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Alguns meses atrás tive minha primeira experiência literária com Raphael Montes e, desde então, a ideia de conhecer outras obras do autor não saiu da minha cabeça. Assim que “Bom Dia, Verônica” me foi oferecido, não pensei duas vezes. Além de ser coescrito pelo Raphael, toda a repercussão em torno da série fez aguçar ainda mais minha expectativa.

O “Bom Dia, Verônica” fica apenas por conta do título mesmo, pois, desde a primeira página, percebemos que os dias de nossa protagonista não são lá essas maravilhas todas. Além de monótonos, ainda precisa conviver em um ambiente de trabalho bem mais ou menos. Afinal, ser secretária em uma Delegacia da Grande São Paulo não deve ser nada confortável.

A sensação que tive ao acompanhar Verônica era que ela precisava lutar o tempo inteiro para provar sua competência (senti umas pitadas de machismo vindas de todas as partes dentro da repartição, principalmente por parte de seu chefe direto). Sua vida dá uma guinada, quando ela se depara com duas situações em que o “sistema” não faz o mínimo esforço para solucionar, e ela resolve iniciar as investigações por conta própria. A partir desse momento, passei a ter uma relação de amor e ódio com nossa protagonista.

“Forcei um sorriso concordando com ele. Mais do que um soco, o velho merecia uma surra. Machista de merda. Eu sabia quanto era difícil para qualquer mulher vir até uma delegacia prestar queixa, ter que vencer a vergonha, e explicar como foi feita de trouxa por um galã que lhe fez juras de amor pela internet. Só pensava em como Marta tinha se sentido ao ser recebida por Carvana, aquele tom depreciativo na voz, aquele desprezo pela dor que ela sentia.” Posição 152

Um dos grandes pontos fortes desse livro é, sem dúvida, o domínio completo dos autores em todos os pontos: Construção de personagens, situações, narrativa, ritmo da trama, descrição de cenas/atmosfera e atenção do leitor. Virei fã deles.

No quesito personagens, posso adiantar que os únicos inocentes na trama são as crianças (risos). Até nossa protagonista tem seus deslizes (ela é humana, afinal), mas, mesmo assim, continuamos nossa torcida por ela. O que mais me impressionou é que essas personagens possuem características bastante próximas da nossa realidade. Basta observarmos um pouco mais ao nosso redor, e acharemos alguém muito parecido com aquela determinada personagem, ou então assistirmos a algum programa policial, ou ler algo relacionado a algum caso real envolvendo um serial killer. Pronto, mais um alerta instalado na nossa mente com sucesso.

“O bunker é muito maior do que ela imaginava. Preso ao teto, corre um trilho circular que abrange quase todo o perímetro. Logo acima de sua cabeça, uma coleção de candeeiros para velas iluminava o ambiente. É tão macabro que chega a ser bonito. Em uma parede ao lado, um imponente quadro de ferramentas se ergue diante dela. Tudo muito organizado por ordem de tamanho.” Posição 1895

Outro ponto positivo é o ritmo da trama. Montes e Casoy conseguem equilibrar o fluxo de uma maneira impressionante. Os picos de tensão são bastante altos e, logo em seguida, levamos um balde de água fria, que nos faz xingarmos até a quinta geração deles. (risos).

Confesso que essa foi uma das resenhas mais difíceis de escrever, pois esse livro tornou-se um dos meus favoritos. Escrevi, apaguei, reescrevi, apaguei novamente, e cheguei a conclusão de que, por mais que eu tentasse, não iria conseguir pôr em palavras todas as sensações que tive ao ler essa trama. Tentei ser o mais sucinto possível, e lutar bravamente para não soltar spoilers. Bom, nesse ponto, acho que consegui.

Finalizo indicando a leitura aos amantes de thiller policial/investigativo, repleto de personagens reais e reviravoltas interessantes.

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Acabei lendo depois de assistir a série então acho que minha experiência com a historia não foi completa.
Porém achei a escrita ótima, fluida e aí passou bem depressa.
Minha recomendação seria ler os livros do autor antes das adaptações, acho que tornaria tudo bem mais envolvente.

