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Amarílis vive na cidade de Fragária, sob o domínio da República onde magia é algo proibido e perigoso, se eles soubessem do que Amarílis é capaz com certeza seria morta!
Amarílis trabalha como tecelã em uma fábrica, tem seus amigos, mas vive uma vida incompleta, pois perdeu a mãe muito jovem para uma tragédia e desde então precisou esconder sua magia.
Ao encontrar finalmente o homem que foi responsável pela desgraça de sua mãe, Amarílis resolve invocar um demônio para que a criatura mate o general, mas sua oferenda não é suficiente, então Tolú (o demônio) diz que pode colocar Amarílis no caminho do homem, mas ela que terá de cometer tal ato.
Amarílis quer vingança, mas com o passar das páginas vamos vendo seus medos e anseios, o leitor descobre o que aconteceu com a mãe de Amarílis e seu irmão, e aos poucos entende o ódio que ela sente pelo general. Tolú em sua forma humana é bonito, chamativo e faz com que Amarílis comece a se soltar.
Com uma escrita interessante, o livro vem trazendo uma história de romance entre Amarílis e Tolú, um demônio sarcástico. Tolú deseja que Amarílis se solte mais, ele sabe que ela possui um poder incrível e obviamente deseja ficar mais tempo no mundo humano.
O problema dessa história (fora o foco no romance) é que apesar de Tolú falar que Amarílis é incrível, nós vemos muito pouco disso durante a leitura, mal vemos seu poder e muito menos ela aprendendo a controlá-lo.
Veja bem, eu gostei do Tolú, achei ele interessante, mas confesso que esperava muito mais do livro! Esperava uma história regada de vingança e magia, mas temos muito pouco sobre a magia e uma vingança que se resolve rapidamente e de forma meio besta em um final apressado. Amarílis se perde um pouco no romance com Tolú e acaba deixando a vingança levemente de lado. Se o foco desse livro fosse o lado da fantasia com pequenas pitadas de romance eu teria apreciado muito mais essa história, pois do jeito que está ficou mal explorado o universo fantástico criado.
No mais, achei a capa muito linda e talvez no futuro leia outros livros da autora!
Segundo contato meu com a autora, e novamente me senti fisgada pela maneira como ela escreve. Eu devorei o livro!
Por embarcar em um jornada de vingança, invocando até mesmo um demônio, esperava mais sangue e trevas nessa história. Sim, esses momentos acontecem, mas fica aquele gostinho de quero mais sabe?
E fiquei muito curiosa querendo saber mais sobre os eventos que levaram a ascensão da República. Eu não ligaria de ler um spin off sobre
E digo aqui sem remorso: Tolú, o demônio, é de longe o melhor personagem dessa história.
Mariposa Vermelha traz a história de uma jovem bruxa que em busca de vingança, faz um pacto com um ser das trevas. Ela imaginava apenas um acordo de negócios e não que essa decisão fosse ser o pontapé inicial para fazê-la enfrentar fantasmas do passado, superar traumas e, principalmente, se descobrir e aceitar a si mesma.
Os dias de Amarílis são sem sonhos, com medo constante de ser descoberta como herdeira do poder da mãe. Ela tem como amigos um casal, que sempre a incluem em tudo que fazem, mas ela vive como sendo um velha senhora cautelosa na pele de uma moça.
No entanto, quando vê aquele que levou sua mãe ao suicídio, ela arrisca usar seus poderes para obter ajuda de um demônio e assassinar este homem. Surge nesse pacto Tolu, que apesar de seguir o acordo dos dois, ama provocar Amarílis e fazer com que ela deixe de lado a capa de invisibilidade que vestiu por anos. Ele a instiga a sair do casulo.
A relação dos dois é um dos melhores aspectos da história, pois é pontuada por diálogos desafiadores, aventuras ousadas e uma grande carga de sentimentos e tensão sexual. É uma relação que pode render um ótimo romance e cria expectativas no leitor. Em especial por debater a questão de diferenças e se estas podem ser superadas pelo amor.
Além disso, esse universo criado pela autora Fernanda Castro é bem construído e muito convincente, dá para acreditar totalmente nesse mundo de seres mágicos e repressão.
