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A narrativa envolvente e os personagens profundos criam uma leitura emocionante e reflexiva sobre as consequências de nossas escolhas e a busca por redenção, como outros livros do autor.

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Tão maravilhoso quanto O Menino de Pijama Listrado! Super sensível e muito apropriado para esta época de guerra que estamos presenciando

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O que aconteceu com a família alemã que vivia ao lado do campo de concentração em "O menino do pijama listrado"? Boyne responde a pergunta nesse livro, narrado por Gretel, filha daquele importante oficial nazista, que tinha apenas 12 anos na época dos acontecimentos narrados no primeiro livro.

Gretel narra a própria história e os capítulos se alternam entre flashbacks e o tempo presente. No presente, ela tem 91 anos e tem uma vida confortável em Londres, mas a chegada de novos vizinhos e seu próprio filho ameaçam perturbar seu sossego. No passado, é uma adolescente tentando sobreviver após a derrota da Alemanha, fugindo dos fantasmas.
Gretel se torna uma mulher sempre na defensiva, o que se reflete na história: o drama permeia todo o livro e há uma ou duas cenas realmente fortes, mas a narrativa é quase fria, reflexo da blindagem que a protagonista impôs às próprias emoções e lembranças. Por baixo dessa frieza há um turbilhão de dores e culpa que não passam despercebidos ao leitos.

O livro provoca reflexões sobre os horrores do nazismo, a cegueira deliberada, a culpa dos filhos pelos erros dos pais, o direito de seguir em frente e as relações familiares. Apesar do tema sombrio, a leitura é fluida e Gretel é uma boa companhia.

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Uma continuação para “O menino do pijama listrado” era necessária?
Não tinha sequer pensado nessa possibilidade antes de saber dessa publicação. E, após sua leitura, concluí que ela foi extremamente importante.
Em “Por lugares devastados”, o autor traz a narrativa de Gretel, irmã do nosso menino de pijamas Bruno. Ela vive uma pacata existência em Londres no auge dos seus 91 anos. A narrativa se inicia quando novos vizinhos chegam ao edifício no qual Gretel mora, um garoto de nove anos.
A partir daí, as linhas da narrativa se intercalam: o presente e o passado são contados capítulo a capítulo. O leitor é brindado gradativamente com mais descobertas sobre o que aconteceu após os acontecimentos do primeiro livro; e a Gretel do presente vai aos poucos contando seus segredos e lidando com os desafios do presente.
Uma continuação que traz, além da chance de revisitar os fatos já narrados, a possibilidade mostrar os efeitos da guerra e da culpa na vida de cada indivíduo.

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