Já tinha lido outro livro da autora então conhecia um pouco sua escrita.
A história aborda um tema recorrente que é mãe e filha serem bem diferentes ocorrendo brigas e o eterno: ela não me entende. Ainda com isso temos o lado de serem descendentes de imigrantes, e de como isso afetou suas criações (de mãe e de filha).
A escrita é bem descontraída, e dá pra se identificar em várias passagens. No geral gostei, se tenho uma ressalva é a de que o livro poderia ser um pouco mais curto, coisas como ela se virando nos estudos na época antiga, achei desnecessárias.

Eu me apaixonei pela escrita da Maurene desde o primeiro livro dela! Adoro como ela nos faz devorar cada páginas de seus enredos jovens, escritos de modo tão hábil.

Adoro narrativas que envolvem viagem no tempo, então de cara vi que seria cativado por essa história. A autora conseguiu desenvolver tudo de modo satisfatório e ainda apresenta um romance cheio de química, impossível não amar esse mocinho.

A obra nos remete demais aos filmes teens da Disney nos anos 2000, aquele vibe que eu, particularmente, adoro!

A leitura é cativante, a narrativa é bem construída e os personagens são muito bem ambientalizados, tornando a experiência de leitura bem imersiva. Eu adorei o recurso utilizado para a viagem temporal. E ver a compreensão e empatia que Sam vai tomando ao longo da história, os acontecimentos e reviravoltas, até o final, tornaram a leitura extremamente prazerosa.
Embora seja mais voltado ao público juvenil e recém adulto, não impede que nós, da faixa etária mais velha, goste muito dessa história. Sem dúvida, há reconhecimentos, compreensão e reflexão, seja a idade que tiver.

De volta aos anos 90, de Maurene Goo, com tradução de Lígia Azevego, é um daqueles livros super gostosos de ler. Tem um ritmo que flui super bem e uma trama levinha. Eu defino ele como um misto de Freaky Friday com De Volta para o Futuro. Explico.

Nele, Sam, uma adolescente na reta final do ensino médio, se vê nos anos 90, mais precisamente, no ano em que sua mãe está prestes a concluir o ensino médio. Tentando descobrir o porquê de ter ido parar lá, Sam se matricula na escola de sua mãe e tenta conhecê-la melhor e, por consequência, acaba por entender melhor a si mesma.

Como quase toda adolescente, Sam tem muitos conflitos com sua mãe, não consegue entender alguns de seus posicionamentos e, juntando tudo isso, ainda entra uma questão de ancestralidade. Sam valoriza muito suas origens coreanas, ao passo que sua mãe, Priscilla, parece renegá-las. E é conhecendo a Priscilla adolescente que Sam passa a entender o porquê disso.

O livro é cheio de representatividade, tudo colocado de forma natural, com os personagens tendo personalidade própria e um propósito, não somente estando presentes para “preencher uma cota”.

Um livro que trata de conflitos geracionais, relação entre mãe e filha, amizade e relacionamentos de forma leve, mas sem tirar o peso e a responsabilidade que cada tema necessita.

Para compreender melhor sua mãe e sua família, Sam é obrigada a experimentar a adolescência da mãe na década de 90, graças a uma viagem no tempo que proporciona uma nova perspectiva sobre suas raízes culturais asiáticas em meio à América. A narrativa ganha vida com toques de romance, especialmente na segunda metade do livro, embora o enredo possa parecer um tanto disperso em alguns momentos. Enquanto as partes divertidas e os choques culturais de Sam na década de 1990 cativam, a falta de foco no desenvolvimento da trama deixa a história em um meio-termo entre o bom e o excepcional.