Essa jornada de Amarílis é intensa e cheia de altos e baixo. Fiquei surpresa com a transformação que ela passou durante a história. Quem viu a moça da primeira página, se surpreende com a mulher do desfecho. É empolgante seguir Amarílis. Estejam preparados para uma mocinha que não é boazinha, nem doce. É uma mulher que carrega sombras e sabe ser amiga, mas também a pior inimiga.
Divertido, quente e envolvente!
Não posso afirmar com todas forças o que esperei quando comecei a ler “Mariposa vermelha”. Uma fantasia que não falava se era urbana ou alta, mas uma fantasia sobre uma jovem que está buscando vingança e que invoca um demônio parecia promissora – fã de fantasia sabe que sim. Conhecia pouco da escrita da Fernanda, mas também não podia dizer que não a conhecia porque li o conto “Não vai ser a primeira, nem a última” presente na revista Suprassuma, que é a revista de ficção especulativa grátis da Editora Suma. Mas eu posso afirmar, com toda certeza que não esperava amar tanto esse livro como amei.
Com uma escrita quase hipnótica e muito delicada, somos apresentadas a Amarílis, jovem de 24 anos que deseja ser simplesmente ordinária, comum e se perder entre o mar de pessoas que andam com a cabeça baixa em Fragária, cidade da República, local que vive sob um regime que perseguiu e matou quase toda população que tinha qualquer vestígio de magia. Fica claro, desde o começo da narrativa, que a jovem tem muito medo de ter “puxado” a mãe, a quem considera que ficou louca e que era uma bruxa com poderes de cura e pequenas poções. Mas calma, estou me adiantando, porque o começo do livro altera o presente e anos no passado para explicar todo passado de nossa protagonista – e fazer com o leitor se apaixone por ela fortemente.
Como mulher, não há nada melhor do que conhecer uma heroína forte e com as motivações certas nos lugares certos, que é justamente o caso de Amarílis. No começo da narrativa, com 24 anos, ela invoca um demônio para a ajudar a matar um homem, a princípio desconhecido do leitor e que nem o nome sabemos. O demônio, que parece um lagarto, grande, atende o chamado da mulher, que nunca, absolutamente nunca, havia feito qualquer tipo de feitiço, empurrando sua magia para o fundo de sua vida, vivendo sempre em uma constante jaula presa dentro de si mesma, escondendo sua verdadeira natureza. Desde o começo fica claro que Tolú, o demônio, irá se divertir enquanto cumpre o acordo que estava selando com um aperto de mão com a jovem: ele seria responsável por colocar Amarilis e um determinado homem frente a frente e a morte dele seria responsabilidade dela, já como a oferenda não foi grande o suficiente para que o próprio demônio fizesse isto.
As regras da magia no universo de “Mariposa vermelha” são claras: não se pode fazer tudo e Tolú teria de conhecer a cidade, aprender mais sobre a futura vitima e assim se infiltrar entre as pessoas para poder conseguir acesso ao tal homem, porque claro que ele era um grande figurão e o demônio não poderia simplesmente o convidar para um chá e Amarílis aparecer para fazer sua tarefa. E também, desde o primeiro momento, o leitor sabe que irá amar Tolú da mesma forma como está aprendendo a amar Amarílis quando o tempo retroage e mostra a garotinha com 4 anos sendo trancada em um armário para a mãe poder receber o amante, um grande figurão da República. Com mais pedaços da vida da protagonista, vamos entendemos que a mãe terminou tirando a própria vida depois que foi abandonada pelo amante por um motivo terrível (vou evitar comentar por motivos de spoilers, é claro) e que, claro, o homem misterioso e que destruiu a vida da garota, apareceu na fábrica na qual ela trabalha – e foi o aparecimento que começou a quebrar o escudo que Amarílis tão bem construiu ao longo daqueles anos, a levando a invocar um demônio, com a resposta de Tolú.
Parecia claro para Amarílis que Tolú não podia simplesmente andar pela cidade sendo um grande lagarto (e ainda com uma mordida na perna) mas o demônio simplesmente vai embora com uma pequena pergunta: qual cor ela prefere entre azul, verde e marrom. Ganhando sua resposta, ele parte, deixando uma Amarílis confusa. Os dias se passam e nada mais dela saber do charmoso (você vai concordar comigo) demônio, o que a leva a acreditar que foi enganada. Em parte até mesmo aliviada, a vida corre em seu trabalho como costureira na fábrica de Pimpinella, onde costuma o dia inteiro fardas para os militares da república.
