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Tradução excelente, mantém o mistério e também um tanto da cultura chinesa. O foco é mais na narrativa do que na construção dos personagens, senti que poderia ter um pouco mais disso. A forma como se usa a história política chinesa em consonância com temas de física é simplesmente um trunfo que acredito ser único dessa série - e pra mim o autor acertou muito na forma de expor ambos. Algumas vezes perde a cadência e torna-se monótono, mas ainda assim uma leitura valiosa para os amantes de sci-fi.

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Comecei confusa e quando terminei parecia que tava no começo 😂😂😂

Falando sério agora: só fui entender o que estava acontecendo perto dos 60%. E ainda assim, entendi só o conceito geral, as explicações físicas só me deixaram louca mesmo.

Demorei bastante pra terminar a leitura justamente por isso. O autor em vários momentos usa explicações científicas que, apesar de estarem sendo explicadas de forma relativamente leiga, eu ainda tive MUITA dificuldade de entender.

Mesmo assim, eu gostei do livro. Toda a ideia, o mistério, me deixou muito curiosa e entretida, e eu queria terminar a leitura.
Gostei bastante dos personagens também, apesar de não me apegar a quase nenhum, talvez só ao protagonista.

A leitura foi boa, valeu a pena, mas ainda não me decidi se vou continuar a trilogia. Eu quero, porque sou curiosa kkkkkk mas talvez eu espere um tempinho ainda, porque passar pela dificuldade que foi terminar esse de novo.. dá uma desanimada.

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O livro se inicia durante os mais duros anos da Guerra Fria, nos quais simultaneamente ocorre a Revolução Cultural na China de Mao Tsé-Tung. Ye Wenjie (ou Wenjie Ye, em sua forma ocidentalizada) é uma estudante de astrofísica, filha de Ye Zhetai, um renomado professor de física da Universidade Tsinghua, em Pequim. Ye Wenjie sofre os mais terríveis terrores da Revolução Cultural, sendo acusada de traição pela Guarda Vermelha, forçada a trabalhar nos campos do interior da Mongólia, sofrendo traição de pessoas que deveriam lhe prestar apoio, sendo considerada uma inimiga política e, por fim, sendo forçada a trabalhar em um centro de pesquisa militar secreto, que busca uma maior compreensão do universo.

Cinquenta anos depois, acompanhamos o desenvolver da história através da ótica de Wang Miao (Miao Wang em sua forma ocidental), um cientista que realiza pesquisas no campo de nanotecnologia. Junto com Da Shi, um policial nada ortodoxo com sérios problemas em respeitar autoridade, embarcam em uma misteriosa investigação sobre uma onda de suicídios por parte de cientistas renomados, ao mesmo tempo que a dupla se vê em uma conspiração envolvendo uma guerra mundial, onde o governo das nações mais poderosas estão envolvidos.

O mistério se intensifica quando Wang Miao começa a ter experiências perturbadoras e improváveis, sem jamais entender como e porque está sendo vítima de fenômenos tão inexplicáveis. Sua busca por respostas o leva até Shen Yufei, física japonesa na qual lhe traz ainda mais dúvidas do que respostas.

Através de Shen Yufei, Wang Miao conhece o jogo “Três Corpos”, um jogo em realidade virtual que simula um mundo onde suas noções de dias são imprevisíveis, o clima é extremamente volátil, e catástrofes naturais aleatórias destroem incontáveis civilizações. O objetivo do jogador é entender como prever todas as ações randômicas deste mundo para, enfim, trazer a estabilidade para a humanidade.


Um dos pilares que sustenta por boa parte a narrativa do livro é o mistério fantástico em cima de algo tão familiar e essencial quanto as Leis da Física. Tão simples, mas ao mesmo tempo, tão ousado. Em diversos momentos da leitura, me sentia em obrigação de desvendar, enfim, qual era a trama envolvida e COMO o autor daria uma resposta plausível para algo tão inacreditável. Páginas e páginas foram consumidas e, mesmo com todos os termos científicos, mesmo eu sendo tão leigo quanto ao estudo aprofundado da física, consegui ler sem nunca me sentir cansado. Cixin Liu a um primeiro momento pode parecer prolixo lançando uma enxurrada de termos científicos de uma só vez, mas cada conhecimento demonstrado nas páginas será de grande valor para a conclusão do primeiro livro da trilogia. Separei um dos trechos que melhor resume o livro, que é a carta suicida de uma cientista, Yang Dong. Acompanhe:

“Todas as provas apontam para uma única conclusão: a física nunca existiu nem jamais existirá. Sei que o que estou fazendo é irresponsável. Mas não tenho escolha.”

