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Que delícia de fantasia! Vanja é uma garota que faz o que estiver ao seu alcance para sobreviver. Desde o abandono materno, as escolhas impossíveis que suas mães/madrinhas lhe impõem, os anos de abusos nas mãos dos empregadores e até mesmo o noivo, que a vê como algo a ser usado e descartado. Os temas são densos e já fica o alerta para os gatilhos, embora a autora trate todas as passagens com carinho e respeito, e ainda tem o uso de alegorias para explicar certas situações, amenizando a carga emocional.
Por tudo isso, foi bom acolher a possibilidade de um romance, embora ele não seja nem um meio nem um fim. Emeric erra muito no início, mas soube se reerguer na história. Além disso, temos muita representatividade: os dois protagonistas são demissexuais, e a filha da deusa que amaldiçoa Vanja, que se torna uma amiga querida, é sáfica.
Vanja você merece o mundo!!! Sim, esse é o começo da resenha porque eu preciso que todos vocês entendam que Vanja é maravilhosa e merece o mundo inteirinho só pra ela roubar e fazer o que bem entender com ele. Agora que estamos com isso fora do caminho, vou falar sobre a história em si.
Vanja é uma garota que foi abandonada pela mãe quando ainda era uma criança nas mãos da fortuna e da morte. Com uma família cheia de crianças para cuidar e com Vanja tendo uma “fama” de ser azarada, então a mãe achou que seria melhor para todos se apenas se livrasse da garota.
Então a Morte e a Fortuna a “adotam”, por assim dizer, cuidando dela enquanto ela cresce até ela ter idade para poder se virar sozinha e trabalhar, enquanto apenas cuidam ela de longe no mundo.
É então que ela vai para um castelo e lá ela conhece dois empregados que a ajudam a se cuidar lá e aprender truques de ilusionismo enquanto ao mesmo tempo ela tenta conquistar seus patrões – e acaba fazendo isso em partes, por isso acaba ficando próxima da princesa Gisele, filha do casal, a considerando até mesmo uma amiga.
Mas claro que todos nós sabemos que as coisas não são assim tão simples nunca e é da pior forma que Vanja entende que não é amiga de Gisele como achava antes e com isso começa a contar o tempo para apenas conseguir se livrar de tudo aquilo.
É quando uma jogada do destino coloca no caminho delas um homem que quer se casar com Gisele – e ele não é um homem bom, todos sabem que ele tem uma reputação ruim. Só que os pais da garota resolvem dar a mão da filha pra ele, mas apenas com Vanja indo junto, porque assim Vanja tomaria a pior parte para si do acordo enquanto Gisele ficaria com “o lado bom”.
A mãe de Gisele, por não achar ela boa o bastante, presenteia a filha com um colar mágico que faz com que a garota fique mais alta, mais magra, mais com uma aparência doce e submissa. E, quando as duas estão viajando para o castelo onde o homem morava, em uma parada para respirar, Gisele fica angustiada e fala que não pode seguir em frente com isso, surtando dos nervos.
E Vanja é quem decide resolver as coisas pra ela, cometendo o roubo mais importante da vida dela: ela rouba o colar de Gisele, as roupas dela e toma o lugar da garota como princesa, a deixando abandonada em uma estrada qualquer no meio do caminho.
Assim também é como nasce o Centavo Vermelho. Durante o tempo em que está no meio daquelas pessoas ricas e gananciosas, ela decide que está na hora de uma pequena vingança com eles e, usando todos os truques de ilusionismo que aprendeu, ela começa a praticar pequenos roubos e deixa sempre sua marca, que rendeu o apelido: um centavo vermelho.
Obviamente isso chama a atenção dos Prefeitos (que são tipo os policiais da cidade) e eles começam a investigar quem é o centavo vermelho. E, no meio de uma bagunça que se mete, Vanja acaba esbarrando em uma deusa menor que a amaldiçoa: se ela não conseguir devolver o que roubou, ela irá se transformar no que a própria ganância dela é e assim ela entra em uma luta contra o tempo para quebrar a maldição – mas principalmente para entender o que diabos ela precisa fazer para não se transformar em várias pedras preciosas até a próxima lua cheia.
Eu sei que eu já falei ali em cima, mas… VANJA É A MELHOR. Sério. Vanja é uma das melhores personagens que eu já li pelo simples fato que ela é humana com tudo que essa palavra compreende. Ela tem seus erros, tem seus acertos, tem sua bagagem – e é uma bagagem bem ferrada, se vocês querem saber.
Ela passou por muita coisa e muito disso formou o caráter dela que nos encontramos quando o livro começa: uma pessoa arredia que não permite que muitas pessoas se aproximem, que é fechada para o mundo e sente que não pode confiar em absolutamente ninguém.