Os relacionamentos da jovem se resumem a Rosalinda, sua vizinha e uma das “abelhinhas” da fabrica na qual trabalham, alcunha dada as jovens que trabalham como uma especie de secretária/assessora da Dona da fábrica, e Antúrio, o namorado de Rosalinda, que trabalha como segurança no lugar e também faz algumas coisas fora da lei, para conseguir algum dinheiro por fora. Tudo na vida de Amarílis é completamente estéril e monótono, e ela deixa os amigos pensarem que ela tem “alma de velha” enquanto controla o caos em sua cabeça, a magia pulsante querendo sair e se mostrar ao mundo, mas, por medo, a jovem sempre se controla, a ideia de terminar louca igual a sua mãe a perseguindo com força – e também o medo do regime sob o qual vivem. Tudo parecia ter voltado ao seu devido lugar, até que Rosalinda a chama para ajudar a servir café para um homem lindissimo que apareceu na fábrica para falar com a dona. E aqui você, meu caro leitor, já esperava que o homem fosse Tolú, assim como eu também esperei e não me decepcionei nem mesmo um segundo. A partir, temos uma verdadeira jornada para a jovem começar a se libertar de todas as amarras que se colocou.
Toda jornada das personagens é complexa e vai ganhando o leitor mais e mais porque você entende cada um com suas motivações: Amarílis, querendo vingar sua mãe e a perda da vida que conhecia; Rosalinda, a melhor amiga que tenta se mostrar feliz e grata pela vida que tem mas que esconde bem mais dentro de si; Antúrio, o amigo fiel da protagonista e namorado apaixonado da melhor de amiga que aceita ajudar em toda trama criada; e, claro, Tolú, que como um demônio, tem seu próprios interesses a cumprir ao atender aquele chamado e sair de onde estava – e o lugar também faz parte da mitologia criada.
A mitologia de toda magia e demônios criada pela autora é definitivamente um dos pontos altos da trama. A forma como a magia pode muito, mas não tudo, é perfeita porque proporciona as personagens a terem de se movimentarem e tomarem decisões para ajudar no plano, até um final apoteotico que faz com que Amarílis mostre realmente quem é, e não falo isso sobre magia, que, claro, tem um poder importante na jornada dela. Toda a vida da jovem está atrelada justamente a ideia de uma mariposa, algo que se transforma no que realmente está destinada a ser. E estou evitando falar muito porque não quero entregar nada da narrativa, só preciso afirmar, com todas as letras, que se você que me lê, gosta de uma boa história de uma jovem se descobrindo mais forte do que imagina e com um romance não convencional, você precisa ler “Mariposa vermelha”.
Mas, se há algo que preciso apontar como falha na narrativa, é somente a descrição de terminadas passagens, coisa que é algo particular meu e não me agrada: prefiro algo descrito demais do que resumido. Como falei, é uma preferência individual minha e talvez não afeta ninguém mais, o que me faz acreditar que esse livro pode (e vai!) agradar muitos leitores em sua totalidade, com facilidade, justamente pela força que Amarílis tem como protagonista, Tolú como um dos melhores anti-heróis que li nos últimos tempos, Rosalinda e Antúrio como ótimos coadjuvantes, Dália como uma personagem que me causou uma mistura de sentimentos (a pena entre eles) e o General Narciso como um vilão com algumas camadas que não foram expostas – mas, também, sinceramente, não me importei porque odiava o homem e queria que ele explodisse.
E se você está, como eu, se questionando se todas personagens têm nomes de flores ou plantas: sim, tem. Pesquisei em certa altura da trama e pude fazer comparações entre as personalidades das personagens com os nomes das flores ou plantas, e isso deixo para você, caro leitor, também descobrir, assim que embarcar na jornada de uma jovem que queria ser comum, mas não era, e foi capaz de se tornar em uma linda mariposa vermelha, destinada a grandeza, superando os traumas do passado, se fortalecendo, confiando em seus amigos e aprendendo a, enfim, amar, o que a torna uma bruxa completa – ou, melhor, uma mulher.