O mundo mudou enquanto lia o livro
Lembro quando eu era criança nos anos 90 e via os filmes "de volta aos anos 80" e eu n lembrava muita coisa daquela época, pois era mais um bebê nos anos oitenta, mas aquilo me fazia pensar quem eu era.
Aí eu me perguntava e me entendia como alguém dos anos noventa, mas tinha um pouco de dificuldade de discernir o que de fato eram os anos noventa, quando estávamos lá nos 2000.
Então chega agora a literatura e começa a criar ranhuras que serão marcas distintas da época e podemos ver elementos tais quais Pum up the jam e calça cintura baixa.
Mais brasileiramente tem o pau que nasce torto, a banheira do Gugu e a troca de moeda a cada mês.
Se eu voltasse no tempo para melhorar alguma coisa na linha do tempo da minha família? Minine, caderneta da loteria era o único jeito, não se iludam.

Uma leitura leve e descontraída. Eu amo essa temática de volta no tempo. E anos 90... Que nostalgia. A leitura passa voando. Aborda relação entre mãe e filha, visão ampla da cultura coreana, racismo, aceitação na adolescência, além do romance clichê que amamos.

Eu recomendo muito essa leitura.
Me fez lembrar um dorama, Melancia cintilante. 🍉

De Volta Aos Anos 90 tem uma premissa tão interessante! Viagem no tempo para ajudar sua mãe??? Ótimo!!! Mas ao longo da história, ela começa a ser muito cansativa, o livro poderia ter sido encurtado. E definitivamente eu senti falta de mais consequências dos atos das personagens e o romance é meio deslocado. Mas o livro trás algumas discussões bem legais e tem alguns momentos de diversão!!! Então não foi tão terrível. Obrigada ao NetGalley e a editora pelo envio da arc em troca de uma resenha honesta.

Samantha King é uma jovem descendente de coreanos que vive nos EUA e gosta de uma militância. Tudo para ela vira tema de uma discussão. Sam analisa as pessoas em cada gesto e palavra e critica sem dó o que ela ache que é preconceituoso.

No entanto, as maiores discussões de Sam são com a mãe. Ao passo que Sam se sente bastante confortável com a avó, a relação com a sua mãe Priscilla, é espinhosa e incomoda. Quando Sam está ao lado da mãe, sente como se estivesse vestindo uma roupa apertada, tamanho o sufocamento que a atinge.

Quando a avó de Sam entre em coma, ela fica muito mais incomodada com o jeito perfeccionista e frio da mãe, o que leva a uma discussão que acaba com Sam dizendo que odeia Priscilla.

Nervosa, triste e embaixo de uma chuva torrencial, Sam chama um táxi para ir para a escola e o Retrotáxi a leva em uma viagem inesquecível, uma viagem no tempo, para 1995. Lá, Sam recebe a missão de consertar algo e só assim ela poderá voltar para 2025. Ela encontra a mãe adolescente e ganha a chance de conhecer a jovem que se tornou a mulher que ela tanto tem dificuldade de entender.

De Volta Aos Anos 90 é o terceiro livro de Maurene Goo que leio e novamente encontro um enredo muito digno de Sessão da Tarde. A história da filha adolescente que conhece a mãe adolescente tem momentos divertidos, um pitadinha de drama e até um romance aparentemente impossível e fofo.

Sam é uma menina que foi mimada e na minha opinião, não sabe valorizar a vida boa que a mãe lhe deu. Sam para mim foi muito ingrata em boa parte do tempo e a forma com colocava a avó em um pedestal e criticava a mãe, foi bem injusta. Para mim a avó não era tão boazinha assim e só Priscilla sabia o que era ter sido criada por aquela senhora.

É só ao conhecer a Priscilla, que teve essa mãe complicada, vida difícil e limitada, que Sam percebe que os pais lhe deram muitas regalias e privilégios. Pouco a pouco ela vai enxergando que a forma como a mãe age é fruto de sua criação e que ela quer evitar que Sam passe pelo mesmo.

Sam encara a verdade sobre o que tronou a mãe a mulher que é anos depois,. Ela demora um bocado para se convencer que a avó não era a perfeição que acreditava ser, mas por fim entende Priscilla.

Entre mãe e filha, eu não vou negar que não gostei de Sam e fui totalmente time Priscilla do começo ao fim. Não a achei uma mãe cruel, nem insensível, Acho que por ser uma pessoa não muito dada a demonstrações exageradas de sentimento, eu entendi bem essa mulher contida e também entendi sua postura após ter que lutar para ter o que tinha, sem contar com muita liberdade para isso.