O Problema dos Três Corpos cumpre sua principal função como livro de ficção científica. O livro cita conceitos de física básica, astrofísica, física quântica e até ciências da computação, de uma forma que o leitor sentirá uma enorme necessidade de mais conhecimento. Sendo o livro parte de uma trilogia, infelizmente o final pode soar um tanto inconclusivo, mas não te impedirá de ter uma ótima experiência com a leitura. Talvez para alguém que queira um primeiro contato com ficção científica, o livro pode dar um certo receio, mas para alguém já familiarizado com o tema, não pense duas vezes: esse livro é essencial para a sua coleção.

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É uma ficção científica pra ninguém colocar defeito, tem que pensar um pouco, mas pra mim isso só o torna melhor, você tem que confiar que vai fazer sentido, parece confuso mas vai valer a pena a leitura. Gostei muitíssimo e recomendo.

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Uma ficção científica que lida com a comunicação com seres alienígenas. Uma história envolvente e que já tem a continuação. Mas o interessante desse livro é a perspectiva do autor sobre a humanidade. Além de várias críticas à problemas sociais, políticos,econômicos e culturais. Indico demais!

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Adorei me sentir meio burrinha enquanto lia esse aqui, Eu realmente gostei da ficção científica e estou TREMENDAMENTE interessada em saber como a história vai seguir. Gostei muito da trama, mesmo que os personagens sejam meio fracos, mas eles realmente não são a parte importante aqui. É uma história sobre a humanidade inteira e os personagens iniciais aqui são apenas o pontapé para uma história que (imagino) será bem maior nos próximos livros! Adoraria continuar conhecendo essa trilogia!

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A terra está sendo invadida. Digo, ela já foi invadida ou esta enfrentando um grande plano para vida inteligente extraterrestre invadir o nosso planeta. O grande problema? Nós, a raça humana, é claro. Parece somente o enredo inicial de mais um filme de ficção científica, mas aqui é um mistério não revelado no começo de “O Problema dos três corpos“, o primeiro livro de um autor não anglófono a vencer o prêmio Hugo de melhor romance no ano de 2015. Primeiro livro de uma trilogia, publicado originalmente em 2008 na China, o livro foi traduzido para o inglês em 2014, ganhando o mundo e todos prêmios que merecia.

Já mencionei em outras resenhas que sou cria de filmes de scifi (abreviação de ficção cientifica) e realmente sou, gênero que também sou fã na literatura. Como não poderia deixar de ser, com a série prestes a chegar na Netflix, fiz como toda boa bookstan e corri pra ler o livro, e olha, confesso que foi um tanto quanto difícil a física é presente neste livro – e quando falo presente, é realmente presente, a ponto de me fazer pesquisar sobre a real teoria da física que leva o título do livro. É um Hard Scifi em sua absoluta glória, então entre sabendo o que te espera, mas prometo que vai valer a pena porque temos uma trama complexa pautada no pessimismo sobre os rumos da raça humana, com um nota de esperança de que talvez, só talvez, os humanos não sejam tão horríveis assim.

A trama se passa na China em 1967, durante a Revolução Cultural, e a ciência está sendo tratada com desprezo. É neste cenário de perseguição que o professor Ye Zhetai está sendo julgado em frente a uma multidão, sem saber que sua filha, Ye Wenjie, observa tudo. Levada pelo Exército Vermelho, uma traumatizada Wenjie é traída várias vezes por pessoas próximas e passa a ver a vida de uma forma sombria, muita sombria: qual seria o destino de nossa espécie? Personagem multifacetada, densa e profundamente sombria, Wenjie é o tipo de personagem que você pode até não concordar com, mas você entende o que a motivou e porque age e pensa como faz.