Mariposa vermelha é um livro que promete uma narrativa ao mesmo tempo delicada e sombria, um casal inusitado, muita fantasia e certos sustos aqui e acolá. Eu gostei da leitura de um modo geral, mas acho que o livro tem um foco muito grande no romance, em detrimento de aspectos interessantes da narrativa. Acho que se o livro fosse vendido como uma romantasia, por exemplo, as expectativas teriam sido ajustadas de acordo, e o livro atingiria um público muito maior.
Pra mim, elementos interessantes do livro, como a ambientação, a magia em si, e a temática de repressão e politica foram relegadas a segundo plano exatamente porque não esperava um foco romântico tão dominante. Isso não desmerece o livro, ele só não se adequou bem às minhas preferências e às expectativas que tinha depois de ler a sinopse.
Recomendaria o livro para leitores que gostam de fantasia com maior foco no romance.
Um dos melhores livros que li em 2023 até agora!!!
"Mariposa Vermelha" é uma história que fala de vingança, amadurecimento e sobre abraçar seu poder para encontrar seu lugar no mundo.
Além disso ainda tem um demônio pra lá de charmoso. 😉
Fernanda, para variar, arrasa demais. A escrita dela é deliciosa, Tolú é maravilhoso e Amarilis passa por uma jornada de coragem para assumir seu lado obscuro. Eu amo esse universo, esses personagens e o final de Mariposa Vermelha. O romance entre a protagonista e Tolú é outra coisa muito boa do livro. A escrita da Fernanda é fluida, potente sem ser rebuscada e deliciosa de ler, ela envolve os leitores de uma forma especial.
O título mais recente da autora Fernanda Castro chegou pela Editora Suma (que cedeu este exemplar em cortesia). Mariposa Vermelha é uma história sobre magia, vingança e rancor, e ô como é bem contada.
Amarílis é filha de uma tragédia. Ela vive em um mundo onde a magia foi reprimida pelo governo, e pessoas mágicas precisam se esconder ou sofrer destinos terríveis. Sua mãe morreu para um desses destinos, ainda que a magia não tenha sido exatamente a culpa disso. O homem que causou sua morte, no entanto, assombra a vida de Amarílis.
E quando ela encontra uma chance de se vingar pelo que ele causou, ela decide abraçar sua magia para conseguir um poderoso aliado. Amarílis invoca um demônio, e faz um pacto de sangue com ele: ela quer sua ajuda para matar o homem.
Mariposa Vermelha é uma romantasia adulta em volume único com uma história sombria e extraordinária. Fernanda Castro tece uma história de violência, repressão e retribuição da melhor maneira possível e, em 272 páginas, conquista pela criatividade e pelo carisma da sua narrativa.
"Talvez eu tivesse menos medo de morrer do que de perder o controle."
A jornada de Amarílis é de uma intensidade notável. Dividida em três atos, sua história acompanha uma rotina vazia transformada por completo por uma escolha ousada e furiosa. De uma costureira quieta e cinzenta para uma mulher determinada e poderosa, Amarílis se transforma tal qual acontece com o ciclo de vida de uma mariposa - que, inclusive, marca bastante a trama.
Toda a questão com a magia e com os insetos é essencial para entender quem é essa personagem, e quem ela pode se tornar. O jeito com que a narrativa constrói seu desenvolvimento, apresentando viradas surpreendentes e momentos arrepiantes, é a parte mais brilhante do livro.
Se você tá procurando por uma história sobre corrupção e poder, se você quer ler uma protagonista concisa despencando em direção ao abismo sombrio, Mariposa Vermelha vai te encantar.
"Você quer beber a minha loucura? Deixe que eu a sirva em uma bandeja de prata."
A magia, inclusive, aparece sutil aqui. Não tem grandes revelações e explicações, muito mais relegada ao mistério e à construção da sua portadora. O que eu também adorei, porque não é uma história sobre regras e preços. É uma história sobre vingança.
Mariposa Vermelha tem um leque pequeno de personagens por isso, e tem espaço de sobra para desenvolvê-los muito bem. Dos amigos íntimos de Amarílis, que são seu suporte emocional e familiar em um mundo tão vazio e sombrio, ao demônio que aparece de repente e conquista com charme e sorrisos e propostas indecentes.