Sam tinha tudo muito fácil e não valorizava, não tinha empatia pela mãe e teimava em ver Priscilla como vilã. Fiquei feliz de ver que no final a jovem tenha se redimido, aberto o coração e se colocado nas pele dos outros, sem viver sempre julgando as pessoas.

Uma surpresa na história é o romance que surge, quem diria que a autora ia trazer uma reviravolta tão empolgante dentro de uma história de relações entre mães e filhas.

De Volta Aos Anos 90 é bem nostálgico para quem viveu nessa época, mostrando coisas que hoje esquecemos. Para os mais jovens vai soar meio bizarro certas particularidades daquele tempo. Eu me vi várias vezes lembrando e pensando como era possível viver sem as facilidades de hoje. Mas era e dava para ser feliz também. O ser humano sabe como ninguém se adaptar as mudanças.


Um livro leve e divertido, que nos mostra que as vezes é bom tentar entender as pessoas antes de julgá-las, que empatia torna a convivência mais fácil e melhor.

⌜Maurene, você me conquistou com viagem no tempo e Blackpink.⌟

⭐️Em “De volta aos anos 90”, Maurene Goo nos presenteia com uma trama cativante que combina humor e reflexão de forma sutil. Esta história, nos leva a uma jornada encantadora onde a viagem no tempo ganha vida de uma forma inesperada — quem diria que seria por meio de uma carona por aplicativo? Essa foi uma forma criativa de trazer a viagem no tempo a realidade, que certamente arranca risadas.

❤️O livro mergulha de maneira habilidosa nas nuances sobre a experiência de ser filho de imigrantes coreanos na América, trazendo à tona as dificuldades enfrentadas por Sam ao se deparar com uma realidade completamente diferente daquela que conhecia. É um retrato comovente que revela como nossas raízes moldam quem nos tornamos, o que vem oferecer a Sam uma compreensão mais profunda das ações de sua mãe.

👩‍👩‍👧O ponto principal desse enredo vai além da viagem no tempo: é o retrato sensível e multifacetado dos relacionamentos familiares. A autora habilmente explora não apenas a relação mãe-filha, mas acrescenta uma terceira geração à equação, permitindo que Samantha enxergue suas progenitoras como mulheres, seres humanos complexos e repletos de histórias.

👩‍❤️‍👩Maurene captura com maestria os desafios que surgem entre mãe e filha quando diferentes expectativas e perspectivas se chocam, mas é por meio das viagens no tempo que Sam mergulha fundo no seu relacionamento com sua mãe, compreendendo finalmente o que moldou a mulher que ela é hoje.

🍜Além de toda a profundidade emocional, o livro brilha ao destacar a riqueza da cultura Coreana, especialmente através das referências à comida e outros aspectos culturais. Essa é uma obra que não apenas cativa pela trama envolvente, mas também enriquece ao oferecer um olhar sensível sobre identidade, família e as forças que nos moldam ao longo da vida.

De volta aos anos 90
Primeiro contato que tenho com a autora, e posso dizer que Maurene Goo já me ganhou com essa deliciosa viagem no tempo adolescente.
De volta aos anos 90 (Throwback, no original) traz a história de três gerações de mulheres coreanas. Para melhor entender sua relação com a mãe, Samantha é enviada para 1995; e pode assim conhecer Priscilla, sua mãe na versão adolescente e o relacionamento desta com sua própria mãe, a avó de Samantha.
O que começa como um livro young adult de temática adolescente se abre para questões complexas nas relações familiares. Samantha tem a oportunidade de tanto entender o desenvolvimento de sua mãe e as questões que a levaram aos seus conflitos; quanto a de acompanhar as dificuldades da avó coreana em solo americano, sua amada “halmoni”. Acaba voltando no tempo para entender a si mesma, para se situar no próprio mundo.
Nessa viagem, a autora ainda nos brinda com momentos divertidos e gafes temporais, uma visão muito ampla da cultura coreana, e muita leveza nas reflexões sobre nossas escolhas e prioridades na vida.

