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Demorei mais do que deveria para escrever este feedback, mas foi a minha melhor leitura do ano! Adorei a escrita da Jenny, como ela construiu os personagens e o desenrolar da história de cada um foi incrível e superou as minhas expectativas.
Fiquei presa no enredo do início ao fim! Já recomendei para as minhas amigas e continuo indicando para quem deseja uma leitura leve e fora do normal.
Esse livro cumpre um papel exatamente específico: entretenimento por entretenimento, e isso não é algo ruim. A autora trouxe drama de gente rica e só, serve para passar o tempo e tá ótimo, pois às vezes é só o que buscamos mesmo. Senti apenas uma superficialidade na obra como todo e a falta de algo "a mais" que deixasse a leitura mais interessante e atrativa.
*Suspiro*. Ok, vamos lá: tenho muito o que falar sobre “Uma rua no Brooklyn”, mas, ao mesmo tempo, essa resenha será bastante direta porque passei bastante tempo pensando sobre esse livro e qual a minha conclusão final sobre. Acredito piamente que nem todo livro (nem filme, nem música, nem peça teatral) tenha por obrigação modificar qualquer aspecto da vida com quem entra em contato: algumas vezes só queremos nos divertir ou dançar. E foi com este pensamento que escolhi ler o livro de estreia de Jenny Jackson, que me prometia falar sobre a vida dos ricos (muito ricos) que vivem em New York. Como boa cria de “Gossip Girl”, embarquei e me deparei com uma trama bem maior do que pensei que leria – e digo nisto no mau e bom sentido. No bom porque realmente o livro traz a vida dos ricos com alguns detalhes especificos, mas o mau é que é justamente o maior problema da trama porque a vida glamourosa deles não é o foco da narrativa. A família Stockton é o foco, como a sinopse entrega, mas não por seu dinheiro e sim por ser uma família. Sim, o foco do livro é o relacionamento familiar. Ou a falta dele, dependendo do seu ponto de vista.
Temos três pontos de vistas em todo livro: de Darley, a eficiente e aparentemente bem resolvida irmã mais velha Stockton. Formada na faculdade, deixou a carreira quando engravidou do segundo filho quando a primeira tinha 6 meses, e, com o apoio do apaixonado e gentil Malcolm, seu marido, se tornou uma dona de casa e mãe em tempo integral. Temos então Sasha, a esposa de Cord, o filho do meio dos Stockton. Sasha é, sem meias palavras, maltratada pelas duas cunhadas porque acreditam que ela quer “algo” do marido, apesar dela ser formada, ter seu emprego e não demonstrar ser uma interesseira. Se há um problema com Sasha, é a falta de orgulho, mas chegarei neste ponto ainda, porque agora tenho de falar do terceiro ponto de vista que é o da Georgiana. Caçula, mimada, infantil e com todos passando a mão na cabeça da pobrezinha, fazia um tempo que não tinha tanto ranço de uma personagem. E olha que ela terminou bem melhor do que começou. Muito bem, vamos continuar.
O casal Stockton criou os filhos como passei a acreditar que quem é herdeiro de herdeiro de herdeiro (ou, como chamam, famílias possuidoras de “dinheiro velho”) faz: com tudo de melhor que o dinheiro pode comprar. Georgiana, por exemplo, é formada em Literatura Russa e foi trabalhar no terceiro setor, em uma ONG, mas vive também com a bela mesada que recebe dos fundos da família. Darley abriu mão do seu fundo quando se casou com o marido e não quis fazer um acordo pré-nupcial com ele, o dinheiro destinado a ela “saltando” para seus filhos, mas isto não é um problema porque Malcolm tem um ótimo emprego e é muito inteligente. E, por fim, Cord, que trabalha com o pai e também vive com a mesa dos fundos que recebe. Quando se casa com Sasha, Cord resolve se mudar para a casa na Pinneaple Street – casa de sua família, que ele e suas irmãs e seus pais viveram por anos e anos.