Tolú, aliás, roubou meu coração. Eu amo um demônio bem escrito, que tem malemolência e gracejos para as horas certas, mas também se mostra consciente e sensível nos momentos essenciais.
O romance se constrói porque Amarílis encontra sua força no sombrio, e Tolú apresenta isso a ela. Aos poucos, o que era um acordo de interesses se torna uma amizade inesperada e, então, uma atração impossível de parar. Quando o romance acontece, é uma explosão.
Mariposa Vermelha tem uma história rápida e criativa que termina no ápice. Eu amo, amo, amo finais abertos e aqui não fui decepcionada. As respostas aparecem, as peças se encaixam, os problemas são resolvidos de maneira inesperada, mas Fernanda Castro não pega na sua mão e te dá um ponto final. Ela aponta na direção certa e te deixa ser criativo com isso. Amo!
A edição da Suma tá um espetáculo, com destaque pra capa da Joana Fraga que entrou pro top 10 de capas mais bonitas da minha estante. Revisão e diagramação também estão ótimas, bem confortáveis e impecáveis pra leitura.
Mariposa Vermelha vai aparecer na minha lista de favoritos do ano, com certeza. Esse livro entrega tudo que eu mais gosto: mocinha corrompida, romance arrebatador, fantasia bizarra e criativa. Termina, e não termina, porque deixa aquele gostinho de quero mais que não é realmente necessário. Tem o final certo, na hora certa. E que beleza por isso!
Fui realmente surpreendida! Acho que a experiência seria melhor em uma edição física porque é o tipo de história que dá para ler de uma vez e você quer guardar. Enredo muito bem construído, envolvente e narragiva fluída. Uma obra nacional que merecia mais destaque.
Volume Único
Ano: 2023
ISBN: 855651183X
Editora: Suma
Páginas: 272
Avaliação: 4.75/5
Classificação: +16
Quando Amarílis invoca um demônio bem no meio de sua sala, sua metamorfose se inicia.
Sob o regime de ferro da República, Amarílis vive uma vida invisível enquanto trabalha criando tecidos e tenta suprimir sua magia. Depois da morte da sua mãe, ela se fechou ainda mais para o mundo, num misto de luto e revolta suprimida.
Depois de muitos anos, ela se vê frente a frente com o responsável por arruinar a sua vida, um general importante do governo que matou sua mãe e levou seu irmão, ainda bebê, embora. Mesmo depois da ocasião marcante e da semelhança entre as duas, o general não parece reconhecê-la nem um pouco.
Com o desejo de vingança crescendo dentro de si, Amarílis volta para casa com um objetivo bem claro em mente: matar o homem que matou sua mãe. Sabendo que não seria capaz de fazer aquilo sozinha, ela recorre à parte de si que preferia manter adormecida: a magia.
Após um ritual de iniciante e ter invocado o demônio Tolú para fecharem uma acordo, ele avisa para ela que sua oferenda era básica demais para um pedido tão complexo quanto aquele. Ele promete que ajudará a orquestrar toda a situação, mas na hora de ceifar a vida do general terá de ser ela, a pequena e aparentemente frágil Amarílis, a matá-lo.
O demônio então assume uma nova forma, um atraente humano de olhos verdes que vai aos poucos estimulando e revelando partes da menina que ela mesmo não conhecia, ao mesmo tempo que vai se apegando a ela.
Numa narrativa cativante e transformadora, Castro vai nos mostrando a verdadeira metamorfose que acontecer quando abraçamos todas as partes de nós mesmos.
Eu simplesmente amei essa leitura. A escrita da autora é muito fluida e super difícil de largar, você mal percebe as páginas passando e toda a construção para um finale sensacional é feita de uma maneira muito cuidadosa e sensacional. Os personagens principais te conquistam seja por sua "suposta" normalidade ou por sua mostruosidade fantástica.
"Mariposa Vermelha" é um dos livros que eu gostaria de esquecer apenas para ler tudo de novo como se fosse a primeira vez. O único defeito é acabar, leria mais umas 500 páginas de histórias com Amarílis e Tolú.
Um dos melhores que li esse ano! Recomendo demais!!
