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Juan Pablo Villalobos é um dos meus escritores contemporâneos favoritos. Primeiro pelo humor e segundo pela criatividade, pela capacidade de juntar temas improváveis e fazer tudo parecer muito coeso no final.
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Com um cachorro chamado "gato", dois amigos imigrantes, e um restaurante fechando suas portas, o autor constrói uma fábula moderna marcada por teorias da conspiração, burocracia e gentrificação. A história se passa em um certo lugar da Europa, que assim como a nacionalidade dos personagens, nunca é mencionado (mas, que com algumas dicas podemos facilmente localizar).
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Uma das coisas mais legais desse livro é a forma como é narrado. Criaturas invisíveis e bisbilhoteiras que tem livre acesso aos sentimentos, sensações e fluxos de pensamento de cada personagem e que, aproveitando sua condição de invisibilidade, fazem também todo tipo de comentário e julgamento.
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Não se tornou um livro favorito meu desse autor, mas certamente foi uma experiência divertida.
Uma história sobre afetos, perdas e recomeços entremeada de humor e episódios que parecem querer desviar nossa atenção dos sentimentos que unem as amizades.
Primeiro contato que tenho com a escrita de Juan Pablo Villalobos, que se provou deveras envolvente.
O autor consegue, em A Invasão do Povo do Espírito, relacionar um macro universo ao cotidiano, uma suposta invasão interplanetária às disputas de diferentes nacionalidades e países.
Toda a narrativa aborda temas como xenofobia, velhice e abandono de forma leve e, ao mesmo tempo, reflexiva. Todos os personagens trazem uma conexão que vai se mostrando ao longo da estória:
“O passado será o dedo que fará avançar as páginas deste livro. Viremos a página: o futuro está aí.”