Claro que Darley e Georgiana, assim como sua mãe Tilda, ainda sentem que a casa é delas. Georgiana ainda tem as chaves, Tilda fala que Sasha não deveria trocar as cortinas e Darley caminha pelo lugar. É óbvio para quem lê que Sasha é tratada quase como uma agregada no sentido de funcionário da palavra. A trama começa com uma cena que parece um tanto desconexa, mas, no quarto final do livro, vai fazer todo sentido. Enquanto vamos sendo apresentados ao meio dos ricos (realmente ricos), vamos tendo acesso a mente das personagens e da forma, digamos assim, peculiar que vêem o mundo, que nada mais é do que o mundo através das lentes de quem nunca precisou pensar em contas e tem até medo de se envolver com as pessoas porque, veja bem, podem querer algo com o dinheiro deles. E Sasha, obviamente, é uma dessas pessoas, pensam Sasha e Darley.
O problema entre Darley e Georgiana x Sasha começou quando, noivos e prestes a se casarem, um belo dia, um advogado bateu à porta do apartamento de Sasha e lhe falou sobre um acordo pré-nupcial. Ferida, Sasha tenta conversar com Cord, mas ele obviamente acha que a noiva está reagindo forte demais por uma bobagem. Uma briga acontece, Cord menciona para sua família que Sasha foi pra casa dos pais por causa do acordo – some isto a um primo bêbado na festa de casamento e o casal recém casado indo morar na famosa casa da família e pronto: as duas Stockton bateram o martelo que Sasha era mesmo uma interesseira. Claro que Sasha não sabia da “fama” que lhe era taxada aí, mas, por algum motivo que não entendo, ela simplesmente aceitou se casar e entrar nessa roubada, já como durante a briga que aconteceu depois da visita do advogado, Cord disse que escolheria a família a ela – sim, ele falou isso. E sim, ela ainda se casou.
A trama não é ruim e é bastante divertida em alguns pontos, mas, em outros, é somente o leitor querendo estapear Georgiana e sacudir Darley com as escolhas que fazem. Estou evitando falar muito sobre a trama das duas porque eu reprovei em torno de uns 95% de tudo que as personagens fizeram e poderia fazer um texto explicando ponto a ponto. Meu problema não são elas serem mimadas, meu problema é que ninguém sacode as duas e explica o quão mimadas elas (e o Cord) são e me foge a compreensão porque ninguém não faz isso. Fechados ente si, em um ápice da trama, eles chegam a ficar com raiva de Sasha por não ter contado algo bem errado (e moralmente f*dido) que a Georgiana fez porque, olha só, ela só tem 26 anos e estava sofrendo. Família não é passar a mão na cabeça, mas, a mensagem final da trama termina sendo essa, como se tudo magicamente pudesse ser revolvido com a *toquem as trombetas:* FAMÍLIA.
E aqui preciso parar de falar da trama para falar sobre família. Família é importante. Família é a base da maior parte das pessoas. Mas você não deve (e nem pode) aceitar tudo só porque alguém é da sua família. E é por isso que terminei tão irritada com o livro e com a única personagem que acredito que me identifiquei, Sasha. Ela precisava se impor. Ela precisava mandar todo mundo ir catar coquinho, incluindo o marido. Ela precisava mostrar, como mostrou para sua própria família, que tem vontade própria e se precisar se afastar, ela vai. Mas não. Tudo foi resolvido e perdoado porque bem, eles fazem parte da mesma família. Enfim, é o mesmo que usar amor como solução, deixando de lado toda responsabilidade afetiva.
Parece que detestei o livro, e não foi bem assim. Um dos pontos altos do livro é justamente a proposta principal: a forma como a autora consegue retratar o modo de pensar das personagens é realmente muito, muito coerente com cada uma: Darley, a que sente que deve abrir mão das coisas pelos irmãos até que começa a se ressente; Sasha, que veio de uma família que a amava de classe média, que ama o marido e que quer fazer o relacionamento funcionar porque o ama; e, por fim, Georgiana, que faz dezenas de escolhas impulsivas e erradas porque sempre foi tratada como se não precisasse ter responsabilidade. Todos os pontos de vistas são muito, mas muito diversos entre si, fazendo com que o leitor imediatamente entenda que trocou a visão de quem está vivenciando os fatos, o que torna a leitura bastante coesa e rápida.