(ESTOU APAIXONADA PELO TOLÚ, pronto, falei, estou em paz)
+16🟥: conteúdo sexual (leve), assédio, violência
❝As pessoas preferem acreditar no que é mostrado a elas, mesmo que seja apenas um ilusão.❞
👹 A PREMISSA:
Assim como a mãe, Amarílis possui poderes sobrenaturais. Agora adulta esconde todos esses poderes trabalhando como uma simples tecelã em uma fabrica, pois vive em Fragaria, uma cidade dominada pela república e que caça qualquer pessoa que possuir poderes sobrenaturais.
Mas quando o caminho de Amarílis se cruza com o general que destruiu a vida de sua mãe, ela decide invocar um demônio para se vingar. Porém, Tolú, o demônio que atendeu ao chamado de Amarílis resolve ajudá-la para que ela consiga fazer justiça com suas próprias mãos.
💬O QUE ACHEI:
“Mariposa vermelha” foi uma leitura surpreendente. Amarílis é uma personagem complexa, cheia de camadas que realmente esconde todo seu potencial num casulo. Mas vê-la mudando e começando a ser mais confiante por causa de Tolú foi a cereja do bolo.
👹 E por falar em Tolú, que demônio carismático. Ele me surpreendeu bastante, confesso que não esperava que ele fosse algo além de um demônio, mas ele é sim, é assim como Amarílis é um personagem complexo e até apaixonante. Impossível não acabar torcendo para que esse “pacto” entre os dois se tornasse algo a mais.
🍂 Recomendo para quem gosta de uma boa trama com um bom toque sobrenatural e uma pitada de romance e vingança.
Mariposa Vermelha é um livro maravilhoso e eu não esperava que fosse tão bom.
O estilo da escrita da autora é simplesmente incrível, eu nunca tinha lido nada da Fernanda, mas estou encantada e aguardando novos trabalhos.
Amarílis é uma personagem cativante. Interessante de acompanhar e com um arco muito bem definitido e muito bom. Eu terminei o livro querendo saber mais do que ia acontecer ao mesmo tempo que não poderia ter final melhor que aquele pro livro.
Os outros personagens foram muito bons, mas não tem o mesmo destaque que a protagonista, o interesse romantico demoníaco dela quase chega perto, mas a maior complexidade vem dela mesmo.
Adorei o mundo criado pela autora, parece uma coisa meio regime militar, mas não é realmente aqui, Os nomes de tudo são maravilhosos também.
Adorei a obra, cinco estrelas.
Uma história interessante sobre como o poder corrompe, mas a miséria também. Amarílis, ainda criança, sobreviveu a mais tragédias do que qualquer pessoa deveria viver ao longo de uma vida inteira. Seu irmão foi arrancado do lar, sua mãe, tomada pela perda, tirou a própria vida e deixando-a sozinha. Crescendo em um abrigo, ela aprendeu que a magia que corria em seu sangue não lhe traria nada além de problemas, e por isso, vive uma vida pacata, fazendo de tudo para que seus poderes não sejam descobertos, até que um dia, tomada por ódio e rancor, ela invoca um demônio. Ao lado de Tolú ela aprende muito sobre si mesma e o que seus poderes podem fazer. Aprende a se sentir confortável em sua própria pele, e o mais importante, aprende a não manter a cabeça baixa, e lutar com todas as armas que tem contra a opressão da República a fim de proteger a si mesma e aqueles que ama.
Mariposa Vermelha conta uma história que sai do clichê. Não é um duelo entre uma mocinha mágica e um governo opressor para a libertação de todos. Os personagens podem ser irracionais, egoístas, mesquinhos, cruéis e é isso que faz desse livro tão único. É um refresco estar na cabeça de pessoas complexas e tão reais. É uma experiência mágica.
Mariposa Vermelha é uma fantasia escrita pela autora Fernanda Castro corresponde a Editora Suma, sendo de literatura nacional. Eu solicitei o ebook pelo Netgalley, participei da Cabine de Leitura fazendo pergunta para escritora e eles falaram no final que irão enviar o livro físico. Eu participei com esse livro da Maratona Literária de Inverno e as Ruínas do Império com o desafio que foi ler um livro lançamento (últimos 6 meses). A escritora é muito atenciosa no Instagram, ela já repostou meus stories.
