Carol, uma mulher cheia de vida, sonhos e ambições ... Cabe em nossa própria mãe.
Será que somos capazes de vê Las além de nós? Como seres que tem vontades próprias e deviam ter o direito e apoio na busca de seus sonhos?
Uma leitura que se faz necessária dado impacto transformador que a experiência de Katy pode causar na nossa realidade ♥️
Amei demais
⭐⭐⭐⭐⭐♥️https://www.instagram.com/p/CqHJKFjrWHm/?igshid=YmMyMTA2M2Y=
PS: há no livro um fato que eu particularmente não gosto, mas todo o resto é tão perfeitamente trabalhado que apesar disso, vai pros favoritos.
PS2: vou abrir uma vaquinha pra vocês me ajudarem a conhecer Positano na Itália. Inclusive, ao final do livro Rebecca nós conta que o Hotel Poseidon realmente existe e é incrível.
PS3 : esse é o meu livro favorito da autora até aqui