samantha está cansada. as brigas com sua mãe, priscilla, parecem intermináveis, passando por todos os assuntos possíveis. quando sua amada avó passa mal e entra em coma e sam e sua mãe têm uma discussão feia, a garota pede um carro em um aplicativo misterioso que acaba transportando-a direto para os anos 90 e a adolescência da sua mãe. o único jeito de sair dali é impedir que um trauma aconteça vida de priscilla, mas sam não sabe muito bem o que ele é.

eu amo os livros da maurene goo e eu adoro a tradução de lígia azevedo. sempre muito divertido, que arranca boas risadas, mas tratando também de temas importantes de serem discutidos. a história que atravessa três gerações de mulheres coreanas/de ascendência coreana, com seus traumas geracionais e medos e pressões passados de mãe para filha é o foco de "de volta aos anos 90", junto com o preconceito que pessoas não-brancas (no caso, amarelas) lidam não só nos anos 90, como atualmente.

eu sinto que eu fiquei presa na relação de priscilla e samantha. em cada detalhe, em cada interação, em cada entendimento do o que faz a mãe ser a mãe. nós temos uma tendência a não entender o porquê nossas mãe serem como são, como se elas não tivessem uma história além da gente. fiquei pensando muito depois de ler esse livro sobre isso.

apesar de as relações mãe e filha serem o foco aqui, temos espaço para interesses amorosos divertidos e leves, como nos demais livros da autora. gosto de como ela trabalha esse aspecto, fazendo com que nós mergulhemos em casais saudáveis e suspiramos com os mocinhos.

eu recomendo muito esse livro, assim como os outros da maurene goo publicados pela seguinte, e espero que a editora continue trazendo os livros de autora!

De volta aos anos 90 é um livro de ficção científica escrito pela autora Maurene Goo, corresponde a Companhia das Letras no selo da Editora Seguinte, traduzido pela Lígia Azevedo. Eu recebi o livro físico mais o marcador em parceria com a editora. Eu já li da autora Isso que a Gente Chama de Amor e também indico. Pretendo continuar ler as obras dela. A escritora é muito atenciosa nas redes sociais, ela repostou meus stories de unboxing e leitura atual.

"Como uma pessoa se recuperava de uma viagem no tempo? Era uma pena que Marty McFly não tivesse escrito um manual sobre isso."

Esse livro é sobre a Sam que ela de repente faz uma viagem do tempo para os anos 90, ela se chama Samantha King mais conhecida com Sam. Ela recentemente tem brigas com a mãe com choque de gerações. Após uma das discussões um carro de aplicativo leva a Sam para os anos 90 na época no qual a mãe dela era adolescente. Entre relações familiares Sam acabará se relacionando com a mãe dela de uma forma única e memorável.

"Quando você acordar, você vai ver. Vai ver como tudo pode ser diferente."

Esse livro tem relações de mãe e filha, baile de boas-vindas, choque de gerações, crushes de diferentes épocas e sombra cintilante. Sam tentará ajudar a mãe Priscilla, a ganhar o Baile de boas-vindas. Se enfretará a jornada nessa inesquecível viagem no tempo e assim aprenderá muito assim esse livro traz diversas reflexões envolvendo o tempo, relações familiares e o amor.

"Escondi meu sorriso atrás do livro. Pelo visto o truque para tornar a escola interessante era viajar no tempo. Vai entender..." p.204

Portanto eu gostei muito desse livro, eu senti a própria Sam viajando no tempo, foi muito bem escrito. E principalmente amei como acabou esse livro. Esse livro foi uma das minhas leituras favoritas de Novembro. E essa obra as personagens principais mãe e filha são descendentes de coreanos e esse livro como o outro traz a representatividade amarela para leitores asiáticos importante para todos leitores. Quem gosta da cultura coreana, relação mãe/filha e em destaque viagem no tempo poderá gostar desse livro. Eu indico.

"Eu me já tinha me arrependido." p.54