"-Se tivesse me dito antes, eu exigiria pelo menos o dobro daquele sangue."
O livro é sobre Amarílis, ela é uma jovem. Com um demônio envolvendo sobre seu passado enfrenta seu destino. Com incríveis e inesquecíveis personagens Mariposa Vermelha trará reflexões, emoções, horrores, amores imprevisíveis e poderes misteriosos. Lugares com nomes de plantas, um personagem importante além da Amarílis é o Tolú que encantou e encantará muitos leitores. O demônio que ela invocou.
"E eu odiava. E me odiava por isso."
Essa obra é fascinante, com muita imaginação e criatividade posso dizer que Fernanda Castro tem uma excelente escrita. O leitor pode gostar dessa obra também pois ela é bem cativante mas claro toda regra tem sua exceção porém eu torço que você que está lendo esta resenha goste tanto quanto eu. O fato: Amarílis fez um pacto ela quer a morte do general que destruiu sua mãe e sua oferenda é Tolú e ele ajudará ela com isso.
"Ela mordeu a isca na mesma hora."
Eu gostei muito desse livro e é um incrível lançamento da Editora Suma, pincipalmente claro da Fernanda Castro. Inclusive, vou entrevistá-la em agosto em live no bookstagram. Esse livro me surpreendeu, ótimo livro de fantasia lido em 2023 você poderá gostar também e eu indico.
"Eu estava prestes a invocar um demônio."
Amarílis vive em Fragária, sob o jugo de um regime autoritário chamado República, que proíbe a expressão de qualquer tipo de magia, caçando e matando todos aqueles que possuem poderes mágicos.
Tendo perdido sua mãe muito cedo, por causa de um homem da República, Amarílis tenta viver invisível e esconde os poderes que possui. Até o dia em que reencontra com o carrasco de sua mãe e dominada pelo ódio, convoca um demônio para ajudá-la a matar o homem que destruiu sua vida.
Vemos o desenrolar dessa história, que termina com um desfecho que me surpreendeu. A autora possui uma ótima escrita e desenvolveu muito bem os personagens, tanto a principal, como os secundários. Gostei do universo criado por ela e das críticas sutis que fez ao longo do livro.
Gostei da história! Com certeza vou ler outros livros da autora. Recomendo a leitura!
“É 𝚙𝚛𝚎𝚌𝚒𝚜𝚘 𝚌𝚎𝚛𝚝𝚘 𝚍𝚎𝚜𝚎𝚜𝚙𝚎𝚛𝚘 𝚙𝚊𝚛𝚊 𝚌𝚘𝚗𝚟𝚒𝚍𝚊𝚛 𝚘𝚜 𝚙𝚛ó𝚙𝚛𝚒𝚘𝚜 𝚍𝚎𝚖ô𝚗𝚒𝚘𝚜 𝚊 𝚙𝚊𝚛𝚝𝚒𝚕𝚑𝚊𝚛 𝚞𝚖𝚊 𝚛𝚎𝚏𝚎𝚒çã𝚘”.
•Mariposa Vermelha é um livro único de fantasia e nos transporta para Fragária - uma cidade controlada pela República, governo que baniu a prática e existência de magia do mundo. A protagonista Amarílis vive uma vida pacata tentando ao máximo suprimir sua herança mágica, mas tudo muda quando o homem que foi a causa da ruína de sua mãe reaparece em seu caminho. A tão cuidadosa e soturna Amarílis então invoca um demônio para ajudá-la em sua vingança. O que acarreta uma série de consequências, incluindo uma jornada para resgatar sua verdadeira essência - que ela guarda dentro de si a sete chaves.
•Em pouco mais de 250 páginas, Fernanda conseguiu fazer caber um mundo todo. De forma sedutora e completa, ela costurou os piores lados dos homens e das instituições, brincou com o profano e com o perverso, fez isso e ainda me fez amar um demônio coberto de escamas e com uma língua muito afiada. Mas nada foi mais sedutor que a transformação da protagonista - de lagarta para crisálida até enfim se tornar mariposa.
•divertido, doloroso, angustiante e romântico, ler Mariposa Vermelha me inebriou, mas acima de tudo a escrita da Fernanda me assombrou pela sua força, potência e qualidade.