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Bom dia, Verônica é um livro narrado em 1ª pessoa pela protagonista, mas conta com capítulos em 3ª pessoa, mostrando o caso de uma mulher que é casada com um serial killer. A história possui um desenrolar tranquilo, que prova o quanto Verô é despreparada para investigações, acarretando em uma série de imprevistos.

Provavelmente, isso foi o que mais me surpreendeu na obra. Comecei a ler sabendo quase nada sobre a protagonista, mas esperava que fosse alguém que fosse me surpreender e mostrar como uma mulher policial pode ser incrível, mas encontrei alguém despreparada e com uma personalidade que não consegui engolir.

No entanto, creio que esse foi justamente o objetivo dos autores: criar uma história boa, com personagens imperfeitos, quebrando a expectativa e entregando um final com muitas consequências.

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Xomecei sexta passada e não descolei do kindle até domingo, quando cheguei na última página. Viciante demais, uma história policial bem brasileira, cheia de violência gratuita, corrupção, gente fazendo tudo errado e colocando na prática a Lei de Talião: olho por olho, dente por dente. O livro é bem bom, viciante, bem escrito, deixa a gente grudada. Personagens muito bem construídos, daqueles que a gente depois de um tempo consegue antecipar o que vai fazer, como vai reagir... Mas é preciso avisar que a violência é muito bem descrita, com detalhes das crueldades, bem aterrorizante. Mas se você curte essas histórias de terror, só vai, porque tenho certeza absoluta que vai curtir!!

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Não, esse não faz parte do gênero literário que tem meu coração, mas eu estou dando chance pra me aventurar em novas histórias, histórias que eu já não imagine como vai terminar. E surpreendentemente essa tem sido uma experiência memorável..

Conheci Ilana Casoy através do livro "casos de família", que pra quem não sabe, é um livro dedicado a nos contar fatos sobre os casos Nardoni e Richtofen, é um livro de fatos reais, com um clima pesado, difícil de ser lido, mas escrito com uma maestria impressionante. Até então, não conhecia Raphael Montes, apesar de já ter muito ouvido falar de seus livros, nunca de fato li algum. Mas de certa forma, a combinação desses dois autores pode ser descrito como perfeição.

Bom dia, verônica é o mistério criminal perfeito.

Este livro conta a história da policial Verônica, ela é uma escrivã da polícia civil, desses seres invisíveis nessas repartições. Tem um casamento perfeito, o marido perfeito, dois filhos e tudo que ela consegue pensar é em como ela não se encaixa naquele lugar onde tudo é perfeito e ela é tão perdida de si. Ela pouco se envolve em casos, o seu chefe só passa pra ela "engaveta-los". Até que um dia, um suicídio chama sua atenção, o suicídio em questão acontece na delegacia, a Mulher, Marta Campos, se joga da janela da delegacia e suas últimas palavras são "agora ele vai ser capaz de me amar". O caso chama atenção de Verô, pois seu chefe pouco deu atenção ao caso que a mulher denunciou, disse que era mais uma louca, que acha que foi iludida e verônica por algum motivo se comoveu com aqueles olhos que suplicavam por ajuda. Assim começa o primeiro dia do fim de sua vida e esse nem é o caso foco desse livro.

Logo após o suicídio, Verônica aparece na TV dizendo que o que quer que tenha levado Marta a cometer tal atrocidade contra si, será investigado por ela até o fim. Dito isso, Janete que estava assistindo a televisão nesse momento, decide pôr um fim na sua situação. Resolve que poderia confiar na moça da televisão, então em um súbito de coragem, liga para a delegacia e pede pra falar com Verônica. Quem atende é uma secretaria, avisando que verônica não está, assim ela desliga convencida de que foi um erro ligar naquele momento. Após Verônica chegar a delegacia no dia seguinte, a secretária fala sobre a ligação e Verô percebe que a moça havia ligado mais de uma vez para delegacia e retorna a ligação, pegando assim o caso que que colocaria a perder tudo que Verô acreditava até àquele momento.