Voltando a trama, por também ser uma cientista, Wenjie termina sendo levada do campo onde está trabalhando para um centro de pesquisa no topo de uma montanha, de onde nunca mais poderá sair. Sem pensar duas vezes, se joga no trabalho metódico da Base Costa Vermelha, onde conhece Yang Weining e Lei Zhicheng, os quais, depois de um tempo, revelam o real objetivo do lugar: comunicação extraterrestre. Tudo no lugar parece ser mecânico, até que um dia, imprevissivelmente, durante o turno de Wenjie, a mensagem é respondida: não o estamos sozinhos no universo. Mas o que deveria ser uma mensagem cordial de “recebemos sua mensagem” é, na realidade, um grande aviso: “Não respondam“. E termina nas mãos de uma desesperançada Wenjie a decisão de responder ou não esta mensagem, decidindo o futuro de toda raça humana.

Quarenta anos depois (sim, o livro não deixa clara a data exata, deixando o leitor precisar ser por volta de quando o livro foi lançado), o cientista e pesquisador de nanomaterias Wang Miao se vê diante de um mistério: cientistas ao redor do mundo estão se matando. Logo conhecemos o Detetive de polícia Shi Qiang, também conhecido como Da Shi, que apesar de ter uma personalidade nada charmosa, é extremamente competente no que faz. E aqui temos um problema, porque Wang não cativa tanto o leitor por ser um personagem completamente unidimensional perto da complexa Wenjie. Mas se você precisa de motivações para continuar a trama, ela mesma lhe entrega: a medida que mais personagens vão sendo introduzidos, fica claro que há uma organização secreta por trás de tudo quando Wang se depara com um jogo online tão bem produzido e cuidado que é óbvio que há um grande investimento responsável.

Acredite quando digo que não mencionei nem mesmo 10% da trama do livro. Ao mesmo tempo que experiencias cientificas começam a dar errado de formas bizarras, levando os personagens a uma conclusão obvia: além está tentando sabotar a ciência. Por que? Claro que está relacionado a um jogo que vai sendo introduzido, as mortes e uma organização secreta. Com pontos intensos sobre física na narrativa, “ Problema dos três corpos” peca quando introduz o tal jogo que mencionei e Wang começa a jogar, que tem por objetivo salvar uma suposta civilização imaginária da destruição. Dentro do livro, o jogo é imensamente importante para explicar com mais didática e calma o problema real do planeta Trissolaris, mas que também o tornou arrastado. E este é o único problema no livro todo pra mim, nem Wang e sua falta de carisma, mesmo a quantidade de física me deixou entediada porque mesmo tentando entender, somos levados por uma narrativa que é lenta, mas inegavelmente crescente, explodindo em seu quarto final de uma forma avassaladora. E foi assim, apaixonada por essa trama, que fui assistir o seriado que acaba de estrear na Netflix, e, por isso, vou deixar a Ju comentar e dar suas impressões primeiro, já como ela não leu o livro e eu claramente estou em um caso de amor com ele.

Ju: Bom, eu não li o primeiro livro, então entrei de cabeça direto na história que o seriado apresenta e eu não posso negar que é uma história BOA. A maior parte dos episódios, principalmente os primeiros, são muito bons que é quando a gente não tem ainda uma “noção” de qual é o inimigo declarado ali, sempre deixam bons ganchos para fazer a gente querer assistir o próximo e o próximo e o próximo até acabar todos.

Juntando uma história boa (e, veja bem, digo uma história, porque por tudo que a Vi me contou enquanto a gente assistia, como adaptação deixou bastante a desejar) com atuações incríveis – e eu preciso mencionar aqui a Eiza, que até então sempre fez personagens em que o que focavam mais (pelo menos nas coisas que eu vi) era na beleza dela do que na inteligência, estava irretocável nesse papel mais sério.

Alguns pontos é que: é muito fácil gostar dos personagens e torcer pra eles, assim como também ficar com raiva com as decisões precipitadas que eles tomam em alguns momentos e até mesmo os humanos que escolhem “se aliar” aos aliens (pelo menos os mais importantes pra história, porque tem alguns que você não tem nenhum background do porque eles escolheriam algo assim), você consegue entender de fato o que os leva a chegarem na situação em que chegaram.

Num quadro geral, a nota da série pra mim vai em 4,5/5, porque tem coisas que realmente são apressadas ou cortes mal feitos que deixam a gente sem ver algo que seria importante para o desenvolvimentos de alguns personagens, mas num quadro geral é uma ótima série que não deixa nada a desejar nos efeitos especiais e na nossa ansiedade de saber quando (e se) terá uma segunda temporada!