“𝙴 𝚎𝚞 𝚚𝚞𝚎𝚛𝚒𝚊 𝚜𝚎𝚛, 𝚙𝚘𝚛 𝚖𝚒𝚖 𝚎 𝚙𝚎𝚕𝚊 𝚙𝚛𝚒𝚖𝚎𝚒𝚛𝚊 𝚟𝚎𝚣 na 𝚟𝚒𝚍𝚊, 𝚘 𝚖𝚘𝚗𝚜𝚝𝚛𝚘 𝚚𝚞𝚎 𝚎𝚞 𝚎𝚛𝚊 𝚚𝚞𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚎𝚜𝚝𝚊𝚟𝚊 𝚌𝚘𝚖 𝚎𝚕𝚎”.
•acho que desde a primeira página essa história me dominou completamente e eu fui levada pra um outro lugar em um outro tempo, carregada a cada capítulo sem protesto algum, por que o que eu tava lendo não era só original, interessante, instigante, cru, sensível e inteligente - mas também muito bem escrito.
Mariposa vermelha
Em Mariposa Vermelha, Fernanda Castro nos presenteia com Amarílis, que vive em uma cidade sob o domínio da república. Na cidade de Fragária, o uso de magia é estritamente proibido, o que faz nossa protagonista levar uma vida comum e extremamente contida.
Tudo muda quando Amarílis decide usar seu poder para invocar o demônio Tolú. Com um pacto de sangue, o demônio deve levar à morte um general de alta patente que causou tanto infortúnio à vida de Amarílis.
A fantasia então, foge a qualquer regra ou estereótipo. Não se trata da mocinha que vai regenerar o demônio, nem tampouco o bonitão que vai protegê-la ou redimir seu passado. Amarílis vai em busca de sua metamorfose, vai aprender a usar seu potencial e sua voz. E tudo isso, narrado tão perfeitamente pela autora, que o leitor não quer mais sair do mundo das bruxas e demônios.
“Poucas pessoas em Fragária nasciam borboletas. Tudo bem: seríamos mariposas.”
Mariposa Vermelha não era exatamente o que eu estava esperando e isso só o tornou ainda MELHOR! O livro tem um ritmo constante e uma história super interessante, me vi presa o tempo todo e apesar dos personagens não serem o maior exemplo de moral e bons costumes é impossível não torcer para ele. Não estava esperando gostar do romance, pois não costumo gostar muito em livros do gênero, mas o romance também é impecável. Amei, amei, amei demais essa história. Só fiquei um pouquinho confusa em exatamente que momento ela se passa, mas tirando isso, não tenho nada a reclamar. Ótimo livro, com uma escrita perfeita e uma história que vou levar comigo por um bom tempo. Obrigada ao NetGalley e a editora pelo envio da arc em troca de uma resenha honesta.
Eu terminei a leitura nesse minuto e tô aqui pensando como definir esse livro! Nesse momento essa tarefa é quase impossível!
Amarílis trabalha como costureira numa fábrica, mas ela tem um passado misterioso que ela tenta esconder até de si mesma. Mas uma visita a fábrica acende algo nela e ela começa a tramar uma vingança. E pra isso ela invoca um demônio!
Difícil escolher um personagem preferido, os amigos de Amarílis são perfeitos, a própria Amarílis, sua mãe que aparece apenas em lembranças (eu queria muito saber mais sobre Dália) e o Tolú. Aaaaaah o Tolú! Se eu posso dizer algo sobre esse livro é que você vai se encantar por ele!
Que livro incrível!
Esse livro é fenomenal ! Um tapa na cara de quem fala que não tem nacional bom (por mais que realmente tenha alguns que só por Deus.) Situado em um clima noir que me deu uma vibe muito forte dos anos 40,a história de amarílis e de tolú me encantou de uma forma,assim,fantástica. O livro tem mistério,tem terror,tem realismo,tem romance....é uma experiência completa ! Eu me senti assistindo um filme da A24 enquanto eu lia,ele salta das páginas pra cabeça da gente. Super recomendo,além de ser uma leitura ágil e profunda !
Obrigado Editora Suma e obrigado Netgalley !!!!