Retornando a proposta central do livro de mostrar como são os núcleos familiares dos ricos (realmente ricos) é também bastante explorada e demonstrada. Ainda há uma ótima analogia com as frutas, o nome da rua da bendita casa da família Stockton e a casca de uma laranja que está na capa do livro: a certa altura, Darley pensa nela e nos irmãos como frutas, se colocando como uma laranja, chata e segura, enquanto Cord seria um abacaxi – a tal Pineapple, nome da rua.
Como comecei falando, nem todo livro precisa ter algo profundo para mudar o leitor ou aquecer seu coração. Às vezes a gente quer só se divertir, e, nessa proposta, acredito que o livro é bem-sucedido, apesar das raivais que passei em alguns trechos. No final das contas, talvez nós, como bons Bookstans, não queremos refletir sobre frutas ou fazer analogias profundas: às vezes uma boa e velha pipoca é tudo que precisamos.
Queria algo diferente. Não funcionou comigo. Eu amo uma história a la NY RAIZ, mas aqui não me prendeu.
Raso, esperava outra coisa, não sei... E acho a capa sem graça.
A chamada desse livro diz “Crises familiares, fofocas da alta sociedade e uma boa dose de humor compõem Uma rua no Brooklyn, um romance delicioso e indispensável para todos que já se perguntaram como vive o 1% mais rico da população.”
Sinceramente, para mim, não entrega nenhuma dessas coisas. As crises familiares são superficiais como essas personagens. Fofoca? Não espere! Não tem nenhuma. Como vive o 1% mais rico da população? Bom, imagino que não é tendo que cuidar dos filhos sem o auxílio de uma babá nem quando fica doente.
O livro é narrado de três pontos de vista: das irmãs Darley e Georgiana Stockton e Sasha, casada com o Cord Stockton e tida como uma interesseira pelas duas cunhadas e uma intrusa na família.
O livro não é chato. A narrativa é leve e boa, mas como há a alternância entre as três personagens, às vezes acaba perdendo o ritmo, porque quando está ficando interessante, há a troca de ponto de vista o que, para mim, acabava quebrando o ritmo da leitura. Quando olhei que a edição física tinha menos de 300 páginas nem acreditei, porque parecia que tinha muito mais.
Os dramas familiares dos Stockton não têm nada de profundo. Darley, Cord e principalmente Georgiana são mimados e desconectados da realidade, quase “inocentes”. Sasha, que provém de uma família de proletários, acaba por ser a personagem pela qual o ponto de vista fica mais relacionável para quem, como eu, não pertence ao roll dos super ricos. Eu preferia uma história sobre a família dela: os pobres pareceram bem mais interessantes e divertidos. rsrsrs
De qualquer forma, não achei grande coisa o arco de nenhum dos personagens. Eventualmente as duas irmãs acabam se dando conta de quão privilegiadas são e que o mundo não é um moranguinho, percebem que foram injustas com Sasha, mas isso também não é bem trabalhado.
Um livro realmente 3 estrelas, pois não tem nada memorável para destacar, mas também nada ruim demais que vá fazer a leitura ser uma experiência ruim.
Não achei muitos
Uma rua no Brooklyn não é apenas um livro que aborda a vida deslumbrante das pessoas que fazem parte do 1% mais rico do planeta. Ele vai um pouco além disse disso. Através da família Stockton a autora nos convida e mergulhar no íntimo de uma família que tem sua base construída no dinheiro, e como isso pode ser uma benção e uma maldição dependendo da perspectiva de quem observa.
Narrado em terceira pessoa a história se intercala sob a ótica de três pontos de vistas distintos: Darley, Sasha e Georgiana. Através desses olhares somos convidados a refletir não apenas sobre como é viver dentro de uma bolha de privilégio branco, mas também como existem todo um mundo ao redor que é diretamente impactado pelas escolhas muitas vezes egocêntricas e fúteis vindas desse 1%.
Se você veio pelas fofocas da alta sociedade , sinto lhe informar que aqui elas estão um tanto escassas, mas se você curte um bom drama familiar esta é uma ótima escolha!