Virna: E o que achei do seriado foi que teve o primeiro livro bem adaptado – nem digo absurdamente bem adaptado porque mudou algumas coisas na história de Wenjie (Rosalind Chao) que me incomodou. Wang também foi “dividido” em 3 personagens: Jin Cheng (Jess Hong), Auggie Salazar (Eiza González) e Jack Rooney (John Bradley), enquanto Da Shi (Benedict Wong) se torna um policial britânico com ascendência chinesa. Há grandes alterações em termo de ritmo, mas não os elencarei por motivos óbvios de spoilers, então o que afirmei é que parte da trama foi bem adaptada, como já falei, outra nem tanto. O ritmo do seriado também muda depois do quinto episódio e divido a temporada nesse episódio: até ali, considero uma série muito boa de ficção, a ponto de prender o telespectador, com reviravoltas e bastante tensão. A partir daí, os episódios apresentam um problema de construção: tudo parece apressado, momentos que deveriam estar em tela (como dois personagens se despedindo pra sempre!) e não estão, além de algumas mudanças bobas, como a mudança do planeta de Trissolaris para San Ti, mas tudo levando para eclodir justamente com um final muito parecido com o do livro, o qual amei. As atuações são boas, convenientes, os efeitos bem executados e tem tudo para agradar os fãs de Hard scifi, mas ainda acho que poderia ter sido melhor ainda, já como o último episódio é melhor do que os anteriores imediatos. Você poderá assistir o trailer do seriado no final desta resenha.

Dito isso, fico com a máxima de que o livro é sempre mais profundo que a série, mas não deixo de indicar a série original Netflix para quem gosta de invasões extraterrestres e principalmente de pura ficção. E, para quem se aventurar pela série, também indico ler o livro e conhecer mais e melhor deste universo que deixa qualquer pessoa de queixo caído, e mesmo que você não anime assistir a série, leia o livro – leia o livro por sua história, por sua personagem maravilhosa, pela humanidade e até mesmo pela questão filosófica que a trama termina levantando: a humanidade vale a pena? Nós mentimos, matando, maltratamos, não cuidamos do planeta como devemos – merecemos uma segunda chance? Não sei responder esta pergunta, mas continuarei lendo e assistindo tudo sobre até o dia que tivermos uma segunda chance. Ou não.

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O problema dos três corpos é o primeiro livro de uma premiada trilogia de ficção científica que recentemente foi transformada em série pela @netflix e um clássico caso em que se você pretende ler esse livro, deve ler antes de assistir à série! E sem ver trailers ou procurar saber muito sobre o que se trata antes. Os primeiros dois terços do livro você passa confuso, sem saber muito bem o que está acontecendo, e a grande graça na leitura está justamente em descobrir junto do personagem. Confie na jornada, tudo fará sentido no final! A série já no segundo episódio começa a explicar os acontecimentos então para mim, tira um pouco da magia do mistério do livro. Um outro ponto da série, é que o primeiro livro acaba mais ou menos no quinto episódio, e nos episódios seguintes ela vai introduzir acontecimentos dos próximos livros, mas são acontecimentos introdutórios e que não vão atrapalhar a leitura desses livros se assistir a eles antes.
Voltando ao livro, vi muita gente com medo de ler por ser hard sci-fi (já que alguns acontecimentos se baseiam em conceitos da física) mas tudo o que você precisa saber é explicado no livro, podem ler sem medo!

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Eu fiquei muito feliz que a companhia das letras disponibilizou novamente esse livro, já que eu queria muito ler antes da estreia da série no Netflix.

A história é interessante, os personagens complexos, mas eu não amei. Eu não sei se o estilo de escrita do autor me incomodou, afinal, mesmo traduzido, a voz do autor deve ser bem diferente do que estamos acostumados.

Eu não gostei muito do artifício do jogo no contexto da história. Não quero entrar em detalhes pra não dar spoilers, mas se o jogo fosse real eu não entenderia como se joga.

Mas os personagens e suas relações, sua história (presente e passada), suas personalidades, tudo isso me cativou bastante.

Além disso a história é intrigante e te faz querer saber o que vem a seguir.

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