Janete, a moça do outro lado da ligação, era uma moça que veio do interior, dessas sonhadoras que desejam uma vida melhor, com mais oportunidades. Ela se apaixonou por Brandão assim que o conheceu, ele era policial militar, passava segurança e era sua chance de ter uma vida na cidade, e assim foi, em seguida de um namoro rápido, casaram e se mudaram pra cidade, longe de sua família, longe de tudo. Mas a vida que Janete sonhara, não era nem perto da triste realidade em que se meteu, Brandão não a deixava trabalhar, nem sair, seu dinheiro era contado, a casa humilde, sem nenhuma ligação com o mundo á volta a não ser pela televisão e o telefone fixo que o marido revisava todos os dias quando chegava de seu turno. A família aos poucos foi se afastando, pois a vergonha em ter que admitir que sua mãe estava certa sobre não confiar em Brandão se tornou a única coisa entre eles.

E assim o livro oscila de capítulo em capítulo contando o lado de Janete e o lado de Verônica, enquanto essas duas histórias se entrelaçam nos trazendo à tona um caso policial Brasileiro digno de capa de jornal.

Cláudio Antunes Brandão é nosso vilão, desses que tu realmente teme e odeia desde o primeiro momento citado nessas páginas. Além de privar sua esposa de uma vida digna, ele também a abusa fisica e verbalmente, causando danos psicológicos irreversíveis. Sexualmente, Janete apresenta sindrome de Estocolmo (a vítima de agressão, sequestro ou abuso desenvolve uma ligação sentimental ou empatia por seu aproveitador), se sentindo presa ou em dívida à ele, por isso demorou tanto para denunciar. Alem disso, com o tempo Brandão já abusou de outras mulheres, vítimas sonhadoras assim como Janete, que é quem intercepta as mesmas na rodoviária, quando estão chegando em São Paulo em busca de uma vida melhor, convidando-as para trabalhar de empregada em sua casa. Janete também suspeita que Brandão as mate. O livro termina de forma inesperada, sendo capa de jornal, com mais de uma notícia publicada, mas isso eu não vou contar pra vocês, pra saberem, terão que ler.


"Ela solta um suspiro e pensa no que dizer. É tão difícil colocar em palavras... Mas não pode desistir agora:
- Acho que o meu marido vai me matar.
- E por que ele faria isso?
- Ele gosta de matar mulher.
Como uma força do destino, a buzina do carro ressoa na frente de casa. Janete estica o pescoço na direção da janela para ter certeza: é ele! Escuta o portãozinho de ferro da entrada batendo e os passos do marido se aproximando.
- Ele já matou outras?
- Já, muitas.
- Um assassino de mulheres?
- Desculpa, preciso desligar agora."
-Bom dia, Verônica

Para mim, esse foi um livro que vou sempre lembrar, alem de ser um livro de grande tensão, fazendo marcante a história de um serial killer, também é um livro que nos serve de alerta, não devemos confiar tanto em grandes promessas. Precisamos entender também, que somos fortes para denunciar qualquer tipo de agressão, e nos afastar de quem nos causa dor, seja ela física ou verbal. A mente humana é complexa demais pra se pôr em papel, mas Ilana Casoy e Raphael Montes conseguiram nos trazer a linha tênue entre vítima e agressor, entre amor e ódio, entre ficção e realidade. Para os amantes de Thriller, leiam "Bom dia, Verônica", vai marcar a vida de vocês e também é uma ótima opção de série, a adaptação é ótima, mas isso é papo pra uma próxima resenha.

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Uma boa premissa que se esvai em uma história chata a partir da metade do livro. A investigação não convence, a Veronica é chata e burra até demais. Infelizmente, depois de um tempo, as cenas de Janete e Brandão, que era para me chocar devido à violência, me deixaram em puro tédio. Ponto positivo para a cena de abertura, e a escrita do livro.

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