Vanja foi abandonada pela mãe quando criança, então foi cuidada pela Morte e pela Fortuna, mas sabendo o tempo todo que seria “reivindicada” por uma delas: nada do que os deuses menores fazem é sem um preço e, se Vanja fizer um pedido para qualquer uma das duas, é como elas vão saber por quem ela escolheu. Além desse abandono materno, de sentir que não tem ninguém, a única pessoa que ela achava que tinha por um tempo também não era exatamente um exemplo ou alguém que protegeria ela.
Então vocês podem imaginar que Vanja vem sim bem cheia de espinhos e pronta pra atacar quem for. Mesmo se essa pessoa for um Prefeito mirim muito bonitinho e que faz o coração dela bater mais forte.
E essa é minha deixa para falar com vocês de Emeric, o prefeito Mirim. Ele é um personagem tão gostoso também. Eu dei muitas risadinhas com ele e com as interações dele com Vanja. E o romance que circula os dois é absolutamente maravilhoso, não sei nem explicar o quanto.
Além de Emeric, nós também temos Gisele, é claro e um grupo de outras pessoas que aparecem no livro, todos conectados a Vanja – mesmo que ela não queira conexão nenhuma com nenhum deles.
Quando eu fui pesquisar sobre o livro, pouco antes de começar a ler, eu vi que ele tem uma continuação já, lá fora e que ano que vem sai o terceiro livro. E meu ponto ao falar sobre isso é só porque eu preciso comentar que eu não acho que esse livro foi feito com a intenção de ter uma continuação, pois tem o final todo redondinho.
Não sei se “intenção” é a palavra certa. Talvez a autora tivesse vendido apenas o primeiro e só se fizesse sucesso que ele ganharia o status de trilogia. De toda forma, ele é bem completo. Não deixa nenhuma ponta solta realmente, apesar de ter um final que deixa um pouco de abertura para a imaginação no que diz respeito ao casal.
Eu estou completamente gamada por esse livro. Ele é uma fantasia tão gostosa de ler e te prende tanto que você não sente vontade de largar até chegar na última página.
E que te faz torcer do início ao fim para que a nossa querida Ladra tenha um final feliz.
Eu amei esse livro do início ao fim! Eu não sabia que sentia falta de uma mocinha "trambiqueira" e ladrona até ter uma assim!
Eu amei demais a forma como a Vanja foi construída, e a personalidade do Emeric então? Quero um desse pra mim! A construção de cada um dos personagens, foi magnifica, a descrição dos locais, das vivências, eu amei muito. É um livro muito bem escrito!
Vanja aprendeu desde nova que a vida não é justa, nunca foi e nunca será, desde cedo ela aprendeu o peso do abandono, ainda quando criança foi entregue para a Morte e a Fortuna. Afinal, ela era a 13 filha de uma 13 filha, nada de bom viria daquela criança!
Quando completou determinada idade, ela precisou mudar-se para o reino dos humanos e se tornou uma empregada e serva de companhia para Gisele, uma jovem princesa, apesar de terem crescido juntas, ela aprendeu novamente que não deveria confiar, ela nunca poderia ter o que Giselle possuía, ela era invisível como empregada.
"O pequeno ladrão rouba ouro, mas o grande rouba reinos inteiros, e só um deles vai parar na força"
A coisa que Vanja mais deseja, é poder se livrar das suas madrinhas, afinal, ao chegar em determinada idade, ela teria que escolher uma sina para seguir, ou a da Morte ou da Fortuna. Para se livrar dessa maldição ou dom, ela comete furtos para juntar dinheiro o suficiente para fugir dali. Quando criança, era conhecida como centavo vermelho, e Gisele como centavo branco, pelo peso dos seus valores. "O centavo vermelho" ficou famoso em seus roubos entre a corte. Ela roubou até mesmo a vida da Giselle. No começo fiquei bastante confusa quanto a aparência dela, como alguém não percebeu que eram pessoas diferentes? Mas a magia acabou explicando esse ponto. Para casar-se com um nobre, a mãe de Giselle da a ela um colar de pérolas capaz de mudar sua aparência, tornando-a mais bonita, mais atraente e irresistível.
"Eu nunca quis ser serva de vocês! Eu queria ser filha de vocês!"
Tudo corria bem, até que ela rouba alguém que não devia e ser amaldiçoada, se era riqueza que ela desejava ter, o seu próprio corpo se transformaria em uma. Pouco a pouco, em lugar da sua pele, do seus tendões e dos seus órgãos, começam a surgir pequenas pedras preciosas. Enquanto ela busca uma forma de se livrar da maldição, ela tem que pensar em como continuar os roubos para juntar o dinheiro necessário o mais breve possível! Porém tudo muda quando Eric aparece na cidade, um notório prefeito Mirim, que tem como principal papel descobrir quem esta por trás dos roubos, surge daí um romance/guerra de rato e gato.
"Tenho certeza que gostou de especular e fazer teorias e ler as folhas de chá, mas... É a minha vida. São as minhas cicatrizes"
A Range é uma criatura magnifica. Achei tão incrível os momentos dela com a Vanja, que amizade maravilhosa (Apesar de Range ser filha do ser que a amaldiçoou)
Apesar de Vanja cometer muitos crimes horríveis, é impossível não passar pano! Eu acho que não teria tido toda a força que ela teve, já teria pedido ajuda as minhas Madrinhas.
"Nenhum de nós quer ficar sozinho com as pessoas que fomos. Nenhum de nós dois precisa disso"
A cultura Alemã é muito presente neste livro, é envolvente e te faz ficar com vontade de conhecer mais sobre esses deuses. O livro é separado por fábulas, cada uma delas começa com uma ilustração belíssima!
Apesar de ser um livro de fantasia, a critica social deste livro é frequente em todas as fábulas, sendo elas desigualdade social, pobreza, injustiça, cobiça, poder. É um livro que aborda diversos gatilhos, então se for sensível a alguns deles (violência física e psicológica, abuso físico e infantil) aconselho a ler com cuidado, apesar de não ser descrito explícito, é notório que ocorram.
De um modo geral, A ladra amaldiçoada me conquistou e surpreendeu. Tive algumas ressalvas, especialmente com a perda de ritmo em alguns momentos, mas isso não chegou a comprometer. É um livro leve, envolvente e divertido, que traz uma combinação deliciosa de fantasia, romance e aventura. Além disso, traz lições importantes e personagens cativantes.
Amei esse primeiro volume e já estou ansiosa pelos próximos.
Em busca de alcançar sua liberdade, a jovem Vanja se torna a ladra mais esperta, bem-sucedida e temida de um reino. Infelizmente não arrecada só joias, mas também uma maldição. E agora?
A Ladra Amaldiçoada tem aventura, ação, magia, mistério e até romance, tudo ambientado em um mundo cheio deuses. Há todo um universo criativo para ser explorado.
Esta é uma história que me surpreendeu positivamente desde a primeira página e se tornou um dos livros mais legais que li até agora em 2024 É uma história que não tem uma mocinha boazinha como protagonista, ao contrário, temos é uma garota que é o inverso de tudo que é honesto. Ela rouba, dá golpes, engana e trai. Tudo em prol de seus objetivos.
E você lendo isso já pensa que é uma personagem detestável, só que não. É uma garota que precisa sobreviver e lutar por sua liberdade e aos poucos percebemos que por mais que tenha atitudes muitos reprováveis, ela tem direito de tentar o melhor para si. E, lá no fundo, ela não é má. Quando se faz necessário, mostra que pode escolher o certo, ainda que tudo em sua vida seja duvidoso. A protagonista forte chama atenção, mesmo sendo uma pessoa que não serve de bom exemplo.
É uma personagem cativante, cheia de carisma e de uma astúcia impressionante. Sua jornada fisga o leitor e não há como não torcer para que consiga não apenas quebrar a maldição que jogaram nela, mas também se livrar do agente da lei que a está perseguindo. E se não bastasse tudo isso, mais um desafio surge, enquanto tenta salvar a própria pele, vai ter que ajudar a salvar todo o reino.
É aventura e ação do começo ao fim e nesta jornada, além de Vanja, vamos conhecer um grupo de personagens bastante interessante, que a ajudam ou não, e serão muito importantes na evolução dela como protagonista e como pessoa.
A história é empolgante. Eu não esperava algo tão divertido e cativante. As aventuras de Vanja são ótimas, com muitos desafios, mas de longe é a relação dela consigo mesma e com os outros personagens que rouba a cena.
Uma trama bem construída, com ótimas reviravoltas e final bem conclusivo É uma série, mas se a autora tivesse parado aqui, ficaria bem fechadinho. Não reclamo de ter sequencia, vou adorar viver novas aventuras com Vanja, essa incrível ladra amaldiçoada. Super recomendado!
Nesta fantasia criada por Margaret Owen, temos todos os componentes necessários para um conto de fadas: princesas, damas é maldições. Mas não, esse não é um conto de fadas: nossa protagonista Vanja é uma criada que se torna ladra.
Vanja toma posse de um colar de pérolas da princesa Gisele, e rouba sua identidade, tendo então o disfarce perfeito para se tornar uma ladra de jóias no meio da alta sociedade. Quando está no auge de seus roubos e próxima da tão sonhada liberdade, é vítima de uma maldição que vai aos poucos transformando seu corpo em pedras preciosas.
Vanja precisa agora reverter todo o mal que fez antes de se próximo aniversário, bem quando passa a ser investigada por um prefeito mirim obstinado em solucionar o caso das jóias roubadas.
Conseguirá Vanja escapar após cometer tantos crimes? Qual será a solução para o roubo de identidade da princesa Sofia? Aqui, os personagens secundários também são muito bem caracterizados e essenciais para a trama. Uma leitura que se torna frenética, com muita ação após a metade do livro.